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Este documento aborda conceitos básicos de eletricidade, incluindo tensão, corrente, potência e tipos de correntes, além de fornecer cálculos e exemplos de diferentes situações. Também é apresentado o triângulo de potências e o cálculo de fator de potência.
Tipologia: Esquemas
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A forma de onda senoidal (ou sinusoidal) ocorre naturalmente na natureza, como se pode observar nas ondas do mar, na propagação do som e da luz, no movimento de um pêndulo etc. e também é a forma mais eficiente de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Nas duas últimas décadas do século XIX o uso de corrente contínua em sistemas de potência era defendido por Thomas Edison, enquanto a corrente alternada era proposta por Nikola Tesla e George Westinghouse Jr.
Uma função senoidal é facilmente obtida para geração energia elétrica. Uma bobina sujeita a um campo magnético variável produz em seus terminais uma tensão elétrica segundo a seguinte equação (Lei de Faraday):
dt
d dt v t N
( ) ()
φ = −
φ - fluxo magnético [Wb]
A estrutura a seguir apresenta esquematicamente a geração de um sinal senoidal a partir da movimentação do eixo de uma bobina submetida ao campo magnético de dois imãs permanentes.
Figura 1 – Geração de um sinal senoidal.
Uma fonte de tensão ou corrente senoidal varia com o tempo e pode ser representada por uma senoide em função de sua frequência angular (wt) ou em função do tempo (t).
As formas de ondas seno e cosseno podem ser observadas na figura abaixo.
Figura 2 - Formas de ondas seno e cosseno.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES Área de Conhecimento: Eletricidade e Instrumentação Prof. Pedro Armando da Silva Jr.
Todo sinal elétrico senoidal pode ter seu comportamento descrito de modo gráfico ou analítico, através de uma função matemática senoidal, periódica, e variante com o tempo. Adota-se para a representação dos sinais de tensão e de corrente alternada senoidal as seguintes expressões gerais:
v ( ω t )= Vmáx ⋅ sen (ω t + θ v )
i (ω t )= Imáx ⋅ sen (ω t + θ i )
θ - ângulo de fase
Na Figura 3 estão apresentados graficamente os principais parâmetros do sinal senoidal e, na sequência, suas definições.
0
8
0 5 10 15 20 25 Tensão [V]
Tempo [s]
T/4 T/2 3T/4 T
Ciclo
Vmáx
-Vmáx
Figura 3 – Parâmentros do sinal senoidal.
Valor máximo, de pico ou amplitude - Vmáx., Vp ou A: é o valor extremo alcançado pelo sinal. Período - T [s] : é o tempo decorrido na realização de um ciclo completo. Frequência - f [Hz] : é o número de ciclos realizados, na unidade de tempo, obtido por:
[ ]
1 Hz T
f = Onde: 1 Hz = 1 ciclo / segundo
Frequência angular elétrica - ω [rad/s]: É a rapidez de variação do sinal. Ou seja, é a velocidade com que o sinal realiza um ciclo de variação, o que equivale realizar, num círculo, um arco de 2 π radianos ou 360º. Ângulo de fase - θ [o] : É a posição relativa, expressa em grau, do sinal em relação a uma referência ou a outro sinal
Seu valor pode ser:
(atrasado)
(em fase)
V
t
(adiantado)
V
t
V
t
Pela equação anterior note que o valor eficaz não depende da frequência nem do ângulo de fase, somente da amplitude do sinal.
