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Guias e Dicas
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Controle de Infecção Hospitalar: Guia Completo para Profissionais de Saúde, Notas de estudo de Infectologia

Este guia abrangente sobre controle de infecção hospitalar (ccih) é direcionado a profissionais de saúde, fornecendo informações essenciais sobre prevenção, monitoramento e gestão de infecções. Temas como identificação de fatores de risco, implementação de protocolos, treinamento da equipe, monitoramento de tendências e utilização de indicadores de qualidade.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 05/02/2025

lilian-evelyn
lilian-evelyn 🇧🇷

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Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário
Desvendando a CCIH: Guia Prático para Enfermeiros no Controle de Infecção
"A cada enfermeiro que já se sentiu perdido, sobrecarregado ou incapaz: dedico
este livro com a mais profunda admiração. Que estas páginas inspirem vocês a
redescobrir a paixão pela enfermagem, a acreditar em seu potencial ilimitado e
a se tornarem os profissionais de excelência que o mundo precisa. Vocês são a
chave para um sistema de saúde mais seguro e humano."
Escrito e elaborado por:
Enfª Especialista. Lílian Evelyn Machado
Terapia Intensiva Adulto (UTI)
Nefrologia
Saúde Mental
Gestão em saúde e controle de I|nfecção Hospitalar (CCIH Med)
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Baixe Controle de Infecção Hospitalar: Guia Completo para Profissionais de Saúde e outras Notas de estudo em PDF para Infectologia, somente na Docsity!

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

Desvendando a CCIH: Guia Prático para Enfermeiros no Controle de Infecção

"A cada enfermeiro que já se sentiu perdido, sobrecarregado ou incapaz: dedico

este livro com a mais profunda admiração. Que estas páginas inspirem vocês a

redescobrir a paixão pela enfermagem, a acreditar em seu potencial ilimitado e

a se tornarem os profissionais de excelência que o mundo precisa. Vocês são a

chave para um sistema de saúde mais seguro e humano."

Escrito e elaborado por:

Enfª Especialista. Lílian Evelyn Machado

  • Terapia Intensiva Adulto (UTI)
  • Nefrologia
  • Saúde Mental
  • Gestão em saúde e controle de I|nfecção Hospitalar (CCIH Med)

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

Desvendando a CCIH - Guia Completo para Enfermeiros no Controle de Infecção Hospitalar

Bem-vindo(a) ao mundo da CCIH!

Este e-book foi criado para você, enfermeiro(a), que busca uma especialização promissora e desafiadora: o Controle de

Infecção Hospitalar. Aqui, você encontrará um guia completo e prático para entender o que é a CCIH, suas

responsabilidades, o caminho para se especializar e as habilidades essenciais para se destacar nesta área crucial para a

segurança do paciente.

"Como enfermeira, também já me senti inseguro e desafiado em diversas ocasiões. Sei

que a jornada na CCIH pode ser árdua, mas também sei que vocês possuem a força e a

capacidade de superar qualquer obstáculo. Dedico este livro a vocês, com a esperança

de que ele seja um guia e um companheiro em sua jornada rumo ao sucesso."

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

  1. Monitorar as tendências das IRAS: Identificação de Surtos e Avaliação de Intervenções

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

Capítulo 1: Introdução à CCIH: Desvendando o Mundo do Controle de Infecção

1.1. O que é a CCIH e qual a sua importância?

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é um órgão consultivo e de

assessoria dentro de um hospital ou instituição de saúde, responsável por planejar,

executar e avaliar as ações de controle de infecções relacionadas à assistência à saúde

(IRAS). Em termos mais simples, a CCIH é o "braço armado" do hospital na luta contra as

infecções.

A importância da CCIH é inegável. As IRAS representam um grave problema de saúde

pública, aumentando o tempo de internação, os custos hospitalares, a morbidade e a

mortalidade dos pacientes. Uma CCIH atuante e eficiente contribui para:

  • Reduzir a incidência de IRAS: Protegendo os pacientes e diminuindo o sofrimento

causado pelas infecções.

  • Melhorar a qualidade da assistência: Implementando práticas seguras e

baseadas em evidências científicas.

