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A aplicação do método de custeio UEP, traz consigo a facilidade de se medir o custo com rapidez e eficiência, além disso, analisar dia após dia a eficiência de ...
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado como requisito para obtenção de grau de bacharel em Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul. Orientador: Prof. Ms. Charles Albino Schultz
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Administração.
Orientador: Prof. Charles Albino Schultz
Este trabalho de conclusão de curso foi definido e aprovado pela banca em:
13 / 06 / 2016
Dedico este a Deus, a minha namorada e a minha família.
“Disciplina é a ponte que liga nossos sonhos às nossas realizações.”
(PAT TILLMAN)
O objetivo deste estudo é testar a aplicabilidade do método de custeio UEP (Unidade de Esforço de Produção), analisando as suas vantagens e desvantagens, na RQ Indústria e Comércio de Confecções Ltda. A empresa atua no ramo têxtil, localizada na região oeste do estado de Santa Catarina. A pesquisa é de natureza quantitativa, se caracterizando como estudo de caso quanto aos seus procedimentos técnicos. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas e dados documentais dos controles internos da empresa. No que tange às fontes de informações, a pesquisa é caracterizada como documental. Pode se inferir que o método de custeio UEP é aplicável à empresa e que o método tem potencial de gerar informações mais acuradas sobre os custos de produção. Apesar de possuir algumas desvantagens e dificuldades de implementação, não foram detectados fatos que possam impedir a aplicação do método na empresa. Como limitação do estudo apresenta-se a aplicação do método a apenas um grupo de produtos da organização, o que exigiu o uso de rateios para alguns custos, restringindo as informações de custos geradas neste estudo.
Palavras-chave: UEP. Gestão de custos. Tomada de decisão. Unificação da produção.
CA – Centro de Abastecimento
CIF – Custos Indiretos de Fabricação
CQ – Controle de Qualidade
IT – Inteligência Tecnológica
MOD – Mão de Obra Direta
MOI – Mão de Obra Indireta
PCP – Planejamento e Controle de Produção
RKW - Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit
SC – Santa Catarina
UEP – Unidade de Esforço de Produção
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
No cenário competitivo que as organizações têm vivenciado, no qual o mercado consumidor é exigente e muito dinâmico, as organizações necessitam de uma gestão cada vez mais consciente dos seus custos, dentre outros objetivos, os quais formam a sua estratégia. As empresas acima de tudo necessitam estar com suas áreas integradas e interligadas, e partindo desse pressuposto, o setor de custos em específico é essencial na disponibilização de relatórios entre outros documentos cada vez mais necessários para a tomada de decisão, seja ela na direção, no marketing, no setor de compras, no setor de operações, no setor de vendas bem como nas demais áreas funcionais da organização. Diversos estudos ressaltam a importância da área de custos para o sucesso das organizações nas suas atividades fim. O “custo de produção” quanto mais próximo da sua realidade faz com que a empresa leve vantagem perante outras organizações que encontram dificuldades nessa apuração, pois, a partir deste são definidos, preços de venda, estratégias de vendas, planejamento de produção, decisões essas que definem o rumo da empresa para os próximos meses, anos e assim sucessivamente. Além da busca por informações realistas do processo produtivo, as empresas partem desses dados para efetivar possíveis diminuições dos seus custos, podendo tornar seu sistema de produção mais eficiente e altamente produtivo, independentemente do ramo em que atue. Nessa visão a área de custos mesmo não sendo geradora de receita, auxilia diretamente os outros setores que a geram. Tendo em vista a preocupação de se manter sempre a frente dos concorrentes, não apenas no ramo de confecções, mas nos diversos setores em geral, a organização a ser estudada atualmente faz uso do método de custeio por Absorção que, segundo Martins (2010), consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens fabricados. O presente estudo apresenta uma proposta de aplicação do método de custeio por unidade de esforço de produção (UEP). Uma das dificuldades apresentadas na organização atualmente é conhecer a real entrega e a capacidade produtiva de cada setor. Com o método de custeio por absorção a acurácia dos dados é comprometida, o fato de que alguns custos são rateados por todos os produtos. A aplicação do método de custeio UEP, traz consigo a facilidade de se medir o custo com rapidez e eficiência, além disso, analisar dia após dia a eficiência de cada setor e podendo ainda propiciar informações para se redefinir as estratégias de produção. No que diz respeito à alocação dos custos de maneira mais acurada, parte-se do pressuposto de que dividir a indústria em postos operativos e calcular os esforços dispendidos
