

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Fichamento/Resumo: A Revolução Burguesa no Brasil (cap. V e VI)
Tipologia: Resumos
1 / 3
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Curso: Estudos Brasileiros Disciplina: Estudos de Sociedade e Cultura Profa. Dra. Cecília Turatti Aluno: EDSON LUIZ FOGO
1 - Introdução Florestan Fernandes considera que Revolução Burguesa denota um conjunto de transformações econômicas, tecnológicas, sociais, psicoculturais e políticas que só se realizam quando o desenvolvimento capitalista atinge o clímax de sua evolução industrial. Assim, também considera que o Brasil passou, com o desenvolvimento do capitalismo monopolista a partir dos fins do século XIX e começo do século XX, por uma Revolução Burguesa extremamente excludente para a maioria das massas. 2 – Conceitos Fundamentais As três fases do desenvolvimento capitalista na história moderna da sociedade brasileira podem ser descritas da seguinte maneira: 1) aparecimento de um mercado capitalista; 2) formação e expansão do capitalismo competitivo; 3) desenvolvimento do capitalismo monopolista. As classes dominantes dimensionaram o desenvolvimento capitalista que pretendiam, construindo um capitalismo dependente como realidade econômica. Foi um grande problema conciliar a expansão interna do capitalismo competitivo com as marcas do passado colonial ainda presentes no processo de descolonização e nos processos de acumulação capitalista recém-adotados na economia agrária. Para a oligarquia, a preservação e, ao mesmo tempo, a renovação das estruturas de poder herdadas do passado eram essenciais porque garantiam o desenvolvimento capitalista interno e sua hegemonia econômica, social e política. Assim, a burguesia se converteu em uma força social ultraconservadora que conseguiu as condições mais vantajosas possíveis para: estabelecer uma associação mais intensa com o capitalismo financeiro internacional; reprimir, pela violência ou pela intimidação, qualquer ameaça popular de subversão da ordem; transformar o Estado em instrumento exclusivo do poder burguês nos plano econômico, social e político. Entre o fim da I Guerra Mundial, a crise de 1929 e o intervencionismo econômico do Estado Novo, o capitalismo competitivo atingiu o apogeu que poderia alcançar, mas condições estruturais de desenvolvimento capitalista introduziram inibições que reduziam suas potencialidades que, mesmo assim, eram bastante fortes para: provocar a emergência e sustentar a expansão gradual de
formas de produção capitalista; criar tendências constantes ou crescentes à industrialização; intensificar e acelerar as tendências à integração nacional do mercado interno; diluir e absorver barreiras que se interpunham entre as formas predominantes na produção agrária e na produção industrial. Por fim, desencadeia-se uma forma de intervencionismo econômico estatal, que se caracteriza pelo reforço do desenvolvimento capitalista mediante instalação de empresas públicas (Petrobrás e CSN são as duas realizações de maior vulto e significação no período considerado). No conjunto, as partes vitais da economia competitiva constituíam verdadeiros nichos das economias capitalistas dos países centrais, que conseguiram uma grande vantagem estratégica que seria de grande valor para os interesses externos envolvidos, que podiam praticamente decidir por conta própria como fazer a transição para uma economia capitalista monopolista. Dessa forma, a economia capitalista competitiva da periferia ficou condenada a dar saltos através de impulsos que viram das economias capitalistas dos países centrais. Assim, o surgimento do capitalismo monopolista nas economias capitalistas periféricas não possui o mesmo significado e as mesmas implicações econômicas que teve na evolução das economias capitalistas centrais porque, entre outros motivos, antes de passar por semelhante transição, experimentaram: amplos e duráveis processos de acumulação de capital; de inovação tecnológica; de expansão de um mercado de consumo em massa; de modernização institucional; e de elevação dos padrões de vida. Com o êxito da revolução industrial, a persistência do padrão de desenvolvimento capitalista na sociedade brasileira constitui uma função da vitalidade do capitalismo no resto do mundo ocidental: a internacionalização da economia capitalista-monopolista aparece como a barreira histórica que impede a desintegração da dominação burguesa na periferia. 3 – Considerações Finais Em nenhuma das três fases do desenvolvimento capitalista (aparecimento de mercado capitalista; capitalismo competitivo; e capitalismo monopolista) aconteceu: a ruptura com dependência externa; a desagregação completa do antigo regime e de suas formas pré-capitalistas de produção, troca e circulação; a superação do subdesenvolvimento, devido à dominação imperialista da economia interna e extrema concentração social e regional resultante da riqueza. O desenvolvimento do capitalismo monopolista realizou uma verdadeira revolução industrial no Brasil onde, no entanto, as parcelas das massas beneficiadas (já não são tão numerosas) são reduzidas ainda mais com a introdução de técnicas que envolvem o uso intensivo do capital, racionalização do trabalho, automação e informática.