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Os diferentes tipos de gráficos de controle utilizados no controle estatístico da qualidade, detalhando a lógica para seleção do tipo adequado em situações específicas. O texto apresenta uma revisão dos principais gráficos de controle para variáveis e atributos, além de fornecer exemplos práticos de aplicação e uma árvore de decisão para auxiliar na escolha do gráfico mais apropriado para cada caso.
Tipologia: Resumos
1 / 26
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Não perca as partes importantes!
Seleção do tipo de
gráfico de controle
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Enumerar os diferentes tipos de gráfico de controle.
Descrever a lógica para seleção do tipo de gráfico de controle.
Definir o tipo de gráfico de controle a ser utilizado em situações
específicas.
Introdução
O gráfico de controle é uma técnica central do controle estatístico da
qualidade, cuja principal função consiste em monitorar características
da qualidade ao longo do tempo para que se possa detectar causas
especiais de variação e tomar as devidas ações para manter a estabilidade
do processo. Em outras palavras, o gráfico de controle busca manter o
processo sob controle estatístico e, assim, garantir que apenas causas
comuns de variação estejam presentes. Além do propósito de manter
a maior quantidade possível de itens dentro dos limites de controle,
o gráfico exerce um papel importante na melhoria contínua do processo,
pois proporciona um melhor entendimento do comportamento dos
dados, possibilitando, por exemplo, analisar o processo e ajustar os limites
de controle quando necessário.
Para que um gráfico de controle exerça sua função de maneira efetiva,
é essencial empregar o tipo adequado de gráfico. Portanto, sua seleção
compreende uma etapa crítica da implantação do controle estatístico
de processos (CEP), que requer conhecimento das variáveis que devem
ser monitoradas e das características de cada tipo de gráfico.
Neste capítulo, você revisará as características e as funções dos prin-
cipais gráficos de controle utilizados no controle estatístico da qualidade.
A ideia é que você tenha uma boa compreensão do funcionamento de
cada tipo de gráfico para conseguir selecionar opções adequadas para
Na maior parte dos casos, a implantação de um gráfico de controle para
monitorar variáveis ou atributos passa pelas seguintes etapas principais
definir as características do processo que devem ser monitoradas;
selecionar o tipo adequado de gráfico;
tomar ações para melhorar o processo.
Uma vez escolhido o tipo de gráfico, o seu uso segue duas fases: análise
preliminar e monitoramento. Na primeira, os limites de controle são defi -
nidos com base em amostras (com cerca de 20 a 25 observações) coletados
do processo, criando-se um gráfico preliminar para verificar se há con -
trole estatístico. Quando da identificação de causas especiais de variação,
as devidas ações corretivas devem ser tomadas e os dados correspondentes
excluídos do gráfico para que os limites de controle sejam recalculados.
Em geral, repete-se esse processo algumas vezes até que o processo es -
tabilize. Quando esta condição é estabelecida, podemos iniciar a fase de
monitoramento do processo.
Uma prática usual para definir os parâmetros de um gráfico de controle,
independentemente do tipo, consiste em considerar limites de controle com
3 desvios-padrão (limites 3-sigma). Para ilustrar a lógica da definição do
limite superior de controle (LSC), do limite inferior de controle (LIC) e
da linha central (LC), considere a criação de um gráfico x ̅
para monito -
rar a média de um processo. Se a média populacional μ do processo for
conhecida, esta pode ser usada como linha central do gráfico (LC = μ ).
Da mesma forma, se for possível obter o desvio-padrão σ do processo, este
pode ser adotado como referência para estabelecer os limites de controle.