Catarina ela representa 17,74% da economia do estado (FIESC, 2014), visualizando assim a importância do setor para o desenvolvimento catarinense. A RQ atua no ramo têxtil desde o ano de 1990, e emprega cerca de 600 colaboradores em quatro municípios diferentes, São Carlos, Águas de Chapecó, Planalto Alegre e Saltinho, todos localizados no oeste catarinense. Dentre esses quatro municípios a RQ têm atualmente seis unidades produtivas. A necessidade de melhorar constantemente a gestão organizacional é uma obrigação da empresa, para que acompanhe os seus concorrentes, e também para que consiga se manter no mercado, gerando emprego e renda na região onde atua. A necessidade de ser cada vez mais eficiente é visível, melhorar processos, diminuir desperdícios, enfim, estar alinhado com o que se acredita ser necessário para a evolução e crescimento constantes no setor. Tendo em vista a incerteza na tomada de decisão e a concorrência acirrada no ramo têxtil, não só no estado de Santa Catarina, mas no Brasil, o presente estudo buscou uma das variáveis cruciais na alavancagem das empresas, denominada, custos de produção, mais especificamente, os custos de transformação. O estudo e a prática dos diferentes métodos de custeio referem-se às várias alternativas possíveis de tomada de decisão, e, além disso, sobre quais elementos de custos devem ou não ser considerados na mensuração dos custos dos produtos da empresa. Segundo Martins e Rocha (2010) conhecer e entender as alternativas de se calcular os custos dos produtos proporciona aos gestores, identificar em certas circunstâncias, aquele que melhor atende a sua necessidade de informação para a tomada de tal decisão. Além disso, abre-se também viés para a análise da capacidade produtiva de cada setor da organização e a partir disto podendo até serem minimizados os erros em futuras análises e/ou tomadas de decisões.
Nesse capítulo é apresentada a revisão da literatura que contém os principais conceitos de autores relacionados ao tema deste estudo. O presente capítulo traz três subcapítulos nos quais se apresenta uma breve revisão sobre a evolução da contabilidade e da contabilidade de custos bem como os principais conceitos relacionados aos elementos de custos e ainda os conceitos relacionados aos métodos de custeio abordados no presente estudo.
2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade é uma ciência que evolui juntamente com a civilização, existem evidências que demonstram o uso dessa ciência desde os tempos mais antigos. Segundo Schnorr et al (2008), a contabilidade é uma das ciências mais antigas, surgiu da necessidade de controlar o patrimônio, passando por várias etapas da história, desde a parte primitiva onde se evidenciavam lançamentos contábeis em grutas de pedras. A contabilidade da maneira como é conhecida foi fundamentada pelo frade italiano Lucca Paccioli, que identificou a importância e a necessidade de se padronizar os processos administrativos, feito então pelo método das partidas dobradas. Ainda no que diz respeito às origens da contabilidade, segundo Hansen e Mowen (2001), as primeiras raízes da contabilidade se estendem na história do ser humano. As primeiras ferramentas foram criadas a cerca de 5.000 a 10.000 anos atrás, inclui-se pedras com pontinhos vermelhos e pequenos pacotes de lama ressecada com escrita cuneiforme do lado externo. Os antropólogos acreditam que as primeiras tentativas de escrita foram para efetuar o acompanhamento e desenvolvimento de ativos, e que a inspiração da escrita cuneiforme foi a necessidade de técnicas contábeis. As pedras eram símbolos utilizados pelos fazendeiros pré-históricos para efetuar a contagem e manter o controle e registro dos seus bens. Os registros das operações comerciais, industriais e públicas obtiveram uma sistematização mais ampla somente na Idade Média, quando se oficializou o surgimento da prática de sistematização por correlação de causa e efeito (SÁ, 2008). Iudícibus e Marion (2002) citam o desenvolvimento da Contabilidade como muito lento ao longo dos séculos. Descrevem a primeira etapa de fase empírica da Contabilidade, durante a qual utilizavam-se desenhos, figuras e imagens para a identificação do patrimônio. A contabilidade como ciência propriamente dita, chegou apenas no início do século XIX.
