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Este documento aborda a função financeira em empresas, detalhando suas tarefas, objetivos e limites. A função financeira iniciou-se na tesouraria, mas evoluiu para gestão financeira, envolvendo análise e controle da rendibilidade atual e previsional de aplicações de fundos. As tarefas incluem política de investimento, política de financiamento, equilíbrio financeiro previsional a longo prazo, gestão do ativo circulante e gestão de débitos de curto prazo.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
1 / 12
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Não perca as partes importantes!
Para quem trabalha na função financeira, todas as actividades levadas a cabo numa organização levam a que hajam fluxos de entradas e saídas de dinheiro, o fundos, que é necessário manter em constante equilíbrio.
O financeiro vê assim a empresa como uma contínua corrente de fluxos monetários ,de caixa, que importa garantir, sem existirem rupturas
Em qualquer altura, é necessário que:
Esta regra de equilíbrio conduz a outra fundamental, que se relaciona com o conceito de rendibilidade e que determina que, no médio prazo, as entradas acumuladas excedam as saídas acumuladas
Para tal, levam-se a cabo um conjunto de tarefas, históricas e previsionais, num todo coeso e inserido nos objectivos e estratégia definidos.
No passado, a função financeira não era assim:
Numa primeira fase, a função financeira identificava-se com a tesouraria, ou seja, proceder aos pagamentos e recebimentos provenientes das actividades da empresa. As preocupações situavam-se ao nível da manutenção de um saldo de disponibilidades que permitisse assegurar o normal funcionamento da
empresa, cobrando com rapidez e segurança aos seus clientes e escalonando os pagamentos aos fornecedores e outros credores. Tratava-se de efectuar uma gestão de disponibilidades.
Estas actividades não eram suficientes para todas as novas situações que surgiam na realidade empresarial.A tarefa foi rapidamente ampliada com a necessidade de obter atempadamente e ao menor custo os fundos necessários ao funcionamento e desenvolvimento da empresa ( decisões de financiamento) , bem como garantir uma adequada aplicação de excedentes de fundos, de forma a garantir a melhor rendibilidade possível dos mesmos. O papel financeiro passou então, a ser mais activo, em termos da gestão. Deixa de actuar apenas no campo das decisões operacionais e passa à estratégia financeira.
Gradualmente, a concepção tradicional e o aumento da complexidade do ambiente em que a empresa opera, a função financeira evoluiu para a gestão financeira, tendo preocupações de carácter económico, cabendo à área financeira a análise e o controlo da rendibilidade actual e previsional de todas
A função financeira passou a participar nas decisões de investimento e na elaboração dos planos de médio prazo. Para controlar a rendibilidade das aplicações dos fundos da empresa, surgiu a actividade de “ controller”.
Neste enquadramento, as tarefas de uma moderna gestão financeira são:
juro, integração de funções empresariais, criando necessidades de maior especialização técnica.
OBJECTIVOS E LIMITES DA FUNÇÃO FINANCEIRA
Em todo este esforço tem de estar sempre presente o objectivo global:
As decisões financeiras na empresa para alcançarem o objectivo global devem ser examinadas nos seus efeitos financeiros em duas vertentes – rendibilidade e risco.
A rendibilidade mostra a capacidade de uma empresa para gerar lucros. Numa óptima exclusivamente financeira mostra a capacidade para gerar uma série de fluxos de caixa positivos. O risco reflecte a variabilidade potencial desses lucros ou fluxos. O valor de uma empresa incorpora estas duas variáveis: o valor actual de uma série de fluxos de caixa é calculado a uma taxa de custo de oportunidade de capital, que é ajustada ao nível de risco potencial. Torna-se insuficiente para quem visualiza a empresa apenas pela óptica financeira observar o valor real desta. As empresas actuais são organizações abertas em permanente interacção com o meio envolvente, em que as decisões de gestão são mais vastas que as meras decisões financeiras, ainda que estas tenham um grande peso no curto e médio prazo e têm um factor comum e de fácil leitura - o dinheiro.
Note-se que a qualidade das análises e decisões financeiras estão em relação directa com a qualidade e a fiabilidade da informação utilizada, pelo que o sistema e as tecnologias de informação e respectivo controlo têm um peso cada vez mais determinante.
As finanças de uma empresa quando mal geridas são seguramente causa de insucesso. No entanto, uma gestão financeira de boa qualidade não implica, por si só, o sucesso. É necessário o equilíbrio financeiro mas não suficiente.
Qualquer que seja a sua dimensão, a empresa é um todo em que cada função é interdependente das restantes e que obriga a um esforço global e objectivo e um posicionamento estratégico.
A empresa tem vários “ clientes “ internos e externos a quem prestar contas. A vertente financeira apenas representa uma parte desses “ clientes”: os titulares do capital e os principais credores.
Fazer uma correcta análise financeira e gerir uma empresa em termos financeiros implica ver e analisar para além dos meros fluxos desta natureza. Obriga a olhar a empresa na sua inserção ambiental e no seu conjunto interno e perceber a sua capacidade evolutiva.
