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Os estudos com relação a essa área de educação de surdos foram marcados por transformações no que se refere á educação.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Por Norma Almeida “ A Educação para Surdos não pode se resumir a uma escolarização repassada por um intérprete, os novos embates e debates, agora, à luz de uma Escola Inclusiva que pressupõe uma Sociedade Inclusiva, não poderão mais ficar em dualismos maniqueístas: ouvintes x surdos, Escola Ensino Regular x Escola e Ensino Especial, Escola de Surdos x Escola de Ouvintes, que subjazem uma ideologia conservadora. O debate agora será em torno de um novo paradigma: uma Escola para Surdos e para Todos, porque nessa Escola, como Gadotti (1989) afirma “a tarefa da educação” será “a tarefa essencialmente ligada à formação da consciência crítica. Quero dizer que identificaremos educar com conscientizar. O papel da conscientização de que nos fala Paulo Freire é essa decifração do mundo, dificultada pela ideologia; é esse “ir além das aparências”, atrás das máscaras e das ilusões, pagando o preço da crítica, da luta, da busca, da transgressão, da desobediência, enfim, da libertação ”(Freire, 1995 e 2000) ”
DESCOBRINDO O UNIVERSO DA SURDEZ
Os estudos com relação a essa área de educação de surdos foram marcados por transformações no que se refere á educação.
Modo de cultura, estudos, metodologia educacional de surdos, pesquisa educacional, busca de uma identidade, construir a sua história-cultural, construir uma intercultural entre a relação de surdos e ouvintes numa escola inclusiva, além de tudo, formar os professores surdos.
Acreditamos em uma educação inclusiva, os surdos usam o oralismo e Libras. Com a relação aos surdos que usam o oralismo, do nosso ponto de vista, é uma ideologia dominante, porém é o desejo de ouvir que está acompanhando o modelo ouvinte devido da influência da sociedade. As idéias dominantes, nos últimos cem anos, são um claro testemunho do sentido comum segundo o qual os surdos correspondem e se encaixam e se adaptam com naturalidade a um modelo de medicalização da
surdez, numa versão que amplifica e exagera os mecanismos da pedagogia corretiva, instaurada nos princípios do século XX e vigente até nossos dias.
Foram mais de cem anos de práticas enceguecidas pela tentativa de correção, normalização e pela violência institucional; instituições especiais que foram reguladas tanto pela caridade e pela beneficência, quanto pela cultura social vigente que requeria uma capacidade para controlar, separar e negar a existência da comunidade surda, da língua de sinais, das identidades surdas e das experiências visuais, que determinam o conjunto de diferenças dos surdos em relação a qualquer outro grupo de sujeitos.
O que percebemos nos surdos oralizados e que o sujeito surdo não podia reconhecer é surdo, mas sim como não normal, era visto e obrigado a se ver a partir da perspectiva do que ele não podia fazer, e qualquer tentativa de formação de identidade cultural era abolida como uma tentativa de formação de guetos e segregação.
É claro que alguns surdos conseguiram sobreviver a toda essa relação de poder, e, no entanto isso se deu através de um processo constante de negação da tentativa de rotulação etnocêntrica. Tudo isso, a ideologia dominante, os ouvintes usou a sua transição com os efeitos que desejava, com a influência da medicina, área de saúde, pais e familiares de surdos, dos professores daqueles surdos representam hoje, e que trata de um conjunto de representações dos ouvintes, e que devem olhar-se e narrar-se como se fosse ouvinte.
Para aquele que ouve, a surdez representa uma perda de comunicação, a exclusão a partir de seu mundo. Em termos cosmológicos, é uma marca de desaprovação. Ela é alteridade, um estigma para se ter pena, e por isso, exilado ás margens do conhecimento social (...) Seu ‘silêncio’ representa banimento ou, na melhor das hipóteses, solidão e isolamento. A atividade missionária e o auxílio caridoso são encorajados como as respostas moralmente legítimas. (Wrigler, 1995:16).
No decorrer do tempo, houve algumas dificuldades entre os surdos oralizados na educação inclusiva, porém, dentro da sala de aula, tem muitos deles não conseguem compreender e fazer produção nas palavras sintáticas.Obviamente, dentro de alguns deles conseguem captar a sua capacidade de compreensão, mas a
Portanto, a diferença é como a construção política, que é muito importante para os povos surdos, escolas e intérpretes de Língua de Sinais, processo da formação dos professores ouvintes no projeto da educação para uma diversidade de focos: identidades surdas, histórias, discutir sobre educação inclusiva e educação de surdos na relação entre trabalho e educação e artes e culturas surdas na relação entre estudos surdos para criar o currículo dos surdos, além do novo paradigma da escolarização e formação dos professores surdos. O que falamos em diversidade, deficiência está se vendo um aluno com um problema que precisa ser sanado e não um aluno que por ter um problema possui cultura diferente e que ao invés de saná-lo precisa se adequá-lo.
Quanto á sua representação de grupo, dentro da subjetividade que está no nossos povos surdos, é uma parte de militante a defender nossa cultura, nossa língua e nossa educação que nós queremos para poder inserir-se no social fazendo uma parte de um grupo de uma forma natural.
O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança surda e capaz de bem sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva. Experiências em vários países demonstram que a integração de crianças jovens com necessidades educacionais especiais é melhor alcançada dentro de escolas inclusivas, que servem a todas as crianças dentro da comunidade. É dentro deste contexto que aqueles com necessidades educacionais especiais podem atingir o máximo progresso educacional e integração social. Educação inclusiva é o modo mais eficaz para construção de solidariedade entre crianças com necessidades educacionais especiais e seus colegas.
Referências Bibliográficas
FREIRE, P. (1995) À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho D’Água (2000) Pedagogia da Autonomia - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra – Coleção Leitura. 15ª. Edição
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Lei no. 10.845. Resolução CNE/CEB nº 2/01. Brasília: FNDE/PAED,