Assim, por exemplo, na rede elétrica local, 220 V é uma tensão eficaz, referente à tensão alternada senoidal em 60 Hz de valor de pico 311,13 V. A representação matemática deste sinal é:
( ) 311 , 13 ( 377 0 )
311 , 13 2 2 60 377 / 0
( ) ( ) 0
o
máx v
máx v
v t sen t
V V w f rad s escolhido
v t V sen t
= ⋅ +
= − = = ⋅ = − = −
= ⋅ +
ω
π π θ
ω ω θ
Em corrente contínua vimos que, no resistor, a tensão e a corrente se relacionam na forma:
ouV R I R
V I = = ⋅
Em corrente alternada senoidal a relação é dada por:
Partindo-se de:
R
v t i t
( ) ( )=
R
V sen t i t máx^ v
( ) ()
Ou:
R
I sen t i t máx^ v
( ) ( )
Com no resistor a tensão e corrente estão em fase:
v ( ω t )= Vmáx ⋅ sen (ω t + θ v )
máx máx ou i (^ t ) Imáx sen ( t i^ ) R
V I = = ⋅ ω + θ
Graficamente:
Considerando seus respectivos valores eficazes a relação fica:
R
V I
ef ef =
T t
VM
IM
v , i
v R
i
v
V R
I
Em corrente alternada, como a tensão e a corrente se relaciona que em CC, ao se adotar valores eficazes as equações da potência elétrica são as mesmas.
R
V P V I ou P R I ou P
ef ef ef ef
2 = ⋅ = ⋅^2 =
A potência dissipada no resistor será sempre positiva, como pode ser observado no gráfico a seguir:
Figura 4 – Tensão, corrente e potência em um resistor.
Alguns elementos de circuitos elétricos podem armazenar energia em forma de campo elétrico ou magnético
O capacitor é um elemento de circuito que possui a característica de conservar energia através do campo elétrico estabelecido entre suas placas, tendendo manter constante a tensão entre os seus terminais.
O capacitor é representado pela letra C e tem como unidade o Farad [F].
C
Em circuitos CC o capacitor funciona como um circuito aberto. Porém, em CA o capacitor exerce oposição à variação de tensão, fenômeno denominado reatância capacitiva, designada por XC, medida em ohm [Ω] e expressa por:
[ ] 2
1 Ω ⋅ ⋅ ⋅
= f C
X (^) c π Para uma fonte senoidal a tensão no capacitor é expressa por: V (^) c ( t )= Vp ⋅ sen ( wt )
V
A (+Q)
B (-Q)
Em circuitos CC o indutor funciona como um circuito fechado (fio condutor). Porém, em CA o capacitor exerce oposição à variação de corrente, fenômeno denominado reatância indutiva, designada por XL, medida em ohm [Ω] e expressa por:
X (^) L = 2 ⋅ π⋅ f ⋅ L [Ω ] Para uma fonte senoidal a corrente no indutor é expressa por: i (^) L ( t )= Ip ⋅ sen ( wt )
A tensão no indutor será:
cos( ) ( 90 )
( ) L (^ ) L L w Ip wt L w Ip sen wt o dt
di t v t = L ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ +
O indutor atrasa a corrente em relação à tensão, conforme pode ser visto pela ilustração abaixo:
Figura 7 – Tensão e corrente em um indutor.
Assim como num circuito puramente capacitivo, no indutivo não há dissipação de potência ativa. Como se pode observar na figura a seguir, em um período da rede elétrica, o valor médio da potência no indutor é nulo. O indutor armazena energia no primeiro semi-ciclo da rede devolvendo esta mesma energia no segundo.
Figura 8 – Tensão, corrente e potência em um indutor.
Os circuitos de corrente alternada raramente são apenas resistivos, indutivos ou capacitivos. Na maioria das vezes, os mesmos apresentam as duas reatâncias, ou uma delas, combinada com a resistência.
A resistência total do circuito, neste caso, passa a ser denominada de impedância, designada por Z e medida em ohm [Ω]. Neste caso a Lei de Ohm passa a ser expressa por:
V = Z ⋅ I
Em virtude da possibilidade da associação dos elementos resistor, capacitor e indutor a potência elétrica em um circuito pode ser de três tipos:
S = V ⋅ I [ VA ]
As três potências se relacionam pela seguinte expressão: S^2 = P^2 + Q^2 E pelo triângulo:
Figura 9 – Triângulo de potências.
O ângulo da potência aparente será o mesmo ângulo da impedância. As potências ativa e reativa podem ser calculadas a partir deste ângulo:
P = S ⋅cos ϕ = V ⋅ I ⋅cos ϕ Q = S ⋅ sen ϕ = V ⋅ I ⋅ sen ϕ
Fator de potência é a fração da potência aparente que realiza trabalho. É uma grandeza adimensional, que atinge o valor de no máximo a unidade.
