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Guias e Dicas
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Guia Prático e Ilustrado de Projeto de Impermeabilização, Resumos de Engenharia Civil

Um guia prático e ilustrado sobre o projeto de impermeabilização, elaborado por consultores, projetistas, aplicadores e fabricantes associados da aei (associação de engenharia de impermeabilização). O guia tem como objetivo facilitar o entendimento de termos utilizados, características dos materiais e boas práticas da execução da impermeabilização, conforme as normas vigentes da abnt. Os componentes do sistema de impermeabilização, a importância das boas práticas de especificação, projeto e execução, além de definições, classificações e detalhes técnicos sobre os diferentes tipos de impermeabilização. Com ilustrações e fotos, o guia busca incentivar construtores, profissionais da construção, engenheiros, arquitetos, técnicos e estudantes a incorporarem os conhecimentos apresentados em suas atividades.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 05/08/2024

sidney-silva-82
sidney-silva-82 🇧🇷

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Guia Prático e
Ilustrado de
Projeto de
Associação de
Engenharia de
Impermeabilização
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Baixe Guia Prático e Ilustrado de Projeto de Impermeabilização e outras Resumos em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity!

Guia Prático e

Ilustrado de

Projeto de

Associação de

Engenharia de

Impermeabilização

Impermeabilização

Guia destinado a facilitar

o entendimento de termos

utilizados, características

dos materiais e boas

práticas da execução da

impermeabilização, conforme

as Normas vigentes da aBNT.

Trabalho Elaborado por

consultores, projetistas,

aplicadores e fabricantes,

associados da aEi.

destinado a:

  • Arquitetos
  • engenheiros
  • estudAntes
  • técnicos
  • síndicos

AEI – Associação de Engenharia de Impermeabilização

A elaboração deste Guia prático e ilustrado de projeto é a ma- terialização do trabalho em grupo e a demonstração da importân- cia da AEI (Associação de Engenharia de Impermeabilização) quanto ao cumprimento de alguns de seus objetivos: divulgação da atividade de impermeabilização e desenvolvimento do trabalho em Associativismo.

A ideia foi originada da necessidade de popularizar o conheci- mento sobre a disciplina, exemplificando-a e reforçando-a como uma referência de qualidade aos trabalhos de impermeabilização. A correta utilização das Normas Técnicas pode ser um diferencial profissional e uma vantagem competitiva.

Este Guia objetiva orientar de forma simples e ilustrativa os con- ceitos de impermeabilização, descrevendo os termos e definições utilizados na linguagem do “dia a dia” desta especialidade, servin- do de orientação aos estudantes, profissionais do setor e àqueles que necessitem de informações específicas.

O trabalho exprime a opinião e sugestões de profissionais espe- cializados que participam da AEI, sem a presunção de questionar ou servir de referência absoluta sobre outras possíveis soluções ou técnicas que possam também atender às condições descritas nas normas vigentes.

Idealizadora e coordenadora da elaboração deste Guia prático e ilustrado de projeto de impermeabilização, a arquiteta Camila Grainho recebeu a colaboração de diversas empresas associadas, às quais deixo aqui os sinceros agradecimentos.

Arqº Renato Giro Presidente da AEI Diretor técnico da Primer Impermeabilização

2

A importância das boas práticas

de especificação, projeto e

execução de impermeabilização

Este trabalho contou com a participação de Consultores, Projetis- tas, Aplicadores e Fabricantes, todos pertencentes à Associação e especialistas nesta disciplina tão abrangente.

Os comentários deste guia, dos participantes/colaboradores, ba- seiam-se no comportamento dos materiais que está intimamente ligado com suas propriedades mecânicas, térmicas, elétricas, mag- néticas, ópticas, entre outras. Neste contexto torna-se fundamen- tal compreender o significado destas propriedades para possibi- litar o desenvolvimento de um projeto, conforme as solicitações impostas.

