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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL. 1º semestre ... educação especial no mundo e no Brasil, promover a compreensão das necessidades educacionais especiais na ...
Tipologia: Slides
Compartilhado em 07/11/2022
4.4
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1º semestre
Presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva
Ministério da Educação Fernando Haddad Ministro do Estado da Educação Ronaldo Mota Secretário de Educação Superior Carlos Eduardo Bielschowsky Secretário da Educação a Distância
Universidade Federal de Santa Maria Clóvis Silva Lima Reitor Felipe Martins Muller Vice-Reitor João Manoel Espina Rossés Chefe de Gabinete do Reitor Alberi Vargas Pró-Reitor de Administração José Francisco Silva Dias Pró-Reitor de Assuntos Estudantis Ailo Valmir Saccol Pró-Reitor de Extensão Jorge Luiz da Cunha Pró-Reitor de Graduação Nilza Luiza Venturini Zampieri Pró-Reitor de Planejamento Helio Leães Hey Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa João Pillar Pacheco de Campos Pró-Reitor de Recursos Humanos Athos Renner Diniz Procurador Geral Fernando Bordin da Rocha Diretor do CPD
Coordenação de Educação a Distância Cleuza Alonso Coordenadora
Centro de Artes e Letras Edemur Casanova Diretor do Centro Artes e Letras Ceres Helena Ziegler Bevilaqua Coordenadora do Curso de Graduação em Letras/Português a Distância
Elaboração do Conteúdo Melania de Melo Casarin Professora pesquisadora/conteudista
Sumário
Apresentação da disciplina
UNIDADE A - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Objetivos da Unidade A Introdução da Unidade A 1– Antigüidade 2 – Idade Média 3 – Idade Moderna e Contemporânea 4 - Educação Especial no Brasil 5 – Atividade A. 6- Referências bibliográficas básicas da Unidade A 7- Referências Bibliográficas complementares da Unidade A
UNIDADE B INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE ALGUMAS NECESSIDADES EDUCA- CIONAIS ESPECIAIS Objetivos da Unidade B Introdução da Unidade B 1 – Conceitos 2 – Classificações 3 – Aspectos Educacionais 3.1 – Altas habilidades/superdotação 3.2 – Deficiência visual 3.3 – Deficiência Física 3.4 – Surdez 3.5 – A língua de sinais 3.6 – A educação bilíngüe 3.7 – Deficiência mental 3.8 – Implicações e intervenções educacionais
UNIDADE C LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS Objetivos da Unidade C Introdução da Unidade C
1 – Documentos de cunho mundial 2 – Legislação e Políticas Públicas no Brasil 2.1 – Educação inclusiva 3 - Atividade C.
4 – Referências bibliográficas básicas da Unidade C
Apresentação da disciplina
Nesta disciplina, temos como objetivos proporcionar ao
acadêmico conhecimentos teóricos sobre os fundamentos da
educação especial no mundo e no Brasil, promover a compreensão
das necessidades educacionais especiais na escola e a contextualização
das políticas públicas. Os conteúdos serão abordados em três unidades
didáticas.
Na primeira unidade, estudaremos a História da Educação
Especial, discutindo aspectos relativos ao tema nos diferentes
momentos históricos e, ainda, a Educação Especial no Brasil. Na Unidade
B, elucidaremos informações básicas sobre algumas necessidades
educacionais especiais, e finalizaremos a disciplina abordando, na
terceira unidade, as “Políticas Públicas e Legislação” acerca da Educação
Especial no Brasil
A dinâmica da disciplina, que irá conduzir a avaliação desta, será
de leituras dirigidas e de execução de atividades propostas, culminado
na participação em fóruns, em salas de discussão e na prova presencial
no final do semestre. A carga horária é de 60 horas aulas.
selvagens, o que iria determinar grandemente seu comportamento. Esse
comportamento estava diretamente ligado à luta pela vida, exigindo
rapidez e força. Nesse sentido, os deficientes ficavam em desvantagem,
pois eram incapazes de ir em busca da caça e de sobreviver por si
mesmos. Essas pessoas mostravam-se dependentes da tribo. Sendo
assim, eram abandonados à própria sorte, o que, na maioria das vezes,
levava à sua morte.
Na Antigüidade remota e entre os povos primitivos, o tratamento
destinado aos portadores de deficiência assumiu dois aspectos
básicos: alguns os exterminavam, por considerá-los grave empecilho
à sobrevivência do grupo, e outros os protegiam e sustentavam, para
buscar a simpatia dos deuses, ou por gratidão pelos esforços dos que
se mutilavam na guerra.
