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Um estudo sobre a análise integrada da estrutura e do solo, demonstrando como essa abordagem permite uma melhor estimativa dos efeitos nos elementos estruturais com o comportamento real da interdependência dos esforços entre a estrutura e o solo. O documento aborda conceitos como a penetração, o standard penetration test (spt), a classificação dos solos, a capacidade de carga das estacas, a interação solo-estrutura e o cálculo de recalques. O documento também discute a importância do conhecimento do terreno a ser edificado para o desenvolvimento de um projeto.
Tipologia: Resumos
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Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Civil do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS/MG, como pré-requisito para obtenção do grau de bacharel pela Banca Examinadora. Aprovado em: 05 / 12 / 2019
Eng.
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Eng. OBS.:
AGRADECIMENTOS Dedico, agradeço e presto todas as homenagens possíveis a DEUS, por ter me dado saúde, capacidade e força para realizar este trabalho. Á minha família, meus pais, Nilson e Léa, minha irmã, Cecília e meu cunhado, Helder, por me incentivarem a buscar sempre um futuro melhor e persistir na busca pelo conhecimento e pela realização dos meus sonhos, por serem a base de tudo para mim, por terem me dado o suporte que precisei, sendo minha âncora nos momentos difíceis. A eles devo tudo o que sei e o que sou. Ao Luís Eugênio pelo apoio incondicional e inúmeras sugestões no decorrer da realização deste trabalho. A todos os amigos de turma com os quais tive a honra de conviver e trabalhar todos estes anos. Ao Prof. Max Filipe por sua amizade, dedicação e apoio durante a realização deste trabalho. Aos professores, pela formação profissional e ensinamentos, durante todo o curso de graduação. A todos que contribuíram direta ou indiretamente para este trabalho. A todos, muito obrigada.
O objetivo do trabalho é mostrar através de comparativos numéricos a importância da consideração da interação estrutura – solo na análise global da superestrutura. O modelo estrutural utilizado é um edifício multifamiliar, em estrutura de concreto armado, sobre fundações profundas. Para a análise considerando a interação do sistema solo-estrutura é calculada com dois perfis de solo, um preponderando argiloso e o outro arenoso. A metodologia de análise consiste num processo interativo no qual, inicialmente, determinam-se as reações da superestrutura, considerando os apoios indeslocáveis, ou seja, sem a interação solo-estrutura e depois, por meio do módulo SISE’S do programa TQS, calcula-se considerando os apoios como molas de rigidez. Com isso, procura-se mostrar que a análise integrada da estrutura e o solo possibilita uma melhor estimativa dos efeitos nos elementos estruturais com o comportamento mais real da relação dos esforços entre a estrutura e o solo. Palavras-Chave: Interação solo-estrutura; fundação profunda; edifício multifamiliar.
This objective of this work is to show through numerical comparisons the importance of considering the structure - soil interaction in the global analysis of the structures. The structural model used is a multifamily building, with reinforced concrete structure, on deep foundations. For the analysis considering the interaction of the soil-structure system is calculated with two soil profiles, one preponderant clay and the other sandy. The analysis methodology consists of an interactive process in which, initially, the superstructure reactions are determined, considering the indescribable supports, that is, without the soil-structure interaction and then, using the SISE'S module of the TQS program, it is calculated considering the bearings as stiffness springs. With this, we try to show that the integrated analysis of the structure and the soil allows a better estimation of the effects on the structural elements with the most real behavior of the interdependence of the efforts between the structure and the soil. Keywords: Soil-structure interaction; deep foundation; multifamily building.