Para entendimento de cada projeto e/ou obra se faz necessário o estudo do comportamento mecânico dos materiais e principal- mente das suas propriedades associadas e o estudo e conhecimen- to do comportamento estrutural de cada projeto. Neste processo torna-se fundamental a contratação de um projeto de imperme- abilização e de um executor de serviços, ambos especialistas no tema.

Neste Guia prático e ilustrado de projeto de impermeabilização, serão demonstrados ao leitor todos os componentes do sistema de impermeabilização através dos parâmetros apontados nas Normas da ABNT vigentes até a data de publicação deste.

Arqª Camila S. Grainho Coordenadora e idealizadora do Guia GTI Projetos de Impermeabilização — membro da AEI

3

Termos e definições

Classificação – Tipos de

impermeabilização

Serviços auxiliares

Seleção

Projeto

Serviços complementares

Características específicas

Projeto – Detalhes construtivos

Referência bibliográfica

ESTE TRABALHO RESPEITA E ATENDE AS NORMAS TÉCNICAS VIGENTES DA ABNT.

A ABNT é a única entidade de nor- malização do Brasil reconhecida pela sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940.

A relação das Normas Brasileiras em vigor está disponível para con- sulta no ABNTCatálogo: http://www.abntcatalogo.com.br

6 Aei - AssociAÇÃo de engenhAriA de iMPerMeABiLiZAÇÃo

acrílico para impermeabilização: Polímeros obtidos através de monômeros acrílicos e de seus derivados. As membranas acrílicas são com postas por resinas acríli cas, com porcentagens diferen ciadas. As resinas acrílicas podem ser rígidas ou flexíveis.

aditivo impermeabilizante: Produto adicionado à arga massa ou ao concreto até a quantidade de 1% em relação ao peso do produto final, para promover propriedades imper meabilizantes. Este tipo de aditivo redutor de permeabilidade adicionado em argamassas compõe a primei ra camada impermeável a ter uma norma editada, em 1975. A argamassa impermeável é dosada e preparada na obra e composta de cimento Portland, areia, aditivo impermeabilizan te e água, podendo ser utili zada em fundações, cortinas, subsolos, reservatórios sob o solo, piscinas sob o solo, poços de elevador e outras estruturas equivalentes não sujeitas à fis suração.

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Foto: Tipo de Camada impermeável formulada à base de resinas acrílicas Fonte: ICOBIT – Ronaldo Mendonça

Foto: Exemplo de aplicação de aditivo impermeabilizante na obra: execução de Argamassa impermeável em parede – SIKA 1 Fonte: Rigel – Engº Igor Pitanga

Foto: Tabela de Consumo de aditivo impermeabilizante—SIKA 1 Fonte: Boletim técnico Sika

8 Aei - AssociAÇÃo de engenhAriA de iMPerMeABiLiZAÇÃo

Água sob pressão positiva: Água, confinada ou não, que exerce pressão hi drostática superior a 1 kPa (0,1 m.c.a), de forma direta à impermeabiliza ção. Exemplo: Estruturas de piscinas suspensas e de reservatórios superiores.

Água sob pressão negativa: Água, confinada ou não, que exerce pressão hi drostática superior a 1 kPa (0,1 m.c.a), de forma inversa à impermeabiliza ção.

Exemplo: Subsolos sujei tos à pressão hidrostática negativa. Para análise des ta situação se faz necessá rio o estudo do solo por Sondagem.

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Ilustração: Piscina com estrutura sujeita à pressão positiva Fonte: GTI Projetos – Arqª Camila Grainho

Ilustração: Sentido da pressão negativa em estruturas enterradas GTI Projetos – Arqª Camila Grainho

Guia COMENTADO E ILUSTRADO DA iMPerMeABiLiZAÇÃo 9

Ilustração e Foto: Ilustração do relatório de sondagem GTI Projetos – Arqª Camila Grainho

Foto: Piezômetro instalado na obra, com resultados de altura de coluna d’água muito superior ao relatório de sondagem Fonte: GTI Projetos – Arqª Camila Grainho

Foto: Membrana cimentícia elastomérica bicomponente para pressão positiva e negativa – Mapelastic Foundation e Primer 3296 Fonte: MAPEI

Guia COMENTADO E ILUSTRADO DA iMPerMeABiLiZAÇÃo 11

Texto Contribuição: Sika S.A.