uma maior competitividade perante o mundo concorrencial a sua volta. Dentre os vários vieses dessa competição, um dos mais importantes meios para essa competitividade é conhecer de fato o custo dos seus produtos, campo este que é melhor desmistificado pela contabilidade de custos (MARTINS, 2010).
2.1.1 Classificação dos Custos
A classificação dos custos se deve às suas características distintas, dessa maneira torna-se necessário classifica-los em diretos e indiretos, visto que alguns são identificados facilmente nos produtos e outros não. A outra classificação se refere à relação dos custos quando o volume de produção aumenta ou diminui, sendo classificados em fixos ou variáveis conforme a Figura 1.
Figura 1 – Classificação dos custos
Fonte: Baseado em Horngren, Datar e Rajan- (2012, p. 34). Observa-se que o mesmo elemento de custo pode possuir ambas as classificações.
2.1.1.1 Classificação dos custos segundo o seu comportamento
A determinação de custo variável, conforme citado por Oliveira (2000), é caracterizada pela variação do custo em relação do volume de produção de um período. Esse custo sofre alteração diretamente em função da atividade da empresa e está ligado diretamente
ao produto, pois, quanto maior a produção da empresa, maior será o seu custo variável. Para Martins (2010), o valor global de consumo dos materiais diretos por período depende diretamente do volume de produção, logo, materiais diretos são custos variáveis. Considerando somente o custo variável, não se tem nada mais do que o valor total do custo do período dividido pelo total produzido, o que só ocorre quando de fato a atividade é realizada. Os custos fixos, segundo Leone e Leone (2010), são aqueles que oneram a empresa independentemente do nível de atividade, como o nome já diz, não variam proporcionalmente ao volume produzido no período. Essa classificação pode também ser denominada por custo de estrutura, tendo em vista que para se manter um nível desejado de atividades é preciso manter uma estrutura básica para a atividade fim. Porém, este volume, está relacionado a uma determinada capacidade produtiva. Conforme Martins (2010), o aluguel da fábrica de certo mês é de determinado valor, independentemente do aumento ou diminuição da produção dentro daquele mês, por isso o aluguel é caracterizado como custo fixo. Sendo assim, uma produção em grande escala na capacidade instalada reduz o custo fixo, pois o volume diluirá os custos fixos gerando uma maior lucratividade, como também uma produção contrária, acarretará no aumento do custo fixo de determinado período. A classificação dos custos como fixos ou variáveis, permite analisar e prever o volume necessário de receita em um período, para que possa ser sustentado o nível de atividade planejado. A mudança nas matrizes produtivas ao longo do tempo fez com que a proporção da parcela dos custos fixos aumentasse em relação aos custos variáveis (CLEMENTE e SOUZA, 2011). Em virtude da complexidade dos processos e dos múltiplos produtos fabricados em uma mesma empresa, os custos fixos devem ser identificados ainda na fase de projeto. Essa informação, juntamente com as restrições de demanda e de insumos, subsidiam as discussões em torno da estratégia que a empresa irá tomar (CLEMENTE e SOUZA, 2011). Além dessa classificação, pode-se ainda citar os custos semifixos ou semivariáveis que, conforme Fadanelli (2007) podem ser considerados fixos até certo patamar, e ao ultrapassarem este ponto passam a se comportar como variáveis, como é o caso de algumas tarifas públicas, como a de energia elétrica, onde a parte fixa é a parte contratada e a parte variável é o consumo efetivo (MARTINS, 2010).
2.1.1.2 Classificação dos custos segundo a facilidade de alocação
Segundo Bornia (2010), a classificação pela facilidade de alocação é importante na tomada de decisões, composta basicamente pela separação dos custos diretos e indiretos,