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Uma série de exercícios e questões sobre o desenvolvimento infantil, desde a gestação até os 3 anos de idade. Aborda temas como o desenvolvimento neuropsicomotor, a importância do vínculo afetivo, a influência do ambiente familiar e social, a saúde da criança e a importância do brincar. As questões e exercícios são relevantes para estudantes de pedagogia, psicologia e áreas afins, que buscam aprofundar seus conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil.
Tipologia: Esquemas
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Programa Primeira Infância Fundação Maria Cecília Souto Vidigal Maio 2013
FundaMentoS do
InFantIL
DESENVOLVIMENTO
DA GESTAÇÃO AOS 3 ANOS
agradeCIMentoS
preSentação
Saul Cypel
10 Fundamentos do desenvolvimento inFantil – da gestação aos 3 anos
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Os primeiros anos de vida da criança são fundamentais para estabele- cer os alicerces das suas aquisições futuras. Reconhece-se que investi- mentos para aprimorar as condições de vida nesse período permitem a criação de sociedades harmônicas, acolhedoras e respeitosas com o ser humano. Um ambiente assim estruturado oferecerá oportunidade para que as pessoas adquiram e desenvolvam melhor suas potencialidades humanitárias, com maior produtividade econômica. Os progressos tecnológicos têm sido fartos em nosso tempo, e os avan- ços na comunicação permitem uma difusão rápida das informações. Ao mesmo tempo, a expectativa de vida cresceu mais nos últimos 40 anos do que nos quatro mil anos anteriores. O mundo tornou-se muito competitivo, passando a incluir, no ano de 2000, cerca de 6 bilhões de pessoas participando do mercado econômico, comparados aos 3 bilhões de 1980. Entretanto, nesse período houve um aumento de 100 milhões de pesso- as a mais vivendo em estado de pobreza comparado aos números de dez anos anteriores, sendo que muitas destas são crianças. Estimativas mencionadas em 2007 por Joy Phumaphi, do Banco Mun- dial, indicam que 219 milhões de crianças com menos de 5 anos não
terão oportunidade de se desenvolver plenamente. Os fatores que mais influenciam essa determinação são pobreza, condições precárias de saúde e nutrição e, especialmente, uma estimulação muito escassa. São barreiras trágicas com consequências devastadoras sobre o aprendiza- do, a produtividade e o potencial dos indivíduos. Num prisma mais amplo, serão evidentes as repercussões para a organização e o sustento das famílias, e mesmo para a economia dos países. Embora essas perspectivas sejam mais sombrias para determinadas regiões, como Ásia e África, sabemos que esses problemas atingem mesmo países em boa condição de desenvolvimento. Em um mundo no qual as distâncias geográficas são menos importantes e onde as re- lações econômicas são interdependentes, as limitações impostas pelas vicissitudes sociais, pela pobreza, determinam repercussões mesmo nos locais mais privilegiados. Muitos são os desafios que vão nos mobilizar nos próximos anos. Sabida- mente, tecnologias avançadas serão necessárias para os vários setores, mas, com a velocidade das comunicações e a facilidade de aquisição, poderão ser introduzidas pelos vários países em prazos relativamente curtos.
Foto:
shutterstock
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O que de fato fará diferença será a educação – esta foi a tônica unânime durante o 1º Congresso de Educação Inicial e Pré-escolar, realizado em 2007, na cidade de Monterrey (México). A educação será não só o gran- de diferencial, como o grande equalizador, e todo esforço deverá ser feito para que as oportunidades sejam oferecidas à maior parte das crianças. Esse empenho deve incluir a educação formal, escolar, mas principal- mente a não formal, sobretudo para crianças de 0 a 3 anos, no que se chama de educação inicial. Esse é o período decisivo para a estruturação física e psíquica do indivíduo, que lhe oferecerá a possibilidade de um melhor desempenho na vida. Há todo um conjunto de ações com objetivo de favorecer o desenvolvi- mento infantil nas etapas iniciais. Para que modificações nesse sentido possam ser estabelecidas, será necessária uma conscientização dos vá- rios setores da sociedade, desde o público, passando pela mudança de atitude das empresas e do conjunto de forças da sociedade civil. Como já foi enfatizado no ano 2000, por ocasião da 1ª Conferência do Banco Mundial sobre Desenvolvimento Infantil Inicial: “Nunca é muito cedo para começar a envolver-se, mas facilmente poderá ser muito tar- de”. A urgência dessas ações permanece, pois continua alto o número de crianças em condições marginais e, por outro lado, são evidentes os benefícios observados em muitos programas nos quais as intervenções foram realizadas. A escolha feita pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) – organizar programas de intervenção para promover o Desenvolvimento Infantil – expressa a preocupação com o tema e significa uma mobilização por meio de uma proposta que visa atender as crianças de modo integral e integrado. Estão sendo implantados, nesse sentido, projetos sociais em municípios de São Paulo, reunindo o setor público, os serviços universitários e as forças da sociedade civil. As ações têm caráter intersetorial, favorecendo com isso a participação dos serviços de saúde, educação e bem-estar social e atuando para que as atenções (no pré-natal, durante o parto e logo após o nascimento) incluam os cuidados físicos e psíquicos necessários à promoção das melhores condições para a criança que está sendo gerada e para seus familiares.
