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Desenvolvimento das Células Germinativas: Ovogênese e Espermatogênese, Resumos de Embriologia

Uma detalhada descrição do desenvolvimento das células germinativas, tanto no caso de ovogênese (formação dos gametas femininos) quanto em espermatogênese (formação dos gametas masculinos). O texto aborda as fases iniciais, intermediárias e finais de ambos os processos, incluindo a proliferação de células germinativas primordiais, a meiose e a espermiogênese. Além disso, o documento discute a determinação do sexo gonadal, a diferenciação sexual secundária e a importância das células sertoli e leydig no desenvolvimento dos gametas masculinos.

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 28/02/2024

midia-gisele
midia-gisele 🇧🇷

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Gametogênese
Fase embrionária
As células germinativas primordiais (PGCs), são células
que dão origem ao gameta. Possuem a proteína Oct4, pois
gene Oct4 é expresso nessas células. Ele desempenha um
papel na diferenciação das células germinativas
primordiais e na ativação de genes específicos que são
necessários para o desenvolvimento subsequente das
células germinativas.
As células germinativas primordiais, vão migrar para as
regiões marcadas (cristas gonadais somáticas):
Células GP femininas (córtex): são as únicas
que vão entrando em meiose e sofrendo
diferenciação, por isso nascem contadas.
Células GP masculina (medula): nascem com
as células germinativas primordiais.
Cordões sexuais primários: são estruturas embrionárias
base para a formação dos órgãos reprodutores, que
desempenham um papel fundamental na formação das
gônadas (glândulas sexuais), em embriões masculinos, se
desenvolvem nos testículos. Em femininos, esses cordões
se degeneram e não se desenvolvem nos ovários.
Determinação sexual:
FDT: fator de desenvolvimento testicular.
A determinação primária: ocorre a partir da presença
do cromossomo Y que contém o FDT, que irá determinar
o sexo gonadal (XX ovário, XY testículo)
A determinação secundária: é através do controle
hormonal do fenótipo.
Determinação primária:
Cascata gênica do sexo gonadal
É o processo biológico pelo qual o sexo gonadal (os
testículos ou os ovários) de um organismo multicelular é
determinado durante o desenvolvimento embrionário.
Essa determinação é controlada por genes.
A determinação do sexo masculino inicia com
comprometimento (desenvolvimento) das células Sertoli
via Sry e Fgf9.
A determinação do sexo feminino inicia com
comprometimento (desenvolvimento) das células
granulosa por R-spondin1 (modulador de Wnt4) e Foxl2.
O hormônio Anti-Mulleriano (AMH) produzido nas
células Sertoli causa a degeneração do ducto Mülleriano.
Testosterona (produzidas pelas células Leydig) faz a
manutenção do ducto Wolffiano
A testosterona convertida em Di-hidrotestosterona
(DHT) causa a masculinização da genitália externa.
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Gametogênese

Fase embrionária

  • As células germinativas primordiais (PGCs), são células que dão origem ao gameta. Possuem a proteína Oct4, pois gene Oct4 é expresso nessas células. Ele desempenha um papel na diferenciação das células germinativas primordiais e na ativação de genes específicos que são necessários para o desenvolvimento subsequente das células germinativas.
  • As células germinativas primordiais, vão migrar para as regiões marcadas (cristas gonadais somáticas): ➢ Células GP femininas (córtex): são as únicas que vão entrando em meiose e sofrendo diferenciação, por isso já nascem contadas. ➢ Células GP masculina (medula): já nascem com as células germinativas primordiais.
  • Cordões sexuais primários: são estruturas embrionárias base para a formação dos órgãos reprodutores, que desempenham um papel fundamental na formação das gônadas (glândulas sexuais), em embriões masculinos, se desenvolvem nos testículos. Em femininos, esses cordões se degeneram e não se desenvolvem nos ovários.

Determinação sexual:

  • FDT: fator de desenvolvimento testicular.
  • A determinação primária: ocorre a partir da presença do cromossomo Y que contém o FDT, que irá determinar o sexo gonadal (XX – ovário, XY – testículo)
  • A determinação secundária: é através do controle hormonal do fenótipo.