Gráfico 01:Comparativo Momento Fletor ...................................................................... 70 Gráfico 02: Comparativo Reação Vertical ..................................................................... 71 Gráfico 03: Comparativo dos deslocamentos horizontais .............................................. 72
Letras romanas maiúsculas Ap - Área da seção transversal da ponta da estaca 𝐴𝐹 - Área do fuste da estaca C - Fator característico do solo, 𝐶𝑅𝑉𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 𝑖 - Coeficiente de reação vertical CRVfuste ,i - Coeficiente de reação vertical do fuste CRVponta , i - Coeficiente de reação vertical de ponta Cu - Resistencia não drenada D - Diâmetro Es - Módulo de elasticidade do solo F 1 e F 2 - Fatores de correção 𝐹𝑓𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑧,𝑖 - Força ao longo do fuste K - Módulo de reação horizontal NP - Média entre os valores de número de SPT na profundidade da ponta da estaca em estudo N 0 - Força Normal P - Carga aplicada Rf - Razão de atrito RRUP – Carga de ruptura RL - Resistência lateral RP - Resistência de ponta. Tmáx - torque máximo U - Perímetro da seção transversal V - Volume total da massa de solo W - Peso total da massa de solo Letras romanas minúsculas c – coesão fs - atrito lateral i - estaca analisada kh - Coeficiente de reação horizontal
nH - Constante do coeficiente de reação horizontal p - Reação do solo qc - Resistência de ponta rl - Tensão cisalhamento atuante no fuste; rp - Tensão normal na base; y - Deslocamento horizontal z - Profundidade Letras Gregas ν - Coeficiente de Poisson ɣ - Peso específico ∅ - Ângulo de atrito ΔL - Espessura da camada – Valores típicos (Coeficientes do Método Décout-Quaresma) β - Valores típicos (Coeficientes do Método Décout-Quaresma) 𝛿s - Recalque na base da estaca 𝛿𝑠^ 𝑖^ - Recalque total da base da estaca analisada; 𝛿𝑠,𝑓 𝑗
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1. INTRODUÇÃO Com o aumento do número de projetos de edifícios com elevado número de pavimentos, surge a necessidade de estudos mais detalhados sobre o comportamento da edificação, tanto do ponto de vista da superestrutura quanto da fundação. Entende-se por fundação o sistema composto pela subestrutura e o maciço de solos. O desempenho mecânico de uma edificação é governado pela interação entre a superestrutura e a fundação, num mecanismo denominado de interação solo-estrutura. Na prática de engenharia este mecanismo de interação é comumente desprezado e os projetos estruturais e de fundações ainda são desenvolvidos de forma não interligada. No caso dos projetos estruturais, o dimensionamento das peças estruturais e as cargas verticais nas fundações são baseadas na hipótese de apoios indeslocáveis da edificação e são, geralmente, calculadas por um engenheiro de estruturas. Portanto, o projeto de fundações deve atender a estas cargas e é desenvolvido a partir dos resultados obtidas sob a hipótese de apoios indeslocáveis o que não correspondem à realidade física; surge assim, a necessidade de considerar a integração entre estes sistemas , trazendo resultados mais reais e inúmeras vantagens como: estimar os efeitos da redistribuição de esforços nos elementos estruturais, a forma e a intensidade das deformações e consequentemente tornando os projetos mais eficientes e confiáveis. Na figura 01, é possível observar que se trata de uma solução alternativa a solução convencional empregada nos dias atuais. A incorporação da estrutura e dos elementos de fundação num único modelo, esquematicamente temos:
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20 Segundo Carvalho e Figueiredo (2014), a consolidação de um sistema estrutural em concreto armado pode ser dividida da seguinte maneira: a laje de concreto suporta seu peso, os revestimentos e mais alguma carga acidental; as vigas recebem os esforços da laje e os transmitem, juntamente com seu peso próprio e o peso da parede se houver aos pilares; os pilares recebem todas as cargas e as transmitem, também com seu peso próprio, para as fundações, como pode ser visto na figura 02. Figura 02 : Sistema estrutural Fonte: (PIEREZAN, 2013 ) 3.1.1 Laje Segundo Bastos (2015), as lajes são classificadas como elementos planos bidimensionais, que são aqueles onde duas dimensões, o comprimento e a largura, são da mesma ordem de grandeza e muito maiores que a terceira dimensão, a espessura. As lajes são também chamadas elementos de superfície, ou placas. Destinam-se a receber o maior número de ações aplicadas na edificação, normalmente são de pessoas, móveis, pisos, paredes, e os mais variados tipos de cargas. As ações são comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser divididas em distribuídas ou forças concentradas. (BASTOS,2015).