Isto implica estudar todas as variáveis, externas e internas, relevantes para a definição estratégica:
Já vimos que a Gestão Financeira tem como tarefas a execução da politica financeira a curto e a médio/longo prazo. A Análise Financeira, a partir do exame a documento contabilístico - financeiros históricos ( Balanços, Demonstrações de Resultados e Demonstrações de Fluxos de Caixa), procura examinar a evolução da situação financeira da empresa com vista a detectar tendências futuras. Pode ser utilizada por observadores externos, ou internamente - Controlo de Gestão, de uma forma cada vez mais previsional. A Análise financeira da empresa conclui-se a empresa tem criado ou não historicamente, ou se criará futuramente valor para os accionistas. Sabendo as razões da criação o não de valor, podem-se criar estratégias para o futuro. Pode-se concluir que a Análise Financeira será parte integrante da Gestão Financeira de uma empresa.
Bibliografia
investirem racionalmente, concederem crédito e tomarem outras decisões;
contribuem assim para o funcionamento eficiente dos mercados de capitais.
A informação deve ser compreensível aos que a desejem analisar e avaliar,
ajudando-os a distinguir os utentes de recursos económicos que sejam
eficientes dos que o não sejam, mostrando ainda os resultados pelo exercício
da gerência e a responsabilidade pelos recursos que lhe foram confiados.
Os destinatários da informação financeira são, mais especificamente, os
seguintes:
Investidores; Financiadores; Trabalhadores; Fornecedores e outros credores; Administração Pública; Público em geral.
A responsabilidade pela preparação da informação financeira e pela sua
apresentação é primordialmente das administrações. Isto não invalida que
estas também não estejam interessadas nessa informação, apesar de terem
acesso a informação adicional, que as ajuda a executar e a cumprir as
responsabilidades do planeamento e do controlo e de tomar decisões.
Os utentes estarão tanto melhor habilitados a analisar a capacidade da
empresa de gerar fundos, com oportunidade e razoável segurança, quanto
melhor forem providos de informação que foque a posição financeira, os
resultados das operações e as alterações naquela posição.
Características qualitativas
A qualidade essencial da informação proporcionada pelas demonstrações
financeiras é a de que seja compreensível aos utentes, sendo a sua utilidade
determinada pelas seguintes características:
Relevância; Fiabilidade;
Comparabilidade.
Estas características, juntamente com conceitos, princípios e normas
contabilísticas adequadas, fazem que surjam demonstrações financeiras
geralmente descritas como apresentando uma imagem verdadeira e apropriada
da posição financeira e do resultado das operações da empresa.
a)Relevância
A relevância é entendida como a qualidade que a informação tem de
influenciar as decisões dos seus utentes, ao ajudá-los a avaliar os
acontecimentos passados, presentes e futuros ou a confirmar ou corrigir as
suas avaliações.
Não sendo a materialidade uma qualidade da informação financeira,
determina, porém, o ponto a partir do qual a mesma passa a ser útil. Assim, a
informação é de relevância material se a sua omissão ou erro forem
susceptíveis de influenciar as decisões dos leitores com base nessa
informação financeira.
Por conseguinte, a relevância e a materialidade estão intimamente
ligadas, porque ambas são definidas em função dos utentes ao tomarem
decisões. No entanto, a relevância parte da natureza ou qualidade da
informação, enquanto a materialidade depende da dimensão da mesma.
A relevância da informação pode ser perdida se houver demoras no seu
relato; por isso, a informação deve ser tempestivamente relatada.
b) Fiabilidade
A fiabilidade é a qualidade que a informação tem de estar liberta de erros
materiais e de juízos prévios, ao mostrar apropriadamente o que tem por
finalidade apresentar ou se espera que razoavelmente represente, podendo,
por conseguinte, dela depender os utentes.
Para que a informação mostre apropriadamente as operações e outros
acontecimentos que tenha por finalidade representar, é necessário que tais
operações e acontecimentos sejam apresentados de acordo com a sua
substância e realidade económica e não meramente com a sua forma legal, e
O Balanço é um documento de contabilidade que mostra a situação patrimonial da empresa numa determinada data. É um elemento de visualização estático.
Agrega, num conjunto de rúbricas, os bens, direitos e obrigações da empresa no momento retratado.
Está dividido em três grandes naturezas:
No Activo surgem todos os bens e direitos da empresa. Nos Capitais Próprios, o capital social, os resultados acumulados (lucros e prejuízos), as participações e as reservas constituídas. No Passivo, as obrigações assumidas para com terceiros, internos ou externos à empresa (dívidas).
investimento feito na empresa. Estes bens e direitos são financiados por Capitais Próprios (capital social, reservas e resultados) e Capitais Alheios, cuja obrigatoriedade de pagamento aparece inscrita no Passivo.
A este segundo membro (Capitais Próprios e Passivo) também se chama
De modo mais gráfico temos A P O L R I I C G A E Ç N Õ S E S F U F N U D N O D S O S Olhando para as colunas da direita e da esquerda, podemos, desde já, estabelecer uma relação de equilíbrio entre estes membros:
ou
ou ainda
Esta é a equação fundamental da contabilidade.
Na medida em que as empresas se financiam com capitais próprios e alheios é normal (e saudável) que o activo exceda os capitais alheios. Se tal não se verificar, a empresa está tecnicamente falida ou insolvente, isto é:
ACTIVO
CAPITAIS PRÓPRIOS
PASSIVO