Considerando um afastamento habitual de 3 sigmas, o LIC e o LSC são,
respectivamente,
onde n é o tamanho da amostra. No entanto, na prática, os valores de μ e σ não
são em geral conhecidos, devendo, portanto, ser estimados. Uma estimativa
usada com frequência para a linha central no gráfico x ̅
refere-se à média
aritmética das médias amostrais, isto é,
onde x ̅
i
é a média da i -ésima amostra de um total de m amostras extraídas do
processo, cada uma contendo n observações de uma variável aleatória x. Então,
os limites de controle podem ser estimados pela média das amplitudes das m
amostras analisadas, lembrando que a amplitude de cada amostra é obtida pela
diferença entre o valor máximo e o mínimo observado para a característica da
qualidade na amostra, isto é, R = x
max
min
. Um procedimento similar pode
ser usado para cada tipo de gráfico para obter esses parâmetros. O Quadro 2
mostra os valores de LSC, LIC e LC para os principais gráficos para atributos
e para variáveis.
Os fatores A
2
3
4
3
e D
4
dependem do tamanho da amostra e podem
ser obtidos em apêndices de livros sobre controle estatístico de processos.
O Quadro 3 mostra um trecho de uma tabela disponível em Montgomery
(2016) para n = 2 até n = 10.
Fonte: Adaptado de Montgomery (2016).
n A
2
B
3
B
4
D
3
D
4
2 1,880 0,000 3,267 0,000 3,
3 1,023 0,000 2,568 0,000 2,
4 0,729 0,000 2,266 0,000 2,
5 0,577 0,000 2,089 0,000 2,
6 0,483 0,030 1,970 0,000 2,
7 0,419 0,118 1,882 0,076 1,
8 0,373 0,185 1,815 0,136 1,
9 0,337 0,239 1,761 0,184 1,
10 0,308 0,284 1,716 0,223 1,
Quadro 3. Fatores para o cálculo dos limites de controle
O gráfico da média, ou gráfico x ̅ , é um gráfico de controle útil para a análise
da tendência central de uma dada característica da qualidade. Como observam
Ramos, Almeida e Araújo (2013), trata-se de um gráfico capaz de detectar
pequenas mudanças na média de uma característica da qualidade. As expres-
sões para o cálculo dos parâmetros do gráfico estão indicadas no Quadro 2.
Um exemplo de gráfico x ̅
, construído para analisar o diâmetro de uma
peça produzida em uma instalação industrial é mostrado na Figura 1, caso no
qual as 25 primeiras amostras contendo 5 observações foram usadas como
referência (dados de calibração) para estabelecer o valor central e os limites
de controle. Observe que, na fase de monitoramento (novos dados, a partir da
amostra 26), o diâmetro médio se afasta da linha central a partir da amostra
40 e quatro pontos (destacados em vermelho) ultrapassam o limite superior
de controle. Esse comportamento pode indicar que existe uma causa especial
de variação do diâmetro, já que aparentemente houve uma mudança na média
do processo nas últimas observações.
Figura 1. Gráfico x̅ para o diâmetro de uma peça.
Dados para calibração
1
44
Diâmetro médio (mm)
Amostra
LSC
LC
LIC
48
52
56
3 5 7 9 11 14 17 20 23 26 29 32 35 38 41 44
Monitoramento
O gráfico da amplitude, ou gráfico R , analisa a variabilidade de uma dada
característica da qualidade por meio da diferença entre o maior e o menor
valor observados em cada amostra. A linha central do gráfico compreende a
média das amplitudes ( R̅ ), e os limites de controle — considerando o limite
usual de 3-sigmas — são indicados no Quadro 2.
Figura 3. Gráfico s para o diâmetro de uma peça.
Dados para calibração
1
0
Desvio padrão (mm)
LSC
LC
LIC
2
4
6
8
3 5 7 9 11 14 17 20 23 26 29 32 35 38 41 44
Monitoramento
O gráfico da amplitude móvel ou gráfico MR (do inglês, moving range )
representa uma forma de analisar a variabilidade de um processo quando o
monitoramento se baseia em medidas individuais, isto é, quando cada amostra
contém apenas um item ( n = 1). De acordo com Montgomery (2016), um tipo
de situação que exemplifica esse caso consiste na inspeção automatizada com
o uso de sensores, no qual, como 100% dos itens produzidos são medidos,
não se torna necessário dividir os dados em subgrupos ou amostras. Outros
exemplos de situações em que n = 1 ocorrem quando o intervalo entre obser-
vações é muito amplo e inviabiliza a formação de amostras com n > 1. Este
último caso é comum tanto em processos de manufatura quanto em serviços.