Texto Contribuição: Sika S.A.

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armadura para impermeabilização: Componente da camada impermeável destinada a absorver esforços me cânicos, a qual deve ser compatível com o tipo de impermeabilização.

É comum que os produtos impermeabilizantes, assim como as estruturas, sofram alguns esforços (tração, dilatação, cargas, entre outros) durante a sua vida útil, afinal as estruturas trabalham. Nas estruturas, quem combate estes esforços de tração são as armaduras. Nos impermeabilizantes não é diferente. Alguns impermeabilizantes pré fabricados, como as mantas asfálticas e as mantas de pvc, possuem as armaduras (ou estruturantes, como também são chamados) já incorporados no processo de manufatura. Já as membranas moldadas in loco devem ser estruturadas de acordo com o tipo de material e recomendação do fabricante.

asfalto modificado com adição de polímeros: Produto obtido pela mo dificação do cimento as fáltico de petróleo com polímeros, de modo a serem obtidas determina das características físico químicas.

O processo de modificação do asfalto se faz ne cessário devido às características base do CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) serem muito diferentes das necessidades dos asfaltos para impermeabilização. Existem diversas formas de modificar o asfalto. Uma delas é o processo químico de adição de polímeros. O asfalto modi ficado passa a ter características adequadas para uso específicos, como Ponto de Amolecimento maior (para as mantas em torno de 100ºC), en quanto um CAP normal utilizado na pavimenta ção tem um PA máximo em torno de 50ºC.

12 Aei - AssociAÇÃo de engenhAriA de iMPerMeABiLiZAÇÃo

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asfalto elastomérico: Produto obtido pela adição de polímeros elastoméricos no cimento asfáltico de pe tróleo, em temperatura ade quada.

Buscando aumentar a flexibilidade à baixa tem peratura nas massas asfálticas e, com isto, maior performance, são adicionados os polímeros em sua formulação. Cada tipo de polímero proporcio na uma característica diferente à massa asfáltica. Os polímeros elastoméricos agregam aos asfaltos características elásticas, ou seja, aumentam a ca pacidade de deformação e retorno. Atualmente, as normas não mais classificam asfaltos pelo tipo de polímero, mas sim pela performance à baixa temperatura.

asfalto plastomérico: Produto obtido pela adição de polímeros plastoméricos no CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), em tempera tura adequada.

Os polímeros têm a função de melhorar a per formance nas massas asfálticas, sendo adiciona dos em sua formulação. Cada tipo de polímero proporciona uma característica diferente à massa asfáltica. Os polímeros plastoméricos agregam aos asfaltos características plásticas. Atualmente, as normas não mais classificam asfaltos pelo tipo de polímero, mas sim pela performance à baixa temperatura.

Texto Contribuição: Sika S.A.

Texto Contribuição: Sika S.A.

asfalto modificado sem adição de polímeros: Produto obtido pela modifi cação do cimento asfáltico de petróleo com reações físicoquímicas, de modo a serem obtidas determina das características.

O Cimento Asfáltico de Petroleo (CAP) fornecido pelas refinarias tem características ideais para a pavimentação, onde funciona como aglomeran te. Entretanto, estas características necessitam ser alteradas para que a massa asfáltica seja imper meável, estável, elástica, durável, funcione como barreira para umidade e vapor e com espessuras mínimas. Estas alterações entre o CAP e o asfalto de impermeabilização ocorrem através dos pro cessos de modificação.

14 Aei - AssociAÇÃo de engenhAriA de iMPerMeABiLiZAÇÃo

Foto: Bloco de asfalto policondensado Fonte: Sika S.A—Arqª Patrícia Bistene

terMos e deFiniÇÕes

assessoria e consultoria de impermeabilização: Atividades de caráter es sencialmente técnico que abrangem assuntos espe cializados, análise técnica e estudos relacionados à impermeabilização.

