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Gabarito Gregory Mankiw, Exercícios de Economia

Este eh o gabarito da sexta edição do clássico texto do Mankiw.

Tipologia: Exercícios

2021

Compartilhado em 10/05/2025

ivan-silva-riq
ivan-silva-riq 🇧🇷

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Capítulo 1
Os Dez Princípios de Economia
Revisão técnica: Guilherme Yanaka
Problemas e Aplicações
1.
a. Uma família, ao considerar comprar um carro novo, enfrenta um tradeoff entre o custo do carro
e o custo de outras coisas que gostaria de comprar. Por exemplo, a compra de um carro pode
significar abrir mão de viagens nas férias dos próximos dois anos. Então, o custo real do carro é
um custo de oportunidade para a família no que se refere ao que vai precisar abrir mão.
b.
Para um membro do Congresso decidir se aumenta as despesas com parques nacionais, o
tradeoff está entre os parques e outros gastos públicos ou uma diminuição de impostos. Se
mais dinheiro for investido no sistema de parques, isso pode significar menos dinheiro para
museus ou investimentos em esporte. Ou, em vez de investir dinheiro no sistema de parque,
os impostos poderiam ser reduzidos.
c.
O presidente de uma empresa, ao considerar abrir uma nova fábrica, baseia sua decisão
avaliando se a nova fábrica aumentará os lucros da empresa com relação a outras alternati-
vas (por exemplo, atualizar o equipamento existente ou expandir as fábricas já existentes).
A questão é: qual método de expansão de produção aumentará mais o lucro da empresa?
d.
Ao decidir o quanto se preparar para uma aula, um professor vê-se diante de um tradeoff
entre o valor de aprimoramento da qualidade da sua aula e outras coisas que ele poderia
fazer, como trabalhar em um artigo acadêmico ou ter mais tempo livre.
e.
Ao decidir se vai cursar uma pós-graduação, o estudante defronta-se com um tradeoff en-
tre a possibilidade de ganhos somente com curso superior e os benefícios de uma melhor
formação (como ganhos futuros mais altos e um conhecimento maior).
2.
Quando os benefícios de algo são psicológicos, como tirar férias, não é fácil compará-los com os custos
para determinar o que vale mais a pena. Mas há duas maneiras de avaliar os benefícios. Uma é compa-
rar as férias com o que você faria em seu lugar. Se você não fosse tirar férias, compraria algo, como uma
nova televisão? Assim, você decide se compraria a televisão ou tiraria férias. Uma segunda maneira é
considerar o quanto você precisa trabalhar para ganhar dinheiro para pagar as férias. Você pode decidir
se os benefícios psicológicos das férias serão válidos em relação aos custos psicológicos de trabalho.
3.
Se você está pensando em jogar futebol em vez de trabalhar no seu emprego de meio período, o cus-
to de jogar futebol é o custo de oportunidade do dinheiro do qual você está abrindo mão por não tra-
balhar. Se a escolha é entre jogar futebol e ir para a biblioteca estudar, então o custo de jogar futebol
é a possibilidade de ter notas menores no seu curso. Em ambos os casos, o custo de oportunidade de
jogar futebol é o custo de oportunidade do tempo (o que você poderia fazer em vez de jogar futebol).
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Capítulo 1

Os Dez Princípios de Economia

Revisão técnica: Guilherme Yanaka

Problemas e Aplicações

  1. a. Uma família, ao considerar comprar um carro novo, enfrenta um tradeoff entre o custo do carro e o custo de outras coisas que gostaria de comprar. Por exemplo, a compra de um carro pode significar abrir mão de viagens nas férias dos próximos dois anos. Então, o custo real do carro é um custo de oportunidade para a família no que se refere ao que vai precisar abrir mão.

