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Este documento aborda os fundamentos biológicos do comportamento, explorando a psicologia fisiológica como o ramo da psicologia que estuda a base orgânica do comportamento. Ele discute os mecanismos fisiológicos que influenciam o comportamento, como o sistema nervoso, as glândulas endócrinas e o cérebro. Também são abordados tópicos como a variação nos traços comportamentais dentro da espécie, a evolução do comportamento e a importância do estudo da estrutura e funcionamento do sistema nervoso para a compreensão dos fenômenos comportamentais, tanto em humanos quanto em animais. O documento fornece uma visão abrangente dos aspectos biológicos que moldam e influenciam o comportamento, sendo relevante para estudantes de áreas como biologia, psicologia e neurociência.
Tipologia: Resumos
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Santos Andrade Tembo
Resumo
Universidade Púnguè Tete 2023
Santos Andrade Tembo
Resumo
Docente: Catarina Fridomo Picado
Universidade Púnguè Tete 2023
Trabalho de pesquisa a ser apresentado do departamento de ciências naturais e citológicas como requisito grau de avaliação, para a obtenção do grau de licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidades em Quimica
Biologia Comportamental é o estudo das bases biológicas e evolucionárias do comportamento. A biologia comportamental moderna se apoia no trabalho das disciplinas relacionadas, porém distintas, etologia e psicologia comparada.
Etologia é um campo da biologia básica tal como a ecologia e a genética. Ela é centrada nos comportamentos dos diversos organismos em seus ambientes naturais.
Psicologia comparada é uma extensão do trabalho feito na psicologia humana. Centra- se em grande parte, em algumas espécies estudadas em um ambiente de laboratório.
A Biologia Comportamental também baseia-se em muitas áreas afins da biologia, incluindo genética, anatomia, fisiologia, biologia evolutiva e, é claro, neurobiologia — que rastreia os circuitos neurais que fundamentam o comportamento animal.
Em geral, comportamento animal inclui todas as maneiras que os animais interagem com outros membros de sua espécie, com organismos de outras espécies e com o seu meio ambiente.
Comportamento também pode ser definido mais estritamente como uma mudança na actividade de um organismo em resposta a um estímulo, uma sinalização externa ou interna ou uma combinação de sinais.
Por exemplo, seu cachorro pode começar a babar uma mudança na actividade em resposta a ver alimentos um estímulo.
1.1.Comportamento animal
1.2. Principais pontos O comportamento animal inclui todas as maneiras de interação dos animais com outros organismos e o ambiente físico. Comportamento também pode ser definido como uma alteração na atividade de um organismo em resposta a um estímulo, um sinal externo ou interno ou combinação de sinais.
O mapeamento desses diferentes modos de agir nos permite identificar reações mais comuns em situações específicas. Ainda assim, dada a natureza humana e a possibilidade de escolha individual, nunca é possível determinar com precisão se um padrão de comportamento vai ser repetido ou não.
Isso nos leva a definir o comportamento humano como um assunto complexo e cheio de nuances – não por acaso, iniciamos o artigo falando que nem o mais renomado dos especialistas seria capaz de esgotar o tema.
1.4.1. O que define o comportamento humano
Mas como são definidos esses comportamentos? Por que agimos da forma que agimos? E como os padrões se transformam ao longo do tempo?
A resposta para todas essas perguntas está no espaço que ocupamos no mundo e as possibilidades que ele nos apresenta.
Desde que nascemos até chegarmos à idade adulta, passamos por incontáveis mudanças.
É a partir desse processo que, pouco a pouco, definimos nossa personalidade, traços característicos, caráter e reações diante dos desafios que se colocam em nosso caminho.
Todas essas transformações e definições são influenciadas pelo meio no qual estamos inseridos, as pessoas com as quais interagimos, os detalhes da nossa cultura e as situações às quais somos expostos.
Assim, cada um desses fatores tem influência no processo de construção do comportamento humano, tanto em nível individual quanto coletivo.