Determinação primária:

Cascata gênica do sexo gonadal

  • É o processo biológico pelo qual o sexo gonadal (os testículos ou os ovários) de um organismo multicelular é determinado durante o desenvolvimento embrionário.
  • Essa determinação é controlada por genes.
    • A determinação do sexo masculino inicia com comprometimento (desenvolvimento) das células Sertoli via Sry e Fgf9.
    • A determinação do sexo feminino inicia com comprometimento (desenvolvimento) das células granulosa por R-spondin1 (modulador de Wnt4) e Foxl2.
    • O hormônio Anti-Mulleriano (AMH) produzido nas células Sertoli causa a degeneração do ducto Mülleriano.
    • Testosterona (produzidas pelas células Leydig) faz a manutenção do ducto Wolffiano
    • A testosterona convertida em Di-hidrotestosterona (DHT) causa a masculinização da genitália externa.

As estruturas genitais masculinas e femininas são idênticas no início do desenvolvimento embrionário humano (até a 7ª semana), ou seja, são indiferenciadas. Nas mulheres eles se desenvolverão nos lábios vaginais e clitóris diferenciados. Mas no embrião masculino, a produção de um hormônio sexual masculino, a testosterona, induzirá uma diferenciação durante o desenvolvimento embrionário.

Determinação sexual secundária:

regulação hormonal do fenótipo sexual

  • Fase 1: Embrionária, com a diferenciação da gônada bipotencial e dos ductos.
  • Fase 2: Puberdade, com a intensificação dos hormônios.

Início da meiose

Ovogênese:

  • Ocorre a proliferação mitótica de células germinativas primordiais (ovogônias) e em seguida há uma alta taxa de morte celular programada (apoptose).
  • Entra em prófase I de meiose (ovócito primário) na fase embrionária.
  • Ocorre o bloqueio meiótico na prófase 1 e ele persiste até a ovulação durante a puberdade. Espermatogênese:
  • Sua meiose tem o início na puberdade sob o controle de testosterona.

Ovogênese

  • É um processo nas gônadas femininas (ovários) que abrange a formação dos gametas femininos.
  • Inicia-se ainda no período pré-natal, com uma pausa durante o nascimento e termina depois do fim da maturação sexual (puberdade).
  • Suas etapas posteriores continuam ao longo da vida reprodutiva da mulher até a menopausa, quando a produção de óvulos cessa. ➢ Fase 1: Período de multiplicação ou germinativo:
  • Ocorre no período embrionário até o nascimento.
  • Durante o desenvolvimento fetal, as ovogônias proliferam para formar uma grande população de células, se multiplicando por mitose.
  • As ovogônias inicialmente possuem um número diplóide de cromossomos (2n), ou seja, possuem um conjunto completo de cromossomos. Obs.: Cada ovogônia pode dar origem a um único ovócito primário.

➢ Fase 2: Período de crescimento:

  • Durante esta fase, as ovogônias crescem em tamanho e acumulam recursos, como citoplasma e organelas, necessários para o desenvolvimento subsequente.
  • Enquanto estão em crescimento, é iniciada a primeira divisão meiótica (meiose I), mas ela é interrompida na prófase I e só retornará com a puberdade na primeira menstruação (Período de maturação).
  • Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (Ovócito I).
  • Os ovócitos I possuem o número diplóide de cromossomos (2n).
  • Cada ovócito I é envolto por células foliculares, formando o folículo primordial.

➢ Fase 3: Período de maturação:

  • Envolve a maturação dos ovócitos primários, que ocorre com a puberdade e continua durante a vida reprodutiva da mulher.
  • Durante cada ciclo menstrual, através do controle hormonal, 5 a 12 ovócitos I são estimulados por mês, os folículos contendo ovócitos I maduros se desenvolvem em folículos de Graaf, mas apenas um chega a sofrer divisão.
  • O ovócito primário dentro do folículo de Graaf, retoma a meiose I e a completa, resultando na formação de duas células: um ovócito secundário (n) e o primeiro corpúsculo polar (n).
  • Durante a ovulação, o ovócito secundário é liberado do ovário. Se fertilizado por um espermatozóide, o ovócito secundário continua a meiose, completando a segunda divisão meiótica (meiose II) e formando um óvulo maduro (n) e um segundo corpúsculo polar (n). Obs.: Apenas um pequeno número de ovócitos primários amadurecem e é liberado durante a vida reprodutiva de uma mulher, geralmente um a cada ciclo menstrual. Obs.: A cada meiose, apenas uma das quatro células se torna funcional.
  • A espermiogênese é a fase final da espermatogênese e envolve a transformação dos espermatídios em espermatozóides maduros.
  • Durante a espermiogênese, ocorrem várias mudanças morfológicas, como a formação do flagelo (cauda) para a locomoção e a compactação do núcleo.
  • O citoplasma é reduzido para tornar os espermatozoides mais leves e mais eficientes na locomoção.
  • O acrossomo, uma vesícula que contém enzimas essenciais para a fertilização, é formado.
  • Ao final da espermiogênese, os espermatozoides são liberados nos túbulos seminíferos e, posteriormente, armazenados nos epidídimos até serem ejaculados durante o ato sexual.

