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Guias e Dicas
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Guia de como montar um Cineclube no ambiente escolar, Manuais, Projetos, Pesquisas de Video e Cinema

Guia de como montar um Cineclube no ambiente escolar

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 20/09/2019

jorge-abdon-2
jorge-abdon-2 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

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Coleção Cinema para Todos
Cineclubista
Volume III
Guia para prática
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Baixe Guia de como montar um Cineclube no ambiente escolar e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Video e Cinema, somente na Docsity!

Coleção Cinema para Todos

Cineclubista Volume III

Guia para prática

Governador Sérgio Cabral vice-Governador Luiz Fernando de Souza Pezão Secretária de eStado de cultura Adriana Scorzelli Rattes Secretário de eStado de educação Wilson Risolia Rodrigues

Secretaria de eStado de educação SubSecretário de GeStão da rede de enSino Antonio José Vieira de Paiva Neto SubSecretário executivo Amaury Perlingeiro do Valle SubSecretário de GeStão de PeSSoaS Luiz Carlos Becker Junior SubSecretário de recurSoS e infraeStrutura Zaqueu Soares Ribeiro SuPerintendente PedaGóGica Claudia Raybolt diretora de inteGração educacional Inês dos Santos da Silva coordenadora de eSPorteS, cultura, ProtaGoniSmo Juvenil e eScola aberta Cíntia Aparecida Garcia Rodrigues

Secretaria de eStado de cultura SubSecretária de relaçõeS inStitucionaiS Olga Campista SubSecretário de PlaneJamento e GeStão Mario Cunha SuPerintendente do audioviSual Julia Levy coordenadora de difuSão e aceSSo Fátima Paes Gerente de difuSão e aceSSo Adriana Carneiro

inStituto cultura em movimento – icem diretora do icem Luciana Boal Marinho coordenadora do ProGrama Tatiana Maciel Gerente de Produção Renato Herzog comunicação inStitucional Flavia Salgado Gerente do circuito de cineclubeS Juliana Domingos

Guia Para a Prática cineclubiSta deSenvolvimento e PeSQuiSa de conteÚdo Heraldo HB / Igor Barradas colaboração Juliana Domingos / Maria Pereira / Vanessa Castro / Adriana Carneiro / Fátima Paes redação final Heraldo HB concePção Cineclube Mate Com Angu ProJeto Gráfico e diaGramação Místico Solimões Design

Adriana Rattes Secretária de Estado de Cultura

Wilson Risolia Secretário de Estado de Educação

Caros alunos e professores,

Quando, em 2008, iniciamos uma parceria entre as Secretarias de Cultura e de Educação apostando no poder enriquecedor da experiência do cinema no ambiente escolar, a partir da distribuição de vales-ingresso entre alunos e professores da rede estadual de ensino, apenas intuíamos o quão produtiva poderia ser essa união de forças.

Cinco anos depois, o PROGRAMA CINEMA PARA TODOS já levou mais de um milhão de alunos, professores e familiares ao encontro dos múltiplos retratos do Brasil na telona. Além disso, desdobrou a relação cinema-educa- ção em ações que têm adquirido fôlego cada vez maior e constituído parte essencial do Programa.

Os Encontros Pedagógicos - Cinema e Educação, as Oficinas de VideoInteratividade e, mais recentemente, o Circuito de Cineclubes nas Escolas são as ações que, ao ampliar o acesso à cinematografia nacional e interna- cional, têm possibilitado o exercício da cidadania, formando novos hábitos e repertórios culturais entre alunos, professores e comunidade escolar.

Os Cadernos do CINEMA PARA TODOS são o desdobramento natural do trabalho que desenvolvemos até ago- ra. Seus três volumes - que podem também ser baixados do site do Programa (www.cinemaparatodos.rj.gov. br) - pretendem dar condições de aprofundamento da relação entre cinema e educação no trabalho do aluno e do professor em sala de aula, contribuir para a relação da comunidade escolar com as novas tecnologias e, finalmente, estimular o desenvolvimento, em toda sua potencialidade, da atividade cineclubista nas escolas.

Que as informações aqui reunidas tenham o poder de desencadear novas percepções e diálogos entre alunos e professores, é o nosso maior desejo!