A potência reativa faz circular corrente pelo circuito sem que haja consumo, aquecendo os alimentadores e sobrecarregando os circuitos.
O fator de potência é o cosseno do ângulo do triângulo de potências, ou o ângulo de defasagem entre as forma de onda da tensão e da corrente:
S
P cos ϕ =
Percebe-se que um fator de potência baixo é sinal de um alto reativo, ou seja, a energia não está sendo devidamente aproveitada. Um fator de potência unitário significa que o circuito é resistivo, ou seja, toda a potência está sendo dissipada. Um fator de potência indutivo é dito atrasado, enquanto o capacitivo é adiantado.
Nos grandes consumidores o fator de potência é uma medida importante, pois ele é tarifado se atingir valores inferiores a 0,92.
V(t)
V(t)
determine:
2mH
2mF
determine:
V 1 Ω 2mH 2mF
Circuitos ou sistemas nas quais as fontes em corrente alternada operam na mesma frequência, mas com fases diferentes são denominados polifásicos. O circuito trifásico é um caso particular dos circuitos polifásicos que, por razões técnicas e econômicas tornou-se padrão em geração, transmissão e distribuição.
Um sistema trifásico é produzido em um gerador conforme o esquema simplificado da Figura 10. Os três enrolamentos são estáticos e têm o mesmo número de espiras, enquanto o rotor do gerador se movimenta. O campo magnético girante do rotor é produzido a partir de uma fonte CC independente, ou da retificação da própria tensão obtida do gerador (auto-excitação).
Figura 10 – Gerador trifásico.
Nesta configuração de enrolamentos do gerador é como houvesse três fontes de tensão com mesma amplitude e frequência, mas defasadas entre si de 120º elétricos. Usualmente as fases são indicadas por uma sequência de letras, como “ABC” ou “RST”. A Figura 11 mostra a representação dos sinais de tensão de saída do gerador no tempo.
Figura 11 – Tensões de saída do gerador trifásico.
As tensões induzidas nos enrolamentos do gerador têm as seguintes expressões:
o T p
o S p
R p
Um dos terminais das bobinas do gerador são conectados entre si, de forma que a diferença de potencial entre eles se neutraliza, formando o terminal neutro ou simplesmente neutro do circuito. Desta forma, um sistema trifásico passa a ser constituído de quatro fios, sendo três condutores fase e um neutro.
Os sistemas trifásicos possuem a flexibilidade de poder atender cargas monofásicas, bifásicas e trifásicas sem qualquer alteração em sua configuração. Na Figura 12 são apresentadas formas de ligações das cargas.
Figura 11 – Exemplo de ligações de cargas no sistema trifásico.
As três tensões possuem um ponto de neutro, o qual é definido como referência do sistema (0V). Este ponto é aterrado no gerador.
Se uma carga monofásica for ligada entre o ponto de neutro e uma das fases ela estará sujeita a uma “tensão de fase” dada pela expressão já conhecida:
V (^) F ( t )= Vp ⋅ Sen ( wt ) [ V ]
Uma carga conectada entre duas fases terá uma maior diferença de potencial e sua expressão matemática será:
A diferença de potencial entre duas fases é denominada “tensão de linha”. A Figura 12 ilustra o resultado da diferença entre as tensões instantâneas entre as fases A e B.
Figura 12 – Exemplo de ligações de cargas no sistema trifásico.
No Brasil o sistema de distribuição secundário é realizado em dois níveis de tensão: 220 V ou 380V. Desta forma têm-se as seguintes relações:
L L F
L L F
Se forem consideradas as tensões de linha a expressão da potência torna-se:
P 3 (^) φ = 3 ⋅ VL ⋅ IL ⋅cos ϕ [ W ]
Usando-se o mesmo raciocínio a potência reativa e a aparente são dadas por:
3 3 [ ]
3 3 [ ]
3 3
3 3
S V I ou S V I VA
Q V I sen ou Q V I sen VAr
F F L L
F F L L
= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅
= ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅
φ φ
φ ϕ φ^ ϕ