b. Para um membro do Congresso decidir se aumenta as despesas com parques nacionais, o tradeoff está entre os parques e outros gastos públicos ou uma diminuição de impostos. Se mais dinheiro for investido no sistema de parques, isso pode significar menos dinheiro para museus ou investimentos em esporte. Ou, em vez de investir dinheiro no sistema de parque, os impostos poderiam ser reduzidos.

c. O presidente de uma empresa, ao considerar abrir uma nova fábrica, baseia sua decisão avaliando se a nova fábrica aumentará os lucros da empresa com relação a outras alternati- vas (por exemplo, atualizar o equipamento existente ou expandir as fábricas já existentes). A questão é: qual método de expansão de produção aumentará mais o lucro da empresa?

d. Ao decidir o quanto se preparar para uma aula, um professor vê-se diante de um tradeoff entre o valor de aprimoramento da qualidade da sua aula e outras coisas que ele poderia fazer, como trabalhar em um artigo acadêmico ou ter mais tempo livre.

e. Ao decidir se vai cursar uma pós-graduação, o estudante defronta-se com um tradeoff en- tre a possibilidade de ganhos somente com curso superior e os benefícios de uma melhor formação (como ganhos futuros mais altos e um conhecimento maior).

  1. Quando os benefícios de algo são psicológicos, como tirar férias, não é fácil compará-los com os custos para determinar o que vale mais a pena. Mas há duas maneiras de avaliar os benefícios. Uma é compa- rar as férias com o que você faria em seu lugar. Se você não fosse tirar férias, compraria algo, como uma nova televisão? Assim, você decide se compraria a televisão ou tiraria férias. Uma segunda maneira é considerar o quanto você precisa trabalhar para ganhar dinheiro para pagar as férias. Você pode decidir se os benefícios psicológicos das férias serão válidos em relação aos custos psicológicos de trabalho.
  2. Se você está pensando em jogar futebol em vez de trabalhar no seu emprego de meio período, o cus- to de jogar futebol é o custo de oportunidade do dinheiro do qual você está abrindo mão por não tra- balhar. Se a escolha é entre jogar futebol e ir para a biblioteca estudar, então o custo de jogar futebol é a possibilidade de ter notas menores no seu curso. Em ambos os casos, o custo de oportunidade de jogar futebol é o custo de oportunidade do tempo (o que você poderia fazer em vez de jogar futebol).

2  Respostas – Problemas e aplicações

  1. O custo de oportunidade são os $10 ganhos como juros.
  2. Os $ 5 milhões são um custo irrecuperável e, no momento, irrelevante. Na margem, se você gastar $ 3 milhões, você gerará $ 3 milhões em vendas. Portanto, você é indiferente entre concluir o projeto ou não. Você deve estar disposto a gastar até $ 3 milhões para finalizar o projeto porque as despesas marginais (ou incrementais) seriam menores que o valor das vendas. Por exemplo, se o custo para completar o projeto fosse de $ 2 milhões. Neste caso, se você não concluir o projeto, perderá $ 5 mi- lhões, mas se você o finalizar perderá $ 4 milhões (gasto total de $ 7 e receita de $ 3 milhões).
  3. a. A provisão dos benefícios da Previdência Social diminui o incentivo individual para economizar para a aposentadoria. Os benefícios fornecem algum nível de renda para a pessoa quando esta se aposenta. Isso significa que a pessoa não é inteiramente dependente das economias para susten- tar o consumo durante a sua aposentadoria.

b. Se um pessoa acima de 65 anos decidir trabalhar, o valor de sua aposentadoria será reduzido, dessa forma ela terá menos incentivos para trabalhar.

  1. a. Quando os beneficiários de assistência social têm os benefícios cortados após dois anos, há um incentivo maior para que procurem empregos do que se os benefícios durassem para sempre.

b. A perda de benefícios significa que uma pessoa que não consegue encontrar um emprego não obterá nenhuma renda, potencializando o problema de distribuição de renda. Mas a economia será mais eficiente, pois os beneficiários de assistência social terão um incentivo maior para buscar emprego. Assim, a mudança na lei aumenta a eficiência, mas aumenta a desigualdade.