Nesse período, os chineses lançavam os deficientes ao mar,
os gauleses os sacrificavam aos deuses Teutases. Entre os hebreus,
predominava a visão bíblica de que a deficiência era sinal de impureza
e representação do pecado (do próprio indivíduo ou dos pais). Os
hebreus viam, na deficiência física ou sensorial, uma espécie de punição
de Deus e impediam qualquer portador de deficiência de ter acesso à
direção dos serviços religiosos.
Na sociedade romana, aqueles que nasciam com alguma
deficiência podiam ser mortos ou abandonados nas margens do
rio Tibre, onde escravos e outras pessoas pobres os recolhiam para,
posteriormente, colocá-los a pedirem esmolas. Ainda, alguns serviam
como bobos ou trabalhavam nos circos romanos como bufões.
Figura A1. Quadro que mostra os bufões
Na sociedade grega, especificamente em Atenas, cidade
conhecida por priorizar a educação integral que procurava formar um
homem útil ao Estado, o próprio pai tinha o encargo de matar o filho ou
abandoná-lo em algum local quando ele não servisse a esse propósito
(CORRÊA, 2004). Em Esparta, caracterizada pela formação de homens
para a guerra, o encargo de verificar cada criança logo após o nascimento
era de um conselho formado por anciãos e, entre as práticas adotadas,
também encontrava-se o infanticídio, de modo que aqueles que não
serviam à guerra eram lançados do alto dos rochedos (Taigeto, abismo
de mais de 2.400 metros de altitude, próximo de Esparta).
Ademais, sabemos que, na Antigüidade, o sacrifício de
deficientes também ocorria em função do ideal grego de beleza e
perfeição. Afinal, o nascimento de uma pessoa tida como deficiente
era concebido como um castigo dos deuses, o que justificava a sua
eliminação.
A prática do infanticídio era comum nas sociedades espartanas onde eram também eliminados os inválidos e os velhos. Nessas sociedades, onde a guerra exigia corpos perfeitos e a ginástica e a estética eram valorizadas, o defeito devia ser extinguido. Se, ao nascer, uma criança apresentasse algum tipo de deficiência, praticava-se uma eugenia radical. É conveniente ressaltar que a eliminação física era uma prática que, no contexto da época, se estendia a toda infância. A idéia dos pais como proprietários dos filhos permitia que decidissem sobre a vida de seus filhos, eliminando não apenas os que não respondiam à norma, mas também, em algumas ocasiões, as filhas e os gêmeos (LUNARDI, 2003, p.66.)
Nesse período, a Igreja condenou o infanticídio, por outro lado,
atribuiu a causas sobrenaturais as deficiências de que padeciam as
pessoas que eram entendidas como possuídas pelo demônio, devendo
ser exorcizadas.
Infanticídio: assassinato de crian- ças recém nascidas.
Eugenia: ciência que estuda as condições de reprodução e melho- ramento da espécie humana.
Idade Média: abrange um longo período da história que vai desde a queda do Império Romano do Oci- dente, em 476, até a tomada de Constantinopla, em 1453 d.C.
Você pode encontrar algumas referências sobre o feudalismo no site
l
www.conhecimentosgerais .com.br/historia-geral/feudalismo .htm
a) as atitudes negativas para com os deficientes estavam muito arraigadas. b) O uso e abuso da psicometria desde o começo do século. c) O alarme genésico O deficiente é considerado um elemento perturbador e anti-social que,além disso, é particularmente fecundo em virtude da sua sexualidade incontrolada. d) Muitos profissionais experientes, que em determinados momentos se tinham comprometido com atitudes renovadas, abandonaram o campo da deficiência. e) As duas guerras mundiais e a Grande Depressão dos anos 30 fizeram paralisar o desenvolvimento dos serviços sociais, ao desviar recursos para outros setores. Apesar de tudo, podemos considerar que é uma época de progresso.
Esses fatores favoreceram a criação, no século XIX, de escolas
especiais para cegos e surdos e, no final, desse século os deficientes
mentais começaram a ser atendidos em instituições de reabilitação e
educação.
Citaremos alguns fatos e figuras importantes desse momento
da história da Educação Especial:
Philippe Pinel (1745-1826) – empreendeu tratamento médio
dos atrasados mentais e escreveu os primeiros tratados sobre essa
especialidade.
Equirol (1722-1840) –estabeleceu a diferença entre idiotismo e
demência no Dictionnaire dês sciences médicales.