  • Reduzir os custos hospitalares: Diminuindo o tempo de internação e o uso de

antimicrobianos.

  • Garantir a segurança dos profissionais de saúde: Implementando medidas de

proteção contra a exposição a agentes infecciosos.

  • Fortalecer a imagem da instituição: Demonstrando o compromisso com a

segurança e a qualidade da assistência.

1.2. Legislação e Normativas Essenciais: O que você precisa saber de cor.

Dominar a legislação é crucial. Aqui estão os principais documentos que você precisa

conhecer:

  • Lei n º 9.431/1997: Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa

de controle de infecções hospitalares pelos hospitais do país.

  • Portaria n º 2.616/1998: Regulamenta a Lei nº 9.431/97, estabelecendo as

diretrizes para a elaboração, implementação e operacionalização dos Programas

de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH).

  • Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n º 42/2010 (Anvisa): Dispõe sobre o

gerenciamento de tecnologias em saúde em estabelecimentos de saúde. (É

importante pesquisar a versão mais atualizada da RDC na Anvisa)

  • Notas Técnicas da Anvisa: A Anvisa frequentemente publica notas técnicas sobre

temas específicos relacionados ao controle de infecção. Consulte o site

da Anvisa regularmente.

1.3. A Equipe Multiprofissional da CCIH: Quem são e o que fazem.

A CCIH é composta por uma equipe multidisciplinar, que geralmente inclui:

  • Médico Infectologista: Responsável pela coordenação da CCIH, diagnóstico e

tratamento das IRAS, e consultoria para outros profissionais.

  • Enfermeiro(a): Responsável pela vigilância epidemiológica, implementação de

medidas de prevenção e controle, educação continuada e elaboração de

protocolos. (Você!)

  • Microbiologista: Responsável pelo processamento de amostras microbiológicas,

identificação de microrganismos e testes de sensibilidade antimicrobiana.

  • Farmacêutico: Responsável pelo controle do uso de antimicrobianos, análise de

dados de consumo e implementação de medidas para promover o uso racional de

antimicrobianos.

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

  • Outros profissionais: Podem incluir técnicos de enfermagem, nutricionistas,

fisioterapeutas, odontólogos, entre outros, dependendo da estrutura e das

necessidades da instituição.

1.4. O Papel Crucial do Enfermeiro na CCIH: Suas responsabilidades e atribuições.

1.4.1. Vigilância Epidemiológica: Coletar, analisar e interpretar dados sobre IRAS..

  • Como Fazer:

o Coleta de Dados:

▪ Fontes: Prontuários dos pacientes (físicos ou eletrônicos), sistema

de notificação de IRAS (se houver), resultados de exames

laboratoriais (microbiologia, hemograma, etc.), relatórios de

procedimentos invasivos (inserção de cateteres, cirurgias, etc.).

▪ Formulários de Coleta: Crie ou utilize formulários padronizados

para coletar os dados de forma organizada e consistente. Inclua

informações como:

▪ Dados do paciente: Nome, idade, sexo, número do

prontuário, data de internação.

▪ Dados da infecção: Sítio da infecção (ex: ITU, pneumonia,

sepse), data do diagnóstico, microrganismo isolado (se

houver), fatores de risco (ex: uso de cateter urinário,

ventilação mecânica, cirurgia recente).

▪ Critérios diagnósticos utilizados: Detalhar qual critério foi

utilizado para definir a infecção (ex: NNIS, CDC, etc.).

o Análise de Dados:

▪ Software: Utilize planilhas eletrônicas (Excel, Google Sheets) ou

softwares de análise estatística (Epi Info, SPSS) para organizar e

analisar os dados.

▪ Cálculo de Indicadores: Calcule os principais indicadores de IRAS

(taxa de incidência, taxa de densidade de incidência, taxa de

utilização de antimicrobianos).

▪ Identificação de Tendências: Analise os dados ao longo do tempo

para identificar tendências (aumento ou diminuição das taxas de

IRAS) e possíveis surtos.

▪ Análise de Fatores de Risco: Investigue os fatores de risco

associados às IRAS para identificar áreas onde a prevenção pode

ser mais eficaz.

o Interpretação de Dados:

▪ Contextualização: Interprete os dados no contexto da instituição

(tipo de pacientes atendidos, complexidade dos procedimentos

realizados, recursos disponíveis).

