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Efolio B - Geografia Humana de Portugal
Tipologia: Provas
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UNIDADE CURRICULAR: Geografia Humana de Portugal CÓDIGO: 31026 DOCENTE: Jorge Trindade A preencher pelo estudante NOME: N.º DE ESTUDANTE: CURSO: História DATA DE ENTREGA:
Licenciatura em História Trabalho realizado no âmbito da UC “Geografia Humana de Portugal” Docente: Dr. Jorge Trindade Discente: Nº Estudante: Ano Letivo 2022/
publicado no Volume 2 – Sociedade, Paisagens e Cidades, de “Geografia de Portugal”, Círculo de Leitores, 2005- 2006.
A distribuição populacional do território nacional é complexa, resultando em perdas e ganhos regionais, consequência de diversas dinâmicas internas. O modelo de transição demográfica facilita o seu entendimento. A transição demográfica conduz Portugal de um período “pré-moderno” para a modernidade consolidada. As suas fases apresentam várias componentes demográficas, interrelacionadas, cujas dinâmicas fomentam dicotomias e desenham novas espacialidades. Na 1.ª fase, oposição norte/sul assenta num País rural e tradicional, com taxas de natalidade e mortalidade muito elevadas (apesar de se perceber uma quebra na mortalidade), apresentando saldos naturais positivos que permitem fazer frente aos subciclos emigratórios e início do crescimento demográfico variando entre positivo moderado e positivo acentuado^2. Na fase 2, oposição litoral/interior, o País é confrontado com mudanças globais trazidas pela modernização. A título de exemplo salientamos a adesão à EFTA^3 , surto emigratório para a Europa, guerra colonial e afirmação do turismo em Portugal. Nesta fase verifica-se melhorias das condições de vida e alterações no mercado de trabalho, (^2) Ferrão, João – Dinâmicas demográficas: uma visão panorâmica, p. 54. (^3) EFTA – Associação Europeia de Livre Comércio.
diminuição das taxas de mortalidade e de natalidade/fecundidade, fomentando saldos naturais baixos^4 e envelhecimento demográfico. Na 3.ªfase – fase da modernidade consolidada ou pós-modernidade, Portugal aproxima-se do modelo de modernização demográfica emergente na Europa. Nas décadas de 60/70 carateriza-se por baixas taxas de natalidade e mortalidade, saldos naturais reduzidos ou negativos, pirâmide de envelhecimento larga no topo e na base. Verifica-se uma oposição das regiões urbanas funcionais/espaços não integrados nas dinâmicas urbanas, saldos migratórios positivos promovidos pela lenta modernização económica. Somente em meados da década de 90 há uma recuperação do saldo migratório e do saldo natural, traduzindo-se numa aceleração do crescimento populacional, apesar do seu envelhecimento. João Ferrão, utilizando a evolução das taxas de natalidade e mortalidade (1960-
Conclui-se que o modelo de transição demográfica permitiu que Portugal se modernizasse e aproximasse da Europa, concernente ao modelo societário, mas acirrou as assimetrias. O balanço da densidade populacional mostra um País com forte migração interna para áreas urbanas industrializadas e urbanas no litoral (regiões ganhadoras) em detrimento das áreas rurais (regiões perdedoras), na procura de melhores condições de vida, saúde e educação. Concluiu-se ainda que os processos de modernização (económica, social, demográfica) foram mais intensos nas grandes áreas metropolitanas. Apesar de nos nossos dias Portugal ser socialmente mais homogéneo, também é mais desequilibrado no que concerne à distribuição da população. REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS FERRÃO, J. (2005). Dinâmicas Demográficas: Uma Visão Panorâmica. In: FERRÃO, João e SALGUEIRO, Teresa Barata, Geografia de Portugal , Vol. 2 – Sociedade, Paisagens e Cidades, pp. 50-71. Círculo de Leitores.