

















Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Esse documento aborda de forma completa a fluidoterapia em animais. Desde a composição corporea dos animais, a maior necessidade hidrica dos filhotes e a sua sensibilidade a desidratação, os liquidos corporeos, formação do liquido intersticial, a comunicação entre o LIC e o LEC, o equilibrio hidrico e a sua regulação, agua metabolica, a desidratação e o desequilibrio hidrico, a fluidoterapia em si, a avaliação do estado hidrico do animal, os graus de desidratação, as alterações em exames complementares que comprovam essa desidratação, os tipos de fluidos disponiveis e suas indicações e contraindicações. Além de possuir imagens para melhor entendimento e comparações entre caes e gatos durante o texto
Tipologia: Notas de estudo
1 / 25
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
A composição corpórea dos pequenos animais varia entre 55 a 80% de água. Essa constituição é variável, sobretudo quanto a idade desse animal. Os filhotes possuem mais água em sua composição quando comparado aos adultos. Contudo, isso não significa que eles possuem grandes reservatórios de água. A realidade é que os filhotes necessitam de muito mais água para sustentar seus processos metabólicos de desenvolvimento dos seus organismos. MAIOR NECESSIDADE HÍDRICA DOS FILHOTES A maior necessidade hídrica dos filhotes está diretamente relacionada ao seu metabolismo basal elevado. Isso significa que esses animais gastam muito mais energia por peso corporal. O desenvolvimento do seu organismo como um todo requer muita energia para ser capaz de realizar suas reações metabólicas para sua sobrevivência e para o desenvolvimento e amadurecimento dos seus ossos, músculos e órgãos
01. Ossos Os ossos longos começam como cartilagens, um tecido mais maleável e elástico que atua como molde para a formação óssea. Essa cartilagem vai gradativamente sendo substituída por tecido ósseo a partir de um processo chamado calcificação endocondral. Nos filhotes, esses ossos vão passando por uma etapa de crescimento. O crescimento longitudinal ocorre através da placa epifisária, uma estrutura composta por material cartilaginoso localizado entre a diáfise, a parte central do osso, e a epífise, a parte periférica do osso. Para que o crescimento ocorra, as células cartilaginosas da placa epifisária se dividem, formando novas camadas de cartilagem que consequentemente empurram as extremidades do osso. Essas cartilagens vão sendo gradativamente transformadas em tecido ósseo e tornando-se parte do osso maduro. Quando o filhote alcança a maturidade óssea, a placa epifisária fecha e todo o restante de cartilagem passa pelo processo de ossificação. A idade com que essa maturidade óssea ocorre em cães e gatos é variável: Gatos: a placa epifisária geralmente fecha entre os 12 a 18 meses de idade. Cães: Em cães de porte pequeno a maturidade esquelética é atingida mais rapidamente, variando dos 10 aos 12 meses. Já cães de porte médio essa maturidade costuma ser alcançada entre 12 a 18 meses e nos cães de porte grande a gigante essa maturidade ocorre de forma mais tardia, geralmente entre os 18 a 24 meses. 02. Músculos Os músculos dos filhotes também crescem em tamanho e em força. O número de fibras musculares é pré determinado durante o nascimento do animal e não costuma
aumentar significativamente depois do seu nascimento. O que ocorre após o nascimento é uma hiperplasia das células, ou seja, um aumento do número de células, e também a hipertrofia, ou seja, o aumento do tamanho dessas células.