Alguns deles são instintivos, como tirar a mão ao contacto de uma superfície quente. Outros são consolidados a partir de repetições e definições sociais de certo e errado, moral ou imoral.
A um estudante do curso de Línguas ou de Biologia, poderia ou poderá ocorrer o seguinte questionamento: Por que estudar a Psicologia, e ainda mais os fundamentos biológicos do comportamento?
Em primeiro lugar, porque o homem é um organismo biológico e, para que se possa compreender o seu comportamento, há necessidade de se estudar, também, a base orgânica que permite a sua existência.
Para que alguém se dê conta da importância dos factores biológicos sobre o comportamento, basta que reflicta um momento sobre o efeito impressionante das drogas, observável na vida quotidiana.
O ramo da Psicologia que estuda a base orgânica do comportamento é chamado de Psicologia Fisiológica.
A Psicologia Fisiológica é o estudo do modo pelo qual as mudanças no interior do organismo (no funcionamento das glândulas endócrinas, por exemplo) levam à alterações no comportamento (acções, pensamentos, emoções, etc.) e, também, o exame da maneira pela qual o organismo reage a situações psicológicas como as emoções, aprendizagens, percepções, etc. (8)
É importante, também, reconhecer, que antes de mais nada, o indivíduo (animal ou humano) é uma totalidade e como tal reage. A divisão entre os sistemas fisiológicos e psicológicos é feita por conveniência de estudo (Elaine Maria Braghirolli, Guy Paulo Bisi, et al, p. 53).
A análise e experimentação fisiológicas permitem compreender muito sobre o comportamento. Um exemplo é o estudo fisiológico levado a efeito sobre o fenómeno da fadiga ‗‘psicológica‘‘, nome dado ao cansaço que sente a pessoa empenhada em uma tarefa rotineira, monótona, por muito tempo. A explicação para este fenómeno revelou- se fora do âmbito da fisiologia do organismo.
Da mesma forma, observou-se que mudanças eléctricas ou químicas em determinadas áreas do cérebro têm estreita relação com mudança nos estados afectivos.
Assim, o estudo da estrutura fisiológica e seu funcionamento contribuiu de forma valiosa para a compreensão dos fenómenos comportamentais, quer humanos, quer animais.
Darwin enfrentou esse problema em Origem das Espécies, A descendência do homem e A expressão das emoções no homem e nos animais. Na década de 1930, Konrad Lorenz, Niko Tinbergen e Karl von Frisch fundam a Etologia. O estudo evolutivo do comportamento não se reduz aos mecanismos do comportamento mas, sobretudo, estuda sua função adaptativa e seu desenvolvimento filogenético.
4.1.Comportamento como fenótipo
Do ponto de vista da biologia evolutiva, as características comportamentais são como qualquer outra classe de caracteres.
Os comportamentos exibem variações genéticas e não genéticas, diferenças entre populações e espécies.
Os comportamentos são sujeitos a evolução por seleção natural.
4.2.Variação nos Traços Comportamentais Dentro da Espécie
Instinto: comportamentos que aparecem em forma completamente funcional na primeira vez que eles são executados (Alcock1998). Supõe-se que eles sejam determinados geneticamente.
Aprendizagem: modificações de um comportamento em resposta a experiências específicas.
Essa dicotomia é simplificada. A expressão de uma característica comportamental pode variar entre genótipos, e dentro de um genótipo ela pode variar devido a variações na experiência prévia (aprendizagem) e a outros fatores ambientais. Ou seja, o genótipo pode variar a extensão na qual ele se expressa em resposta a aprendizagem ou a outros fatores.
4.3. Diferenças Entre Espécies
Diferenças entre comportamentos típicos de espécies têm bases genéticas. Em muitos casos, existe pouco ou nenhuma oportunidade de aprendizagem.