Itard (1974- 1836) –trabalhou durante seis anos no caso do
Selvagem de Aveyron.
Em meados do século XIX, Jean Marc Itard iniciou sua proposta
de atendimento educacional para deficientes mentais. Conforme
expressa Bianchetti (1998, p. 45-46),
(...) o ponto de partida vai ser a descoberta e a tentativa de integração à sociedade francesa do início do século XIX, de Vitor, mais conhecido como “Selvagem de Aveyron”. Enquanto para Pinel, por exemplo, na perspectiva médico-organicista- fatalista, Vitor não passava de um idiota, para Itard, na perspectiva pedagógica, ele podia ser educado. E Itard vai dedicar muito tempo de sua vida a essa
Para você conhecer sobre a educação de Vitor, o Selvagem de Aveyron, leia BANKS-LEITE, Luci. GALVÃO, Izabel (orgs.) A educação de um selvagem: as experiências pedagógicas de Jean Itard. São Paulo: Cortez, 2000.
tarefa, assumida por ele como uma missão, sendo que seu relato dos avanços e fracassos no processo de educação de Vitor constitui uma das mais belas páginas da história da educação especial, como pode se constatar entre outros, em Lajonquiére (1992) e Pessotti (1984).
Assim, em 1846, seu aluno Edward Seguin criou o primeiro
internato público da França para crianças com retardo mental e editou
os seguintes livros: “Traitement Moral, Hygiène et Éducation des
Idiots” e “Idiocy and its Treatment by the Physiological Method”.
Por isso, Pessotti (1984, p.127) afirma que Itard pode ser considerado
o precursor, mas Seguin, certamente, se tornou o criador da teoria
psicogenética, na medida que propôs um método aplicável para
pessoas com deficiência mental.
A médica Maria Montessori, em 1884, pautou-se pelos
ensinamentos de Seguin e, posteriormente, de Itard, criando um
programa de treinamento para crianças com retardo mental nos
internatos de Roma. Ela prezava a auto-educação da criança e utilizava
materiais didáticos como bolas, encaixes, objetos coloridos e letras
em relevo, a fim de desenvolver um trabalho educacional com essas
crianças (MAZZOTTA, 1996). Em seus escritos, encontramos algumas
inferências, tanto para crianças consideradas normais, como para
aquelas com deficiência mental. Porém devemos pensar que esse
interesse pelas crianças e jovens com necessidades educacionais
especiais não impediu a sua exclusão da sociedade, na medida que
eram impedidos de vivenciar e de freqüentar os programas de educação
públicos. Muitas vezes, cresciam em ambientes educacionais hostis,
distantes de suas famílias.
Seguin (1812-1880) – que se dedicou a elaborar um método para a educação das “crianças idiotas”, que dominou método fisiológico - foi o primeiro autor de Educação Especial que fez referência nos seus trabalhos à possibilidade de aplicação desses mesmos métodos ao ensino regular. Publica, em 1836, a sua obra “Traitement moral, higiene et éducation dês idiots”. Puigdellivol (1986) vê, nos trabalhos desse autor, o nascimento da Educação Especial no sentido moderno, ultrapassando o terreno puramente médico e assistencial que impregnava as primeiras realizações.
Hostil: contrário, adverso, agressi- vo.
constituem um subsistema de Educação Especial, diferenciado dentro
do sistema educativo geral.
Diante de um movimento de rejeição feito pelos pais de
deficientes contra esse tipo de atendimento segregacionista, um
novo olhar, chamado de “normalização”, é instituído na legislação da
Dinamarca. Assim, surge, pela primeira vez, o conceito de normalização,
que é entendido como a possibilidade do deficiente mental desenvolver
um tipo de vida tão normal quanto possível (Bank-Mikkelsen). A partir
disso, esse conceito é instituído em toda a Europa, América do Norte
e Canadá.
Nesse momento histórico, a educação especial caminha para
uma desinstitucionalização. Trata-se de integrar os deficientes no
mesmo ambiente escolar e laboral dos outros indivíduos considerados
normais, uma vez que os autores comungavam que a escola especial,
havia se tornado muito restrita, empobrecedora e contraproducente do
ponto de vista educativo. Mas sabe-se que alguns casos de deficiência
ainda necessitam de um atendimento institucionalizado.
Após termos vivido mundialmente a proposta de Integração ,
vive-se, atualmente, sob a perspectiva de Educação Especial, pautada
nas premissas da educação inclusiva. Abordaremos ambos os temas
na Unidade C desta disciplina.
