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fraturas expostas - ortop, Notas de estudo de Ortopedia

fraturas expostas - ortop - resumo de aula e livro

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 16/06/2025

iaely-soares-1
iaely-soares-1 🇧🇷

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Fraturas expostas
1. Definição
Uma fratura exposta implica em comunicação entre o meio ambiente externo e a fratura e
têm sido definidas como lesão de partes moles, complicada por um osso quebrado.
É importante lembrar que quando uma fratura ocorre no mesmo segmento do membro de
uma ferida, ela deverá ser considerada exposta até que se prove o contrário;
O prognóstico da fratura dependera:
o Volume de tecido mole desvitalizado
o Nível da lesão
o Tipo de contaminação bacteriana
2. Etiologia
As fraturas expostas habitualmente são resultado de traumas diretos de alta energia, por
acidentes automobilísticos ou de altura;
Em geral, fraturas de alta energia causam lesões múltiplas e graves em outras partes do
corpo, como cabeça, tórax e abdômen, cujo manejo por ter prioridade sobre a fratura
exposta;
Portanto, sempre começar com o ATLS!
Microbiologia o efeito imediato de uma lesão de alta velocidade que produz uma fratura
exposta é a contaminação dos tecidos moles e duros, somado a isso, pode haver também
a interrupção do suprimento sanguíneo para o osso e dos músculos durante algum
período, resultando em uma oxigenação deficiente e consequentemente na desvitalização
dos tecidos circulantes incluindo o osso, promovendo um meio perfeito para a infecção e
multiplicação de bactérias;
3. Diagnóstico
Importante começar com o ATLS uma vez que, as lesões que colocam em risco a vida
devem ser priorizadas
Durante o exame o médico avaliador deve testar a função neurológica de cada
extremidade.
Muitos membros durante a avaliação inicial apresentam sinais de insuficiência vascular
antes da redução, recuperam assim que o membro é realinhado. Em caso em que a
insuficiência persistir, devera se verificar e afastar a hipótese de lesão vascular (chama o
vascular!)
Após a avaliação inicial, o ferimento deverá ser coberto com curativo estéril e imobilização
provisória para a realização de exames complementares;
Importante não se deve mexer na fratura antes dos exames o que não se deve fazer
na sala de emergência:
o Não pode jogar soro fisiológico pode contaminar
o Não se deve explorar o ferimento pode contaminar
o NÃO PODE REDUZIR A FRATURA pode contaminar
o Não pode avaliar e reavaliar várias vezes
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Fraturas expostas

  1. Definição  Uma fratura exposta implica em comunicação entre o meio ambiente externo e a fratura e têm sido definidas como lesão de partes moles, complicada por um osso quebrado.  É importante lembrar que quando uma fratura ocorre no mesmo segmento do membro de uma ferida, ela deverá ser considerada exposta até que se prove o contrário;  O prognóstico da fratura dependera: o Volume de tecido mole desvitalizado o Nível da lesão o Tipo de contaminação bacteriana
  2. Etiologia  As fraturas expostas habitualmente são resultado de traumas diretos de alta energia, por acidentes automobilísticos ou de altura;  Em geral, fraturas de alta energia causam lesões múltiplas e graves em outras partes do corpo, como cabeça, tórax e abdômen, cujo manejo por ter prioridade sobre a fratura exposta;  Portanto, sempre começar com o ATLS!  Microbiologia  o efeito imediato de uma lesão de alta velocidade que produz uma fratura exposta é a contaminação dos tecidos moles e duros, somado a isso, pode haver também a interrupção do suprimento sanguíneo para o osso e dos músculos durante algum período, resultando em uma oxigenação deficiente e consequentemente na desvitalização dos tecidos circulantes incluindo o osso, promovendo um meio perfeito para a infecção e multiplicação de bactérias;
  3. Diagnóstico  Importante começar com o ATLS  uma vez que, as lesões que colocam em risco a vida devem ser priorizadas  Durante o exame o médico avaliador deve testar a função neurológica de cada extremidade.  Muitos membros durante a avaliação inicial apresentam sinais de insuficiência vascular antes da redução, recuperam assim que o membro é realinhado. Em caso em que a insuficiência persistir, devera se verificar e afastar a hipótese de lesão vascular (chama o vascular!)  Após a avaliação inicial, o ferimento deverá ser coberto com curativo estéril e imobilização provisória para a realização de exames complementares;  Importante  não se deve mexer na fratura antes dos exames  o que não se deve fazer na sala de emergência: o Não pode jogar soro fisiológico  pode contaminar o Não se deve explorar o ferimento  pode contaminar o NÃO PODE REDUZIR A FRATURA  pode contaminar o Não pode avaliar e reavaliar várias vezes

