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Universidade do Oeste de Santa Catarina
Campus Xanxerê
Genética de populações
Professor D.R.J. Freitas freitas.drj@gmail.com
Teoria
Neutralista
Para entender...
- Deriva genética :
- Também chamada de deriva gênica , deriva alélica , derivação genética ou oscilação genética
- mecanismo microevolutivo que modifica aleatoriamente as frequências alélicas ao longo do tempo
Para entender....
- A deriva genética é um processo estocástico - não é possível prever a direção da mudança na frequência de um alelo causada pela deriva; este mecanismo resulta em perda de variação genética e na fixação de alelos em diferentes loci.
Para entender....
- Os alelos fixados pela deriva podem ser neutros, deletérios ou vantajosos.
- Nesses dois últimos casos, a trajetória da frequência alélica ao longo do tempo será determinada pela interação entre a deriva e a seleção natural.
Para entender....
- O efeito da deriva é maior quanto menor o tamanho da população, podendo aparecer em diferentes momentos da história evolutiva da população:
- Em seu início (efeito fundador);
- Em um ou mais momento da sua história (efeito de gargalo);
- Em intervalos regulares (variação demográfica);
- Constantemente (há populações, em que a quantidade de indivíduos se mantém pequena durante anos).
- A teoria de Kimura ajudou a esclarecer observações que a síntese moderna não era capaz de explicar – por exemplo, o elevado nível de polimorfismo genético em populações naturais, incompatível com o modelo selecionista (porque acarretava níveis insuportavelmente altos de carga genética).
Voltando à Teoria Neutralista...
O neutralismo livrou a teoria evolucionista da necessidade de explicar a evolução sempre em termos de seleção natural. Logo após sua proposição, deu-se início à a chamada controvérsia neutralista-selecionista.
Voltando à Teoria Neutralista...
A teoria neutralista é facilmente mal interpretada...
- Ela NÃO sugere:
- Que os organismos não são adaptados aos seus ambientes
- Que toda variação morfológica é neutra
- Que TODA variação genética é neutra
- Que a seleção natural não é importante para moldar genomas
- O ponto mais importante da teoria neutralista é simplesmente que quando há várias versões de um gene em uma população, é possível que suas frequências estejam apenas derivando por aí.
- Os dados apoiando e refutando a teoria neutralista são complicados.
- Descobrir quão amplamente a teoria neutra se aplica é ainda tópico de muita pesquisa.
Vale ressaltar que...
- Segundo a teoria selecionista, para cada diferente alelo deveria existir um diferente valor adaptativo associado e a seleção natural seria o principal processo que “escolheria” quais os alelos que seriam substituídos ou incorporados ao pool gênico de uma determinada população ou espécie.
Ex. alelo para cor azul na espécie X de borboletas
- Entretanto, a teoria selecionista começou a entrar em colapso - trabalhos já mostravam que, em alguns locos muito polimórficos, a seleção não atuava de forma eficiente e que boa parte dos alelos pareciam mostrar valores adaptativos similares.
- Então Kimura analisou os dados publicados sobre seqüências de aminoácidos em diversas espécies
Alinhamento das seqs. De aminoácidos encontradas nos Bancos de Dados
- Kimura observou que as taxas de evolução de uma determinada proteína eram quase constantes entre diferentes linhagens e concluiu que essa constância não era esperada se as proteínas estivessem sujeitas à força da seleção natural (Kimura, 1983).
- Assim, se considerássemos que essas proteínas evoluíam apenas de acordo com eventos de mutação e deriva genética, os resultados explicavam, de forma mais precisa, as observações.