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Sistema nervoso generalidades sobre a constituição arco reflexo divisão do sistema nervoso
Tipologia: Resumos
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O sistema nervoso é um conjunto de estruturas que adquiriram um alto grau de especialização ao longo do desenvolvimento filogenético, com base na irritabilidade, uma das propriedades fundamentais da matéria viva. O sistema nervoso relaciona o organismo com seu ambiente, bem como relaciona as diferentes partes do indivíduo entre si. É, portanto, um sistema integrador de todas as funções. Pavlov definiu o sistema nervoso como... "um instrumento de relacionamentos de complexidade e precisão indescritíveis; é o elo entre as múltiplas partes do organismo e o organismo como um sistema de máxima complexidade com um número infinito de influências externas. Do conceito acima podemos derivar as propriedades e funções fundamentais do sistema nervoso humano, que são explicadas pelo desenvolvimento de células altamente especializadas em irritabilidade. Neste sentido, observam-se duas principais propriedades gerais: a grande excitabilidade e a capacidade de transmitir essa excitação, ou seja, a condutividade. Daí a capacidade de transformar a energia de um estímulo em impulso nervoso e conduzi-lo aos centros, o que constitui sua função aferente; a propriedade de elaborar uma resposta adequada, que representa a função de análise e síntese; a capacidade de conduzir informações de resposta ao efetor, ou seja, sua função eferente; Finalmente, como resultado do extraordinário desenvolvimento deste sistema, devido à presença do neocórtex cerebral, o homem tem a capacidade de pensar, criar ideias, elaborar conceitos, ou seja, o pensamento e a consciência como produtos do cérebro humano. De tudo isso decorre também que o sistema nervoso tem como função primária dirigir e integrar o funcionamento do organismo, sendo essa direção consciente para algumas funções e inconsciente para outras (funções autônomas ou viscerais). Por isso, embora o sistema nervoso seja um conjunto de estruturas que funcionam harmoniosamente como um todo, há uma especialização funcional em relação ao restante do organismo. Assim, para fins de estudo, o sistema nervoso pode ser dividido, do ponto de vista funcional, em sistema nervoso de vida relacional e sistema nervoso autônomo ou visceral. O primeiro dirige as funções de conexão do organismo com o meio ambiente, controlando os movimentos voluntários (músculos estriados) e as informações provenientes de estímulos sensoriais vindos do exterior (exteroceptivos) e do aparelho locomotor (proprioceptivos). O segundo, o sistema nervoso autônomo ou visceral, dirige a atividade interna do organismo, controlando
o músculo liso, o músculo cardíaco, a secreção glandular e as informações sensoriais das vísceras, vasos sanguíneos, quimiorreceptores e receptores pressores. Além dessa classificação, o sistema nervoso pode ser dividido, do ponto de vista topográfico, em sistema nervoso central que inclui a medula espinhal e o cérebro, localizados inteiramente dentro do canal vertebral e da cavidade craniana, respectivamente. O sistema nervoso periférico é composto por raízes nervosas, gânglios, plexos e nervos. Do ponto de vista filogenético, o sistema nervoso pode ser dividido, para estudo, em um sistema segmentar e um sistema suprassegmentar. A organização segmentar é a mais primitiva e se baseia em um esquema anatômico-funcional que corresponde a uma área específica do organismo, segmento, somito ou dermátomo-miótomo. Assim, o sistema nervoso segmentar é aquela parte do sistema nervoso que tem relações diretas, aferentes e eferentes com o resto do organismo e com a qual integra um primeiro nível funcional ao qual pertencem grande parte dos chamados reflexos incondicionados do nível segmentar. Falamos de relações aferentes diretas porque o prolongamento periférico do neurônio aferente estabelece contato próximo com os receptores espalhados por todo o organismo. Relações eferentes diretas são estabelecidas porque os axônios dos neurônios motores da via eferente estabelecem contato próximo com os músculos ou glândulas que executam a resposta (órgãos efetores). O sistema nervoso suprassegmentar surge como um desenvolvimento posterior do setor intercalar, como uma organização anatômica e funcional mais recente em correspondência com o fenômeno da encefalização, ou seja, o desenvolvimento progressivo da porção mais anterior (ou superior) do sistema nervoso, em relação ao desenvolvimento da cabeça e dos sentidos especiais nela presentes (olfato, visão, audição, etc.). Conceitualmente, entende- se por sistema nervoso suprassegmentar o conjunto de estruturas cujas relações aferentes- eferentes são realizadas com o sistema segmentar ou entre si, sem conexões aferentes ou eferentes diretas com os segmentos corporais. As partes do sistema nervoso que correspondem ao sistema segmentar são a medula espinhal e o tronco encefálico, com a parte do sistema nervoso periférico que corresponde a eles. Dentro do sistema suprassegmentar estão localizados o cerebelo, o diencéfalo e os hemisférios cerebrais (telencéfalo). O sistema nervoso central (SNC) é estruturado pela substância cinzenta e pela substância branca. Em geral, os corpos neuronais, a neuroglia, os dendritos e os axônios não