03. Órgãos Os órgãos são estruturas compostas por diferentes tipos de tecidos que trabalham juntos para desempenhar as funções necessárias para o funcionamento do organismo. A maioria dos órgãos começa a se formar muito cedo no desenvolvimento embrionário, geralmente durante o primeiro terço da gestação. Após o nascimento os órgãos não formam novas estruturas mas continuam a crescer e a se desenvolver para serem capazes de lidar com as necessidades fisiológicas e ao aumento da demanda do organismo do animal em crescimento. Esse crescimento, assim como o desenvolvimento muscular, também ocorre a partir da hiperplasia e da hipertrofia. Todo esse desenvolvimento requer reações metabólicas e bioquímicas complexas que aumentam o metabolismo basal desse animal. E a água é extremamente essencial para que esses processos ocorram corretamente. Além disso, a água é também um dos componentes principais da composição sanguínea. Com esse metabolismo mais acelerado, o filhote requer uma boa circulação para que os nutrientes consigam chegar nas células e dar a elas condições para funcionarem, além de também ser necessário para retirar os resíduos metabólicos gerados pelas células. Dessa forma a água é imprescindível para o filhote conseguir sobreviver e se desenvolver de forma adequada. SENSIBILIDADE DO FILHOTE A DESIDRATAÇÃO Os filhotes são extremamente mais sensíveis à desidratação. Isso porque eles necessitam constantemente da água para os seus processos metabólicos e porque eles também são extremamente vulneráveis e suscetíveis a perdas importantes de água. Uma somatória de fatores influencia na possibilidade de desidratação desses animais, tais como: 01. Proporção A maior proporção de água em seus corpos e a necessidade hídrica constante para sustentar suas reações e necessidades fisiológicas fazem com que qualquer perda de água, ainda que relativamente pequena, possa provocar um impacto significativo no seu estado de saúde 02. Desenvolvimento renal Os rins dos filhotes ainda estão em processo de amadurecimento. Quando os filhotes nascem, eles possuem um menor número de néfrons e muitos dos que existem ali estão também em desenvolvimento. Isso significa que as suas funções renais não são tão eficientes quanto deveriam. Nos adultos, os rins possuem mecanismos de controle do volume hídrico corporal. Um desses mecanismos ocorre através da regulação da osmolaridade da urina. A osmolaridade se refere a quantidade de soluto presente em uma solução, e no caso da situação renal, se refere a quantidade de soluto como por exemplo ureia, potássio e
04. Imunidade do filhote Quando os filhotes nascem, eles dependem principalmente dos anticorpos que recebem da mãe através do leite materno, sobretudo o colostro , para sua proteção imunológica. O colostro é o primeiro tipo de leite produzido pela mãe durante as primeiras horas após o parto. Esse leite é extremamente rico em anticorpos, sobretudo IgM e IgG, e quando o filhote os ingere, eles são completamente absorvidos na corrente sanguínea devido a alta permeabilidade intestinal durante as primeiras 24 a 48 horas de vida do filhote. Esses anticorpos fornecem uma proteção imediata ao filhote, através de uma imunidade passiva, contra os patógenos que a mãe já teve contato e criou resistência. Contudo, essa imunidade passiva é temporária e eventualmente esses anticorpos serão degradados do organismo do filhote. Diante disso, o filhote passa por um período crítico conhecido como janela de susceptibilidade, em que ele se torna mais vulnerável devido a diminuição do número de anticorpos oriundo da mamãe e sua proteção por imunidade ativa ainda estar em desenvolvimento APROFUNDAMENTO DA IMUNIDADE PASSIVA OFERTADA PELA MÃE AO FILHOTE O intestino do filhote começa a se desenvolver e, com isso, ele começa a produzir enzimas digestivas que eventualmente tornam-se capazes de digerir as imunoglobulinas como proteínas normais. Isso faz com que a absorção desses anticorpos para a corrente sanguínea torna-se muito menos eficiente. Mesmo após o colostro, o leite da mãe continua contendo anticorpos. Contudo, diferentemente do colostro, agora esse leite torna-se mais rico em IgA, um tipo de anticorpo que não é digerido e protege de forma local a mucosa intestinal. Outro fator importante com relação a imunidade passiva adquirida a partir do colostro é a sua influência na vacinação do filhote. Se a vacinação for feita em um filhote que ainda tem altos níveis de anticorpo materno, esses anticorpos podem reconhecer os antígenos presentes na vacina e neutralizá-los antes que o sistema imunológico do filhote seja capaz de reagir, tornando a vacina ou menos eficaz ou completamente ineficaz. O animal só vai responder efetivamente a vacina e ter sua imunização quando a vacinação é reforçada após a janela de suscetibilidade desse animal, que é quando os níveis de anticorpos maternos estão baixo o suficiente para não interferir na resposta imunológica do filhote ao antígeno vacinal. Geralmente isso ocorre na 16 semana nos cães e na 20 nos gatos. Além disso, é necessário garantir que esse animal foi de fato imunizado após a vacina. Isso pode ser feito através de um reforço vacinal aos 6 meses de idade, quando o filhote já não têm mais anticorpos maternos, ou realizando um teste sorológico para verificar se há a presença de anticorpos referentes ao antígeno vacinal. Quanto mais tardia for feita a última dose de vacinação, menor as chances de falha vacinal. Protocolo para cães: 8 semana, 12 semana, 16 semana e após 4 semanas realizar o teste sorológico para verificar a eficácia da vacina Protocolo para gatos: 8 semana, 12 semana, 16 semana, 20 semana e após 4 semanas
realizar o teste sorológico para verificar a eficácia da vacina Essa vulnerabilidade imunológica do filhote pode levá-lo a desenvolver patologias que podem desencadear em perdas de líquidos e eletrólitos em seu organismo LÍQUIDOS CORPÓREOS Os líquidos corporais estão alocados em dois compartimentos: o compartimento intracelular e o compartimento extracelular. O líquido intracelular e o líquido extracelular são separados pela membrana plasmática das células. A água é a única substância capaz de circundar livremente, através de osmose, por ambos os compartimentos e isso possibilita a ocorrência do equilíbrio osmótico, fazendo com que a concentração de ambos os líquidos seja equivalente. Contudo é importante salientar que a composição química do líquido intracelular e do líquido extracelular diferem entre si e essa diferença é essencial para o funcionamento dos processos celulares.