▪ Comparação: Compare os dados com os padrões de referência

(taxas de IRAS de outras instituições semelhantes).

▪ Identificação de Problemas: Identifique os principais problemas

relacionados às IRAS na instituição (ex: alta taxa de ITU

associada a cateter urinário).

o Exemplos e Dicas de Materiais:

▪ Formulário de Coleta de Dados: Crie um formulário simples e

objetivo, com campos claros e fáceis de preencher.

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

▪ Metodologia Ativa: Utilize metodologias ativas (discussões em

grupo, simulações, estudos de caso) para promover o

aprendizado.

▪ Recursos Visuais: Utilize recursos visuais (vídeos, slides,

infográficos) para tornar o treinamento mais interessante

eDidática.

▪ Avaliação: Avalie a eficácia do treinamento (através de

questionários, testes práticos, observação do desempenho).

o Implementação de Ações Educativas:

▪ Treinamentos Presenciais: Realize treinamentos presenciais para

grupos pequenos de profissionais.

▪ Treinamentos Online: Utilize plataformas online para oferecer

treinamentos a distância.

▪ Palestras e Seminários: Organize palestras e seminários com

especialistas em controle de infecção.

▪ Materiais Educativos: Distribua materiais educativos (manuais,

folders, cartazes) para a equipe de saúde.

o Assuntos para Abordar na Educação Continuada:

o Higiene das Mãos

o Precauções Padrão e Baseadas na Transmissão

o Uso Adequado de EPIs

o Limpeza e Desinfecção de Artigos e Superfícies

o Prevenção de IRAS Específicas (ITU, Pneumonia, Sepse)

o Uso Racional de Antimicrobianos

o Resistência Bacteriana

o Segurança do Paciente

1.4.4. Elaboração de Relatórios: Elaborar relatórios epidemiológicos e de acompanhamento

das ações de controle.

  • Como Fazer:

o Definição do Conteúdo: Defina o conteúdo do relatório (indicadores de

IRAS, resultados das ações de controle, recomendações).

o Organização dos Dados: Organize os dados de forma clara e objetiva

(tabelas, gráficos, textos).

o Análise dos Resultados: Analise os resultados e identifique os principais

achados.

o Elaboração de Recomendações: Elabore recomendações para melhorar o

controle de infecção.

o Divulgação do Relatório: Divulgue o relatório para a equipe de saúde e

para a gestão da instituição.

  • Modelo de Relatório (Exemplo):

Relatório Epidemiológico Mensal - CCIH

Período: Janeiro de 2024

Indicadores de IRAS:

Tipo de Infecção Número de Casos Taxa de Incidência (por 1000 pacientes-dia)

ITU 15 2,

Pneumonia 8 1,

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

Sepse 5 0,

Ações de Controle Implementadas:

  • Campanha de conscientização sobre higiene das mãos.
  • Treinamento sobre inserção e manutenção de cateteres urinários.

Resultados das Ações de Controle:

  • Aumento da adesão à higiene das mãos em 10%.
  • Redução da taxa de ITU associada a cateter urinário em 15%.

Recomendações:

  • Intensificar a campanha de conscientização sobre higiene das mãos.
  • Realizar auditorias para verificar a adesão aos protocolos de controle de

infecção.

1.4.5. Comunicação: Comunicar informações relevantes à equipe de saúde e à gestão da

instituição.

  • Como Fazer:

o Identificação do Público-Alvo: Identifique o público-alvo da comunicação

(equipe de enfermagem, médicos, gestores, etc.).

o Definição da Mensagem: Defina a mensagem a ser comunicada

(resultados dos indicadores de IRAS, novas diretrizes, alertas sobre

surtos, etc.).

o Escolha do Canal de Comunicação: Escolha o canal de comunicação mais

adequado para o público-alvo (reuniões, e-mails, murais, intranet, etc.).

o Linguagem Clara e Objetiva: Utilize uma linguagem clara e objetiva,

evitando jargões técnicos.

o Feedback: Solicite feedback da equipe de saúde para avaliar a eficácia

da comunicação.