 Pessoas expostas a fezes ou sujeira das zonas rurais devem ser tratadas com antibióticos adicionais (penicilina), devido ao risco de contaminação por clostridios. Além disso, deve ser feito um desbridamento mais agressivo.  Radiografias deveram ser realizadas em AP e PERFIL incluindo a articulação acima e abaixo do foco da fratura.  A TC das extremidades lesionadas deverá ser adiada, até que seja concluído o tratamento inicial da fratura exposta;

  1. Classificação  A classificação mais utilizada é a de Gustilo e Anderson, que foi posteriormente alterada por Gustilo, que acrescentou as 3 subfases das fraturas expostas grau III;  Essa classificação usa como critérios de avaliação os seguintes fatores: o Tamanho da lesão o Grau de contaminação o Necrose muscular o Grau de desvitalização óssea  Segundo a classificação as fraturas são divididas em três tipo, em ordem ascendente de gravidade: o I – São ocasionadas por traumatismos de baixa energia e têm normalmente lesões de partes moles com menos de 1cm, baixa contaminação bacteriana e padrão de fratura simples (só para relembrar – simples, em cunha ou complexa) o II – Tem uma lesão maior que 1cm (entre 1 e 10cm), possui maior lesão de partes moles, moderado grau de contaminação e padrão de fraturas simples o III – São decorrentes de traumatismos de alta energia, tem lesão maiores que 10cm, extensa desvitalização de musculo e alto grau de contaminação. É subdividida em:  IIIA – Há lesão de tecidos moles intensa, mas existem condições de cobertura óssea;  IIIB – Há desvitalização e/ou perda de tecidos, o que exigira retalhos de pele ou de tecidos para recobrir o osso, tendão ou feixe neuro vascular – TEM QUE SABER RODAR RETALHO!  IIIC – Há lesão vascular que necessita de reconstrução vascular para salvar a extremidade lesionada – TEM QUE CHAMAR O VASCULAR! o Existem lesões que já são classificadas diretamente como tipo 3  Fraturas ocasionadas por PAF  Fraturas segmentares expostas  Fraturas da diáfise com perda óssea segmentar  Fraturas associadas à lesão vascular  Lesões em ambientes rurais  Fraturas com síndrome compartimental associada

QUESTÃO DE PROVA

o É a associação de Cefalosporina de terceira geração + aminoglicosídeo  para fraturas expostas de MMSS e MMIIS grau II e grau III e uma cefalosporina de 1° geração para fraturas expostas de MMSS e MMII de grau I; o Detalhado pelo professor em sala (anotações da carol hehe)  Grau 1 – Cefazolina 1 g EV de 8/8h  Grau 2 e 3 – Clindamicina 600mg EV 6/6h + Gentamicina 240 mg EV 1/dia  Terapia por 7 dias  Tratamento cirúrgico o As fraturas do tipo I pode ser tratada da mesma forma de uma fratura fechada o Fraturas de grau II e III são instáveis e desviadas e requerem fixação cirúrgica o As fraturas articulares requerem redução anatômica com estabilidade absoluta, enquanto no segmento não articular pode ser alinhado com fixador com estabilidade relativa o Os fixadores externos podem ser usados para manter o comprimento e o alinhamento até que o edema diminua e a condição do tecido mole tenha melhorado. o Dentro do centro cirúrgico a equipe irá limpar e preparar o foco da fratura para a fixação, seguindo a seguinte sequência  Paramentação – assepsia e antissepsia  Ampliação do ferimento – para melhor visualização do dano  Lavagem com soro fisiológico – em média 10l de SF  Desbridamento  Limpa tudo de novo e monta tudo para a fixação após a limpeza o O objetivo da lavagem com soro  Permitir melhor avaliação  Reduzir bactérias  Reduzir sangue e contaminantes  Lavar tecidos profundos o Objetivo do desbridamento  Retirar todo o tecido morto  Retirar contaminantes

 Reduzir bactérias no local  Ter ferida limpa no fim o O desbridamento consiste na retirada de pele/fáscia que possam estar necrosados e/ou contaminados  é essencial a retirada de tudo que está contaminado o O músculo que será retirado pelo desbridamento deve ser analisado de acordo com os 4Cs: (QUESTÃO DE PROVA)  Contratilidade  se não tem contratilidade  retira!  Capacidade de sangramento  se não sangra  indica necrose  retira!  Consistência  se não está boa  retira!  Coloração  se não estiver boa  retira!

  1. Complicações  Síndrome compartimental  Deformidade  Comprometimento vascular – principalmente em PAF  Comprometimento nervoso  Infecção  Perda óssea  Amputação