Túbulo seminífero:

  • Os túbulos seminíferos são estruturas microscópicas encontradas nos testículos dos homens e são os locais onde ocorre a maior parte da espermatogênese, ou seja, a produção de espermatozoides. Nos túbulos são encontradas as células de Leydig e as células de Sertoli.
  • Células de Leydig: estão localizadas nos espaços intersticiais entre os túbulos seminíferos nos testículos. A principal função das células de Leydig é a produção e secreção do hormônio sexual masculino, a testosterona.
  • Células de Sertoli: são células especializadas encontradas nos túbulos seminíferos dos testículos. Elas fornecem um ambiente de suporte físico e nutricional para as células germinativas em desenvolvimento, incluindo espermatogônias, espermatócitos e espermatídios.

Ovogênese X Espermatogênese

  • A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a ovogênese está relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher;
  • Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4 espermatozóides. Na ovogênese, cada ovogônia dá origem a apenas 1 ovócito e 3 células inviáveis denominadas corpúsculos polares;
  • A produção de gametas masculinos é um processo que se continua até a velhice, enquanto que a produção de gametas femininos cessa com a menopausa;
  • O espermatozóide é uma célula pequena e móvel, enquanto que o ovócito é uma célula grande e sem mobilidade;
  • Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipos de espermatozoides: 23,X ou 23,Y. A mulher só produz um tipo de gameta quanto à constituição cromossômica: 23,X.

RESUMO

Ovogênese

Início no período pré-natal até o nascimento: Fase 1: multiplicação

  • São denominadas de ovogônias (2n);
  • Se multiplicam por mitose consecutivas. Fase 2: crescimento
  • Se iniciam com ovogônias (2n);
  • Crescem em tamanho e acumulam recursos;
  • É iniciada a primeira divisão meiótica (meiose I);
  • É interrompida na prófase I;
  • Ao fim desta fase, as ovogônias transformam-se em Ovócito I (2n), que é envolto por células foliculares (folículo primordial). ➢ Após a puberdade Fase 3: maturação
  • Maturação dos ovócitos I (2n);
  • Folículos contendo ovócitos I (2n) maduros se desenvolvem em folículos de Graaf (2n), mas apenas um chega a sofrer divisão;
  • Retoma a meiose I e a completa;
  • Resulta na formação de duas células: um ovócito II (n) e o primeiro corpúsculo polar (n).
  • Ovócito II (n) é liberado do ovário (durante a ovulação).
  • Se fertilizado por um espermatozóide, o ovócito II (n) continua a meiose (meiose II) e formando um óvulo maduro (n) e um segundo corpúsculo polar (n). Obs.: A cada meiose, apenas uma das quatro células se torna funcional.

Espermatogênese

Início no período pré-natal até o nascimento: Fase 1: Proliferação ou multiplicação:

  • São denominadas de espermatogônias (2n).
  • Se multiplicam por mitoses consecutivas.
  • Algumas das espermatogônias resultantes continuam a ser espermatogônias, enquanto outras se diferenciam na fase de crescimento em espermatócitos I (2n). ➢ Após a puberdade Fase 2: Crescimento:
  • Se iniciam com espermatogônias (2n);
  • Pequeno aumento no volume do citoplasma das espermatogônias as converte em espermatócitos I (2n).
  • É iniciada a primeira divisão meiótica (meiose I);
  • Transforma-se em espermatócitos II (1n). Fase 3: Maturação/Meiose:
  • Os espermatócitos II (1n) entra na meiose II.
  • A meiose II, resulta em quatro espermatídios (1n).
  • Espermatídios não são espermatozoides completamente desenvolvidos. Fase 4: Espermiogênese:
  • Transformação dos espermatídios em espermatozóides maduros (1n).
  • Ocorrem mudanças morfológicas como: formação do flagelo e acrossomo, compactação do núcleo e redução do citoplasma.
  • Ao final da espermiogênese, os espermatozoides são liberados nos túbulos seminíferos e, posteriormente, armazenados nos epidídimos até serem ejaculados durante o ato sexual.