01. Líquido intracelular (LIC) O líquido intracelular é o fluido que se encontra no interior das células e ele corresponde a maior porcentagem do líquido corporal, podendo chegar a cerca de 40% do peso do animal. Sua composição é adaptada para suprir as necessidades metabólicas das células e o funcionamento das organelas. O potássio (K+) é o principal íon presente no líquido intracelular e o ambiente intracelular é mais eletronegativo do que o ambiente extracelular. Essa maior eletronegatividade do interior da célula é causada principalmente pela ação da bomba de sodio e potassio, que está em constante trabalho para transportar 3 íons de sódio (NA+) para fora da célula e trazer para o interior 2 íons de potássio (K+), e esse transporte desigual no número de íons que entra e que sai faz com que a manutenção de uma diferença de carga ocorra, de forma que há mais cargas positivas sendo removidas do que sendo realocadas para o interior, configurando assim um interior mais eletronegativo que o exterior. É importante que a homeostase do líquido intracelular seja mantida pois alterações no volume, na concentração de íons, ou no pH podem causar consequências graves para a saúde celular e, consequentemente, para a saúde do organismo 02. Líquido extracelular (LEC) O líquido extracelular encontra-se fora das células, tanto no plasma sanguíneo , ou seja, na parte líquida do sangue, e também no líquido intersticial , ou seja, o líquido que banha as células. De forma geral, o líquido extracelular é importante para o transporte de nutriente e gases para as células, além do transporte dos resíduos produzidos pelo metabolismo celular e guiá-los para sua eliminação, seja através de processos respiratórios, processos renais, processos hepáticos e até mesmo pela pele através do suor. Ele também desempenha um papel fundamental na manutenção da homeostase, garantindo que o ambiente ao redor das células permanece estável e propício para que elas possam realizar suas funções corretamente. O líquido extracelular também está diretamente ligado à regulação do volume
bombeamento do coração é mais intensa, ocasionando em uma pressão hidrostática maior que supera a pressão oncótica. Dessa forma, a água e os solutos de baixo peso molecular saem do plasma e passam para o líquido intersticial. Contudo, à medida que o sangue flui para o final dos capilares, ou seja, a parte venosa, a força do bombeamento do coração já não é mais tão intensa, e a pressão oncótica tende a se tornar maior que a hidrostática, atraindo de volta o líquido para o vaso sanguíneo, o que faz com que as perdas iniciais sejam equilibradas e o volume no vaso sanguíneo seja mantido de forma suficiente para manter a pressão arterial. Dessa forma, embora o plasma sanguíneo e o líquido intersticial sejam subcompartimentos do líquido extracelular, eles têm diferenças na sua composição devido a essa filtração do plasma sanguíneo. A diferença mais marcante está nos níveis de proteínas desses subcompartimentos, de forma que o plasma sanguíneo é rico em proteínas, sobretudo à albumina, enquanto que o líquido intersticial é pobre em proteínas devido ao seu alto peso molecular, o que as impede de passar pelos capilares. COMUNICAÇÃO LIC E LEC O líquido intracelular e o líquido extracelular se comunicam através da membrana plasmática das células. Essa membrana plasmática regula a troca de substâncias do líquido intracelular através de vários processos como:
01. Difusão A difusão é o movimento de moléculas pequenas e lipossolúveis como O2 e CO2, de uma área de maior concentração para uma área de menor concentração sem que haja o gasto de energia 02. Osmose A osmose é o movimento livre da água entre o líquido intracelular e o líquido extracelular. Também ocorre sem que haja gasto de energia e o sentido da água é sempre na tentativa de diluir a maior quantidade de concentração de soluto, indo do local onde há menos soluto para o lugar em que há mais soluto. 03. Canais iônicos Os canais iônicos são feitos por proteínas que formam poros na membrana plasmática que permitem a passagem de íons específicos como sodio (NA+), potasio (K+), calcio (CA2+) e cloro (CL-) de acordo com o gradiente eletroquímico. O gradiente eletroquímico é a soma do gradiente de concentração e do gradiente elétrico, ou seja, da diferença de carga elétrica do interior da célula e do seu exterior. 04.Transporte ativo O transporte ativo permite a movimentação de substâncias contra o gradiente de concentração, ou seja, de uma área de menor concentração para uma área de maior concentração, como o que ocorre na bomba de sódio e potássio, por exemplo. Contudo, para que isso ocorra, é necessário o gasto de energia 05. Endocitose e exocitose Na endocitose, as células podem englobar materiais do líquido extracelular e trazê-las
para o interior através da formação de vesículas pela membrana plasmática. A exocitose é o processo contrário em que as células englobam materiais do líquido intracelular e as levam para o líquido intersticial fora das células através da formação de vesículas pela membrana plasmática. EQUILÍBRIO HÍDRICO O equilíbrio hídrico é o processo em que o organismo mantém um balanço adequado entre a ingestão e a excreção de água para garantir o bom funcionamento do organismo.
