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Guias e Dicas
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Fraqueza Adquirida na Unidade de Terapia Intensiva: Impacto e Estratégias de Reabilitação, Redação de Fisioterapia

Este documento aborda a fraqueza muscular adquirida em pacientes de UTI, uma condição cada vez mais prevalente. Discute a eficácia da mobilização precoce sistemática para minimizar os efeitos da imobilização, apresentando evidências sobre seus benefícios na recuperação funcional, redução do tempo de ventilação mecânica e melhora da qualidade de vida. Também explora os desafios relacionados à avaliação e diagnóstico dessa condição, destacando a necessidade de padronização de práticas e capacitação da equipe. Ressalta a importância de uma abordagem integrada, envolvendo o manejo adequado da sedação, controle da dor e implementação de programas de reabilitação precoce.

Tipologia: Redação

2020

Compartilhado em 30/05/2024

luana-moreira-55
luana-moreira-55 🇧🇷

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FACULDADE ADELMAR ROSADO – FAR DIRETORIA
ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÂO EM SERVIÇO SOCIAL
ANTONIA THAIS DOS ANJOS RODRIGUES BEZERRA
LUANA DE SOUZA MOREIRA
FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E SEUS DESAFIOS
DE MOBILIZAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
FORTALEZA
2023
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FACULDADE ADELMAR ROSADO – FAR DIRETORIA

ACADÊMICA

COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÂO EM SERVIÇO SOCIAL

ANTONIA THAIS DOS ANJOS RODRIGUES BEZERRA

LUANA DE SOUZA MOREIRA

FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E SEUS DESAFIOS

DE MOBILIZAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

FORTALEZA

ANTONIA THAIS DOS ANJOS RODRIGUES BEZERRA

LUANA DE SOUZA MOREIRA

FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E SEUS DESAFIOS

DE MOBILIZAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Artigo apresentado à Coordenação de

Pós-Graduação em Serviço Social da

Faculdade Adelmar Rosado – FAR, como

requisito parcial para obtenção do título

de Especialista em (Nome do Curso), sob

a orientação do Prof.(a) (titulação) Fulano

de Tal.

FORTALEZA

FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E SEUS

DESAFIOS DE MOBILIZAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

ANTONIA THAIS DOS ANJOS RODRIGUES

LUANA DE SOUZA MOREIRA

PROFESSOR/ORIENTADOR

Resumo

A Intensive care unit acquired weakness (ICUAW) é definida como um

distúrbio neuromuscular secundário que é desenvolvido pela necessidade de

cuidados intensivos. Sua etiologia é considerada multifatorial, podendo estar

relacionadas a uso prolongado de ventilação mecânica, repouso no leito de forma

prolongada, bloqueadores neuromuscular, entre outros. O tempo e a necessidade de

internação hospitalar, principalmente na unidade de terapia intensiva (UTI)

aumentam a incidência de declínio na capacidade física e funcional, tendo impacto

diretamente na morbimortalidade do indivíduo internado. Por isso, cada vez mais a

importância da mobilização precoce. Sendo definida como uma intervenção para

melhora dos resultados, aptidão física, reduz o risco de ICUAW, otimiza a redução

do tempo de ventilação mecânica.Entretanto, apesar dos estudos comprovarem

cada vez mais os benefícios do diagnóstico precoce e da prevenção através da

mobilização precoce. Ainda existe muitas barreiras para que a MP seja desenvolvida

na UTI. As evidências mostram que as consequências a imobilidade, gera um

grande problema de saúde pública, impedindo que o indivíduo viva em sociedade,

gerando problemas físicos, emocional e de caráter social.

Abstract

Intensive care unit acquired weakness (ICUAW) is defined as a secondary

neuromuscular disorder that is developed by the need for intensive care. Its etiology

is considered multifactorial, and may be related to prolonged use of mechanical

ventilation, prolonged bed rest, neuromuscular blockers, among others. The length

and need for hospitalization, especially in the intensive care unit (ICU), increase the

incidence of decline in physical and functional capacity, directly impacting the

morbidity and mortality of the hospitalized individual. Therefore, the importance of

early mobilization is increasingly important. Being defined as an intervention to

improve results, physical fitness, reduces the risk of ICUAW, optimizes the reduction

of mechanical ventilation time. However, despite studies increasingly proving the

benefits of early diagnosis and prevention through early mobilization. There are still

many barriers for PM to be developed in the ICU. Evidence shows that the

consequences of immobility generate a major public health problem, preventing the

individual from living in society, generating physical, emotional and social problems.