1.4.6. Participação em Comissões e Grupos de Trabalho: Representar a CCIH em comissões

e grupos de trabalho relacionados à qualidade e segurança do paciente.

  • Como Fazer:

o Conhecimento dos Temas: Tenha conhecimento dos temas a serem

discutidos nas comissões e grupos de trabalho.

o Preparação: Prepare-se para as reuniões, revisando os documentos e

dados relevantes.

o Participação Ativa: Participe ativamente das discussões, apresentando

dados, sugestões e recomendações.

o Defesa dos Interesses da CCIH: Defenda os interesses da CCIH, buscando

garantir que as ações de controle de infecção sejam consideradas nas

decisões tomadas.

1.4.7. Auditoria e Monitoramento: Realizar auditorias e monitorar a adesão às práticas de

controle de infecção.

  • Como Fazer:

o Definição dos Indicadores: Defina os indicadores a serem auditados e

monitorados (ex: adesão à higiene das mãos, uso de EPIs, cumprimento

dos protocolos de inserção de cateteres).

o Elaboração de Roteiros de Auditoria: Elabore roteiros de auditoria com os

critérios a serem avaliados.

o Realização das Auditorias: Realize as auditorias de forma sistemática

eDocumentada.

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

o Dica: Seja um bom ouvinte e mostre interesse genuíno pelas opiniões dos

membros da equipe.

2. Analise os Dados Existentes:

o Relatórios Epidemiológicos:

▪ Onde Encontrar: Nos arquivos da CCIH, sistema de notificação de

IRAS (se houver), prontuários dos pacientes.

▪ O que Analisar:

▪ Taxas de incidência e densidade de incidência de IRAS

(ITU, pneumonia, sepse, ISC, etc.).

▪ Tendências ao longo do tempo (aumento, diminuição,

estabilidade).

▪ Distribuição das IRAS por setor do hospital (UTI,

enfermarias, centro cirúrgico, etc.).

▪ Microrganismos mais frequentemente isolados

(resistência antimicrobiana).

▪ Fatores de risco associados às IRAS (uso de cateteres,

ventilação mecânica, cirurgias, etc.).

▪ Exemplo: "Nos últimos 12 meses, observamos um aumento na taxa

de ITU associada a cateter urinário na UTI. Precisamos investigar

as causas e implementar medidas preventivas."

▪ Dica: Utilize gráficos e tabelas para visualizar os dados e facilitar

a identificação de tendências.

o Planos de Ação Anteriores:

▪ Onde Encontrar: Nos arquivos da CCIH.

▪ O que Avaliar:

▪ Metas e objetivos definidos nos planos anteriores.

▪ Estratégias implementadas para alcançar as metas.

▪ Resultados alcançados (sucessos e fracassos).

▪ Motivos para o sucesso ou fracasso das ações

implementadas.

▪ Exemplo: "O plano de ação anterior tinha como meta reduzir a

taxa de pneumonia associada à ventilação mecânica em 10%,

mas não foi alcançada. Precisamos analisar os motivos e ajustar

as estratégias."

▪ Dica: Identifique as lições aprendidas com os planos anteriores e

utilize-as para orientar o planejamento futuro.

o Protocolos e Diretrizes Existentes:

▪ Onde Encontrar: Nos arquivos da CCIH, intranet do hospital,

manuais de procedimentos.

▪ O que Avaliar:

▪ Atualização: Os protocolos estão atualizados com as

últimas evidências científicas?

▪ Abrangência: Os protocolos cobrem todos os aspectos

relevantes do controle de infecção?

▪ Clareza: Os protocolos são fáceis de entender e aplicar?

▪ Acessibilidade: Os protocolos estão disponíveis para toda

a equipe de saúde?

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

▪ Exemplo: "O protocolo de higiene das mãos precisa ser atualizado

com as recomendações mais recentes da OMS sobre o uso de

álcool em gel."

▪ Dica: Consulte as diretrizes de sociedades médicas e órgãos de

saúde (Anvisa, OMS, CDC) para garantir que os protocolos

estejam atualizados.

o Resultados de Auditorias e Monitoramentos:

▪ Onde Encontrar: Nos arquivos da CCIH.