01. Ingestão de água A principal forma de ingestão de água é através da ingestão hídrica propriamente dita e a partir da ingestão de alimentos A ração seca contém uma quantidade relativamente baixa de água na sua composição, em torno de 6 a 10%. Dessa forma, em animais que se alimentam exclusivamente de ração seca, a maior parte da sua hidratação tem que vir da ingestão de água potável. Contudo, em animais que não têm o hábito e a estimulação de beberem água, isso torna-se problemático podendo levá-los a desidratação. A ração úmida, que inclui alimentos enlatados ou em sachê, tem alto teor de água na sua composição, podendo variar de 70% a 85%. Isso faz com que esse tipo de alimento fornece uma fonte significativa de hidratação através da dieta, o que pode ser extremamente benéfico para esses animais que não alcançam os níveis de hidratação através da ingestão de água. Além disso, a água também pode ser obtida como um subproduto de reações metabólicas no organismo, como a partir da oxidação de carboidratos na respiração celular, na oxidação de lipídios e também na oxidação de proteínas. Esse processo de obtenção de água metabólica torna-se extremamente importante em situações em que a ingestão externa de água é extremamente limitada. ÁGUA METABÓLICA Em situações de restrições hídricas a água metabólica pode atrasar a desidratação, contudo a sua produção não é o suficiente para substituir a ingestão hídrica. Quando o organismo começa a enfrentar uma escassez de água, ele inicialmente começa a utilizar a água do sangue e dos tecidos e passa a tentar conservar água em seu interior através da diminuição da produção de urina e de suor. A medida que a desidratação progride, o corpo começa a oxidar as reservas de gordura para produção de água metabólica, uma vez que elas fornecem mais água por grama oxidada do que os carboidratos e proteínas. Contudo, se a desidratação continuar sem a reposição hídrica adequada, o corpo vai começar a degradar proteínas musculares para a obtenção de energia e água. No entanto, a degradação de proteínas também libera resíduos nitrogenados como amônia e ureia que requerem água para sua excreção renal, levando os rins a um esforço exacerbado para lidar com essas toxinas. De forma geral, a desidratação e os seus mecanismos compensatórios levam a uma série de consequências graves como:
que sai da célula cria uma diferença elétrica entre o interior e o exterior da célula, onde o interior da célula é mais eletronegativo que o exterior, resultando em um potencial de membrana em repouso negativo. Quando um sinal nervoso atinge a célula muscular, ele causa uma mudança temporária na permeabilidade da membrana celular, ativando os canais de sódio dependentes de voltagem e permitindo a entrada de sódio no interior da célula, reduzindo a diferença das cargas elétricas entre o interior da célula e o exterior, um processo chamado de despolarização. Essa despolarização inicia uma sequência de eventos que faz com que os filamentos das células musculares como a actina e a miosina deslizem umas sobre as outras, resultando na contração muscular. Para que o músculo relaxe, a célula precisa voltar ao seu estado de repouso, ou seja, repolarizar. Para que isso ocorra, canais de potássio dependentes de voltagem se abrem, permitindo a saída de potássio da célula para tentar equilibrar a carga elétrica. Contudo, os canais de potássio são mais lentos para se fechar, o que faz com que mais potássio saia da célula do que o necessário, fazendo com que o interior da célula torna-se mais eletronegativo do que o potencial de repouso, um processo chamado hiperpolarização. Após a hiperpolarização, os canais de potássio se fecham e impedem que mais potássio deixe a célula. A partir daí, a célula utiliza a bomba de sódio e potássio para restaurar os níveis normais de sódio e potássio e restabelece o potencial da membrana de repouso. Quando há um excesso de potássio no sangue, todo esse processo torna-se menos eficiente. Isso porque no líquido intersticial, a quantidade de potássio deveria ser baixa, para que a diferença de cargas entre o interior da célula e o exterior seja mantida. Com o excesso de potássio também no exterior da célula, a despolarização ocorre de forma parcial, o que consequentemente resulta em ineficiência na abertura dos canais de sódio e dificultando a propagação do potencial de ação, o que pode levar a arritmias cardíacas potencialmente perigosas MECANISMO DE REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HÍDRICO O sistema renina-angiotensina-aldosterona é um mecanismo hormonal para a regulação da pressão arterial, do volume sanguíneo e do equilíbrio eletrolítico principalmente dos níveis de sódio e de potássio. Nos rins existem células chamadas células justaglomerulares que são capazes de detectar diminuição no fluxo sanguíneo ou na pressão arterial. Quando isso ocorre, essas células liberam uma enzima chamada renina na corrente sanguínea. Na corrente sanguínea, a renina vai atuar sobre uma proteína chamada angiotensinogênio , que foi produzida pelo fígado e está circulando no plasma sanguíneo. A renina vai converter o angiotensinogênio em angiotensina I , que é uma forma inativa da angiotensina. A angiotensina I precisa então ser convertida na sua forma ativa, chamada angiotensina II. Esse processo ocorre nos pulmões a partir da