de neurônios, ou seja, representam em conjunto um enorme alargamento intercalado entre os setores intercalares segmentares e sua saída eferente. Além desse arco reflexo simples, existem arcos reflexos multineuronais, que passam por vários níveis do sistema nervoso central, incluindo o córtex cerebral. Os arcos reflexos constituem a base morfofuncional da atividade reflexa condicionada e incondicionada. De acordo com a estrutura do arco reflexo, o aferente constitui a entrada do impulso nervoso, proveniente do receptor e sua transmissão para os diferentes centros. Eferência é o processo inverso. Ao se referir a um núcleo ou centro específico, a eferência é composta pelo grupo de axônios provenientes de outros núcleos centrais ou de neurônios aferentes. A eferência consiste no grupo de axônios do núcleo em questão que fazem contato sináptico com outros, ou aqueles axônios dos neurônios eferentes que saem do SNC. Nos referimos a "Centro" como um núcleo ou uma área do córtex que processa uma determinada informação. No caso da medula espinhal, os impulsos nervosos recebidos são transmitidos aos níveis mais elevados do sistema nervoso central por meio de tratos ascendentes, que se originam dos diferentes segmentos da medula espinhal. As fibras que vêm dos níveis superiores do sistema nervoso central (cérebro) e chegam à medula espinhal transmitem impulsos nervosos aos neurônios motores dos segmentos da medula espinhal, sendo essas fibras consideradas tratos descendentes.
Os tratos ascendentes e descendentes da medula espinhal têm uma localização específica na substância branca. Os tratos ascendentes podem consistir em fibras de neurônios intercalados ou também podem ser axônios de neurônios aferentes (apenas no caso da coluna posterior da medula espinhal). MEDULA ESPINHAL CONFIGURAÇÃO EXTERNA DA MEDULA ESPINHAL A medula espinhal é a primeira porção do Sistema Nervoso Central, contida no canal vertebral. Possui formato de caule cilíndrico esbranquiçado, achatado da frente para trás, medindo 45 cm de comprimento e 1 cm de largura. Entretanto, não podemos compreender a medula espinhal regularmente cilíndrica, pois ela possui duas protuberâncias: uma superior na região cervical, chamada de intumescência cervical, que se estende do segmento C4 ao segmento T1, e uma inferior ou intumescência lombar, que se estende do segmento T10 ao segmento L1. Essas protuberâncias correspondem na medula espinhal aos segmentos que dão origem aos nervos espinhais que participam da inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente; do que se conclui que, embora a protuberância cervical seja menor que a lombar, ela é muito mais especializada, pois está diretamente relacionada à inervação da mão como órgão de trabalho. Abaixo da intumescência lombar, a medula espinhal afina rapidamente e termina em um ramo cônico, de inclinação mais baixa, chamado cone medular, seguido por um segmento rudimentar fino e filiforme da medula espinhal, chamado filum terminale (fio terminal), que desce e termina inserindo-se no cóccix. Limites: O limite superior da medula espinhal está situado ao nível de um plano que passa pela extremidade inferior da decussação das pirâmides, ou seja, por um plano horizontal que passa pela parte média do arco anterior do atlas e pelo bordo superior do arco posterior. Neste nível, a medula espinhal é contínua com a medula oblonga, sem um limite preciso. Da mesma forma, o limite inferior representado por um plano que passa pelo vértice do cone medular está localizado na altura de L 2, conhecimento de grande importância clínica para a realização da punção lombar. Relações:
Por outro lado, a face posterior também apresenta um sulco longitudinal na linha média, porém bem menos profundo que o da face anterior, que é chamado de sulco mediano posterior. Em ambos os lados do sulco mediano posterior, na superfície dorsal, a 2 ou 3 mm da linha média, encontramos as raízes posteriores constituídas pelos axônios dos neurônios aferentes localizados no gânglio, que penetram neste nível em ambos os lados da linha média, como uma série vertical regular de fibras nervosas mais numerosas e espessas que as raízes anteriores, o que faz com que, após sua remoção, a linha de implantação ocupe uma depressão linear paralela ao sulco mediano posterior e seja denominada sulco posterolateral. Os sulcos lateral e mediano determinam, em cada metade da medula espinhal, três faixas longitudinais esbranquiçadas formadas por feixes de fibras nervosas denominadas funículos; Assim, em cada metade da medula espinhal encontraremos um funículo anterior, localizado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior, um funículo lateral, entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior, e um funículo posterior, localizado entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior. Na porção cervical, o funículo posterior é dividido pela presença de outro sulco mal marcado, o sulco intermediário posterior; que o divide em duas porções: uma localizada medialmente ou fascículo grácil e outra localizada lateralmente ou fascículo cuneiforme. As raízes anterior e posterior descritas acima se unem lateralmente para dar origem ao nervo espinhal, que emerge através do forame intervertebral correspondente. Agora, como a medula espinhal é mais curta que o canal vertebral, o local de saída dos nervos espinhais não corresponde ao nível dos forames intervertebrais por emergência, então, para sair pelo seu forame vertebral correspondente, as últimas raízes não apenas se separam da medula espinhal, mas vão para baixo, quanto mais verticalmente elas estão, mais distantes estão da medula espinhal, e descem paralelamente ao filum terminale, envolvendo-o e ao cone medular na forma de um fascículo espesso que é chamado de cauda equina, devido à sua semelhança com esta estrutura.