Sumário

  • Apresentação.........................................................................
  • Introdução............................................................................
  • Circuito cineclubes Cinema Para Todos
  • [PARTE 1] Metendo a mão na massa!
    • O que é um Cineclube?
    • Vamos explorar esta linha do tempo?
    • A construção de um cineclube
    • Identidade
    • O nome
    • Público
    • Curadoria
    • Direito Autoral - dá licença?
    • O kit de filmes da Programadora Brasil
    • Pensando a Sessão........................................................
    • Opinando e botando pilha
    • Programando o Programa
    • Extra! Extra!
    • Acervo – Um tesouro a ser cuidado
    • Arquivos – Preserve suas pegadas!.................................
    • Equipamento
    • Executando a Sessão Cineclubista
    • Dicas legais para produção da sessão - Conforto e segurança - Conhecendo e Articulando - O Cineclube como Ferramenta de Organização - Algumas dicas de articulação..........................................
      • [PARTE 2] Cineclubismo – que história é essa?
        • Lá nos primórdios
        • Em busca do brasileiro....................................................
        • Por falar em Humberto Mauro...
        • Cineclubes x Contexto Social
        • Cineclubismo x Ditadura Militar
        • Um parênteses importante
        • Na Resistência................................................................
        • Novos caminhos que surgem..........................................
        • A Onda Digital
        • Explosão cineclubista
      • Acervo Inicial
      • muitos dos quais usamos para fazer o Guia: Agora alguns livros bacanas,
      • Websites..............................................................................
      • Iconografia

DUQUE DE CAXIAS

PETRÓPOLIS

TERESÓPOLIS

TRÊS RIOS NOVA FRIBURGO MACAÉ

RIO DAS OSTRAS

ARARUAMA ARMAÇÃO DOS BÚZIOS SÃO GONÇALO

SÃO JOÃO DE MERITI

NILÓPOLIS

RIO DE JANEIRO

NOVA IGUAÇU PARACAMBI

ITAGUAÍ ANGRA DOS REIS

VOLTAREDONDA

BARRA MANSA

BARRA DO PIRAÍ

VALENÇA

VASSOURAS

NITERÓI

CAMPOS DOSGOYTACAZES

ITAPERUNA

BOM JESUS DO ITABAPOANA

MAGÉ

ILHA DO GOVERNADOR

ENGENHEIROPAULO DE FRONTIN

BELFORD ROXO

SANTA CRUZ

QUEIMADOS SEROPÉDICA

CACHOEIRASDE MACACU

TANGUÁ IGUABAGRANDE

MARICÁ

MIGUEL PEREIRA

CANTAGALO SAPUCAIA (^) CORDEIRO

CAMBUCI SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA (^) ITAOCARA

LAJE DO MURIAÉ

CARDOSO MOREIRA

SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA

SÃO FIDÉLIS SÃO JOÃO DA BARRA

RESENDE

RIO CLARO

Com o objetivo de aumentar os espaços de exibição audiovisual do es- tado, o CINEMA PARA TODOS deu início, em 2012, ao CIRCUITO DE CINECLUBES que, realizado nas escolas da rede, representa a expansão do Programa para mais 23 municípios atendidos diretamente.

Legenda

Com salas de Cinema 27 municípios CirCuito CineClubes 30 municípios

Outros 40 municípios que não contam com salas de cinema têm parti- cipado do Programa, seja pela participação em sessões agendadas em municípios vizinhos, seja pelos ENCONTROS DE CINEMA-EDUCAÇÃO, voltados à aproximação do professor às inúmeras possibilidades da expe- riência com o cinema; ou pelas OFICINAS VIDEOINTERATIVIDADE, exercí- cio coletivo de produção audiovisual a partir das novas tecnologias.

O site www.cinemaparatodos.rj.gov.br é a linha direta entre a equipe que realiza o programa e os alunos e professores da rede estadual. Lá, você encontra o detalhamento de cada ação, todos os materiais pedagógicos produzidos para download, além da programação dos cinemas convenia- dos. Ficar de fora não está no roteiro!

Seja bem-vindo!

O Guia que você tem em mãos é uma mistura de convite, desafio e ajuda. A ideia aqui é apresentar o que é um cineclube, como ele pode ser feito, um pouquinho de como foi essa história ao longo do tempo e dar uns toques de como pode ser um barato fazer um na sua escola.