ação de uma enzima conversora de angiotensina (ECA). EFEITOS DA ANGIOTENSINA II NO ORGANISMO A angiotensina II promove efeitos múltiplos no organismo. Ela é um potente vasoconstritor, provocando o estreitamento dos vasos sanguíneos visando aumentar a pressão sanguínea exercida pelo sangue no vaso seja suficiente, e consequentemente aumentar a pressão arterial. Atenção: ela causa vasoconstrição também das arteríolas eferentes glomerulares, ou seja, as arteríolas que saem dos glomérulos. Isso faz com que a pressão dentro dos glomérulos aumente, mantendo a taxa de filtração glomerular mesmo quando o fluxo sanguíneo renal está reduzido, um processo vital para garantir que os rins continuem realizando a filtração do sangue mesmo em situações de hipovolemia e de hipotensão. Ela atua sobre as glândulas supra renais estimulando a liberação de aldosterona , um hormônio que atua diretamente nos túbulos renais promovendo a reabsorção de sódio. Essa reabsorção de sódio faz com que também ocorra a reabsorção de água, ajudando a aumentar o volume sanguíneo. Além disso, a aldosterona também aumenta a excreção de potássio para que ele não se acumule no organismo. A aldosterona também estimula a liberação de vasopressina pela hipófise. A vasopressina também vai atuar nos túbulos coletores aumentando a reabsorção de água e auxiliando a conservar água e evitar que ela seja perdida na urina. Ela também atua no hipotálamo, mais precisamente no centro da sede, estimulando o animal a sentir sede e incentivando a ingestão de água para tentar compensar a perda de fluidos do organismo. A aldosterona estimula a atividade do sistema nervoso simpático, estimulando a liberação de catecolaminas que contribui para o processo de vasoconstrição, aumenta a pressão cardíaca e também a contratilidade do coração. CATECOLAMINAS As catecolaminas são um grupo de hormônios e neurotransmissores que incluem a adrenalina (epinefrina), a noradrenalina (norepinefrina) e a dopamina. Elas são produzidas principalmente pelas glândulas suprarrenais e pelo sistema nervoso e desempenham um papel fundamental na resposta ao estresse, regulando funções corporais como a frequência cardíaca, a pressão arterial e também o fluxo sanguíneo.
02. Excreção de líquidos A excreção de líquidos do organismo é um processo vital para o equilíbrio hídrico e eletrolítico. Existem várias formas para o corpo excretar o excesso de líquido do corpo, como: a. Urina A urina é a principal forma de excreção de líquido do organismo. O volume de urina produzido é controlado através de um
As raças braquicefálicas possuem um crânio encurtado, o que resulta em narinas estreitas, palato mole mais alongado e traqueia relativamente menor. Essas características dificultam a passagem eficiente do ar, dificultando o processo de resfriamento do corpo e aumentando os riscos de hipertermia. CÃES E GATOS: Outro mecanismo de dissipação de calor de cães e gatos é a dilatação vasodilatadora nos vasos periféricos, ou seja, aqueles mais próximos da superfície da pele. Quando esses animais estão com calor, o corpo envia sinais para os vasos sanguíneos periféricos que estimulam a sua vasodilatação, ou seja, que aumentem o seu diâmetro. Isso aumenta o fluxo sanguíneo para a superfície da pele, onde o calor pode ser mais facilmente liberado para o ambiente. Esse processo é mais eficiente em áreas onde a pele é mais fina ou menos coberta por pelos, uma vez que essas condições diminuem possíveis barreiras para a transferência de calor do sangue para o ambiente. Dessa forma, as orelhas e a barriguinha costumam ser os locais mais frequentemente utilizados para essa troca de calor. Além disso, a pelagem desses animais atuam como um isolante térmico e eles também são capazes de ajustar o ângulo dos seus pêlos, processo chamado de piloereção , para aumentar ou diminuir a camada de ar que é capaz de entrar do ambiente para a pele. GATOS: Os gatos utilizam a saliva para ajudar no processo de termorregulação. Ao se lambarem, a