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Função Financeira: Tarefas, Objetivos e Limites, Exercícios de Contabilidade

Este documento aborda a função financeira em empresas, detalhando suas tarefas, objetivos e limites. A função financeira iniciou-se na tesouraria, mas evoluiu para gestão financeira, envolvendo análise e controle da rendibilidade atual e previsional de aplicações de fundos. As tarefas incluem política de investimento, política de financiamento, equilíbrio financeiro previsional a longo prazo, gestão do ativo circulante e gestão de débitos de curto prazo.

O que você vai aprender

  • Como a função financeira evoluiu para gestão financeira?
  • Quais objetivos a função financeira busca atingir em uma empresa?
  • Quais são as limitações da função financeira em uma empresa?
  • Que tarefas inicialmente fazia a função financeira em uma empresa?
  • Quais são as principais atividades da gestão financeira?

Tipologia: Exercícios

2020

Compartilhado em 08/10/2021

darcio-mendes
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A FUNÇÃO FINANCEIRA
- AS TAREFAS DA FUNÇÃO FINANCEIRA
- OBJECTIVOS DA FUNÇÃO FINANCEIRA
- LIMITES DA FUNÇÃO FINANCEIRA
- ANÁLISE FINANCEIRA E GESTÃO FINANCEIRA
AS TAREFAS DA FUNÇÃO FINANCEIRA
Para quem trabalha na função financeira, todas as actividades levadas a cabo
numa organização levam a que hajam fluxos de entradas e saídas de dinheiro,
o fundos, que é necessário manter em constante equilíbrio.
O financeiro assim a empresa como uma contínua corrente de fluxos
monetários ,de caixa, que importa garantir, sem existirem rupturas
Em qualquer altura, é necessário que:
Saldo inicial + Entradas previstas Saídas previstas + Saldo final desejado
Esta regra de equilíbrio conduz a outra fundamental, que se relaciona com o
conceito de rendibilidade e que determina que, no médio prazo, as entradas
acumuladas excedam as saídas acumuladas
Entradas previstas Saídas previstas
Para tal, levam-se a cabo um conjunto de tarefas, históricas e previsionais,
num todo coeso e inserido nos objectivos e estratégia definidos.
No passado, a função financeira não era assim:
Numa primeira fase, a função financeira identificava-se com a tesouraria, ou
seja, proceder aos pagamentos e recebimentos provenientes das actividades
da empresa. As preocupações situavam-se ao nível da manutenção de um
saldo de disponibilidades que permitisse assegurar o normal funcionamento da
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A FUNÇÃO FINANCEIRA

- AS TAREFAS DA FUNÇÃO FINANCEIRA

- OBJECTIVOS DA FUNÇÃO FINANCEIRA

- LIMITES DA FUNÇÃO FINANCEIRA

- ANÁLISE FINANCEIRA E GESTÃO FINANCEIRA

AS TAREFAS DA FUNÇÃO FINANCEIRA

Para quem trabalha na função financeira, todas as actividades levadas a cabo numa organização levam a que hajam fluxos de entradas e saídas de dinheiro, o fundos, que é necessário manter em constante equilíbrio.

O financeiro vê assim a empresa como uma contínua corrente de fluxos monetários ,de caixa, que importa garantir, sem existirem rupturas

Em qualquer altura, é necessário que:

Saldo inicial + Entradas previstas  Saídas previstas + Saldo final desejado

Esta regra de equilíbrio conduz a outra fundamental, que se relaciona com o conceito de rendibilidade e que determina que, no médio prazo, as entradas acumuladas excedam as saídas acumuladas

Entradas previstas  Saídas previstas

Para tal, levam-se a cabo um conjunto de tarefas, históricas e previsionais, num todo coeso e inserido nos objectivos e estratégia definidos.

No passado, a função financeira não era assim:

Numa primeira fase, a função financeira identificava-se com a tesouraria, ou seja, proceder aos pagamentos e recebimentos provenientes das actividades da empresa. As preocupações situavam-se ao nível da manutenção de um saldo de disponibilidades que permitisse assegurar o normal funcionamento da

empresa, cobrando com rapidez e segurança aos seus clientes e escalonando os pagamentos aos fornecedores e outros credores. Tratava-se de efectuar uma gestão de disponibilidades.

Estas actividades não eram suficientes para todas as novas situações que surgiam na realidade empresarial.A tarefa foi rapidamente ampliada com a necessidade de obter atempadamente e ao menor custo os fundos necessários ao funcionamento e desenvolvimento da empresa ( decisões de financiamento) , bem como garantir uma adequada aplicação de excedentes de fundos, de forma a garantir a melhor rendibilidade possível dos mesmos. O papel financeiro passou então, a ser mais activo, em termos da gestão. Deixa de actuar apenas no campo das decisões operacionais e passa à estratégia financeira.