  1. Especializando-se em cada tarefa, você e seu colega de quarto podem finalizar os afazeres de modo mais rápido. Se você dividir cada tarefa igualmente, você demora mais para cozinhar que seu colega de quarto e ele leva mais tempo para a faxina do que você. Com a especialização, você reduz o tempo total gasto em afazeres.

Da mesma forma, os países podem se especializar e comercializar fazendo com mais eficiência ambas as tarefas. Por exemplo, supomos que leve menos tempo para os trabalhadores espanhóis produzi- rem roupas do que os franceses, e os franceses podem produzir vinho com mais eficiência do que os espanhóis. Assim, tanto a Espanha como a França poderiam beneficiar-se caso os espanhóis produzis- sem todas as roupas e os franceses produzissem toda a safra de vinho, e eles poderiam envolver-se comercialmente com essas duas mercadorias.

  1. a. Eficiência: falha de mercado devido ao poder de mercado das empresas de TV a cabo.

b. Igualdade.

c. Eficiência: origina-se externalidade em razão de o fumo passivo prejudicar os não fumantes.

d. Eficiência: a falha de mercado ocorre por causa do poder de mercado da Standard Oil.

4  Respostas – Problemas e aplicações

b. É possível que algumas reformas tornem o uso de recursos no setor mais eficiente, aumentado a produtividade.

c. Proporcionar a algumas pessoas o seguro-saúde subsidiado (cobrando impostos de famílias com renda maior) reduzirá o incentivo ao trabalho. Isso diminuirá a produtividade.

  1. Quando o governo imprime as cédulas de dinheiro, ele impõe um “imposto” a todos que retêm o di- nheiro porque o valor da moeda cai em razão da inflação.
  2. Para tomar uma decisão inteligente sobre a redução da inflação, um formulador de política precisaria saber o que causa a inflação e o desemprego, assim como o que determina o tradeoff entre eles. Isso significa que um formulador de política precisa compreender como as famílias e as empresas se ajustarão à diminuição na quantidade de dinheiro. De quanto será a redução de gastos? Qual será a diminuição da produção das empresas? Qualquer tentativa para reduzir a inflação provavelmen- te conduzirá, no curto prazo, a uma taxa de desemprego maior. Assim, um formulador de política defronta-se com um tradeoff dos benefícios de uma inflação menor comparados ao custo de um desemprego maior.
  3. O aumento dos impostos conduzirá a um gasto menor na economia. Isso causará um aumento, no curto prazo, no desemprego e uma queda nos preços. No entanto, imprimir mais cédulas de dinhei- ro causará um aumento, no longo prazo, na inflação em razão da diminuição do valor do dinheiro.

Capítulo 2

Pensando como um Economista

Revisão técnica: Guilherme Yanaka

Problemas e Aplicações

  1. Veja a Figura 5; as quatro transações são indicadas.

Figura 5

  1. a. A Figura 6 mostra o gráfico da fronteira de possibilidades de produção entre armas e manteiga. Ela apresenta uma inclinação para fora porque o custo de oportunidade de produzir manteiga depende da quantidade de manteiga e de armas que a economia está produzindo. Quando a economia está produzindo muita manteiga, os trabalhadores e as máquinas mais adequados para fazer armas estão sendo utilizados para fazer manteiga, então cada unidade de arma não fabricada produz um pequeno aumento na produção de manteiga. Assim, a fronteira é mais inclinada e o custo de oportunidade de produção de manteiga será alto. Quando a economia está produzindo muitas armas, os trabalhadores e as máquinas mais adequados para fabricar manteigas estão sendo utilizados para fazer armas, de modo que cada unidade de arma não fabricada produz um grande aumento na produção de manteiga. Assim, a inlcinação da fronteira é menos acentuada e o custo de oportunidade de produção de manteiga é mais baixo.