Introdução

A Intensive care unit acquired weakness (ICUAW) ou fraqueza muscular

adquirida na unidade de terapia intensiva (FAUTI) é definida como um distúrbio

neuromuscular secundário que é desenvolvido pela necessidade de cuidados

intensivos enquanto os pacientes estão sendo tratados por outras condições

patológicas (VANHOREBEEK, 2020)

Sua etiologia é considerada multifatorial, pois na maioria dos seus casos é

desenvolvida principalmente pelo tempo de imobilidade no leito, uso de drogas

vasoativas e processos inflamatórios. Essas causas podem estar relacionadas a uso

prolongado de ventilação mecânica, repouso no leito de forma prolongada,

bloqueadores neuromusculares, entre outros (ALMEIDA, 2021).

O tempo e a necessidade de internação hospitalar, principalmente na unidade

de terapia intensiva (UTI) aumentam a incidência de declínio na capacidade física e

funcional, tendo impacto diretamente na morbimortalidade do indivíduo internado.

Por isso, cada vez mais a importância da mobilização precoce vem sendo

comprovada e promove benefícios capazes de minimizar limitações e complicações

causadas pela FAUTI (PINTO, 2022).

A mobilização precoce é altamente defendida como uma intervenção para

melhora dos resultados, aptidão física, reduz o risco de ICUAW, otimiza a redução

do tempo de ventilação mecânica, bem como o tempo na unidade de terapia

intensiva e até a alta hospitalar. (MENGES, 2021).

Entretanto, apesar dos estudos comprovarem cada vez mais os benefícios do

diagnóstico precoce e da prevenção através da mobilização precoce. Ainda existe

muitas barreiras para que a MP seja desenvolvida na UTI. Essas barreiras podem

ser devido a equipe, familiares, gestão e até mesmo do paciente. (WU, 2021).

Para pesquisa: Total: 50 Exclusão de artigos que não atenderam os objetivos da pesquisa TOTAL: 43 Restando para pesquisa: Total: 7

Resultados

Foram identificados 246 registros, entre os anos de 2018 a 2023 através dos

bancos de dados PubMed, LLACS E PEDro, as pesquisadoras obtiveram como

resultados finais apenas 7 artigos após análise minuciosa. Na tabela abaixo

podemos observar os resultados identificados.

Tabela 1. Resultados após seleção de artigos elegíveis. Autores (ano) Base de dados Objetivos Amostra/intervenção Resultados (MENGES, Dominik et al., 2021) PEDro Determinar a eficácia da mobilização precoce sistemática em pacientes adultos internados em UTI com ventilação mecânica, ao mesmo tempo que considerávamos explicitamente o momento da realização da intervenção comparativa. Foi incluído estudos realizados em doentes adultos com idade > 18 anos que estavam em ventilação mecânica invasiva ou não invasiva, a intervenção experimental de interesse foi a mobilização precoce sistemática iniciada no prazo de 7 dias após admissão na UTI, os comparadores elegíveis foram (i) mobilização tardia, (ii) mobilização padrão precoce, (iii) nenhuma mobilização. Os resultados prioritários incluem a relação da MRC-SS com a alta da UTI, proporção de pacientes que desenvolveram fraqueza muscular durante a hospitalização, o desempenho no teste de caminhada de 6 minutos com o tempo necessário até caminhar a primeira vez, proporção de pacientes que retornaram à independência da assistência de acordo com a SF-36 PFS e SF-36 PCS nos 6 meses após a alta. (MARTÍNEZ CRUZ, Bertha Lidia et al., 2022) Portal Regional da BVS Determinar o efeito de uma estratégia de reabilitação em pacientes com fraqueza adquirida na UTI no noroeste do país. Foram incluídos no estudo todos os pacientes que passaram pelos critérios de inclusão, pacientes esses que deveriam ter diagnóstico de fraqueza adquirida na Unidade de cuidados intensivos com idade superior a 18 anos, a amostra foi realizada com o total de 23 pacientes, para diagnostico do paciente foi usado a escala de MRC. Outras variáveis utilizadas foram idade, sexo, nível de sedação e Dos 150 pacientes admitidos na UTI durante o período do estudo, apenas 22 foram diagnosticados com Fraqueza adquirida na UTI, porém durante o estudo 3 pacientes foram a óbito. Na MRC inicial a maioria dos pacientes obtiveram pontuação zero e a mais alta foi 34, após a reabilitação a MRC obtida foi > 46 pontos em 78,5% dos pacientes. Os dias de