Em alguns casos, no entanto, comportamentos se espalham através da população como aprendizagens individuais ("Culturalmente Herdados"). Exemplo, algumas espécies de pássaros só aprendem o canto típico de sua espécie ouvindo-o quando jovens.
Alguns comportamentos de uma espécie podem ser modificados pela aprendizagem.
As espécies diferem naquilo que pode ser modificado (Ex., gato e cão).
A extensão na qual o comportamento de uma espécie pode ser apreendido parece ser adaptativo. P. ex., o pássaro Nucifraga columbiana estoca sementes em centenas de lugares e, assim, possui uma grande habilidade para aprender e recordar localizações.
Quando grupos humanos são considerados, as simples observação nos convence de que as diferenças na constituição física (por exemplo, cor da pele, altura etc.) são biológicas. Mas há também diferenças em muitos traços comportamentais e estes costumam confrontar o observador com um problema: as diferenças comportamentais são determinadas cultural ou geneticamente?
Historicamente, grande parte das discussões sobre as origens ou causas do comportamento nos revela a existência de uma questão altamente controvérsia. Trata-se da questão inato-adquirido (nature-nurture), também conhecida como nativismo- empirismo, natureza-educação ou hereditariedade-ambiente.
A premissa básica da abodagem ambientalista é que o ambiente é o principal responsável pela formação das características básicas do homem, especialmente de sua capacidade intelectual. A forma mais extrema de ambientalismo foi proposta séculos atrás pelo filósofo John Locke (1632-1704); segundo ele, a mente do recém-nascido era uma tabula rasa (página, folha ou tela em branco) - a história a ser ali escrita tinha por autor o meio ambiente, isto é, as condições e experiências de vida do indivíduo. Um dos adeptos mais importantes dessa posição foi o psicólogo John B. Watson (1878-1958),
balé, pois sua mãe é uma grande bailarina; Mário é delinqüente porque "está no sangue", é "tara de família" etc. Afinal, como "bem" diz o ditado popular, "filho de peixe, peixinho é".
Essa posição nativista resultou na crença de que o comportamento humano (ou grande parte dele) é inato, no sentido de que nós nascemos com determinadas tendências e propensões, que não podem ser alteradas por aprendizagem.
Há dois erros básicos nessa abordagem. O primeiro é que o que passa através das células sexuais não são caracteres, traços ou características (físicas ou comportamentais), mas sim uma informação genética ou genes, para simplificar. Não há genes que tornem alguém um músico ou um cientísta. Os genes criam as bases para os traços culturais, mas não forçam o desenvolvimento de nenhum traço em particular. Caracteres adquiridos não são transmitidos por via biológica.
O segundo erro está relacionado ao significado da palavra inato. Qualquer traço, caráter ou característica que o indivíduo apresenta ao nascer é, por definição, inato ou congênito, mas não necessariamente hereditário (genético), pois há traços causados por fatores ambientais. Como exemplo, podemos citar as alterações produzidas no feto em decorrência do abuso de álcool pela mãe durante a gestação (principalmente durante os 3 primeiros meses); as anomalias produzidas pela gestante no início da gravidez, tais como sífilis, toxoplasmose e rubéola; entre outros.
Há, por outro lado, traços congênitos (inatos) que são genéticos; por exemplo, a cor da pele, certas doenças hereditárias como a aquiropodia (uma amputação congênita quádrupla; Freire-Maia, 1992), a acondroplasia (uma forma de nanismo; Fitzsimmons,
Há, ainda, traços genéticos que são congênitos apenas em parte - a distrofiia muscular progressiva tipo Duchenne é um exemplo: a manifestação clínica da doença não é congênita - a criança nasce normal e só começa a apresentar os primeiros sinais clínicos
por volta dos 3 anos; mas a sua manifestação bioquímica é - podemos saber se o recém- nascido é portador do gene as doença por meio de certos testes (Zatz, 1987).