Mercados de bens e serviços Litro de leite Corte de cabelo

Capital da Acme Uma hora de trabalho

Capital da Acme Uma hora de trabalho

Empresas (^) Famílias

Mercados de fatores de produção

Respostas – Problemas e aplicações  3

  1. a. A: 40 gramados cortados; 0 carro lavado. B: 0 gramado cortado; 40 carros lavados. C: 20 gramados cortados; 20 carros lavados. D: 25 gramados cortados; 25 carros lavados.

b. A fronteira de possibilidade de produção é indicada na Figura 8. Os pontos A, B e D estão na fronteira, enquanto o ponto C está dentro da fronteira.

c. Larry é igualmente produtivo em ambas as tarefas. Moe é mais produtivo lavando carros enquanto Curly é mais produtivo cortando grama.

d. Alocação C é ineficiente. Podemos ter mais carros lavados e mais campos cortados simplesmente realocando o tempo das três pessoas.

  1. a. Microeconomia; porque Susan é uma tomadora de decisão individual.

b. Macroeconomia; porque a poupança nacional e o crescimento econômico são fenômenos da econo- mia como um todo.

c. Microeconomia; porque estes são mercados específicos.

d. Macroeconomia;, porque ambos são fenômenos da economia como um todo.

e. Microeconomia;, porque o McDonald’s é um tomador de decisão individual em um mercado especí- fico.

  1. a. Positiva, porque é uma declaração sobre um fato cuja validade pode ser testada.

b. Normativa, porque é uma declaração opinativa que não pode ser testada.

c. Normativa, porque é uma declaração opinativa que não pode ser testada.

d. Positiva, porque é uma declaração sobre um fato cuja validade pode ser testada.

e. Normativa, porque é uma declaração opinativa que não pode ser testada.

  1. Como presidente, você estaria interessado tanto nas opiniões positivas quanto normativas dos economistas, mas você, provavelmente, estaria mais interessado nas opiniões positivas. Os economistas estão na sua equipe para apresentar seus conhecimentos sobre como a economia funciona. Eles sabem de muitos fatos relativos à economia e à interação de diferentes setores. Assim, seria mais provável questioná-los sobre fatos – análise positiva. Já que é o presidente, você é quem elabora as declarações normativas em relação ao que deve ser feito, considerando as consequências políticas. As declarações normativas feitas por economistas representam os próprios pontos de vista, não necessariamente a visão do presidente ou a visão do eleitorado.

Capítulo 3

Interdependência e Ganhos Comerciais

Revisão técnica: Guilherme Yanaka

Problemas e Aplicações

  1. a. Veja a Figura 2. Se Maria passa 5 horas estudando economia, ela pode ler 100 páginas, sendo esse o intercepto vertical da fronteira de possibilidade de produção. Se ela passa 5 horas estudando so- ciologia, ela pode ler 250 páginas, sendo esse o intercepto horizontal. Os custos de oportunidades são constantes, então a fronteira de possibilidades de produção é uma linha reta.

Figura 2

b. Maria leva aproximadamente 2 horas para ler 100 páginas de sociologia. Nesse mesmo período, ela poderia ler 40 páginas de economia. Então, o custo de oportunidade de 100 páginas de sociologia é de 40 páginas de economia.

  1. a.

Quantidade de trabalhadores necessários para fazer: Um carro Uma tonelada de grãos EUA 1/4 1/ Japão 1/4 1/

b. Veja a Figura 3. Com 100 milhões de trabalhadores e 4 carros por trabalhador, se cada economia produzisse somente carros, poderia fabricar 400 milhões de carros. Como cada trabalhador norte- -americano pode produzir 10 toneladas de grãos, se os Estados Unidos produzissem somente grãos,

Páginas de economia

Páginas de sociologia

Respostas – Problemas e aplicações  3

e. O Japão tem uma vantagem comparativa na produção de carros porque tem um custo de oportuni- dade menor em termos de grãos dos quais abre mão. Os Estados Unidos têm uma vantagem com- parativa na produção de grãos porque têm um custo de oportunidade menor em termos de carros dos quais abrem mão.