Esse atendimento estende-se até a idade de 3 anos, com os mesmos objetivos. O programa agora chamado de Primeiríssima Infância mostra a preocupação da FMCSV em considerar a saúde mental como alicerce indispensável para a construção de uma sociedade democrática com justiça, liberdade e respeito pelas diferenças. A consciência de que a base da formação bio-psico-social do indivíduo está na família e nos primeiros anos de vida faz com que se planeje a concentração de investimentos e esforços nessa direção. Busca-se, assim, oferecer nesse período as condições mais favoráveis possíveis para que o ambiente familiar possa ajudar a constituir um ser humano integral e integrado. Nessa perspectiva, torna-se imperioso resgatar a família como respon- sável pelo desenvolvimento da pessoa até torná-la sujeito de si mesma, possibilitando sua individuação e autonomia, seu senso de respeito ao outro e a si mesma, com espírito de cidadania e de solidariedade ao sofrimento alheio, e capacitada a lidar de modo responsável com a sua própria vida e com os aspectos sociais e culturais, protegendo-a deste modo da marginalidade e da violência. A elaboração e a implantação desse projeto baseiam-se em reconheci- dos conceitos das Neurociências e da Psicanálise sobre Vincularidade nos primórdios da vida humana. Daí constata-se a necessidade de res- peitar o binômio de interdependência mente/corpo em qualquer ação profilática ou terapêutica. Fica claro, também, como as relações afetivas entre mãe e filho, da gestação até os três anos, são importantes para definir a saúde física e emocional de ambos e para ajudar a criança a alcançar sua futura realização pessoal e profissional. As pesquisas da neurociência vêm enfatizando a importância da genética e a influência do ambiente (entorno) na organização da estrutura psíquica do indivíduo. Embora o bebê, por fatores hereditários, tenha tendência a desenvolver determinados comportamentos, eles passarão a ser mo- dulados pela intervenção dos primeiros cuidados (pai e mãe) desde os momentos mais precoces da vida (epigenética). O modo como esses vínculos forem se estabelecendo determinará a for- matação neurobiológica cerebral, com a consequente organização das
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dor teórico e operativo o conceito de Continência, que abrange o que foi descrito anteriormente. Por Continência entende-se a qualidade intrín- seca potencial do vínculo afetivo de um modo geral, a ser desenvolvida como espaço na relação para o acolhimento dos estados emocionais pertinentes a determinada situação. Particularmente, na relação afetiva mãe/bebê, a Continência é uma condição da função materna de estar presente afetivamente e dando acolhimento ao filho em suas demandas emocionais. Haver Continência num determinado vínculo significa que existe, antes de tudo, uma escuta sensível, uma atenção ao que está sendo vivenciado emocionalmente pelo outro. Inclui uma atitude franca e genuína de:
Esse modelo de Continência, no sentido de poder conter, dar guarida e ajudar a sustentar a realidade emocional presente, só pode acontecer de fato numa experiência emocional vivenciada. Ou seja, o aprendizado, seja qual for, acontece pela própria situação vivida – é o aprendizado pela experiência. Que será justamente aquela “aprendizagem” que se faz com sentido, com significado, e que somente assim poderá ser assimilada e “transmitida”. Coerente com o modelo adotado, a condição de Continência deve ser buscada ou estar disponível em todos os vínculos do processo e estar presente em todas as etapas, começando pela capacitação. Também quanto aos profissionais se procura, com a própria experiência