▪ O que Avaliar:

▪ Taxa de adesão à higiene das mãos.

▪ Taxa de adesão ao uso de EPIs.

▪ Cumprimento dos protocolos de inserção e manutenção

de cateteres.

▪ Conformidade com as normas de limpeza e desinfecção.

▪ Exemplo: "A taxa de adesão à higiene das mãos é baixa no

plantão noturno. Precisamos investigar os motivos e implementar

ações para melhorar a adesão."

▪ Dica: Utilize os resultados das auditorias para identificar as

áreas onde a equipe de saúde precisa de mais treinamento e

apoio.

o Relatórios de Uso de Antimicrobianos:

▪ Onde Encontrar: No serviço de farmácia do hospital.

▪ O que Avaliar:

▪ Padrões de prescrição de antimicrobianos.

▪ Antimicrobianos mais utilizados.

▪ Consumo de antimicrobianos por setor do hospital.

▪ Resistência bacteriana aos antimicrobianos.

▪ Exemplo: "O uso de carbapenêmicos está aumentando na UTI.

Precisamos avaliar se a prescrição está sendo adequada e se há

outras opções de tratamento."

▪ Dica: Trabalhe em conjunto com o farmacêutico para analisar os

dados de uso de antimicrobianos e identificar oportunidades de

otimização.

3. Observe o Ambiente Hospitalar:

o Roteiro de Observação:

▪ Higiene das mãos: Há álcool em gel disponível nos pontos de

assistência ao paciente? Os profissionais estão higienizando as

mãos corretamente?

▪ Uso de EPIs: Os profissionais estão utilizando os EPIs adequados

para cada situação?

▪ Limpeza e Desinfecção: As superfícies e equipamentos estão

sendo limpos e desinfetados regularmente? Os produtos utilizados

são adequados?

▪ Descarte de Resíduos: Os resíduos estão sendo descartados

corretamente?

▪ Cumprimento dos Protocolos: Os protocolos de controle de

infecção estão sendo seguidos?

o Exemplo: "Observei que alguns profissionais não estão utilizando luvas ao

manipular sangue e outros fluidos corporais."

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

▪ A equipe de saúde se sente sobrecarregada e não tem tempo

para seguir os protocolos de controle de infecção.

2.2. Levantamento de Dados e Indicadores: Onde Encontrar e Como Interpretar (Super

Detalhado).

Objetivo: Coletar dados precisos e relevantes para monitorar a incidência de IRAS, avaliar

a eficácia das ações de controle e identificar áreas onde a intervenção é necessária.

Onde Encontrar os Dados (Super Detalhado):

  1. Prontuários dos Pacientes:

o Como Acessar: Solicite acesso aos prontuários (físicos ou eletrônicos) à

chefia do serviço.

o O que Procurar:

▪ Sinais e sintomas de infecção (febre, calafrios, secreção

purulenta, etc.).

▪ Resultados de exames laboratoriais (hemograma, cultura, PCR,

etc.).

▪ Informações sobre o tratamento (antimicrobianos utilizados,

duração do tratamento).

▪ Fatores de risco para IRAS (uso de dispositivos invasivos,

cirurgias, imunossupressão).

o Dica: Utilize um formulário de coleta de dados padronizado para facilitar

a extração das informações.

  1. Sistema de Notificação de IRAS:

o Como Acessar: Solicite acesso ao sistema e treinamento sobre como

utilizá-lo.

o O que Verificar:

▪ Se todas as IRAS estão sendo notificadas.

▪ Se as informações estão sendo preenchidas de forma completa e

correta.

▪ Se as notificações estão sendo feitas em tempo oportuno.

o Dica: Incentive a equipe de saúde a notificar as IRAS e ofereça suporte

para o preenchimento dos formulários.

  1. Laboratório de Microbiologia:

o Como Acessar: Entre em contato com o laboratório e estabeleça um canal

de comunicação.

o O que Obter:

▪ Resultados de culturas de amostras clínicas (sangue, urina,

secreções, etc.).

▪ Identificação dos microrganismos isolados.

