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Geetica - Imunogenetica, Resumos de Genética Médica

Temas Genetica de desenvolvimento, para cursos de Medica Geral , Medicina Dentaria e Farmacia, Resumos feito em manuais de Genetica Médica

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 02/12/2024

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  • 1 Introdução
  • 2 Objectivos....................................................................................................................................
    • 2.1 Objectivo Geral....................................................................................................................
    • 2.2 Objetivos específicos
  • 3 Imunogenética
    • 3.1 Antígenos e Anticorpos
    • 3.2 Anticorpos
  • 4 Sistema Sanguíneo ABO
    • 4.1 Genética do Sistema de Grupos Sanguíneos ABO...............................................................
    • 4.2 Secreção dos Antígenos A, B e H em Líquidos Orgânicos.
    • 4.3 Doença hemofílica perinatal devida a incompatibilidade ABO
    • 4.4 Sistema de Grupos Sanguíneos Rh
    • 4.5 Genética do Sistema de Grupos Sanguíneos Rh
    • 4.6 Doença Hemofílica perinatal devida á incompatibilidade Rh
    • 4.7 Frequências dos grupos sanguíneos do sistema Rh
    • 4.8 SISTEMAS ABO E Rh EM TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
    • 5.1 Função Imunológica Natural
    • 5.2 Função Imunológica adaptativa
    • 5.3 Organização e Classificação da Imunidade Adaptativa
      • 5.3.1 Resposta Imune
    • 5.4 Células e Moléculas que Participam das Respostas Imunes
    • 5.5 Resposta Imune Humoral
  • 6 Imunoglobulinas
    • 6.1 Regiões das Imunoglobulinas
  • 7 Transplantes
    • 7.1 Tipos de transplantes ou enxertos
    • 7.2 Selecção do Doador...........................................................................................................
  • 8 Associação entre Antígenos HLA e Doenças
  • 9 Doenças por Deficiência Imune ou Imunodeficiências Imunodeficiências Hereditárias
    • 9.1 Imunodeficiências Adquiridas
  • 10 Conclusão
  • 11 Bibliografia

1 Introdução O presente trabalho investigativo da cadeira de Genética I, falaremos da Imunogenética, onde iremos destacar os processos imunogenéticos ramo da cadeira de genética que trata dos aspectos relacionados a interacção antígeno – anticorpo do organismo humano. Com principal destaque os grupos sanguíneos, sistema imunológico, transplante de tecidos e órgãos, doenças auto-imune e doenças por imunodeficiência que são meramente relevantes ao ramo de saúde.

3 Imunogenética A Imunogenética trata dos aspectos genéticos dos antígenos, dos anticorpos e suas interacções, envolvendo temas importantes na área da saúde, os sistemas de grupos sanguíneos eritrocitários e os problemas clínicos resultantes de suas incompatibilidades, as respostas imunes, os transplantes de tecidos e órgãos, as doenças por deficiência imune e as doenças auto-imunes (Osório & Robison. 2013:332) 3.1 Antígenos e Anticorpos Antígeno é uma substância ou macromolécula (geralmente uma proteína) com a capacidade de induzir uma resposta imune específica. (Osório & Robison. 2013:333). Um antígeno pode ser uma substância geneticamente determinada na superfície de uma hemácia, de uma célula viva nucleada ou bactéria; ou pode ser algo não directamente relacionado a nenhuma célula viva. (Osório & Robison. 2013:333) É denominado endógeno se produzido no interior das células do hospedeiro (p.ex. um vírus ou um parasita intracelular) e exógeno se produzido fora delas (por ex. bactérias, fungos, etc.). (Osório & Robison. 2013:333) 3.2 Anticorpos Segundo Guyton & Hall (2017. Cap. 36) os anticorpos são Gama globulinas, chamadas imunoglobulinas, apresentando pesos moleculares entre 160.000 e 970.000, isto é, são proteínas do soro, do tipo-globulina, denominadas de imunoglobulinas que apresentam especificidade para um epítopo de moléculas que compõem um antígeno. As regiões de especificidades do anticorpo são denominadas parátopos ou sítios combinatórios (sítios de ligação de um anticorpo ao antígeno). Os anticorpos são classificados geralmente em regulares, que resultam de estímulos naturais e tem ocorrência esperada, e irregulares, que resultam com resposta a alo antígenos e tem ocorrência inesperada. (Osório & Robison. 2013:333).