Um exemplo de um gráfico de medidas individuais (gráfico I ) para o custo
semanal de uma operação é mostrado na Figura 4a, cuja interpretação do re-
sultado é similar à do gráfico x ̅
, exceto pelo fato de que, no gráfico de medidas
individuais, cada ponto representa uma única medida, e não uma média de uma
amostra ou subgrupo. Já o gráfico MR correspondente é mostrado na Figura 4b,
em que a média móvel de cada observação, que tem como objetivo medir a va-
riabilidade, é obtida pelo módulo da diferença entre a observação atual (semana
atual) e a observação anterior (semana anterior). Note que, como a observação
9 está acima do LSC no gráfico de medidas individuais, a nona observação no
gráfico MR também está acima de LSC, um comportamento típico que, segundo
Montgomery (2016), pode indicar que o valor individual está fora de controle.
Figura 4. Gráfico para valores individuais (a) e para a amplitude móvel (b) do custo semanal
de uma operação.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
25
30
35
Valor individual
Observação
a)
b)
LSC
LC
LIC
20
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
0
2
4
6
8
10
Amplitude móvel
Observação
LSC
LC
LIC
O gráfico p , que avalia a fração de itens com defeito em cada amostra ana-
lisada, é um gráfico de controle útil para monitorar a proporção de itens não
conformes em um processo, ou seja, que não atendem às especificações.
Em muitos casos, como observam Louzada et al. (2013), as especificações
de um processo são estabelecidas de modo que a probabilidade de um item
não conforme ser produzido não ultrapasse um limite superior e, ao mesmo
tempo, não seja tão baixa a ponto de aumentar os custos de processamento e
inspeção de forma significativa.
A Figura 5 apresenta um exemplo de um gráfico p , que monitora a fra-
ção de itens defeituosos em amostras contendo entre 30 e 55 observações.
Os limites de controle 3-sigma e a linha central foram obtidos pelas expressões
indicadas no Quadro 2.
Em geral, os itens analisados têm mais de um tipo de defeito, caso no qual,
como apontam Louzada et al. (2013), é útil empregar o gráfico c , que monitora
o número de defeitos por unidade. Um exemplo desse tipo de gráfico, gerado a
partir de 20 amostras — cada uma contendo 100 itens —, é mostrado na Figura
item ultrapassou o limite aceitável. Os parâmetros para construção do gráfico
(linha central e limites 3-sigma) estão indicados no Quadro 2.
Figura 7. Gráfico c para o número de defeitos por unidade.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
5
10
15
20
25
Número de defeitos por item
Amostra
LSC
LC
LIC
Quando a oportunidade de ocorrência de defeitos não é constante, o gráfico
u , que monitora o número médio de defeitos por unidade, pode ser utilizado,
conforme exemplo mostrado na Figura 8. Os parâmetros do gráfico são obtidos
como indicado no Quadro 2.
Figura 8. Gráfico u para o número médio de defeitos por unidade.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
0,
0,
0,
Número médio de defeitos por unidade
Amostra
LSC
LC
LIC
Alguns gráficos de controle, como o gráfico da soma acumulada (gráfico
CUSUM) e o gráfico da média móvel exponencialmente ponderada (MMEP),
consideram observações anteriores — além dos valores atuais — para aumentar
a capacidade de detecção de pequenas mudanças na média e na variabilidade.
Segundo Louzada et al. (2013), esse aumento de sensibilidade melhora o
desempenho do monitoramento.