f. Com metade dos trabalhadores em cada país produzindo cada uma das mercadorias, os Estados Unidos produziriam 200 milhões de carros (50 milhões de trabalhadores vezes 4 carros cada) e 500 milhões de toneladas de grãos (50 milhões de trabalhadores vezes 10 toneladas cada). O Japão pro- duziria 200 milhões de carros (50 milhões de trabalhadores vezes 4 carros cada) e 250 milhões de toneladas de grãos (50 milhões de trabalhadores vezes 5 toneladas cada).

g. A partir de qualquer situação sem nenhum comércio, na qual cada país está produzindo carros e grãos, suponhamos que os Estados Unidos transfiram um trabalhador da produção de carros para a produção de grãos. Esse trabalhador produziria 4 carros a menos e 10 toneladas de grãos a mais. Desse modo, suponha que os Estados Unidos ofereçam para comercialização 7 toneladas de grãos para o Japão em troca de 4 carros. Os Estados Unidos fariam isso porque seu custo de oportunidade de 4 carros são 10 toneladas de grãos, então se beneficiará se o comércio se reali- zar. Suponhamos que o Japão transfira um trabalhador da produção de grãos para a produção de carros. Esse trabalhador produziria 4 carros a mais e 5 toneladas de grãos a menos. O Japão acei- tará o comércio porque seu custo de oportunidade de 4 carros são 5 toneladas de grãos, por isso terá ganhos. Com o comércio e a mudança de um trabalhador tanto nos Estados Unidos quanto no Japão, cada país terá a mesma quantidade de carros de antes e ambos terão mais toneladas de grãos (3 para os Estados Unidos e 2 para o Japão). Assim, comercializando e mudando sua pro- dução, ambos os países serão beneficiados.

  1. a. O custo de oportunidade de Pat para fazer a pizza é 1/2 de litro de cerveja, porque prepararia 1/ litro no tempo que leva para preparar a pizza (2 horas). Pat tem uma vantagem absoluta em fazer pizza porque prepararia uma em 2 horas, enquanto Kris levaria 4 horas. O custo de oportunidade de Kris para fazer a pizza é 2/3 de litro de cerveja, porque prepararia 2/3 de litro no tempo que leva para preparar a pizza (4 horas). Em razão de o custo de oportunidade de Pat para fazer pizza ser menor do que o de Kris, Pat tem uma vantagem comparativa em fazer pizza.

b. Em razão de Pat ter uma vantagem comparativa em fazer pizza, ela fará pizza e trocará pela cerveja feita por Kris.

c. O preço mais alto da pizza em termos de cerveja que vai satisfazer ambos os colegas de quarto é 2/3 de litro de cerveja. Se o preço for mais alto que isso, Kris iria preferir fazer a própria pizza (a um custo de oportunidade de 2/3 de litro de cerveja) em vez de trocar sua cerveja por pizza feita por Pat. O preço mais baixo da pizza em termos de cerveja que vai satisfazer ambos os colegas de quar- to é 1/2 litro de cerveja. Se o preço for menor que esse, Pat iria preferir fazer a própria cerveja (ela pode fazer 1/2 litro de cerveja em vez de fazer uma pizza) em vez de trocar sua pizza pela cerveja feita por Kris.

4  Respostas – Problemas e aplicações

  1. a. Se um trabalhador canadense pode fazer 2 carros por ano ou 30 toneladas de trigo, o custo de oportunidade de um carro é de 15 toneladas de trigo. De modo semelhante, o custo de oportu- nidade de uma tonelada de trigo é de 1/15 de um carro. Os custos de oportunidade são números recíprocos (ou seja, um é o inverso do outro).

b. Veja a Figura 4. Se cada um dos 10 milhões de trabalhadores produzirem 2 carros, produzirão um total de 20 milhões de carros, que é o intercepto vertical da fronteira de possibilidades de produ- ção. Se cada um dos 10 milhões de trabalhadores produzirem 30 toneladas de trigo, produzirão um total de 300 milhões de toneladas, que é o intercepto horizontal da fronteira de possibilidades de produção. Em razão de o tradeoff entre carros e trigo ser sempre o mesmo, a fronteira de possibili- dade de produção é uma linha reta.