4 Sistema Sanguíneo ABO Segundo Osório & Robison (2013:334) o sistema sanguíneo ABO foi descoberto em 1900 por Landsteiner, que observou que os indivíduos da espécie humana podiam ser classificados em quatro grupos ou tipos, de acordo com a presença ou ausência dos antígenos (ou aglutinogénios) A e B nas hemácias e dos anticorpos anti – A e anti – B no soro. Os antígenos do sistema sanguíneo não restringem a membrana dos eritrónios. Figura 1.0 : Os quatro grupos ou tipos sanguíneos do sistema ABO baseiam-se nos antígenos presentes na superfície das hemácias. Fonte: Osório & Robison, genética humana, 3ª edição.

Fonte: Souza. Silva. et all; Genética Médica Para Universitários; 2015; 1ª edição Os antígenos A e B são codificados no cromossomo 9, e estes antígenos são herdados com padrão codominante, uma vez que os dois podem ser expressos ao mesmo tempo e não interferem entre si na sua manifestação, o grupo possui uma herança recessiva, uma vez que ele indica a ausência dos dois antígenos. (Micas. 2015:151). É aquele em que as hemácias do indivíduo não são aglutinadas por anti – A, anti – B ou anti– H, mostrando que não são células do grupo O, posteriormente esse fenótipo foi encontrado em outros locais, sendo hoje denominado de fenótipo Oh. Os indivíduos do grupo O diferem dos indivíduos do grupo Oh, porque, no primeiro caso, há produção da substância H, porém, no segundo, mesmo que sejam portadores dos alelos A ou B, não formam antígeno algum desse sistema na superfície das suas hemácias, sendo, portanto, falsos ´´O´´.

No fenótipo Oh, falta a enzima α – 2 – L – fucosiltransferase, por isso não há produção de antígeno H, não havendo, consequentemente, substrato para a produção de antígenos A e B. Actualmente sabe-se que esse fenótipo é causado pela homozigose de uma mutação de sentido trocado (leu 242 arg) no alelo FUT1 (antígeno H) e da deleção total do alelo FUT (factor secretor). Os indivíduos com o fenótipo Oh transmitem seus alelos A e/ou B para seus descendentes, nos quais poderão expressar-se, se estes possuírem pelo menos um alelo H.

maternos pelos antígenos A e B localizados em outras células, no plasma e nos líquidos orgânicos. No entanto, a potência dos antígenos do sistema ABO pode variar, por isso o grau de hemólise e a gravidade da DHPN são imprevisíveis. Ao contrário do DHPN devida a incompatibilidade do Rh, a DHPN devida ao ABO pode surgir na primeira gravidez e pode afectar as gestações subsequentes ou não. 4.4 Sistema de Grupos Sanguíneos Rh O Sistema de grupos sanguíneos Rh foi descoberto por Landstainer e Wiener, em 1940 sua importância é a mesma do sistema ABO, isto é, em transfusões e em obstetrícia, na incompatibilidade materna – fetal, que pode originar a DHPN. Esse sistema foi assim denominado porque foram macacos Rhesus (actualmente Macaca Mulata) nos experimentos que levaram á sua descoberta. 4.5 Genética do Sistema de Grupos Sanguíneos Rh É simbolizada por RH, pode ser descrito com um único par de alelos, D e d. As pessoas Rh– positivas têm genótipo DD ou Dd, e as Rh – negativas são dd. Obtenção do soro anti – Rh do modo como as hemácias de macacos Rhesus, e das pessoas que reagem a esse soro.