A discussão do inato deu origem a outra: a do instinto, cujo significado todos supostamente conheciam, mas que justamente por isso era mal compreendido - cada um tinha sua própria definição e quase todos estavam errados. Segundo Paulo Nogueira- Neto "de um modo geral, mas vago e impreciso, entendia-se por instinto a parte do comportamento considerada inata" (Nogueira-Neto, 1984, p.13).
Para vários autores, entre eles Oswaldo Frota-Pessoa, o ato instintivo é inato porque o indivíduo é capaz de executá-lo com eficiência desde a primeira vez, mesmo sem ter visto o ato ser executado por outro; ele é também incosciente, porque não há um ensaio mental prévio ou um planejamento consciente que oriente a ação para a meta útil. Assim, alguns atos instintivos, bem típicos e automáticos (realizados sempre do memso jeito, embora sejam necessárias alterações para se atingir a meta útil), fazem parte do repertório do bebê - ele chora, mesmo sem ter visto ninguém chorar (Frota-Pessoa, 1987).
Em outras palavras, o comportamento instintivo é fundamentalmente genético, isto é, depende mais dos genes que o indivíduo herda, do que das experiências por que passa. Mas isto, como bem ressaltou Frota-Pessoa (1987), não significa que muitos instintos não possam se aperfeiçoar ou mesmo se redirecionar ante circunstâncias novas do ambiente.
O comportamento aprendido, por outro lado, resulta da interação do indivíduo com o meio; esta interação cria experiências que se registram na memória e contribuem para o aperfeiçoamento dos desempenhos subseqüentes. Nota-se que, por resultar de uma interação do indivíduo com o meio, sua execução é possibilitada pela constituição genética do indivíduo.
Muitos de nós sabemos muito pouco sobre o relógio biológico que regula nosso organismo. No entanto, existe uma nova ciência européia cuja importância foi reconhecida só nos últimos trinta anos. Chama-se Cronobiologia e significa
7.1. Noções básicas de neuroanatomia
Antes de iniciarmos o estudo da Psicobiologia propriamente dita, é indispensável um conhecimento básico da anatomia do sistema nervoso central (SNC). Nos animais multicelulares mais avançados, os receptores que captam as informações do meio externo podem se localizar a uma considerável distância dos órgãos efetores. É evidente, portanto, a necessidade de um sistema que transmita a informação rápida e efetivamente por longas distâncias. Para preencher este requisito destacam-se células que se especializaram e se organizaram para agir como canais de comunicação entre os receptores sensoriais, de um lado, e os efetores, de outro. O conjunto dessas células ou neurônios compreende o sistema nervoso. Para conhecer o funcionamento do SNC é necessário identificar as estruturas que o compõem, sua organização espacial e tornar-se familiar com a terminologia empregada em neuroanatomia. A maioria dos termos usados para denominar estruturas específicas no sistema nervoso é originada do grego ou latim ou, então, de nomes dos cientistas que primeiro descreveram-nas. Por isso, em um primeiro momento, a aprendizagem da neuroanatomia sugere o aprendizado de uma nova língua. No entanto, como há uma predominância de termos derivados do latim, isto termina por facilitar nossa aprendizagem, em vista da correspondência direta que têm com a língua portuguesa. Neste capítulo, estudaremos a organização do SNC tentando, sempre que possível, estabelecer um papel funcional para a estrutura ou circuito neural abordado. Devemos, entretanto, deixar claro que o sistema nervoso não é apenas uma grande rede de comunicações. As células nervosas podem também selecionar, integrar e armazenar informações. Além disto, certas células ou grupo de
células podem espontaneamente gerar padrões de actividade que contribuem para o comportamento global do animal.
