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Guias e Dicas
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Aplicação do Teorema de Transporte de Reynolds às Leis de Conservação, Slides de Mecânica dos fluidos

As formas integrais do teorema de transporte de reynolds aplicadas às cinco leis básicas de conservação de massa, momento, energia, e a segunda lei da termodinâmica. O texto também discute as hipóteses necessárias para aplicação do teorema, como a presença de um campo de escoamento arbitrário e a fixação do volume de controle no espaço.

Tipologia: Slides

2021

Compartilhado em 13/08/2021

Lula_85
Lula_85 🇧🇷

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Formas integrais das leis fundamentais
O Teorema de Transporte de Reynolds
PME 3230 -2018
Prof. Marcos Tadeu Pereira
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Formas integrais das leis fundamentais

O Teorema de Transporte de Reynolds

PME 3230 - 2018

Prof. Marcos Tadeu Pereira

Devemos aplicar as Leis Básicas a um Volume de

Controle ( VC ) fixo no espaço (Euler), ao invés da

formulação para um Sistema (Lagrange).

As leis básicas (de conservação) se aplicam diretamente a

sistemas :

  1. Conservação da Massa, ou Eq. da Continuidade

  2. 2ª Lei de Newton

  3. 1ª Lei da Termodinâmica (conservação de energia)

  4. Momento da Quantidade de Movimento (a taxa de

variação da quantidade de movimento angular é igual à

soma de todos os torques atuando sobre o sistema)

  1. 2ª Lei da Termodinâmica (variação da entropia,

irreversibilidade)

Uma lata de spray pode ser analisada de duas formas:

acompanhando o conteúdo da lata (Lagrange- sistema fechado:

massa não varia, ou seja, após spray a fronteira do sistema inclui

a massa fora da lata) ou monitorando o volume da lata (Euler -

volume de controle: só a lata, antes e depois)

  1. Passamos de Lagrange a Euler para uma partícula fluida

em uma LC (

𝑑𝑁

𝑑𝑡

=

𝜕𝑁

𝜕𝑡

  • 𝑉. 𝛻 𝑁), vamos fazer a mesma

passagem para uma massa ou volume de fluido, com forma

de integral

  1. É necessário passar a formulação das leis de conservação

válidas para um sistema para a formulação de VC (Volume de

Controle) , o que é conseguido com o Teorema de Transporte

de Reynolds.

  1. Um VC refere-se a uma região do espaço onde podem

ocorrer escoamentos para fora e para dentro do VC. A

fronteira de um VC é sua superfície de controle ( SC )

  1. O tamanho e a forma do VC são totalmente arbitrários,

escolhidos de acordo com a conveniência. O VC também

pode ser chamado de sistema aberto.

Hipóteses:

  • Campo de escoamento arbitrário 𝑉 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 em relação a

sistema de coordenadas 𝑥𝑦𝑧

  • VC fixo no espaço
  • Sistema movimenta-se no campo de escoamento (por

definição mantendo sempre as mesmas partículas de

fluido)

Sistema e Volume de Controle

propriedade N

Massa nova entra no VC, região I

em Δt

Massa deixa o VC, região III, em Δt

No instante 𝒕

𝟎

∴ 𝑁

𝑠𝑖𝑠𝑡

)

𝑡

0

= 𝑁

𝑉𝐶

)

𝑡

0

=

׬

𝑉𝐶

𝜂𝜌𝑑 ⩝

𝑡

0

e, substituindo em (1), resulta:

𝑑𝑁

𝑑𝑡

𝑠𝑖𝑠𝑡

≡ lim

𝛥𝑡→ 0

׬

𝑉𝐶

𝜂𝜌𝑑 ⩝

𝑡

0

+𝛥𝑡

− ׬

𝑉

𝐼

𝜂𝜌𝑑 ⩝

𝑡

0

+𝛥𝑡

׬

𝑉

𝐼𝐼𝐼

𝜂𝜌𝑑 ⩝

𝑡

0

+𝛥𝑡

− ׬

𝑉𝐶

𝜂𝜌𝑑 ⩝

𝑡

0

𝛥𝑡

e, como o limite da soma é a soma dos limites:

𝑑𝑁

𝑑𝑡

𝑠𝑖𝑠𝑡

≡ 𝒍𝒊𝒎

𝜟𝒕→𝟎

׬

𝑽𝑪

𝜼𝝆𝒅⩝

𝒕

𝟎

+𝜟𝒕

− ׬

𝑽𝑪

𝜼𝝆𝒅⩝

𝒕

𝟎

𝜟𝒕

  • 𝒍𝒊𝒎

𝜟𝒕→𝟎

׬

𝑽

𝑰𝑰𝑰

𝜼𝝆𝒅⩝

𝒕

𝟎

+𝜟𝒕

𝜟𝒕

𝒍𝒊𝒎

𝜟𝒕→𝟎

− ׬

𝑽

𝑰

𝜼𝝆𝒅⩝

𝒕

𝟎

+𝜟𝒕

𝜟𝒕

𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝐴 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝐵 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝐶

𝛥𝑡→ 0

𝑁

𝑉𝐶

)

𝑡

0

+𝛥𝑡

− 𝑁

𝑉𝐶

)