Nessa fase, podemos encontrar os estudos realizados por alguns
médicos e educadores, que fundamentaram as primeiras obras relativas
às pessoas com deficiência. Também observamos a implantação de
instituições especializadas de caráter médico-terapêutico. Essas obras e
instituições tinham a tarefa “da correção, da compensação, da utilização
das funções que permanecem e da suavização da área prejudicada
através do procedimento ‘curativo, educativo e terapêutico’”(BLEIDICK
apud BEYER, 1998, pp.10-11).
A inclusão das pessoas com deficiência somente começou a
ocorrer no Brasil no final da década 50 e início da década de 70 do
século XX. Conforme Mazzota (2005), apresentaremos a Educação
Especial no Brasil dividida em dois momentos.
Período de 1854 a 1956 – iniciativas oficiais e particulares isoladas
A primeira iniciativa de educação especial institucionalizada
ocorreu, no Brasil, com a chegada de Dom Pedro II, que inaugura o
Imperial Instituto de Meninos Cegos, o qual, em 1891, recebeu o nome
de Instituto Benjamin Constant (IBC).
Até 1950, havia diversos estabelecimentos de ensino regular
e algumas instituições especializadas que prestavam atendimentos a
deficientes mentais e pessoas com outras deficiências.
Podemos citar algumas instituições: 1-Atendimento a deficientes visuais: Instituto Benjamin Constant (RJ); Instituto de Cegos (SP); Fundação do Livro do Cego no Brasil (SP). 2- Atendimento para deficientes auditivos: Instituto Santa Terezinha (SP); Instituto Nacional de Educação de Surdos (RJ). 3- Atendimento a deficientes físicos: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SP). 4- Atendimento a deficientes mentais Instituto Pestalozzi de Canoas (RS); Instituto Pestalozzi de São Paulo (SP); Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (São Paulo e Rio de Janeiro).
Período de 1957 a 1993 – iniciativas oficiais de âmbito nacional
As campanhas constituíram-se no meio de o atendimento aos
excepcionais ser assumido nacionalmente, pelo governo federal.
A primeira foi a Campanha para a Educação do Surdo no Brasil ,
que tinha por finalidade promover, por todos os meios a seu alcance, as
medidas necessárias à educação e assistência, no mais amplo sentido,
no território Nacional.
Em 1958, foi criada a Campanha Nacional de Educação e
Reabilitação de Deficientes da Visão.
Em 1960, foi instituída a Campanha Nacional de Educação e
Reabilitação de Deficientes Mentais – CADEME.
Após a aprovação da Lei nº 5.692\71 que, em seu artigo 9º,
previa tratamento especial para os excepcionais, numerosas ações
passaram a se desenvolver, entre elas, subsídios relativos à educação
dos excepcionais. Nesse período, há a criação da CENESP - Centro
Nacional de Educação Especial.
Esse órgão, em 1986, foi transformado em Secretaria de
Educação Especial – SESPE. A estrutura da SESPE passou a ter as
seguintes unidades: Subsecretaria de Educação e Aprimoramento da
Educação Especial; Subsecretaria de Articulação e Apoio à Educação
Especial; Coordenadoria de Planejamento e Orçamento; e Divisão de
Serviços Administrativos.
A transferência da SESPE do Rio de Janeiro para Brasília contribuiu
Mais tarde em 1857, Dom Pedro II funda o Imperial Instituto de Meninos Surdos, que, em 1957, torna-se Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES.
Em 1874, foi fundado o Hospital Estadual de Salvador, hoje chama- do de Hospital Juliano Moreira, o qual prestava assistência médica a crianças deficientes mentais.
BEYER, Hugo Otto. Paradigmas em educação especial. In: Reflexão e
ação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1998.
JIMENEZ, Rafael. Necessidades Educativas Especiais. Lisboa, Portugal:
Ediciones Aljibe, S.L, 1997.
JIMENEZ, Rafael (coord.). Necessidades Educativas Especiais. Tradução
de Ana Escoval. Lisboa: Dinalivro, 1997
MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: história
e políticas públicas. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
BAUMEL, Roseli C. Rocha de C. Escola inclusiva: questionamentos e
direções. In: Integrar/ Incluir: desafio para a escola atual. São Paulo:
FEUSP, 1998.
BANKS-LEITE, Luci. GALVÃO, Izabel (orgs.) A educação de um selvagem:
as experiências pedagógicas de Jean Itard. São Paulo: Cortez, 2000.