4.6 Doença Hemofílica perinatal devida á incompatibilidade Rh A doença hemolítica perinatal (DHPN) é também conhecida como doença hemofílica do recém ou eritroblastose fetal. Etiologia, patogénese e prevenção – a DHPN é uma doença hemolítica adquirida, que ocorre quando há incompatibilidade entre a mãe e o feto com relação a grupos sanguíneos. Há dois tipos principais de DHPN: um é devido a incompatibilidade quanto ao sistema Rh (a mãe é Rh – negativa e o feto, Rh – positivo), o outro a incompatibilidade quanto ao sistema ABO (quando a mãe é do grupo sanguíneo O e o feto é do grupo A ou B). Actualmente essa última é a forma mais comum de DHPN, sendo seguida pela DHPN causada pela incompatibilidade quanto ao sistema Rh. Em menos frequência, a DHPN pode ser causada por incompatibilidade quanto a outros sistemas sanguíneos, como o kell ou o Duffy. Em qualquer caso, o diagnóstico deve ser confirmado por testes específicos como o teste de Coombs. Em uma mãe Rh – negativa, as células fetais Rh – positivas que entrarem na circulação materna (em geral no terceiro trimestre de gestação ou durante o parto) podem estimular a formação de anti – D pela mãe, o qual pode ser transferido para a circulação fetal. Quando isso acontece suas hemácias são destruídas, o feto torna-se anémico e libera grande quantidade de eritroblastos (hemácias imaturas e nucleadas; daí a denominação de eritorbastose fetal). 4.7 Frequências dos grupos sanguíneos do sistema Rh Em geral, 85% dos casos são Rh – positivos (DD ou Dd) e 15% são Rh – negativo (dd), mas essa frequência são variáveis. Por exemplo, a prevalência de Rh negativo é de 20 a 30% em europeus, 7% em afro-americanos e inferior a 1% em chineses e japoneses, considerando-se apenas lócus RHD, que é o que tem maior importância para transfusões e o uso somente de anti – D. (Osório e Robison, 2013 pág. 344). 4.8 SISTEMAS ABO E Rh EM TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS Os sistemas sanguíneos ABO e Rh são os mais considerados em casos de transfusão. Quando o doador for do grupo sanguíneo O não existe reacção de aglutinação, pelo fato de não possuir antígenos A e/ou B nas suas hemácias; é por essa razão que ele é denominado doador universal.

5.2 Função Imunológica adaptativa A imunidade adaptativa, específica ou adquirida é a terceira linha de defesa contra potenciais ameaças ao organismo, caracteriza – se por respostas específicas e flexíveis a diferentes macromoléculas, e pela memória imunológica, que é a capacidade de responder com maior vigor e eficácia a um mesmo microrganismo exposto repetidamente através de três aspectos muito importantes: 1 - Discriminação , que é a capacidade de um organismo reconhecer o que lhe é próprio e o que lhe é estranho, sendo vital para a sua sobrevivência; 2 - Memória , que é a capacidade de lembrar contactos prévios com um antígeno; 3 - Especificidade , pois cada anticorpo reage com um antígeno específico. Fonte: (Osório & Robison. 2013, 3ª edição)