▪ Testes de sensibilidade antimicrobiana (antibiogramas).

o Dica: Solicite ao laboratório que envie os resultados das culturas de

forma regular e organizada.

  1. Serviço de Farmácia:

o Como Acessar: Entre em contato com o farmacêutico e solicite os dados

de uso de antimicrobianos.

o O que Obter:

▪ Quantidade de antimicrobianos consumidos por setor do hospital.

▪ Antimicrobianos mais utilizados.

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

▪ Padrões de prescrição de antimicrobianos.

o Dica: Trabalhe em conjunto com o farmacêutico para analisar os dados e

identificar oportunidades de otimização do uso de antimicrobianos.

  1. Sistema de Gestão Hospitalar:

o Como Acessar: Solicite acesso ao sistema e treinamento sobre como

utilizá-lo.

o O que Obter:

▪ Tempo de internação dos pacientes.

▪ Custos hospitalares relacionados às IRAS.

▪ Taxa de ocupação dos leitos.

o Dica: Utilize os dados do sistema de gestão hospitalar para calcular

indicadores de impacto das IRAS.

Principais Indicadores a Serem Monitorados (Super Detalhado):

  1. Taxa de Incidência de IRAS:

o Definição: Número de novos casos de IRAS por 1000 pacientes-dia ou 100

altas.

o Fórmula: (Número de novos casos de IRAS / Número de pacientes-dia ou

número de altas) x 1000 (ou 100).

o Exemplo: Se houver 10 novos casos de ITU em um mês e 5000 pacientes-

dia, a taxa de incidência de ITU será (10/5000) x 1000 = 2 casos por

1000 pacientes-dia.

  1. Taxa de Densidade de Incidência de IRAS:

o Definição: Número de novos casos de IRAS por 1000 dispositivos-dia (ex:

cateter urinário, cateter venoso central, ventilador mecânico).

o Fórmula: (Número de novos casos de IRAS / Número de dispositivos-dia) x

o Exemplo: Se houver 5 novos casos de pneumonia associada à ventilação

mecânica em um mês e 2000 dias de ventilação mecânica, a taxa de

densidade de incidência de PAV será (5/2000) x 1000 = 2,5 casos por

1000 dias de ventilação mecânica.

  1. Taxa de Utilização de Antimicrobianos:

o Definição: Quantidade de antimicrobianos consumidos por 1000

pacientes-dia.

o Fórmula: (Quantidade de antimicrobianos consumidos / Número de

pacientes-dia) x 1000.

o Exemplo: Se forem consumidos 1000 doses de antimicrobianos em um mês

e houver 5000 pacientes-dia, a taxa de utilização de antimicrobianos

será (1000/5000) x 1000 = 200 doses por 1000 pacientes-dia.

  1. Taxa de Adesão à Higiene das Mãos:

o Definição: Percentual de oportunidades de higiene das mãos em que a

higiene foi realizada corretamente.

o Fórmula: (Número de vezes em que a higiene das mãos foi realizada

corretamente / Número total de oportunidades de higiene das mãos) x

o Exemplo: Se em 100 oportunidades de higiene das mãos, a higiene foi

realizada corretamente em 80 vezes, a taxa de adesão será (80/100) x

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

▪ Com Prazo Definido: A meta deve ter um prazo para ser

alcançada.

o Exemplos:

▪ "Reduzir a taxa de ITU associada a cateter urinário na UTI em

20% nos próximos 6 meses." (SMART)

▪ "Implementar um programa de educação sobre higiene das mãos

para toda a equipe de saúde." (Não é SMART - falta

mensurabilidade e prazo).

  1. Defina as Estratégias:

o Brainstorming: Reúna a equipe da CCIH para gerar ideias de estratégias.

o Priorização: Priorize as estratégias mais eficazes e viáveis.

o Exemplos:

▪ Para reduzir a taxa de ITU associada a cateter urinário:

▪ Implementar um protocolo de inserção e manutenção de

cateteres urinários.

▪ Oferecer treinamento sobre inserção e manutenção de

cateteres urinários para a equipe de enfermagem.

▪ Monitorar a adesão ao protocolo de inserção e

manutenção de cateteres urinários.

▪ Remover os cateteres urinários assim que não forem mais

necessários.