saliva é distribuída pelo pelo e pela pele, e quando essa saliva evapora ela provoca uma perda de calor, ajudando a baixar a temperatura corporal. Dessa forma, em climas muito quentes, o gato pode aumentar sua frequência de lambedura para dissipar calor. COMPARATIVO COM OS CÃES: Gatos são animais originalmente do deserto e, dessa forma, eles evoluíram para otimizar o uso da evaporação da saliva como um mecanismo de resfriamento. Esses animais se lambem frequentemente, cobrindo grande parte do seu corpo com saliva, e a sua pelagem tipicamente mais fina e densa faz com que a saliva seja capaz de penetrar a camada de pelos e chegar até a pele, auxiliando o processo de resfriamento. Além disso, eles são animais com corpos menores e mais compactos, facilitando o processo de lambedura por toda sua extensão. Já os cães, por sua vez, são menos adaptados a essa rotina de lambedura uma vez que são originários de ambientes mais variados e não tão secos, de forma que sua lambedura tende a ser mais localizada e portanto menos eficaz para a dissipação do calor. Além disso, a sua pelagem, embora seja muito variada, costuma ser mais longa e grossa do que a dos gatos, dificultando a passagem da saliva até a camada de pele e consequentemente dificultando também o resfriamento. O seu tamanho, geralmente, costuma ser maior e mais robusto do que os gatos, dificultando o processo de lambedura por toda a extensão. c. Fezes Durante a digestão, o corpo dos animais produz calor como um subproduto do
metabolismo, e essa produção de calor é chamada de calor termogênese alimentar. Como o intestino é altamente vascularizado, ele permite a troca de calor entre o sangue e o conteúdo intestinal e a medida em que o alimento é digerido e os nutrientes são absorvidos formando calor, esse calor é capaz de migrar dos vasos sanguíneos para o conteúdo intestinal. E esse calor é, em parte, eliminado quando as fezes são excretadas e, embora o efeito seja pequeno, essa produção e essa eliminação contribuem para a regulação da temperatura corporal. Em situações de hipertermia, no entanto, os animais dependem muito mais dos seus outros métodos de dissipação de calor, e essa eliminação de calor pelas fezes é mais um efeito colateral da digestão do que um mecanismo ativo de termorregulação de fato. d. Lágrimas e secreções nasais Tanto as lágrimas quanto as secreções nasais sofrem o processo de evaporação, de forma que são capazes de retirar calor da superfície e ajudar a resfriar a região em questão. Contudo, ambas são processos secundários e têm um menor impacto na termorregulação, contribuindo minimamente para a dissipação de calor. DESEQUILIBRIO HÍDRICO O desequilíbrio hídrico ocorre quando há uma desproporção entre a quantidade de água ingerida e a quantidade de água eliminada pelo organismo. Pode ocorrer tanto uma diminuição do volume hídrico, processo chamado de desidratação, quanto um aumento do volume hídrico, processo chamado de intoxicação pela água. DESIDRATAÇÃO A desidratação ocorre quando a eliminação de água é maior que a sua ingestão. Ela pode ser causada por inúmeras razões como: a. Ingestão insuficiente A ingestão insuficiente, sobretudo quando o clima está com altas temperaturas ou durante exercícios físicos podem levar a um quadro de desidratação. b. Perda de fluidos A perda de fluidos, seja através de vômitos, diarréias, poliúrias (aumento do volume de urina), polaciúrias (aumento da frequência urinária) também podem ocasionar desidratação. c. Processos patológicos Algumas condições patológicas importantes também podem ocasionar um quadro de hidratação como: EFUSÕES: As efusões, ou seja, o acúmulo anormal de fluido corporal em cavidades corporais também podem ocasionar a diminuição do volume de água e eletrólitos disponíveis. Isso porque quando há uma efusão, uma quantidade significante de líquido que deveria estar compondo o plasma sanguíneo migra para fora do vaso na cavidade afetada. Como consequência, a quantidade desse líquido disponível no plasma diminui e consequentemente