5.3 Organização e Classificação da Imunidade Adaptativa A imunidade adaptativa tem muitos componentes que podem ser agrupados em duas classes principais:  a imunidade humoral e a imunidade celular, ambas interagindo significativamente para efectuar a resposta imune. A imunidade humoral envolve a produção de proteínas chamadas imunoglobulinas ou anticorpos, que são os receptores de células B (BCR, de B-cell receptor), formados por linfócitos especializados, chamados linfócitos B ou células B, que se desenvolvem e amadurecem na medula óssea. Os anticorpos circulam no sangue e em outros líquidos do organismo, ligando-se a antígenos específicos e marcando-os para destruição pelas células fagocitárias. Os anticorpos activam, também, um conjunto de proteínas específicas, denominadas complemento, que atraem os macrófagos e ajudam a destruir as células. A imunidade celular é realizada pelas células T, que são linfócitos especializados que amadurecem no timo, respondendo apenas a antígenos encontrados na superfície das células corporais. 5.3.1 Resposta Imune A proliferação inicial de células B e T antígeno específicas é denominada resposta imune primária. Quando o antígeno que desencadeou esse mecanismo reaparecer no corpo futuramente, as células de memória específicas para esse antígeno tornam-se activas e dão rapidamente origem a outro clone de células capazes de se ligar e destruir o antígeno em 2 a 3 dias. Essa reacção de formação de um novo clone denomina-se resposta imune secundária. Por exemplo, a resposta imune secundária é a base da vacinação, que estimula uma resposta imune primária a um antígeno e resulta em células de memória que podem rapidamente produzir uma resposta secundária, se o mesmo antígeno invadir o organismo, no futuro.

Fonte: (Osório & Robison. 2013. 3ª edicão ) 5.4 Células e Moléculas que Participam das Respostas Imunes As principais células e moléculas que participam das respostas imunes são : linfócitos B ou células B; linfócitos T ou células T; células B de memória; células NK e NKT; receptores de antígenos das células B ou imunoglobulinas; receptores de antígenos das células T, moléculas de classe I e classe II do complexo de histocompatibilidade principal; citocinas e moléculas acessórias.

Linfócitos B ou células B : são componentes centrais da resposta imune humoral, desenvolvem-se na medula óssea e, quando maduros, sua maior parte se diferencia em plasmócitos, que produzem e expressam receptores em sua superfície (imunoglobulinas; BCR), liberando anticorpos capazes de reconhecer os antígenos solúveis. Além disso, esses linfócitos participam da neutralização de venenos de animais peçonhentos e de toxinas bacterianas, actuando também na lise de certos microrganismos. Podem ainda actuar como células apresentadoras de antígenos. Linfócitos T ou células T : são componentes centrais da resposta imune celular, originam-se de células hematopoiéticas existentes na medula óssea, mas amadurecem no timo e expressam receptores em sua superfície (TCR), participando de diversas funções: resposta imune do hospedeiro aos microrganismos de multiplicação intracelular, rejeição de enxertos, reacções de hipersensibilidade do tipo tardio e regulação do sistema linfático, intervindo nas actividades dos linfócitos B, dos macrófagos e dos próprios linfócitos T. Funcionalmente, os linfócitos T podem ser divididos em três subpopulações, cada uma delas com funções específicas:

1. Linfócitos T efectores, citolíticos ou citotóxicos (TC) – Responsáveis pela resposta imune celular, participam da lise de células alogênicas de órgãos transplantados de doadores não compatíveis. Estão envolvidos com a morte de células tumorais e de células infectadas por vírus e outros tipos de parasitas. 2. Linfócitos T auxiliares (TA) (ou TH, de helper) – Têm função essencial na regulação da resposta imune, actuando na actividade dos linfócitos T e linfócitos B, bem como das células fagocitárias. Esses linfócitos são multifuncionais, pois reconhecem os antígenos estranhos apresentados nos macrófagos, produzem citocinas, actuam sobre os linfócitos TC, induzindo- lhes a capacidade citolítica, estimulam a produção de anticorpos pelos linfócitos B, participam da hipersensibilidade tardia e provocam a activação dos macrófagos. 3. Linfócitos T supressores (TS) – Participam da actividade reguladora da função imunológica adaptativa, inibindo ou suprimindo a resposta imune. Os linfócitos T supressores e auxiliares interagem de modo complexo, tendo efeitos opostos nos linfócitos T citotóxicos. Uma vez cessada a resposta imune, os linfócitos T supressores também reprimem os T auxiliares.