Se o Canadá optar por consumir 10 milhões de carros, precisarão de 5 milhões de trabalhadores dedicados à produção de carros. Restando 5 milhões de trabalhadores para produzirem trigo, que produzirão um total de 150 milhões de toneladas (5 milhões de trabalhadores vezes 30 toneladas por trabalhador). Isso é indicado como o ponto A na Figura 4.

c. Se os Estados Unidos comprarem 10 milhões de carros do Canadá e o Canadá continuar consu- mindo 10 milhões de carros, o Canadá precisaria produzir um total de 20 milhões de carros. Desse modo, o Canadá estará produzindo no intercepto vertical da fronteira de possibilidades de produ- ção. No entanto, se o Canadá conseguir 20 toneladas de trigo por carro, poderá consumir 200 mi- lhões de toneladas de trigo com 10 milhões de carros. Isso é indicado como ponto B na figura. O Canadá deve aceitar a transação, pois obterá a mesma quantidade de carros e 50 milhões a mais de toneladas de trigo.

Figura 4

  1. a. Os trabalhadores ingleses têm uma vantagem absoluta em relação aos trabalhadores escoceses na produção de bolinhos, pois os trabalhadores ingleses produzem mais por hora (50 versus 40).

Milhões de carros

Trigo (milhões de toneladas)

6  Respostas – Problemas e aplicações

Figura 5

b. Para os Estados Unidos, o custo de oportunidade de 1 computador é de 5 camisetas, enquanto o custo de oportunidade de 1 camiseta é de 1/5 de computador. Para a China, o custo de oportunidade de 1 computador é de 10 camisetas, enquanto o custo de oportunidade de 1 camiseta é de 1/10 de com- putador. Assim, os Estados Unidos têm uma vantagem comparativa na produção de computadores e a China tem uma vantagem comparativa na produção de camisetas.

A China exportaria camisetas. O preço de 1 camiseta seria entre 1/5 e 1/10 de um computador. Um exemplo seria o preço de 1/8 de computador. Em outras palavras, a China exportaria 8 camisetas e, em troca, receberia 1 computador. Ambos os países se beneficiariam com o comércio. A China se especializaria em camisetas (produção de 100) e poderia, por exemplo, exportar 40. Isso a deixaria com 60 camisetas. Em troca, conseguiria 5 computadores. A combinação de 60 camisetas e 5 com- putadores não estava disponível para a China antes do comércio. Os Estados Unidos se especializa- riam em computadores (produção de 20) e exportariam 5 para a China, em troca de 40 camisetas. Os Estados Unidos terminariam com 15 computadores e 40 camisetas, uma combinação que era impossível sem o comércio.

c. O preço de um computador ficaria entre 5 e 10 camisetas. Se o preço for abaixo de 5, os Estados Unidos discordariam em exportar computadores, pois o custo de oportunidade de 1 camiseta para os Estados Unidos seria de 1/5 do computador. Se o preço for maior que 10 camisetas, a China dis- cordaria em importar computadores, pois (para a China) o custo de oportunidade de 1 computador é de 10 camisetas.

d. Uma vez que a produtividade é a mesma nos dois países, os benefícios do comércio não existem. O comércio é benéfico quando permite que os países utilizem as vantagens comparativas. Se China e Estados Unidos têm exatamente o mesmo custo de oportunidade de produção de camisetas e com- putadores, não haverá ganhos de comércio disponível.