de serem acolhidos em sua singularidade de demandas emocionais, que aprendam com a experiência e possam ser efetivamente acolhedores com as gestantes. Estas, por sua vez, ao vivenciar isso, também pode- rão oferecer acolhimento ao seu bebê, porque haverá mais do que uma orientação sendo passada, haveria transformação pessoal, o que será decisivo para o desenvolvimento benigno do bebê. Trata-se de um modelo que se replica, porque terá um significado vi- venciado, e nisso consiste seu diferencial. E, esperamos, também suas possibilidades de êxito. É um grande desafio, que demanda ousadia e extrema responsabilidade, ingredientes indispensáveis quando se busca o que se considera essen- cial e verdadeiro. Para trabalhar com desenvolvimento infantil, consideramos ser neces- sário abordar o cuidado desde o período pré-natal. Portanto, é preciso discutir a maternidade, ou, mais precisamente, os sentidos da materni- dade e da família para os grupos que são objetos de nossa intervenção. Assim, ainda que seja fundamental cuidar da dimensão orgânica, dos acontecimentos fisiológicos da gravidez e do parto, consideramos im- portante abordar o tema como fenômeno historicamente construído e produto de construções sociais. Ao aceitar plenamente o caráter histórico da maternidade, destacamos, porém, que, assim como são múltiplas as histórias das mulheres que vivenciam a gravidez e múltiplos os sentidos dados para a maternidade – dado que as experiências são singulares –, estas são marcadas por semelhanças referentes à linguagem social própria dos grupos aos quais pertencem. Historicamente, a valorização da maternidade acompanha as mudanças de atitudes em relação à criança, que começou a “reinar” nos lares. Nesse processo, o amor materno se naturalizou e a maternidade, se por um lado passou a ser considerada vocação natural da mulher, por outro foi revestida de um aspecto místico, divino, que contribuiu para a criação, no imaginário popular, da figura da “santa mãezinha”. Parece-nos necessário também destacar que a valorização da maternida- de como a principal função social da mulher é uma ideia que persiste em
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vários extratos sociais e que parece ser especialmente forte nas classes socioeconômicas menos favorecidas. O que explica, em parte, o fato de mulheres que engravidaram em situação adversa e sem planejamento qualificarem o evento como algo maravilhoso e muito vinculado com um projeto de realização pessoal. Assim, quando uma mulher suspeita estar grávida, ou encontra-se nos primeiros dias/semanas da confirmação da gravidez – no primeiro trimestre da gestação – e vive a ambivalência de sentimentos característica do período, dificilmente encontrará espaço junto à sua rede familiar ou nos serviços de saúde para falar de suas dú- vidas, suas fantasias e seus medos relacionados à gestação, pois terá de confrontar seus sentimentos com as expectativas sociais de que se sinta plena e realizada. Portanto, quando propomos a Continência como eixo estruturante de nossa intervenção, é fundamental que os serviços de saú- de garantam espaço adequado para o acolhimento emocional da gestante desde o primeiro trimestre gestacional. Consideramos que o acolhimento
na fase inicial é que propiciará à gestante ter condições emocionais para aderir a outras atividades, bem como estar disponível para receber as in- formações sobre as modificações corporais, os cuidados com ela própria e com o futuro recém-nascido. Esperamos que os serviços de saúde pas- sem do pré-natal convencional para o “pré-natal abrangente”, o que sig- nifica dar atenção aos aspectos biopsicossociais da gestante e valorizar sua rede de apoio social (parceiro, familiares, amigos), bem como aceitar os diversos arranjos familiares que poderão ser apresentados aos servi- ços. Este investimento inicial já a partir da gestação estará mobilizando os pais e sensibilizando-os para os subsequentes aspectos afetivos que estarão existindo nas relações que irão se estabelecer com seus filhos e que certamente deverão permear o desenvolvimento da criança daí para diante. Estar atento e lidar com este olhar mais diferenciado para o dia a dia de seus filhos permitirá aos pais atitudes acolhedoras e adequadas para a melhor promoção do seu desenvolvimento integral e integrado.