Um exemplo de um gráfico CUSUM para 25 amostras com 5 observações
de determinada característica da qualidade é mostrado na Figura 9. Os dois
últimos pontos, acima da soma acumulada unilateral superior (CUSUM su-
perior), podem indicar que houve uma mudança na média do processo.
Figura 9. Gráfico CUSUM (soma acumulada).
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 14 16 18 20
4
0
2
4
6
Soma acumulada
Abaixo do valor-alvo
Acima do valor-alvo
Amostra
LIC
LSC
Na Figura 10, é mostrado um gráfico MMEP para os mesmos dados do
exemplo anterior, o qual também indica, assim como o gráfico CUSUM, que a
amostra 20 está acima do limite de controle. Em contrapartida, os dois gráficos
não indicam a mesma condição para a amostra 19, que está sob controle no
MMEP e fora de controle para o CUSUM.
Diante desse cenário, gráficos de controle para atributos (como os gráfi-
cos p , np , c e u ) parecem compreender uma boa escolha quando é possível
classificar o produto como conforme (isto é, que atende às especificações)
ou não conforme (que não atende às especificações). Nesse caso, monitorar
um atributo pode constituir uma opção prática em termos de simplicidade e
tempo reduzido de inspeção em comparação a gráficos para variáveis, pois,
como destaca Montgomery (2016), inúmeras características da qualidade são
consideradas em conjunto para definir o estado do produto. Isso evita o uso de
diversos gráficos para variáveis (p. ex., x ̅
e R ) para monitorar, simultaneamente,
todas as características.
Em contraste, gráficos de controle para variáveis –– apesar de, em geral,
exigirem maior esforço de monitoramento –– fornecem informações mais
detalhadas a respeito do processo. O uso de gráficos x ̅
e R , por exemplo, pos-
sibilita determinar de forma direta a média e a variabilidade, o que facilita a
análise de capacidade do processo. Além disso, Montgomery (2016) destaca
um aspecto que talvez seja o mais importante: a capacidade dos gráficos para
variáveis de detectar problemas no processo antes que itens defeituosos sejam
de fato produzidos, isto é, gráficos x ̅
e R podem identificar de maneira mais
efetiva um problema nos estágios iniciais para que devidas ações sejam tomadas
para eliminá-lo, enquanto um gráfico p tende a reagir após o defeito ter sido
identificado. Outro ponto relevante que conta a favor de gráficos de controle
para variáveis reside na possibilidade de examinar uma quantidade menor de
itens em comparação à quantidade de itens que devem ser inspecionados nos
gráficos de controle por atributos.
Selecionar um gráfico de controle significa identificar o tipo adequado para
uma dada aplicação. Para um monitoramento efetivo, uma série de decisões
estratégicas relacionadas à melhoria da qualidade e às ações em resposta aos
sinais observados deve ser tomada. Para Adams (2008), é essencial avaliar uma
série de perguntas relacionadas aos dados antes de escolher um tipo de gráfico.
Se os dados forem atributos, por exemplo, Adams (2008) sugere a sequência
de perguntas mostradas na Figura 11. O primeiro ponto de verificação consiste
em identificar se os dados a serem analisados correspondem à quantidade de
itens defeituosos ou à fração (ou proporção) de itens defeituosos. Se a resposta
a essa questão for sim, as opções são o gráfico p , o gráfico np ou os gráficos
MMEP e CUSUM. Já se a resposta for não e os dados representarem defeitos
por período ou área, as opções são os gráficos c , u e MMEP; caso contrário
(isto é, se não forem defeitos por período ou área), pode ser necessário usar
gráficos não paramétricos.
Figura 11. Sequência de perguntas para seleção de gráficos para atributos.
Fonte: Adaptada de Adams (2008).
Os dados se referem à
quantidade de itens
defeituosos ou à fração
de itens defeituosos?
Os dados se referem à
quantidade de defeitos
em um dado período ou área?