Para a contratação de um profissional, o mesmo deve comprovar experiência, expertise e docu mentos de comprovação de trabalho na atividade.

camada de amortecimento: Estrato com a função de absorver e dissipar os es forços estáticos ou dinâ micos atuantes sobre a camada impermeável, de modo a protegêla contra a ação deletéria destes esforços. As camadas utilizadas como amortecimento po dem ser drenantes e sepa radoras ou não. (^) Muitas das patologias de infiltração por danificação da manta asfáltica ou outro tipo de impermeabili zante acontecem por ausência da camada de amor tecimento. Exemplo: local de trânsito de veículos, reservatórios impermeabilizados com manta de PVC, etc...

Foto: Imprimação de área Fonte: Impergold – Engº Francesco

Guia COMENTADO E ILUSTRADO DA iMPerMeABiLiZAÇÃo 15

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Foto: Camada de Berço Fonte: Primer Arqº Renato Giro

camada de berço: Estrato com a função de apoio e proteção da ca mada impermeável contra agressões provenientes do substrato. Este tipo de camada é utilizado nas aplicações de manta de PVC, onde entre o substrato e a camada impermeável é disposto um geo têxtil não tecido, de alta gramatura, acima de 300gr/m 2.

camada de imprimação: Estrato com a função de favorecer a aderência da camada impermeável, apli cado ao substrato a ser im permeabilizado.

A camada de imprimação é tão ou mais im portante que a camada impermeável, já que é a imprimação que fará a ligação/união entre o substrato e a camada impermeável, deixando o sistema totalmente aderido. São muito importantes os cuidados de preparo de substrato, antes da camada de imprimação. O substrato deve estar limpo, e com demais características, dependendo da camada imper meável a ser aplicada. Para alguns tipos de primer a superfície deve estar seca ou com umidade abaixo de 4%.

Foto: Imprimação de área Fonte: Denver Impermeabilizantes – Renata Oliveira

Guia COMENTADO E ILUSTRADO DA iMPerMeABiLiZAÇÃo 17

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Camada de proteção térmica: Estrato com a função de reduzir o gradiente de temperatura atuante so bre a camada impermeá vel, de modo a protegêla contra os efeitos danosos do calor excessivo.

Foto: Placa de EPS Fonte: Denver Impermeabilizantes Renata Oliveira

A isolação térmica da camada impermeável auxilia no aumento da Vida Útil da mesma, além de trazer benefícios para o conforto térmico do usuário e ali viar o trabalho da estrutura.

Ilustração: Execução de caimento/regularização de piso Fonte: Denver Impermeabilizantes Renata Oliveira

Camada de regularização horizontal ou contrapiso: Estrato com as funções de regularizar o substra to, proporcionando uma superfície uniforme de apoio, coesa, perfeita mente aderida e ade quada à camada imper meável , e de fornecer a ela um certo caimento ou declividade. É nesta etapa que são marcados e executados os caimentos para os ralos e/ou descidas de águas pluviais. Esta argamassa de regularização deve ser firme e consistente.

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camada de regularização vertical: Estrato com a função de regularizar o subs trato, proporcionando uma superfície unifor me de apoio, coesa, perfeitamente aderida e adequada à camada impermeável.

É nesta etapa que prumo, nível e esquadro devem ser corrigidos. Para ancoragem da regularização nas superfícies verticais se faz necessária a aplicação de um chapisco. Caso a espessura dessa regularização ultrapasse 3cm, devese estruturar esta regulari zação com uma tela.

Foto: Exemplo de execução de linhas mestras e taliscas para acertar o nivelamento, prumo e alinhamento Fonte: GTI Projetos – Arqª Camila S. Grainho

camada drenante: Estrato com a função de facilitar o escoamento de fluidos que atuam junto à camada impermeável.

Esta camada auxilia no escoamento da área impos sibilitando que a água fique parada/retida sobre a camada impermeável.

Foto: Camada drenante entre o solo e a Parede Fonte: GTI Projetos – Arqª Camila S. Grainho