(WU, Yuchen et al., 2021) PubMed O estudo tem como objetivo investigar as práticas atuais, as barreiras e fornecer melhores informações sobre a avaliação da Fraqueza adquirida na unidade de terapia intensiva entre a equipe da UTI na China. A amostragem de conveniência contou com a participação de 13 profissionais da saúde, sendo eles três médicos, oito enfermeiros, um terapeuta respiratório e um fisioterapeuta. Dados das entrevistas foram analisados, tópicos foram extraídos e um questionário foi construído usando o método Delphi. O questionário contia 26 itens e contou com duas etapas, a primeira etapa contia dados demográficos e a segunda contia questionamentos sobre as práticas atuais e barreiras de avaliação da Fraqueza adquirida na UTI. 3.560 funcionários de UTI participaram da pesquisa, porém apenas 3. respostas foram validas. Um quarto dos entrevistados tratou/cuidou de pacientes com Fraqueza adquirida na UTI (ICU-AW). Apenas 19% avaliaram proativamente seus pacientes para ICU- AW e 53% avaliaram ICU-AW com base em sua experiência clínica. As principais barreiras para equipe de UTI sobre a avaliação da foram a falta de conhecimento, a falta de orientações para identificação de pacientes em risco de ICU-AW e a identificação ICU-AW não era uma questão prioritária na prática de rotina. (PANAHI, Ali et al., 2020) PubMed Esse estudo tem como objetivo avaliar a taxa de incidência de Fraqueza adquirida na UTI (ICU-AW) em UTIs do Hospital Masih Daneshvari. Trata-se de estudo descritivo-comparativo, contou com 160 pacientes consecutivos internados nas UTIs. Foram obtidas informações demográficas dos pacientes após o exame inicial e diagnóstico de Fraqueza adquirida na UTI (ICU-AW). Os critérios de inclusão foram internação em UTI não cirúrgica, permanência na UTI > 48 horas, presença de fraqueza muscular e completude dos dados dos pacientes. Os pacientes conscientes foram inicialmente avaliados usando a pontuação do Medical Research Council (MRC) e o teste de diagnóstico padrão-ouro foi a eletromiografia (EMG). As taxas de prevalência total de Fraqueza adquirida na UTI (ICU-AW) foram de 44,9% no escore de MRC e 42,5 testes de EMG. Em comparação com a Eletromiografia que foi definida como padrão- ouro, a sensibilidade e a especificidade do escore MRC foram de 70% e 83%, respectivamente.

(EGGMANN,

Sabrina et al., 2020) PubMed O estudo teve como primeiro objetivo investigar os resultados funcionais na alta hospitalar e a qualidade de vida relacionada à saúde após seis meses em pacientes gravemente enfermos com Fraqueza adquirida na UTI (ICU-AW) grave, moderado ou nenhum e ICUAW na alta da UTI. Em segundo lugar explorou o papel dos fatores de risco precoces para redução de força muscular na alta da UTI em adultos criticamente doentes sob ventilação mecânica. O estudo foi realizado com pacientes >18 anos, que eram independentes antes do episódio de doença crítica e deveriam permanecer em ventilação mecânica por pelo menos 72 horas. A fisioterapia começou dentro de 48 horas após a admissão na UTI com dois regimes de exercícios diferentes. A força muscular foi avaliada com o escore do Medical Research Council (MRC-SS) na alta da UTI. O MRC-SS foi realizado apenas em participantes que conseguiram seguir alguns comandos padronizados e avaliou a força em três músculos bilaterais das extremidades superiores e inferiores de 0 a 5 com uma pontuação somada máxima de 60. Um ponto de corte <48 pontos foi usado para diagnosticar clinicamente Fraqueza adquirida na UTI (ICU- AW). Os resultados funcionais primários para esta análise foram escolhidos de acordo com o estudo original: independência funcional avaliada com a Medida de Independência Funcional e capacidade funcional avaliada com o Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M) na alta hospitalar. Dos 115 participantes inscritos no estudo randomizado controlado, 83 (72%) completaram o MRC- SS na alta da UTI. Entre os pacientes avaliados, a Fraqueza adquirida na UTI (ICU- AW) foi comum com 17 (20%) graves, 32 (39%) moderados e 34 (41%) sem fraqueza, respectivamente. A Fraqueza na alta da UTI foi significativamente associada com incapacidade funcional na alta hospitalar e tempo de internação, mas não com qualidade de vida relacionada à saúde após seis meses. A análise de sensibilidade comparando todos os participantes com ICU-AW versus não ICU-AW confirmou de forma semelhante uma associação significativa de ICU- AW com incapacidade funcional e internação prolongada. A imobilização no leito e o sexo feminino permaneceram significativamente associados a pontuações baixas do MRC-SS nas análises de sensibilidade. Notas: UTI= Unidade de Terapia Intensiva, MRC= Medical Re-search Counicil, MRC-SS = Medical Research Council Sum-Score, SF-36 PFS= Short Form 36 Physical Function Domain Score, SF- PCS= Short Form 36 Physical Health Component Summary Score, RASS= Escala de Agitação e Sedação de Richmond, ICU-AW= Fraqueza Adquirida na Unidade de Terapia Intensiva, UTI-AW= Fraqueza Adquirida na Unidade de Terapia Intensiva, EMG= Eletromiografia e TC6M= Teste de Caminhada de 6 Minutos.

permanência desses pacientes, adiando o desmame de ventilação mecânica,

aumentando a morbidade e causando um desafio ainda maior para a equipe da UTI.

