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Rotinas de Assistência na Obstetrícia: Gravidez Prolongada, Notas de estudo de Cálculo

Rotinas de assistência na obstetrícia relacionadas à gravidez prolongada, incluindo termos relevantes, diagnóstico, conduta e leitura sugerida. O texto aborda a importância de conhecer os termos gestação prolongada, pós-maturidade e pós-datismo, além de detalhar o processo de diagnóstico, que envolve anamnese, exame físico e ultrassonografia. A conduta é discutida em relação à ultrassonografia, cardiotocografia e interrupção da gestação. A leitura sugerida inclui referências relevantes para a matéria.

O que você vai aprender

  • Que termos é preciso conhecer para entender a gravidez prolongada?
  • Quais são as opções de conduta para uma gravidez prolongada?
  • Quais exames são utilizados no diagnóstico de gravidez prolongada?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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OBSTETRÍCIA
GRAVIDEZ PROLONGADA
Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Levando-se em consideração que a gravidez normal deva terminar entre 38 e 42 semanas, torna-se
relevante conceituar alguns termos, que não sendo sinônimos, devem ser conhecidos pelo especialista:
Gestação prolongada (pós-termo): é aquela que alcança ou ultrapassa 42 semanas (294 dias)
de gestação), sem comprometimento do bem estar fetal (Organização Mundial de saúde
OMS – 2006).
Pós-maturidade: é a gravidez que ultrapassa o termo (42 semanas) e que cursa com
sofrimento fetal, conseqüente à insuficiência placentária. Pode levar à oligodramnia e hipoxia
fetal.
Pós-datismo: é a gestação que ultrapassa 40 semanas.
DIAGNÓSTICO
ANAMNESE
o Caracterização dos ciclos menstruais anteriores à concepção.
o Pesquisar história de pós-maturidade habitual.
o Investigação quanto ao uso de antiinflamatórios não esteróides e uso crônico de aspirina.
o Utilização de substâncias de ação tocolítica.
o Caracterização do último catamênio (data, duração e características da menstruação).
o Arguir sobre o início da percepção dos movimentos fetais e da ausculta dos batimentos
cardíacos fetais.
o Presença de obesidade, infertilidade, puberdade tardia, primiparidade e feto do sexo masculino
estão relacionados à gestação prolongada.
EXAME FÍSICO
o Sinais de oligodramnia à palpação abdominal
o Curva de medida do fundo uterino
ULTRASSONOGRAFIA
o Utilizar sempre o exame que contenha o CCN para cálculo confiável da idade gestacional
o No trimestre, utilizar o DBP e o comprimento do fêmur para lculo de idade gestacional,
podendo o erro de cálculo chegar a 10 a 20%.
o A existência de exames ultrassonográficos realizados durante a gravidez torna mais precisa a
estimativa da idade gestacional. Lembrar que quanto mais precoce, mais segura é a
ultrassonografia para o diagnóstico da idade da gravidez
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OBSTETRÍCIA

GRAVIDEZ PROLONGADA

Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro Levando-se em consideração que a gravidez normal deva terminar entre 38 e 42 semanas, torna-se relevante conceituar alguns termos, que não sendo sinônimos, devem ser conhecidos pelo especialista:  Gestação prolongada (pós-termo): é aquela que alcança ou ultrapassa 42 semanas (294 dias) de gestação), sem comprometimento do bem estar fetal (Organização Mundial de saúde – OMS – 2006 ).  Pós-maturidade : é a gravidez que ultrapassa o termo (42 semanas) e que cursa com sofrimento fetal, conseqüente à insuficiência placentária. Pode levar à oligodramnia e hipoxia fetal.  Pós-datismo: é a gestação que ultrapassa 40 semanas. DIAGNÓSTICOANAMNESE o Caracterização dos ciclos menstruais anteriores à concepção. o Pesquisar história de pós-maturidade habitual. o Investigação quanto ao uso de antiinflamatórios não esteróides e uso crônico de aspirina. o Utilização de substâncias de ação tocolítica. o Caracterização do último catamênio (data, duração e características da menstruação). o Arguir sobre o início da percepção dos movimentos fetais e da ausculta dos batimentos cardíacos fetais. o Presença de obesidade, infertilidade, puberdade tardia, primiparidade e feto do sexo masculino estão relacionados à gestação prolongada.  EXAME FÍSICO o Sinais de oligodramnia à palpação abdominal o Curva de medida do fundo uterino  ULTRASSONOGRAFIA o Utilizar sempre o exame que contenha o CCN para cálculo confiável da idade gestacional o No 2° trimestre, utilizar o DBP e o comprimento do fêmur para cálculo de idade gestacional, podendo o erro de cálculo chegar a 10 a 20%. o A existência de exames ultrassonográficos realizados durante a gravidez torna mais precisa a estimativa da idade gestacional. Lembrar que quanto mais precoce, mais segura é a ultrassonografia para o diagnóstico da idade da gravidez

CONDUTA

 ULTRASSONOGRAFIA

o Na gestação prolongada a ultrassonografia pode mostrar oligodramnia  CARDIOTOCOGRAFIA o Em fetos sofridos pelo envelhecimento placentário a CTG pode mostrar:  Desacelerações umbilicais consequentes à compressão funicular pela oligodramnia.  Sinais de sofrimento fetal, como ausência de acelerações à movimentação fetal, oscilação comprimida ou lisa.  INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO o Esta indicada a indução do parto nas pacientes com gestações de 41 semanas por haver decréscimo da mortalidade perinatal sem elevação do risco de cesariana, menor taxa de mortalidade e morbidade perinatal e por haver maior satisfação da gestante em relação a indução do parto se comparado à conduta expectante. o Quando houver comprometimento do bem estar fetal, macrossomia fetal, ou cicatriz uterina anterior, a interrupção da gestação deverá ser feita por operação cesariana. o Com propedêutica fetal normal e índice de Bishop < 6, utilizar Misoprostol e descolamento das membranas ovulares. Ocitocina pode ser utilizada com índice de Bishop > 6. Figura 1 – Conduta no pós-datismo

GESTAÇÃO

> 41 SEM e 3 DIAS Colo maduro Bishop > 6 Colo imaturo Bishop < 6 Data confirmada pela USG de 1º trimestre vLA & CTG normais vLA & CTG normais Descolamento das Indução membranas com ocitocina Misoprostol^ / Ocitocina

CESARIANA

PARTO

Sofrimento fetal sim sim não não