BIANCHETTI, Lucídio. FREIRE, Ida Mara (orgs). Um olhar sobre a
diferença: interação, trabalho e cidadania. Campinas/SP: Papirus,
CORRÊA, Maria Angela Monteiro. Educação Especial. Volume 1 –
Módulos 1 a 4. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2004.
GÓES, Maria Cecília Rafael de. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas:
Autores Associados,1996.
LULKIN, Sergio Andrés. O Silêncio Disciplinado: a invenção
dos surdos a partir das representações ouvintes. Dissertação
(Mestrado em Educação) - Programa de Pós-graduação e Educação,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2000.
LUNARDI, Márcia Lise. A produção da anormalidade surda nos
discursos da Educação Especial. Porto Alegre: UFRGS/PPGEDU,
Programa de Pós-graduação em Educação. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, 2003. Tese (Doutorado em Educação).
PESSOTI, Isaías. Deficiência mental: da superstição à ciência. São
Paulo: EDUSP,1984.
SKLIAR, Carlos. La educación de los sordos: una reconstrucción
histórica, cognitiva y pedagógica. Mendoza: Ediunc, 1997.
e ações que vão além daqueles que a escola comum pode oferecer,
demandando recursos específicos, provisão de auxílios e serviços
educacionais, propiciados por professores especialmente preparados
para atendê-los, cabe à instituição buscar esses recursos especializados.
Pertinente abordar que, muitas vezes, alguns alunos poderão requerer
atendimentos no âmbito psicológico, fonoaudiológico, médico e de
assistência da própria família, o que confere à escola um papel de
mediadora nesse contexto, no sentido de encaminhar, orientar ou
viabilizar o atendimento necessário e estabelecer uma integração
desses setores com a educação escolar.
Essa demanda irá encontrar, na educação especial, as ações
pertinentes e necessárias para cada caso de indivíduo com necessidades
educacionais especiais. Com base no enfoque da educação inclusiva,
a educação especial é concebida como um conjunto especializado de
serviços e recursos de apoio educacional, para todos os alunos e, em
particular, para aqueles com necessidades educacionais especiais.
Vale lembrar que a educação inclusiva diz respeito à capacidade
das escolas em atender a todas as crianças sem qualquer tipo de
exclusão. Ou seja, inclusão significa criar escolas que acolham todos
os alunos, independentemente de suas condições pessoais, sociais ou
culturais;significa criar escolas que valorizem as diferenças dos alunos,
dando oportunidades para o desenvolvimento dos estudantes, assim
como dos professores, em lugar de considerá-las um problema a
resolver.
Essas sub-unidades serão trabalhadas conjuntamente, uma vez
que isso irá potencializar a compreensão do conteúdo proposto.
Quando discutimos a educação das pessoas com necessidades
educacionais especiais no contexto da educação inclusiva, aparece
de imediato uma análise mais ampla e tão complexa como aquela
sobre o que entendemos por diferenças na educação. Muitos aspectos
poderão ser citados, como, por exemplo, as condições que deverão
ser geradas, a partir do sistema educacional, para abranger a ampla
gama de diferenças apresentadas pelos alunos a fim de assegurar a
participação e a aprendizagem de cada um deles, no âmbito de uma
escola comum para todos.
Na perspectiva de destacar certas diretrizes e estratégias
condizentes à educação inclusiva, torna-se necessário fazer alguns
apontamentos quanto às peculiaridades que se apresentam em cada
caso de dificuldades de aprendizagem. Para isso, observe abaixo as
características das pessoas com necessidades educacionais especiais
baseadas nas Diretrizes Nacionais de Educação Especial para a Educação
Básica.
A partir de agora, iremos apresentar as peculiaridades
dessas pessoas com nexessidades especiais, elucidando os aspectos
educacionais para cada caso.
Baseados nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial
na Educação Básica, definimos como pessoas com altas habilidades\
superdotados aquelas “que apresentam grande facilidade de
aprendizagem, que os leve a dominar rapidamente conceitos,
procedimentos e atitudes” (MEC\SESP,2004f).
A Política Nacional de Educação Especial (1994) define como
portadores de altas habilidades\superdotados os educandos que
apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em
qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade
intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo
ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e
capacidade psicomotora.
Segundo Alencar e Fleith (2001 in MEC\SESP, 2006), as
caracterísiticas mais comuns do aluno que apresenta altas habilidades
podem ser assim descritas:
I - Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; II - Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de códigos e linguagens aplicáveis; III – Altas habilidades\superdotação, grande facilidade de aprendizagem, que os leve a dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes.
(Diretrizes Nacionais de Educação Especial para a Educação Básica, Art. 5º, 2001).