A análise do resultado do teste de turgor é feita com base no tempo em que essa pele demora para retornar ao seu lugar. Em animais bem hidratados a pele está com seus níveis de elasticidade intactos, e por isso a pele deve voltar à posição normal quase que instantaneamente. Já animais com desidratação leve a moderada, a pele pode demorar um pouco mais para voltar ao lugar devido ao nível de elasticidade da pele estar reduzida por causa da menor quantidade de água nos tecidos subcutâneos. Já animais com desidratação severa, a pele pode demorar vários segundos para voltar e até não voltar completamente. Nesses casos, o animal precisa de intervenção médica imediata. Atenção: Devemos ter cuidado com o teste de turgor de pele em algumas situações como: ● A Idade do animal Em filhotes e animais mais jovens a pele tende a ser naturalmente mais elástica devido às altas quantidades de colágeno e elastina presentes no tecido subcutâneo. Desta forma, um atraso na resposta do turgor de pele desses animais geralmente indica uma desidratação significativa. Já em animais mais velhos, a queda na produção de colágeno e elastina resulta em uma pele naturalmente menos elástica mesmo que esse animal esteja bem hidratado. Dessa forma, um teste de turgor que leva alguns segundos a mais para normalizar em animais idosos pode não ser necessariamente um sinal de desidratação ● Escore corporal Em animais muito magros, com escore corporal de 1, há uma quantidade mínima de gordura subcutânea, fazendo com que a pele fique mais próxima dos ossos e músculos, consequentemente ela fica mais esticada sobre as estruturas ósseas, tendo um aspecto mais fino e elástico. Dessa forma, a falta de gordura pode dificultar o processo de pinçamento, para a realização do exame, resultando no levantamento de uma uma área menor para retornar, e além disso, a pele também pode se mover livremente e não encontrar obstáculos para retornar devido a ausência da gordura subcutânea, fazendo com que a velocidade de retorno seja maior. Já animais obesos com escore corporal de 5, existe um acúmulo significativo de gordura sob a pele. Essa camada de gordura subcutânea reduz a elasticidade natural da pele pois ela impede que a pele se mova livremente sobre os músculos e outros tecidos adjacentes, tornando-a mais rígida e menos responsiva ao estiramento, o que pode resultar em um tempo de retorno da pele mais demorado. Nesses animais que se encontram nos limites do escore corporal, devemos escolher os locais para a realização do teste de turgor com mais atenção e complementá-lo com outros testes para avaliação de desidratação. ● Racas especificas Algumas raças como os Shar Peis e os Basset Hounds têm a pele naturalmente mais solta e enrugada, o que pode dificultar a interpretação precisa do turgor de pele. Nesses casos também é importante cautela para avaliação do resultado dos exames
b. Umidade das mucosas Devemos avaliar as mucosas dos animais para verificar seu grau de umidade. As mucosas devem estar sempre úmidas e é de extrema importância a avaliação de todas as mucosas (mucosa oral e a língua, mucosa nasal, ocular, vulvar e prepúcio) durante o exame físico. Durante a desidratação, a última mucosa a perder a umidade é a mucosa oral devido a presença de saliva ANÁLISE DO PLASMA SANGUÍNEO O volume do plasma sanguíneo pode ser feita de duas maneiras: a. Tempo de preenchimento capilar (TPC) O tempo de preenchimento capilar é um exame utilizado para avaliar a perfusão periférica e, indiretamente, o estado de hidratação e a saúde cardiovascular dos animais. O local mais comum para realização do teste de TPC é a gengiva e para realizá-lo devemos pressioná-la suavemente com os dedos para criar uma área pálida devido a interrupção do fluxo sanguíneo, e então retirar os dedos e observarmos quanto tempo leva para que a circulação dessa área retorne e a coloração rosada volte. Em animais saudáveis e bem hidratados, o tempo para que a circulação e a coloração retorne é de 1 a 2 segundos. Um TPC superior a 2 segundos sugere que o sangue está demorando mais do que o normal para voltar a área devido a uma baixa pressão arterial ou uma baixa perfusão periférica, o que pode indicar problemas com a perfusão periférica e pode ser sinal de desidratação, choque hipovolêmico ou outros problemas circulatórios b. Avaliação da intensidade do pulso e da frequência cardíaca A desidratação reduz a quantidade de fluidos no corpo, incluindo o volume sanguíneo. Com um menor volume de sangue no sistema circulatório, o coração pode ter dificuldade em gerar uma pressão arterial suficiente para que o pulso seja forte e perceptível, assim, o pulso pode parecer fraco e diminuído. Além disso, a desidratação pode comprometer a capacidade do corpo de manter uma boa perfusão as células e aos tecidos, principalmente nas áreas periféricas como as extremidades, que são geralmente onde apalpamos para análise do pulso sanguíneo, o que também torna sua percepção mais difícil e fraca. Diante desse volume sanguíneo reduzido, um mecanismo compensatório do organismo pode ser aumentar a frequência cardíaca a fim de tentar manter a pressão arterial e a perfusão em níveis satisfatórios. Dessa forma, em animais desidratados, frequentemente vamos encontrar uma associação de pulso fraco com uma frequência elevada.