Gradualmente, a concepção tradicional e o aumento da complexidade do ambiente em que a empresa opera, a função financeira evoluiu para a gestão financeira, tendo preocupações de carácter económico, cabendo à área financeira a análise e o controlo da rendibilidade actual e previsional de todas

as aplicações de fundos.

A função financeira passou a participar nas decisões de investimento e na elaboração dos planos de médio prazo. Para controlar a rendibilidade das aplicações dos fundos da empresa, surgiu a actividade de “ controller”.

Neste enquadramento, as tarefas de uma moderna gestão financeira são:

Política

A médio/longo prazo - Investimento

(estratégia financeira) - Financiamento

-Distribuição de resultados

A curto prazo Gestão

(decisão operacional) - do activo circulante

juro, integração de funções empresariais, criando necessidades de maior especialização técnica.

OBJECTIVOS E LIMITES DA FUNÇÃO FINANCEIRA

Em todo este esforço tem de estar sempre presente o objectivo global:

maximização do valor da empresa

As decisões financeiras na empresa para alcançarem o objectivo global devem ser examinadas nos seus efeitos financeiros em duas vertentes – rendibilidade e risco.

A rendibilidade mostra a capacidade de uma empresa para gerar lucros. Numa óptima exclusivamente financeira mostra a capacidade para gerar uma série de fluxos de caixa positivos. O risco reflecte a variabilidade potencial desses lucros ou fluxos. O valor de uma empresa incorpora estas duas variáveis: o valor actual de uma série de fluxos de caixa é calculado a uma taxa de custo de oportunidade de capital, que é ajustada ao nível de risco potencial. Torna-se insuficiente para quem visualiza a empresa apenas pela óptica financeira observar o valor real desta. As empresas actuais são organizações abertas em permanente interacção com o meio envolvente, em que as decisões de gestão são mais vastas que as meras decisões financeiras, ainda que estas tenham um grande peso no curto e médio prazo e têm um factor comum e de fácil leitura - o dinheiro.

Note-se que a qualidade das análises e decisões financeiras estão em relação directa com a qualidade e a fiabilidade da informação utilizada, pelo que o sistema e as tecnologias de informação e respectivo controlo têm um peso cada vez mais determinante.

As finanças de uma empresa quando mal geridas são seguramente causa de insucesso. No entanto, uma gestão financeira de boa qualidade não implica, por si só, o sucesso. É necessário o equilíbrio financeiro mas não suficiente.

Qualquer que seja a sua dimensão, a empresa é um todo em que cada função é interdependente das restantes e que obriga a um esforço global e objectivo e um posicionamento estratégico.

A empresa tem vários “ clientes “ internos e externos a quem prestar contas. A vertente financeira apenas representa uma parte desses “ clientes”: os titulares do capital e os principais credores.

Fazer uma correcta análise financeira e gerir uma empresa em termos financeiros implica ver e analisar para além dos meros fluxos desta natureza. Obriga a olhar a empresa na sua inserção ambiental e no seu conjunto interno e perceber a sua capacidade evolutiva.

Isto implica estudar todas as variáveis, externas e internas, relevantes para a definição estratégica:

 A estrutura e atractividade do sector

 O sistema de informação

 A posição concorrencial e as a (s) vantagem (ens) competitiva (s)

 A cadeia de valor

 A carteira de negócios

 Os recursos humanos

A GESTÃO FINANCEIRA E A ANÁLISE FINANCEIRA

Já vimos que a Gestão Financeira tem como tarefas a execução da politica financeira a curto e a médio/longo prazo. A Análise Financeira, a partir do exame a documento contabilístico - financeiros históricos ( Balanços, Demonstrações de Resultados e Demonstrações de Fluxos de Caixa), procura examinar a evolução da situação financeira da empresa com vista a detectar tendências futuras. Pode ser utilizada por observadores externos, ou internamente - Controlo de Gestão, de uma forma cada vez mais previsional. A Análise financeira da empresa conclui-se a empresa tem criado ou não historicamente, ou se criará futuramente valor para os accionistas. Sabendo as razões da criação o não de valor, podem-se criar estratégias para o futuro. Pode-se concluir que a Análise Financeira será parte integrante da Gestão Financeira de uma empresa.

Bibliografia

investirem racionalmente, concederem crédito e tomarem outras decisões;

contribuem assim para o funcionamento eficiente dos mercados de capitais.

A informação deve ser compreensível aos que a desejem analisar e avaliar,

ajudando-os a distinguir os utentes de recursos económicos que sejam

eficientes dos que o não sejam, mostrando ainda os resultados pelo exercício

da gerência e a responsabilidade pelos recursos que lhe foram confiados.

Os destinatários da informação financeira são, mais especificamente, os

seguintes:

Investidores; Financiadores; Trabalhadores; Fornecedores e outros credores; Administração Pública; Público em geral.