O estudo citou que os pacientes que permaneceram >1 dia na UTI e estiveram

ventilados mecanicamente >5 dias evoluem com fraqueza muscular compatível a

ICU-AW e/ou FAUTI (MARTÍNEZ CRUZ et al., 2022).

A sedação profunda deve ser observada diariamente com escalas de sedação

que estabeleçam metas e objetivos, pois a mesma acaba se tornando um fator de

risco importante no desenvolvimento da fraqueza adquirida na UTI. Desta forma o

uso adequado de sedação se torna um primeiro passo para a potencialização da

atividade física e mobilização precoce (MARTÍNEZ CRUZ et al., 2022).

O estudo permitiu demostrar um impacto positivo em relação a reabilitação

precoce, constatou que a reabilitação precoce com uma adequada prescrição tem

efeitos positivos na qualidade de vida, função física, resistência dos sistemas

musculoesqueléticos, respiratório, menor tempo de permanência na UTI e duração

de ventilação mecânica (MARTÍNEZ CRUZ et al., 2022).

Segundo PIVA et al.,2019 Fraqueza adquirida na UTI é comum em pacientes

hospitalizados e tem impacto importante ao curto e longo prazo para o paciente. É

enfatizado que o impacto geral da mobilização precisa ser avaliado de forma

padronizada em tempo real, dosagem, progressão de exercícios e duração da

fisioterapia, o estudo também cita que a inclusão de um programa de mobilização

coordenado com tratamento ideal da dor, sedação mínima e teste diários de

respiração espontânea devem ser considerados em estudos futuros.

. O estudo relatou que pacientes hospitalizados na UTI frequentemente

apresentam fraqueza muscular devido ao hipercatabolismo, sedação profunda e

imobilidade. Esses fatores prejudicam a capacidade funcional, atrasa a recuperação,

impede o desmame da ventilação, aumenta custos e diminui qualidade de vida.

Algumas escalas e o método de dinamometria foram desenvolvidos com intuito de

medir e diagnosticar de forma confiável à forca muscular na UTI (ZHANG, Lan et al.,

De acordo com os resultados deste estudo a mobilização precoce aumentou o

número de pessoas que conseguiram se levantar, aumentou número de dias sem

ventilador, aumentou força muscular periférica, diminui a incidência de Fraqueza

adquirida, aumentou a distância percorrida na alta e taxa de alta para casa e

demostrou que a mobilização precoce é viável, segura e bem tolerada na Unidade

de Terapia Intensiva, desta forma os pacientes devem receber as intervenções o

mais rápido (ZHANG, Lan et al., 2019).

Segundo o estudo de WU, Yuchen (2021) as praticas de avaliação para

Fraqueza adquirida na UTI na China são insatisfatórias, pois apenas poucos

profissionais avaliaram os pacientes de forma proativa. Métodos como a escala de

MRC, avaliação eletrofisiologica, ultrassonografia, eletromiografia e biopsia muscular

demostraram especificidade e eficácia no diagnostico de Fraqueza adquirida. Porém

houve diferenças nas questões que envolviam quando avaliar e quais ferramentas

eram ideais.

De acordo com a equipe da UTI as principais dificuldades relacionadas a

avalição são falta de conhecimento, falta de diretrizes para pacientes com risco e

falta de prioridade da equipe médica para a Fraqueza adquirida na UTI. Relacionado

aos pacientes as principais dificuldades encontradas que afetaram a avalição foram

comprometimento cognitivo ou incapacidade de compreensão, incapacidade de

cooperar com a avaliação, coma, analgesia ou supersedação, pois algumas escalas

de avalição necessitam de cooperação do paciente (WU, Yuchen et al., 2021).

Segundo a análise do estudo em questão pacientes que não tiveram

Fraqueza adquirida na UTI tiveram resultados funcionais melhores na alta hospitalar

e menor tempo de internação quando comparado aos pacientes diagnosticados com

Fraqueza adquirida moderada e grave. Porém o resultado na avaliação de qualidade

de vida após 6 meses foi parecido nos pacientes com fraqueza adquirida na UTI

ausente, moderado e grave (EGGMANN, Sabrina et al., 2020).

A imobilização no leito ou mobilidade reduzida e o sexo feminino são fatores

de risco que estão associados a Fraqueza adquirida na UTI. Algumas evidencias

relacionam a fraqueza adquirida com a incapacidade funcional, causando assim

menos independência na alta hospitalar, prolongamento no tempo de internação e

aumento de custos. Desta forma se faz necessário que o diagnostico seja feito de

forma adequada, rápido e com padrão estabelecido para que a recuperação e

mobilização precoce sejam feitas de maneira correta e eficaz (EGGMANN, Sabrina

et al., 2020).