Mas também é um desafio a não desistir... Assim como qualquer atividade que envolva cultura e participação, dar vida e depois tocar um cineclube exige muitas vezes uma atenção carinhosa e alguns cuidados especiais.

Por isso, esse guia também é um auxiliador, um amigo ajudante que você pode abrir sempre que tiver dúvi- das e sempre que alguma dificuldade aparecer.

Esperamos que essa publicação plante a semente do cinema no seu coração e na sua escola, e que o seu cineclube floresça, contagiando a comunidade com essa magia que é ver filme de um jeito muito apaixonante.

O desafio está lançado! Envolva os alunos, professores e comunidade escolar nessa história e mande ver! Vamos nessa?

Introdução

[PARTe^ 1]

metendo a mão na massa!

Filme é pra ser visto!

o que é um CineClube?

Hum... Para começar vamos ver o que nos diz a Wikipédia e o bom e velho Aurélio:

“[de cine + clube] substantivo masculino.

  1. entidade onde se congregam amadores de cinema para estudar-lhe a técnica e a história.” Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, versão em CD-ROM

“Cineclube é uma associação sem fins lucrativos que estimula os seus membros a ver, discutir e refletir sobre o cinema.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cineclube)

As definições são boas, mas certamente podem ser ampliadas. E esse é UM dos principais objetivos desse material: ampliar o conceito de cinema e o de cineclubismo. O outro objetivo é ainda mais simples: auxiliar você na montagem de um cineclube na sua escola! :D

Você vai ver que o cineclubismo está presente na história do Brasil desde o início do cinema e está intimamente ligado à formação da nossa cultura cinematográfica. Então, aperte o cinto e vamos nessa!

É, galera, esse papo de assistir filmes juntos, aprender e conversar so- bre eles vem de longe, desde o comecinho dessa arte mágica que é o cinema. Então, para o papo ficar ainda mais animado, vamos voltar um pouquinho essa fita e viajar um pouco nessa história que é bonita e que certamente vai ter envolver... Vamos lá?

???

Vamos

exPlorar

esta linha

do temPo?

Invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumière, na França.

Paschoal Segreto inaugura, na rua do Ouvidor, Rio de Janeiro, a primeira sala permanente, o Salão de Novidades Paris.

Lançamento da Cinearte, primeira revista brasileira sobre cinema, que circulou até 1942, O cinematógrafo chega ao Rio de Janeiro. após 561 edições. Primeira sessão de cinema do país por inicia- tiva do exibidor itinerante belga Henri Paillie.

O grupo do Paredão se reunia para ver e debater filmes nos cinemas Íris e Pátria, no Rio de Janeiro. Fundação do Chaplin Club, no Rio de Janeiro, considerado o primeiro cineclube brasileiro.

Criação da Distribuidora Nacional de Filmes para Cineclubes (Dina Filmes), com acervo formado inicialmente por filmes no formato 16mm, cedidos pela Cinemateca Brasileira.

Extinção da Embrafilme no governo Fernando Collor, ocasionando uma paralisação das atividades cinematográficas no país.

É sancionada a Lei do Audiovisual no governo Itamar Franco.

Nos primeiros anos da década surgem as experiências das TVs populares TV Olho, TV Viva e TV Maxambomba.

O filme O Homem que Virou Suco, de João Batista de Andrade, é lançado simultaneamente pela Embrafilme e na rede de cineclubes pela Dina Filmes.

O filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camurati, é lançado e torna-se um marco da chamada Retomada do Cinema.

O filme O Bicho de Sete Cabeças , de Laís Bodanzky, é premiado nos festivais de cinema de Recife e Brasília.

É criada a Agência Nacional do Cinema – ANCINE.

Surgimento de vários cineclubes na esteira do barateamento dos equipamentos digitais.

O filme Cidade de Deus , de Fernando Meirelles, adaptação do livro de Paulo Lins, leva mais de 3,3 milhões de pessoas aos cinemas e é considerado o maior sucesso de bilheteria do país desde a retomada da produção nacional. O filme recebeu indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia, e foi bem recebido no Festival de Cannes na França.

O cinema brasileiro, já em retomada de produção, lança 18 filmes brasileiros.