𝑡

0

𝛥𝑡

𝜕𝑁

𝑉𝐶

𝜕𝑡

𝜕

𝜕𝑡

𝑉𝐶

e representa a taxa de variação com o tempo da propriedade

N dentro do VC

𝐼𝐼𝐼 𝑡

0

+𝛥𝑡

𝑆𝐶

𝐼𝐼𝐼

𝜂𝜌.∆ℓ. cos𝛼. dA

𝑡

0

+𝛥𝑡

𝐼𝐼𝐼

: superfície de controle comum à região III e ao VC

∆ℓ : distância percorrida por uma partícula na superfície do

sistema, durante ∆t, ao longo de uma linha de corrente que

existia em 𝑡

0

lim

𝛥𝑡→ 0

𝑁

𝐼𝐼𝐼

)

𝑡

0

+𝛥𝑡

𝛥𝑡

= lim

𝛥𝑡→ 0

׬

𝑆𝐶

𝐼𝐼𝐼

𝜂𝜌.∆ℓ. cos𝛼.dA

𝛥𝑡

lim

𝛥𝑡→ 0

𝑆𝐶

𝐼𝐼𝐼

𝛥𝑡

. cos𝛼. dA. = ׬

𝑺𝑪

𝑰𝑰𝑰

𝜼𝝆. 𝑽. cos 𝜶. dA

pois lim

𝛥𝑡→ 0

𝛥𝑡

𝐼 𝑡

0

+𝛥𝑡

𝑆𝐶

𝐼

− 𝜂𝜌.∆ℓ. cos𝛼. dA

𝑡

0

+𝛥𝑡

onde 𝑆𝐶

𝐼

= superfície comum à região I e o VC

∆ℓ= distância percorrida por uma partícula na superfície do

sistema durante ∆t, ao longo de uma linha de corrente que

existia em 𝑡

0

∴ 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝐶 = −lim

𝛥𝑡→ 0

׬

𝑉

𝐼

𝜂𝜌𝑑⩝

𝛥𝑡

= − lim

𝛥𝑡→ 0

𝑁

𝐼

)

𝑡

0

+𝛥𝑡

𝛥𝑡

lim

𝛥𝑡→ 0

׬

𝑆𝐶

𝐼

− 𝜂𝜌.∆ℓ. cos𝛼.dA

𝛥𝑡

𝑆𝐶

𝐼

𝜂𝜌. 𝑉. cos𝛼. dA

𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔 𝑨, 𝑩 𝒆 𝑪 𝑒𝑚 1 :

𝑑𝑁

𝑑𝑡

𝑠𝑖𝑠𝑡

𝜕

𝜕𝑡

𝑉𝐶

𝑆𝐶

𝐼𝐼𝐼

𝜂𝜌. 𝑉. cos𝛼. dA + ׬

𝑆𝐶

𝐼

𝜂𝜌. 𝑉. cos𝛼. dA

Como SC≡ 𝑆𝐶

𝐼

𝐼𝐼𝐼

𝐿𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙

onde 𝑆𝐶

𝐿𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙

é caracterizada por α = Τ

𝜋

2

ou 𝑉 =0, i.e.,

ausência de fluxo

𝑑𝑁

𝑑𝑡

𝑠𝑖𝑠𝑡

𝜕

𝜕𝑡

𝑉𝐶

𝑆𝐶

.

𝜂𝜌. 𝑉. cos𝛼. dA

e, como se sabe que 𝑉. cos𝛼. dA = 𝑉. 𝑛 dA, ∴

𝑑𝑁

𝑑𝑡

𝑠𝑖𝑠𝑡

𝜕

𝜕𝑡

𝑉𝐶

𝑆𝐶

.

𝜂𝜌𝑉. 𝑛 dA

Esta fórmula de Reynolds relaciona as taxas de variação de

uma propriedade extensiva N qualquer de um sistema, e as

variações com o tempo desta propriedade N associada ao

volume de controle

é a fórmula integral, correspondente à fórmula diferencial

relacionando as derivadas de Lagrange e Euler:

𝐷𝑁

𝐷𝑡

𝜕𝑁

𝜕𝑡

+ 𝑉. 𝛻 N

Obs. 𝑽 na equação é medida em relação ao VC e

𝒂 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒅𝒆 𝑵 𝒅𝒆𝒗𝒆 𝒔𝒆𝒓 𝒂𝒗𝒂𝒍𝒊𝒂𝒅𝒂

Equação da continuidade , ou da conservação da massa

𝑑𝑁

𝑑𝑡

𝑠𝑖𝑠𝑡

𝜕

𝜕𝑡

𝑉𝐶

𝑆𝐶

𝜂𝜌𝑉. 𝑛𝑑𝐴 , e como 𝑁 = 𝑚 → 𝜂 = 1

𝑠𝑖𝑠𝑡

𝑉𝐶

𝑆𝐶

Taxa de variação

de massa no

sistema

=

Taxa de variação

de massa no VC

Fluxo de massa

através da SC

𝑉. 𝑛 → 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑉 𝑒 𝑑𝑒 𝑛

𝑛 sempre aponta para fora do VC, na SC