perfusão sanguínea adequada aos tecidos e órgãos. Contudo, quando há uma perda significativa no volume intravascular, há menos sangue para exercer pressão nas paredes da artéria, o que resulta na redução da pressão arterial, que é a força que o sangue exerce contra as paredes da artéria. A diminuição do volume intravascular e da pressão arterial faz com que o sangue não tenha a pressão necessária para realizar o retorno venoso, ou seja, para o sangue retornar ao coração após circular pelo corpo. Com menos sangue retornando ao coração, há menos volume disponível para ser bombeado e esse quadro piora a cada batimento, diminuindo o débito cardíaco, ou seja, o volume de sangue que o coração bombeia por minuto. Diante desse quadro, o organismo tenta acionar mecanismos compensatórios para aumentar a pressão arterial, o débito cardíaco e melhorar a perfusão sanguínea, como: a. Aumento da frequência cardíaca O sistema nervoso simpático é ativado frente a essa situação e libera catecolaminas como a norepinefrina e a adrenalina para aumentar a frequência cardíaca. O organismo aumenta a frequência cardíaca para tentar compensar a diminuição do volume de sangue ejetado pelo coração e tentar aumentar o débito cardíaco, visando garantir que os órgãos vitais recebam uma quantidade mínima de oxigênio e nutrientes para sobreviver. b. Vasoconstrição A vasoconstrição é o processo que os vasos sanguíneos se estreitam devido a contração das células musculares lisas nas suas paredes. A ativação do sistema nervoso simpático frente ao choque hipovolêmico resulta na liberação de catecolaminas como a norepinefrina e a adrenalina que se liga aos receptores adrenérgicos das células musculares lisas dos vasos sanguíneos e promovem sua contração. Esse estreitamento promovido pela contração das células lisas do vaso reduz a necessidade de volume sanguíneo, fazendo com que a pressão que o pouco sangue disponível exerce sobre a parede do vaso seja maior devido ao menor diâmetro, o aumentando a pressão arterial. Em situações de choque hipovolêmico, o corpo tenta preservar a função dos órgãos vitais, como cérebro, coração e pulmões, que são essenciais para a sobrevivência. Para que isso ocorra, o corpo promove a vasoconstrição nos vasos sanguíneos das áreas periféricas que são menos essenciais para a sobrevivência imediata, fazendo com que menos sangue flua para essas áreas. Isso resulta em extremidades frias ao toque e visivelmente pálidas ou até cianóticas De forma geral, a vasoconstrição é uma resposta rápida que ajuda a tentar estabilizar a pressão arterial e consequentemente a perfusão adequada dos órgãos em situações de hipotensão aguda ou de choque. Se a hipotensão persistir, mecanismos adicionais de compensação começam a entrar em ação, como a liberação de hormônios que promovem a retenção de fluidos e eletrólitos como a vasopressina e o sistema renina-angiotensina-aldosterona
para tentar aumentar o volume intravascular. ALTERAÇÕES EM EXAMES COMPLEMENTARES QUE COMPROVAM A DESIDRATAÇÃO Alguns exames nos auxiliam a comprovar o quadro de desidratação e a também excluir possíveis diagnósticos diferenciais como:
1. Hemograma No hemograma podemos avaliar diferentes parâmetros para isso a. Hematócrito O hematócrito, ou seja, a proporção de células vermelhas do sangue em relação ao volume total de sangue (plasma). Na desidratação, o hematócrito geralmente vai apresentar-se aumentado devido a maior concentração de células vermelhas frente a diminuição do plasma sanguíneo. b. Hemoglobina Assim como o hematócrito, a hemoglobina também pode aparecer elevada devido a maior concentração de células frente a diminuição da quantidade de plasma sanguíneo c. Proteína total A proteína, assim como o hematócrito e a hemoglobina, também vão apresentar-se elevadas devido ao aumento da sua concentração frente à diminuição da quantidade de plasma sanguíneo Atenção: pacientes com histórico de anemias ou hipoproteinemias que têm indícios de desidratação acentuada e apresentam níveis normais desses parâmetros no hemograma devem ser acompanhados com afinco pois seus níveis de desidratação podem estar normalizando os parâmetros dos seus exames. 2. Urinálise Assim como no hemograma, a urinálise também nos permite a avaliação de alguns parâmetros para verificar o nível de hidratação do animal a. Densidade urinária A densidade urinária é uma forma de medir a concentração das substâncias presentes na urina em relação à concentração de água nele presente. Quando as células os morreceptores do hipotálamo notam uma baixa osmolalidade sanguínea, elas estimulam a hipófise a liberar vasopressina na corrente sanguínea. A vasopressina viaja até os rins onde promove uma maior reabsorção de água pelos túbulos coletores a fim de reter líquido no organismo, e consequentemente a isso, a urina torna-se mais concentrada. Ao tornar-se mais concentrada, a densidade urinária aumenta uma vez que a quantidade de soluto apresenta-se em quantidades muito maiores do que a de água. b. Aspecto da urina Consequentemente ao aumento da densidade urinária, poderemos visualizar mudanças no aspecto da urina. A coloração da urina terá um aspecto mais escuro devido a essa alta concentração de solutos c. Volume urinário Como o organismo responde a desidratação com mecanismos para tentar conservar