  1. a. Um trabalhador médio no Brasil tem a vantagem absoluta na produção de café porque precisa de menos tempo que o trabalhador médio no Peru.

Quantidade de computadores

Quantidade de camisetas

EUA

China

Respostas – Problemas e aplicações  7

b. Um trabalhador médio do Peru tem a vantagem comparativa na produção de café. O custo de opor- tunidade de 30 gramas de café para um trabalhador médio no Peru (45 gramas de soja) é mais baixo que o custo de oportunidade de 30 gramas de café para o trabalhador médio no Brasil (90 gramas de soja).

c. O Brasil importará café do Peru porque o Peru tem uma vantagem comparativa na produção de café.

d. O preço de 60 gramas de soja para 30 gramas de café fica entre os dois custos de oportunidade.

  1. a. Verdadeiro. Dois países podem obter ganhos de comércio mesmo que um deles tenha vantagem absoluta na produção de todas as mercadorias. Basta que cada país tenha uma vantagem compara- tiva em alguma mercadoria.

b. Falsa. É falsa a ideia de que algumas pessoas tenham uma vantagem comparativa em tudo o que fazem. De fato, ninguém pode ter uma vantagem comparativa em tudo. A vantagem comparativa reflete o custo de oportunidade de uma mercadoria ou atividade em relação a outras. Se você tem uma vantagem comparativa em uma coisa, você deve ter uma desvantagem comparativa em outra coisa.

c. Falsa. É falsa a ideia de que se uma transação comercial é boa para uma pessoa, não pode ser boa para outra pessoa. As transações comerciais podem beneficiar ambos os lados – especialmente transações com base em vantagem comparativa. Se ambas as partes não se beneficiassem, o co- mércio nunca aconteceria.

d. Falsa. Para ser boa para ambas as partes, o preço da transação deve estar entre os dois custos de oportunidade.

e. Falsa. O comércio, apesar de beneficiar o país como um todo, pode prejudicar algumas pessoas no país. Por exemplo, suponhamos que um país tenha uma vantagem comparativa na produção de trigo e uma desvantagem comparativa na produção de carros. A exportação de trigo e a importação de carros beneficiarão a nação como um todo, pois propiciará o aumento do consumo de ambas as mercadorias. No entanto, a introdução desse comércio, provavelmente, será prejudicial a trabalha- dores da indústria automobilística nacional e fabricantes.

  1. Esse padrão de comércio está de acordo com o princípio da vantagem comparativa. Se os Estados Uni- dos exportam milho e aeronaves, deve haver uma vantagem comparativa na produção dessas mer- cadorias. Em razão de importar petróleo e roupas, os Estados Unidos devem ter uma desvantagem comparativa na produção desses itens.
  2. a. Hillary tem uma vantagem absoluta na produção de ambas as mercadorias, pois ela consegue pro- duzir mais de cada uma das mercadorias no mesmo período de tempo.

b. Bill tem uma vantagem comparativa na produção de alimentos porque apresenta um custo de opor- tunidade menor (1 unidade de roupa por 1 unidade de alimento) do que Hillary (1,5 unidade de roupa para 1 unidade de alimento).

Respostas – Problemas e aplicações  9

Figura 8

f. É claro que a fronteira de possibilidades de produção se expande quando Hillary se especializa na produção de roupas. Isso faz sentido porque ela possui uma vantagem comparativa na produção de roupas.

  1. Ganhos de comércio ocorrem em razão de difrentes custos de oportunidade na produção de cada país. Assim, haveria maiores ganhos potenciais de comércio entre países de diferentes níveis de desenvolvi- mento. É mais provável que países que sejam significantemente diferentes tenham maiores diferenças em seus custos de oportunidade de produção.