Fixação de mídia: A medula espinhal deve sua fixidez a um conjunto de disposições anatômicas que listaremos. a) Na sua extremidade superior; Em primeiro lugar, a medula é mantida em sua posição por sua continuidade com a medula oblonga e, por meio desta, com o cérebro. b) Em sua extremidade inferior, está preso ao esqueleto por uma extensão da dura-máter que, chamada de ligamento coccígeo, envolve o filum terminale e é inserido no cóccix. c) Em altura máxima. Do atlas à medula, ele é fixado à superfície interna da dura-máter pelos ligamentos dentados, que são placas conjuntivas em número de 20 a 25, situadas em um plano frontal em ambos os lados da medula espinhal, que vão da pia-máter à superfície interna da dura-máter. CONFIGURAÇÃO INTERNA DA MEDULA ESPINHAL A substância cinzenta da medula espinhal é cercada por todos os lados por substância branca. Ela forma duas colunas cinzentas que constituem a coluna ventral ou corno anterior e a coluna dorsal ou corno posterior de cada lado. No centro está localizado o canal central, que se comunica para cima com o IV ventrículo do cérebro. A substância cinzenta que envolve o canal é chamada de substância intermediária central. Ela existe do primeiro segmento torácico ao segundo-terceiro segmento lombar, o corno lateral da substância cinzenta, ocupado por neurônios do sistema nervoso autônomo. Em corte transversal, o corno anterior é mais largo e o corno posterior é mais afiado. A substância cinzenta apresenta uma série de núcleos, correspondentes à estrutura segmentar da medula espinhal. No corno posterior e parte do corno anterior, há grupos de neurônios que recebem axônios de neurônios aferentes e, por sua vez, enviam axônios para os neurônios motores espinhais, completando o arco reflexo trineuronal, ou enviam axônios que penetram na substância branca e se dirigem para outros segmentos medulares ou ascendem (através dos funículos da substância branca do mesmo lado ou do lado oposto) em direção ao cérebro, este último constituindo parte dos arcos reflexos multineuronais. Alguns dos núcleos importantes da substância cinzenta na medula espinhal são a substância gelatinosa de Rolando, o núcleo centrodorsal e o núcleo torácico, que participam
provêm dos neurônios intercalados da substância cinzenta medular do outro lado, ascendem até o tálamo, uma estrutura muito importante do diencéfalo. Axônios de neurônios sensoriais do mesmo lado ascendem através dos funículos posteriores, formando os fascículos grácil e cuneiforme. Esses axônios não são cruzados e ascendem até a medula oblonga, onde fazem sinapse com os núcleos grácil e cuneiforme do mesmo lado (Fig. 7 do folheto anexo). O trato espinotalâmico lateral, funcionalmente, transporta informações de temperatura e dor. O trato espinotalâmico anterior transmite informações sobre toque leve ou superficial. As informações correspondentes ao toque discriminativo ou profundo e à estimulação proprioceptiva, provenientes do sistema locomotor (fusos neuromusculares, cápsulas articulares, etc.), são transmitidas ao cérebro pelos fascículos grácil e cuneiforme. A via anatômica, da qual todos esses tratos fazem parte, passa pelo tálamo e continua até certas áreas do córtex cerebral. É por essa razão que a informação que passa por esses tratos se torna consciente. Fibras descendentes do córtex cerebral e de outras áreas do cérebro também passam pela substância branca da medula espinhal, transportando impulsos nervosos para os neurônios motores da medula espinhal. Essas fibras são agrupadas em vários tratos que serão estudados posteriormente.