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INTrODuÇÃO
Os primeiros anos de vida da criança, a Primeira Infância, são essen- ciais para seu desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e cultural. A mesma neuroplasticidade que deixa a regulação emocional, a adaptação do comportamento e as habilidades vulneráveis ao rompimento precoce por causa de ambientes estressantes, também permite seu desenvol- vimento bem sucedido com intervenções adequadas durante períodos sensíveis na sua maturação. Nessa fase da vida deve ser combinado o favorecimento do enriquecimento cognitivo com uma maior atenção na prevenção de adversidades significativas para o desenvolvimento do cérebro (SHONKOFF, 2011). O investimento na Primeira Infância é a melhor maneira de reduzir as desigualdades, enfrentar a pobreza e construir uma sociedade com con- dições sociais e ambientais sustentáveis. A promoção da saúde integral da criança e o aprimoramento das ações de prevenção de agravos e assistência são objetivos que, além de re- duzirem a mortalidade infantil, apontam para o compromisso de se pro-
ver qualidade de vida. Assim, ela poderá crescer e desenvolver todo o seu potencial (BRASIL, 2008 e BRASIL, 1990). Alguns estudos mostram que, com investimento em creches e pré-escolas, aumenta em 18% o poder de compra dessas crianças quando adultas. Também melhoram a sua escolaridade e a chance de colocação no mercado de trabalho (UNICEF, 2008). A organização de uma rede integrada de assistência se baseia nos princípios garantidos na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Sistema Único de Saúde. São eles: o direito de acesso aos serviços de saúde, hierarquizados e com enfoque no indivíduo e na sua assistência, garantindo atendimento adequado e equidade. Deve contemplar o processo de trabalho integrado entre os diversos níveis de complexidade da assistência: atenção básica, atenção especializada, serviços de urgências, ações complementares de assis- tência (assistência farmacêutica, apoio diagnóstico) e atenção hospitalar. Também integram o processo ações intersetoriais, que envolvem cre- ches e abrigos para o grupo etário de 1 a 36 meses, assim como ações para controle das injúrias, promoção da segurança e criação de rede promotora da paz.
Foto:
thinkstock
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INTErSETOrIALIDADE
“É preciso toda uma aldeia para cuidar de uma criança” Provérbio africano
Aproximadamente 11,5 milhões de crianças – 56% dos brasileiros de até 6 anos de idade – vivem em famílias com renda mensal per capi- ta inferior a ½ salário mínimo por mês, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2006 (BRASIL, 2008). Impossível falar em promoção da saúde e do desenvolvimento infantil e ignorar o contexto no qual a criança nasceu e vive: família, casa e comunidade (FIGUEIRA, 2006). Avanços na neurociência, biologia molecular, epigenética, ciências so- ciais vêm mostrando que durante o processo de desenvolvimento, co- meçando na vida intrauterina, o cérebro é influenciado por condições ambientais. Isso inclui modo de criação, cuidado e estímulos que o indi- víduo recebe. O funcionamento cerebral depende da passagem rápida e eficiente de sinais de uma região do órgão a outra. Os neurônios fazem conexões sinápticas entre si. Esses processos, essenciais para o apren- dizado, unem-se para formar os circuitos neurais. Quando uma criança interage com o meio, novos estímulos transitam por esses caminhos, implicando um aumento muito rápido na produção das sinapses durante os três primeiros anos de vida. O cérebro humano tem a incrível capacidade de moldar-se de maneiras
diferentes em resposta às experiências (neuroplasticidade). Pode mu- dar, por exemplo, o modo de resolução de problemas, o que acontece principalmente na Primeira Infância. Como o órgão vai se moldando, são muitas as oportunidades para incentivar, promover e apoiar o desenvol- vimento das crianças (SHORE, 2000). O cuidado inicial e a criação têm impacto decisivo em como as pessoas formam a capacidade de aprendizado e o controle emocional. As ma- neiras como os pais, as famílias e outros cuidadores irão relacionar-se com as crianças pequenas e assim como a mediação que fazem entre a criança e o ambiente, poderão afetar diretamente os circuitos neurais. Um ambiente de relações estáveis, estimulantes e protetoras com cui- dadores atentos e carinhosos parece ter uma função biológica protetora contra traumas e o estresse, e construir um terreno sólido para uma vida de aprendizado efetivo. Com base nesses conhecimentos, políticas e práticas para a Primeira Infância devem ser estruturadas em um entendimento crescente da di- mensão com a qual experiências vividas na infância são incorporadas no desenvolvimento do cérebro para melhor ou para pior (SHONKOFF, 2011). Assim, parece estratégico considerar o modelo socioecológico de Uri Bronfenbrenner (1996) na construção de estrutura para promover saúde e desenvolvimento infantil. O autor conceitua a ecologia do desenvol- vimento humano como o estudo científico da acomodação progressiva mútua entre um ser humano ativo e as propriedades mutantes dos am-
MODELO DE GráFICO SIMPLIFICADO*
ambiente físico e social
Criança (vítima)
Vetor agente (veículo) (energia)
Fatores culturais Fatores institucionais Fatores interpessoais Fatores intrapessoais