Alimento

Roupa

Capítulo 4

As Forças de Mercado da Oferta e da Demanda

Revisão técnica: Guilherme Yanaka

Problemas e Aplicações

  1. a. O clima frio danifica as plantações de laranjas, reduzindo a oferta da fruta e aumentando seu preço. Isso leva à queda na oferta de suco de laranja, afinal, a laranja é fundamental para a produção desse suco. Isso pode ser visto na Figura 6 como um deslocamento da curva de oferta de suco de laranja para a esquerda. O novo preço de equilíbrio é mais alto do que o preço de equilíbrio anterior.

Figura 6

b. Frequentemente as pessoas viajam da Nova Inglaterra para o Caribe para escapar do frio, então a demanda pelos quartos de hotéis caribenhos é mais alta no inverno. No verão, poucas pessoas viajam para o Caribe, pois o clima no norte é mais agradável. O resultado, conforme indicado na Figura 7, é um deslocamento da curva de demanda para a esquerda. O preço de equilíbrio dos quartos de hotéis caribenhos é, dessa maneira, menor no verão do que no inverno, conforme indicado na figura.

Preço

do

suco

de

laranja

Quantidade de suco de laranja

O 1

O 2

D

Respostas – Problemas e aplicações  3

  1. a. Esse evento desloca a oferta de carros novos para a esquerda, aumenta o preço dos carros novos e reduz a quantidade demandada de carros novos. b. Esse evento desloca a oferta de carros novos para a direta, reduz o preço dos carros novos e aumenta a quantidade demandada de carros novos. c. Passagens de ônibus e carros novos são substitutos. Como resultado, uma diminuição no preço das passagens de ônibus leva a curva de demanda de carros novos a se deslocar para a esquerda, o preço a ser reduzido e a quantidade ofertada a ser reduzida. d. Esse evento desloca a demanda por carros novos para a direta, aumenta o preço dos carros novos e aumenta a quantidade demandada de carros novos.
  2. a. Se as pessoas decidirem ter mais filhos, elas vão desejar veículos maiores para transportá-los, en- tão a demanda por minivans aumentará. A curva de oferta não será afetada. O resultado é o au- mento tanto no preço quanto na quantidade vendida, conforme indica a Figura 10.

Figura 10 Figura 11

b. Se uma greve dos metalúrgicos aumentar o preço do aço, o custo da produção de minivans aumen- tará e a oferta desses veículos diminuirá. A demanda não será afetada. O resultado é o aumento no preço das minivans e a queda na quantidade vendida, conforme indica a Figura 11. c. O desenvolvimento de novos equipamentos automatizados para a produção de minivans é um avanço na tecnologia. Essa redução nos custos das empresas resultará no aumento na oferta. A demanda não será afetada. O resultado é a queda no preço das minivans e um aumento na quanti- dade vendida, conforme indica a Figura 12.

Quantidade de minivans

Preço

de

minivans

Quantidade de minivans

Preço

de

minivans

D^1

D^2 D

O^1

O 2

O

4  Respostas – Problemas e aplicações

Figura 12

d. O aumento no preço de utilitários esportivos afeta a demanda de minivans porque aqueles são substitutos de minivans. O resultado é um aumento na demanda por minivans. A oferta não será afetada. O preço de equilíbrio e a quantidade de minivans aumentam conforme a Figura 10 indica.

e. A diminuição da riqueza das pessoas causada por uma queda no mercado acionário reduz a renda, levando a uma redução na demanda por minivans, porque as minivans são um bem normal. A ofer- ta não será afetada. Como resultado, tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade de equilíbrio cairão, conforme indica a Figura 13.

Figura 13

  1. a. Os DVDs e aparelhos de TV são complementares porque você não consegue assistir a um filme no DVD sem uma televisão. Os DVDs e os ingressos para o cinema são provavelmente substitutos por- que um filme pode ser assistido no cinema ou em casa. Os aparelhos de TV e os ingressos para o cinema são provavelmente substitutos pela mesma razão.

O 1

Preço

de

minivans

Quantidade de minivans

D

O^2

Quantidade de minivans

Preço

de

minivans

D^1 D^2

O