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Resumo sobre a fraude da empresa estadunidense Xerox, com conivência da KPMG Auditoria, onde aempresa, contabilizava os lucros de contratos de logo prazo como se fossem a vista, contabilizava despesas em outros exercícios, a fim de gerar um falso resultdo positivo, extremamente ao investidor da bolsa de valores.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
No momento em que os efeitos da crise econômica mundial começam a se dispersar, surge a necessidade de entender os motivos e fatores que levaram a sua ocorrência e aos escândalos financeiros que dela fizeram parte. É certo que um único fato não é responsável por deflagrar a crise, mas um movimento de vários fatos similares nos leva a indagar sobre a real situação financeira das entidades empresariais.
Em qualquer país do mundo existem, órgão, agências, conselhos ou secretarias que tem por finalidade fiscalizar e acompanhar o mercado financeiro, e se assegurar que as regras contábeis definidas estão sendo aplicadas.
Para a elaboração da informação contábil, existem normas a seguir que não podem deixar de incluir elementos de subjetividade e cuja aplicação requer em muitos casos a realização de estimativas por parte da empresa, abrindo assim a possibilidade de uma mesma realidade ser refletida de formas diferentes. A isto deve ser acrescentada a própria flexibilidade presente nas normas contábeis, mais em alguns países que em outros, o que permite utilizar diversos critérios para contabilizar um mesmo fato econômico.
Neste contexto, surge a denominada manipulação contábil, que abusa da intencionalidade das empresas em aproveitar a existência da subjetividade, das alternativas existentes e da vaga regulamentação de alguns aspectos contábeis, com a finalidade de obter demonstrações financeiras que representem a imagem desejada. Sendo de magnitude e complexidade crescente. A sofisticação cada vez maior das estruturas financeiras das empresas e a competitividade do mundo dos negócios exercem uma importante pressão nos dirigentes das empresas, o que alimenta e favorece a distorção intencional da informação contábil contida nas demonstrações financeiras.
As conseqüências da utilização de práticas desta natureza afetam diretamente todas as partes interessadas nas informações geradas pela contabilidade, podendo vir a trazer distorções significativas na interpretação dos dados pelos usuários.
Exchange Commission (SEC), verificou que a empresa declarou US$ 3 bilhões em faturamento contabilizado irregularmente de 1997 até 2000.
A SEC acusou a Xerox de ter declarado prematuramente receitas e lucros antes dos impostos em arrendamentos de equipamentos na Europa, América Latina e Canadá.
De acordo com a SEC, a contabilização da Xerox não obedeceu a uma norma que permite que as empresas contabilizem imediatamente receitas e lucros recebidos de arrendamento como vendas a vista, e não durante a vigência do aluguel, significando que as vendas originalmente lançadas em um ano podem ser alocadas em outro ano.
Quando a Xerox arrenda uma copiadora, o pagamento do cliente inclui um pagamento principal e um encargo financeiro (imposto), e cobra os custos de suprimentos, como serviços de manutenção. O que está em questão é quando, e em que trimestres e anos, a Xerox contabilizou certas receitas.
As manipulações da contabilidade pela Xerox provocaram "enorme impacto" nos resultados financeiros declarados. Nas investigações contábeis a SEC declarou que executivos de alto escalão foram alertados, mas invalidaram objeções da KPMG que foi conivente e permitiram que a Xerox manipulasse as suas práticas contábeis para ocultar uma lacuna de milhões de dólares entre os resultados operacionais reais e aqueles que foram declarados ao público investidor, e posteriormente apurado pela PriceWaterhouseCoopers. Dessa forma, eles ganhavam milhões de dólares em bonificações e vendas de ações a preços inflados em decorrência das fraudes.
Percebemos então, que a Empresa Xerox utilizava o artifício de apresentar suas declarações manipuladas de forma a alterar as informações contidas nelas, declarando suas vendas a longo prazo como venda a vista. Apresentava seus resultados, com lucro muito satisfatório, e uma imagem financeira estável, passando aos interessados e usuários das informações contábeis da empresa, a impressão de que sua situação contábil era muito melhor do que realmente aparentava. Tinha com isso, o objetivo de conseguir financiamentos, empréstimos, renovação de contratos com grandes empresas e grandes clientes e atrair investidores no mercado de ações.
Notamos também que a KPMG foi conivente com as atitudes da Xerox, pois sabia das manipulações e permitiu que fossem publicadas, dando credibilidade a elas. Como conseqüência, quando o artifício foi descoberto a KPMG e seus quatro sócios responsáveis pelas contas da Xerox foram processados pelo SEC, pois ficou entendido que a empresa de auditoria permitindo que a mesma frauda-se seus lançamentos contábeis para abafar uma fraude de milhões de dólares poderia obter no mercado um credito de milhões de dólares em bonificação e vendas.
Enfim, a empresa somente manipulava seus resultados para que assim pudesse atingir seu objetivo esperado, suas metas satisfatórias e resultados pré- definidos. Com a descoberta as bolsas de investimento começaram a cair, a KPMG que auditava a Xerox teve sua credibilidade abalada, pois não tomou providencias cabíveis no momento oportuno, e pior foi conivente com a Xerox, pois permitiu que as informações distorcidas fossem apresentadas como verdadeiras, deixando assim a desejar quanto à prática da Auditoria Contábil.