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Este documento fornece uma visão geral abrangente sobre os flavonoides, uma classe importante de compostos fenólicos encontrados em plantas. Ele aborda a estrutura química, classificação, propriedades e aplicações desses compostos. Os flavonoides são substâncias fenólicas ou polifenólicas que apresentam relativa abundância entre os metabólitos secundários de vegetais. Eles possuem uma ampla gama de atividades biológicas, incluindo ação antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana e efeitos na permeabilidade capilar. O documento também discute a importância dos flavonoides como marcadores taxonômicos e seu interesse econômico, como pigmentos, atividade hormonal e aplicações terapêuticas. Além disso, são apresentados exemplos de plantas ricas em flavonoides, como o ginkgo biloba e espécies de passiflora. Este conteúdo é relevante para estudantes e profissionais nas áreas de farmacognosia, fitoquímica, bioquímica vegetal e ciências farmacêuticas.
Tipologia: Esquemas
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Os flavonóides apresentam relativa abundância entre os metabólitos secundários de vegetais. Seu núcleo está relacionado com a sua origem, sendo sintetizado pela junção da via do ácido chiquímico e de acetil coA. Grande parte deles ocorre na forma de um heterosídeo, onde a molécula de açúcar está ligada a um O (O-heterosídeo) ou ao C (C-heterosídeo). Eles também podem estar na forma de aglicona, que é a forma livre.
O núcleo fundamental dos flavonóides geralmente possui 15 átomos de carbono e é um composto tricíclico. Existem diferentes classes de flavonóides, como as flavonas, flavonóis, flavanonas, dihidroflavonóis, chalconas, isoflavonas e auronas, que se diferenciam pela presença ou ausência de insaturações e grupos funcionais no anel C.
A maioria das flavonas e flavonóis são heterosídeos ligados a grupos hidroxila (OH). A remoção do açúcar pode ser feita por hidrólise ácida. Quando na forma livre, as flavonas são chamadas de agluconas, e quando ligadas a um açúcar, são chamadas de heterosídeos. Alguns exemplos representativos são a apigenina e a luteolina (flavonas), e a quercetina, canferol e miricetina (flavonóis).
Nesta classe, a ligação entre o açúcar e o flavonóide ocorre entre o C1 do açúcar e o C6 ou C8 do anel A. Uma característica química importante é a maior resistência à hidrólise ácida.
Os antocianos são pigmentos hidrossolúveis, com coloração que varia do laranja ao azul, presentes em pétalas de flores e frutos. Eles atraem polinizadores e são instáveis em luz e pH extremos. Na forma livre, são chamados de antocianidinas, e quando ligados a açúcares, são chamados de antocianosídeos. Uma característica importante é a alteração de cor de acordo com o pH do meio.
As chalconas não possuem o anel C, sendo numeradas de forma diferente. Elas passam de amarelo para vermelho quando o meio é alcalinizado. As auronas apresentam um anel com 5 carbonos, diferente dos demais flavonóides, e possuem coloração semelhante ao ouro, podendo ser heterosídeos.
Essa classe inclui as flavanonas (dihidroflavonas), dihidroflavonóis e dihidrochalconas, que possuem ligação simples entre os carbonos 2 e 3 do anel C. Eles apresentam gosto de amargo a doce.
As isoflavonas são muito utilizadas para o tratamento de sintomas da menopausa, pois possuem ação estrogênica. Elas são encontradas em leguminosas, como as sementes de soja.
Os biflavonóides são dímeros de flavonas e flavanonas, com substituintes nas posições C5, C7 e C4'. As proantocianidinas são encontradas normalmente na forma de oligômeros e são chamadas de taninos condensados.
A extração dos flavonóides envolve o uso de solventes com polaridade crescente, iniciando com solventes apolares, seguido de solventes de polaridade intermediária e, por fim, solventes polares. A identificação pode ser feita por comparação com padrões de estrutura química conhecida, cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e espectrometria (RMN ou de massas).
Os flavonóides desempenham diversas funções, como proteção contra radiação UV e visível, atração de polinizadores, ação antioxidante, inibição de enzimas, entre outras. Eles também são considerados marcadores taxonômicos devido à sua abundância, especificidade em espécies e facilidade de identificação. Possuem ainda interesse econômico, sendo utilizados como pigmentos, na atividade hormonal, antioxidante, antitumoral, antiviral e anti-inflamatória.
Ginkgo biloba: utiliza as folhas, sendo rico em terpenos, sesquiterpenos, triterpenos e flavonóides, com ação antioxidante e antiagregante plaquetária.