7.1.1. Aspectos estruturais
O SNC, constituído pelo encéfalo e medula espinal, está coberto por três meninges: dura-máter, aracnóide e pia-máter. Anatomicamente, ele está organizado ao longo dos eixos rostrocaudal e dorsoventral. Se considerarmos um vertebrado simples, como um anfíbio por exemplo, é fácil entender o significado destas palavras. Rostral significa ―em direção ao nariz‖ (do latim rostrum), caudal quer dizer ―em direção à cauda‖ (mesmo termo em latim), dorsal ―em direção ao dorso‖ (do latim dorsum), e ventral ―em direção ao abdome‖ (do latim, venter). Como no homem existe uma flexão do SNC na junção do tronco encefálico e diencéfalo (na altura da base do crânio), para caracterizar a localização de uma determinada estrutura é necessário primeiro situá-la em relação a esta junção ou flexão, ou seja, se está acima ou abaixo dela. Se estiver acima, rostral quer dizer em direção ao nariz, caudal em direção à nuca, dorsal em direção ao topo da cabeça, e ventral em direção à mandíbula. Se a estrutura que queremos localizar está abaixo da junção, as associações feitas são: rostral/pescoço, caudal/cóccix, dorsal/costas e ventral/abdome. Observe que neste último caso os termos seguem uma definição similar à que descrevemos acima para os vertebrados inferiores. A forma como o sistema nervoso se apresenta deve-se a uma organização particular de suas células. Segundo a disposição dos corpos celulares (soma) e dos prolongamentos (axônios) dos neurônios surgem as diversas estruturas neurais características do sistema nervoso central. Os corpos celulares podem constituir núcleos quando formam aglomerados mais ou menos esféricos, como o núcleo rubro, ou alongados, como o núcleo caudado; córtices ou pálios quando se reúnem em forma de lâminas, casca (do latim córtex) ou manto (do latim pallius); substâncias, aglomerados maiores que os núcleos, mas ainda bem delimitados em uma determinada região, como a substância cinzenta periaquedutal e a substância negra ou complexos, um conjunto de núcleos, como o complexo amigdalóide.
As projeções axonais também se organizam de modo bastante peculiar, constituindo os tratos quando se agrupam em grande número de axônios, com origem e final comuns, como o trato córticoespinal anterior, com origem no giro pré-central e término no corno anterior da medula espinal. Quando estas projeções são mais modestas elas recebem o
Figura 2: Divisão do sistema nervoso, segundo critérios anatómicos
7.1.2.2. Critérios embriológicos
Do ponto de vista embriológico, o sistema nervoso divide-se em prosencéfalo, mesencéfalo, rombencéfalo e medula espinal (Fig.3).
O prosencéfalo, que corresponde ao cérebro na divisão anatômica, é ainda subdividido em telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não sofre divisão. O rombencéfalo subdivide-se em metencéfalo (ponte e cerebelo, na divisão anatômica) e mielencéfalo (bulbo, na divisão anatômica). Estes nomes derivam das estruturas embriológicas das quais estas áreas se originam.Vamos agora analisar mais detalhadamente estas estruturas do SNC a partir da medula espinal.
Figura 3: Superfície medial da metade direita do encéfalo humano. Visão esquemática indicando o telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, ponte, bulbo, medula espinal e cerebelo. 7.2.Medula espinal É a estrutura mais caudal do SNC, recebendo informações da pele, articulações, músculos e vísceras, constitui a estação final para o envio de comandos motores. Longitudinalmente, a medula espinal apresenta-se como uma estrutura uniforme. Os corpos celulares dos neurônios situam-se na sua parte central (área acinzentada ao corte transversal), e as vias ascendentes e descendentes estão localizadas na periferia (aspecto esbranquiçado). Esta disposição confere à região central a aparência da letra H. As partes anteriores da ―letra H‖ são denominadas colunas ou cornos ventrais e as partes posteriores, de colunas ou cornos dorsais. A região medial da parte central é chamada de coluna ou corno intermédiolateral (de T1 a L2 e de S2 a S4) e contém neurônios autonômicos pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo (Fig4).
Figura 4: Anatomia da medula espinal. Em A é representado um corte transversal e em B uma visão tridimensional de um segmento medular com formação dos nervos espinais. As principais estruturas da medula espinal estão indicadas. Fonte: Pinel, 1992.