▪ Para aumentar a adesão à higiene das mãos:

▪ Realizar uma campanha de conscientização sobre a

importância da higiene das mãos.

▪ Disponibilizar álcool em gel em todos os pontos de

assistência ao paciente.

▪ Oferecer treinamento sobre a técnica correta de higiene

das mãos.

▪ Monitorar a adesão à higiene das mãos.

  1. Defina os Responsáveis:

o Atribuições: Atribua responsabilidades específicas para cada ação.

o Exemplos:

▪ O enfermeiro da CCIH será responsável por coordenar o

programa de educação sobre cateteres urinários.

▪ O médico infectologista será responsável por revisar o protocolo

de inserção e manutenção de cateteres urinários.

▪ O farmacêutico será responsável por monitorar o uso de

antimicrobianos.

  1. Defina os Recursos Necessários:

o Tipos de Recursos:

▪ Humanos (tempo da equipe, consultores externos).

▪ Materiais (álcool em gel, EPIs, materiais de limpeza e

desinfecção).

▪ Financeiros (verba para treinamentos, materiais educativos,

equipamentos).

o Exemplo: "Para implementar o programa de educação sobre cateteres

urinários, precisaremos de material educativo, tempo para os

treinamentos e equipamentos para demonstração."

Lílian Evelyn Machado – CCIH um desafio diário

  1. Defina os Indicadores de Acompanhamento:

o Indicadores: Utilize indicadores quantitativos para medir o progresso em

relação às metas.

o Exemplos:

▪ Para a meta de reduzir a taxa de ITU associada a cateter

urinário: Monitorar a taxa de ITU associada a cateter urinário

mensalmente.

▪ Para a meta de aumentar a adesão à higiene das mãos:

Monitorar a taxa de adesão à higiene das mãos trimestralmente.

Exemplo de Plano de Ação Detalhado:

Meta Estratégia Responsável(is) Recursos

Necessários

Indicador de

Acompanhamento

Prazo

Reduzir a

taxa de

ITU

associada

a cateter

em 20%

  1. Revisar e

atualizar o

protocolo de

inserção e

manutenção de

cateteres

urinários. 2.

Oferecer

treinamento

para a equipe

de enfermagem.

Enfermeiro

CCIH, Médico

Infectologista

  1. Tempo da

equipe para

revisão do

protocolo. 2.

Material

educativo

(manuais,

vídeos). 3.

Espaço para

treinamento. 4.

Equipamentos

para

demonstração.

Taxa de ITU

associada a

cateter urinário

(mensalmente).

Taxa de adesão

ao protocolo de

inserção e

manutenção.

6

meses

Aumentar

a adesão

à higiene

  1. Realizar

campanha de

conscientização.

Enfermeiro

CCIH

  1. Cartazes,

banners,

vídeos. 2.

Taxa de adesão à

higiene das mãos

(trimestralmente).

3

meses

das mãos

em 15%

  1. Disponibilizar

álcool em gel. 3.

Oferecer

treinamento

sobre a técnica

correta.

Álcool em gel

em todos os

pontos de

assistência. 3.

Tempo da

equipe para

treinamento.

Quantidade de

álcool em gel

consumida.

2.4. Comunicação Eficaz: Construindo Pontes com a Equipe e a Gestão (Super Detalhado).

Objetivo: Estabelecer uma comunicação clara, transparente e eficaz com a equipe de

saúde, a gestão do hospital e outros stakeholders para promover o engajamento e o

sucesso do programa de controle de infecção.

Estratégias de Comunicação (Super Detalhado):

  1. Reuniões Regulares:

o Tipos de Reuniões:

▪ Reuniões da CCIH: Para discutir os progressos, os desafios e as

próximas etapas do plano de ação.

▪ Reuniões com Chefias de Setor: Para apresentar os resultados

dos indicadores de IRAS, discutir os problemas identificados e

buscar soluções em conjunto.

▪ Reuniões com a Gestão: Para informar sobre os resultados do

programa de controle de infecção, solicitar apoio e recursos.

o Dicas:

▪ Prepare uma pauta com os tópicos a serem discutidos.

▪ Envie a pauta com antecedência aos participantes.