Opções:
gráficos não paramétricos
Opções:
gráfico c,
gráfico u,
gráfico MMEP
Opções:
Gráfico p,
gráfico np,
gráfico CUSUM,
gráfico MMEP
Sim
Sim
Não
Não
Para dados classificados como variáveis (com exceção de variáveis múltiplas
correlacionadas), Adams (2008) destaca a importância de considerar o tipo de
distribuição dos dados e o tamanho da amostra, como indicado na Figura 12.
Se os dados seguem uma distribuição normal, os gráficos x ̅
CUSUM e MR são opções adequadas. Observe que, mesmo quando os dados
não seguem uma distribuição normal, alguns desses gráficos ( x ̅
, MMEP e
CUSUM) podem gerar resultados satisfatórios se a quantidade de dados for
suficientemente grande. No entanto, quando a amostra é pequena e seus dados
não seguem uma distribuição normal, é preciso utilizar técnicas robustas para
análise, como gráficos não paramétricos e método do ponto de mudança.
a árvore de decisão mostra que, para monitorar itens defeituosos, os gráficos
p (quando n não for constante) e np (quando n não constante) são apropriados.
Para o monitoramento do número de defeitos por unidade, os gráficos c e u
são recomendados. Nesse caso, a escolha do tipo específico está relacionada
à oportunidade de ocorrência de defeitos. Note que essa árvore de decisão
não inclui gráficos do tipo MMEP e CUSUM.
Figura 13. Árvore de decisão para seleção de gráficos de controle.
Fonte: Adaptada Suman e Prajapati (2018).
Tipo de dados
Variável
Tamanho
da amostra?
1<n<10 n>10 n = 1
Sim Não
Sim
Gráfico np Gráfico p Gráfico c Gráfico u
Não Sim Não
Tamanho da amostra
muito grande?
Quantidade de defeitos
ou itens defeituosos?
Itens
defeituosos
Gráfico p’ Gráfico u’
Itens
defeituosos
Defeitos Defeitos
Quantidade de defeitos
ou itens defeituosos?
Tamanho da
amostra constante?
Oportunidade de
ocorrência constante?
Atributo
Gráficos x e R Gráficos x e s Gráficos I e MR
Uma vez que há um bom entendimento das características de cada tipo de
gráfico e da influência dos tipos de dados e do tamanho da amostra, é útil
conhecer alguns casos práticos em que se pode aplicar cada gráfico. Nesse
contexto, Montgomery (2016) lista situações típicas e inclui sugestões de grá-
ficos para cada caso, alguns dos quais apresentados aqui de maneira resumida.
Para as situações listadas a seguir, entre outras, Montgomery (2016) reco-
menda considerar o uso de gráficos x ̅
e R ou x ̅
e s :
implantação de um novo processo ou de um novo produto;
um processo em operação é incapaz de manter as tolerâncias
especificadas;
um processo com baixo desempenho necessita de um diagnóstico;
há necessidade de realizar testes destrutivos para analisar uma carac-
terística da qualidade;
especificações muito apertadas;
gráficos por atributos não geram resultados satisfatórios para o
monitoramento;
há necessidade de atualizar as especificações de um produto.
Da mesma forma, Montgomery (2016) sugere o uso de gráficos para atri-
butos ( p , c e u ) nas seguintes situações:
o processo precisa ser controlado, porém não há possibilidade de realizar
medições;
a qualidade de um produto em um processo complexo é definida pela
ocorrência de não conformidades, isto é, o não atendimento de alguma
especificação;
é preciso fornecer dados históricos para gerenciamento do desempenho
de um processo.
Quando não houver possibilidade de obter amostras com mais de um único
item, os gráficos para medidas individuais, em conjunto com um gráfico de
amplitude móvel, são recomendados.
Quando o processo utiliza tecnologia para medir todas as unidades produzidas, os
gráficos MMEP e CUSUM também são considerados opções adequadas.