A responsabilidade pela preparação da informação financeira e pela sua

apresentação é primordialmente das administrações. Isto não invalida que

estas também não estejam interessadas nessa informação, apesar de terem

acesso a informação adicional, que as ajuda a executar e a cumprir as

responsabilidades do planeamento e do controlo e de tomar decisões.

Os utentes estarão tanto melhor habilitados a analisar a capacidade da

empresa de gerar fundos, com oportunidade e razoável segurança, quanto

melhor forem providos de informação que foque a posição financeira, os

resultados das operações e as alterações naquela posição.

Características qualitativas

A qualidade essencial da informação proporcionada pelas demonstrações

financeiras é a de que seja compreensível aos utentes, sendo a sua utilidade

determinada pelas seguintes características:

Relevância; Fiabilidade;

Comparabilidade.

Estas características, juntamente com conceitos, princípios e normas

contabilísticas adequadas, fazem que surjam demonstrações financeiras

geralmente descritas como apresentando uma imagem verdadeira e apropriada

da posição financeira e do resultado das operações da empresa.

a)Relevância

A relevância é entendida como a qualidade que a informação tem de

influenciar as decisões dos seus utentes, ao ajudá-los a avaliar os

acontecimentos passados, presentes e futuros ou a confirmar ou corrigir as

suas avaliações.

Não sendo a materialidade uma qualidade da informação financeira,

determina, porém, o ponto a partir do qual a mesma passa a ser útil. Assim, a

informação é de relevância material se a sua omissão ou erro forem

susceptíveis de influenciar as decisões dos leitores com base nessa

informação financeira.

Por conseguinte, a relevância e a materialidade estão intimamente

ligadas, porque ambas são definidas em função dos utentes ao tomarem

decisões. No entanto, a relevância parte da natureza ou qualidade da

informação, enquanto a materialidade depende da dimensão da mesma.

A relevância da informação pode ser perdida se houver demoras no seu

relato; por isso, a informação deve ser tempestivamente relatada.

b) Fiabilidade

A fiabilidade é a qualidade que a informação tem de estar liberta de erros

materiais e de juízos prévios, ao mostrar apropriadamente o que tem por

finalidade apresentar ou se espera que razoavelmente represente, podendo,

por conseguinte, dela depender os utentes.

Para que a informação mostre apropriadamente as operações e outros

acontecimentos que tenha por finalidade representar, é necessário que tais

operações e acontecimentos sejam apresentados de acordo com a sua

substância e realidade económica e não meramente com a sua forma legal, e

  1. Princípio do custo histórico - Os registos contabilísticos devem basear-se em custos de aquisição ou de produção.
  2. Princípio da prudência - Significa que é possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza.
  3. Princípio da substância sobre a forma - As operações devem ser contabilizadas atendendo à sua substância, à realidade física e não apenas à sua forma legal.
  4. Princípio da materialidade - As demonstrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que sejam materialmente relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões pelos utentes.

Os Documentos

O Balanço

O Balanço é um documento de contabilidade que mostra a situação patrimonial da empresa numa determinada data. É um elemento de visualização estático.

Agrega, num conjunto de rúbricas, os bens, direitos e obrigações da empresa no momento retratado.

Está dividido em três grandes naturezas:

 O Activo

 Os Capitais Próprios

 O Passivo

No Activo surgem todos os bens e direitos da empresa. Nos Capitais Próprios, o capital social, os resultados acumulados (lucros e prejuízos), as participações e as reservas constituídas. No Passivo, as obrigações assumidas para com terceiros, internos ou externos à empresa (dívidas).

Numa óptica financeira, o Activo corresponde às Aplicações de Fundos ou ao

investimento feito na empresa. Estes bens e direitos são financiados por Capitais Próprios (capital social, reservas e resultados) e Capitais Alheios, cuja obrigatoriedade de pagamento aparece inscrita no Passivo.

A este segundo membro (Capitais Próprios e Passivo) também se chama

Origens de Fundos.

De modo mais gráfico temos A P O L R I I C G A E Ç N Õ S E S F U F N U D N O D S O S Olhando para as colunas da direita e da esquerda, podemos, desde já, estabelecer uma relação de equilíbrio entre estes membros:

ACTIVO = CAPITAIS PRÓPRIOS + PASSIVO

ou

ACTIVO = CAPITAIS PRÓPRIOS + CAPITAIS ALHEIOS

ou ainda

APLICAÇÕES DE FUNDOS = ORIGENS DE FUNDOS

Esta é a equação fundamental da contabilidade.

Na medida em que as empresas se financiam com capitais próprios e alheios é normal (e saudável) que o activo exceda os capitais alheios. Se tal não se verificar, a empresa está tecnicamente falida ou insolvente, isto é:

ACTIVO

CAPITAIS PRÓPRIOS

PASSIVO