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FISIOTERAPIA EM PACIENTE AMPUTADO DE MEMBRO INFERIOR PRÉ E PÓS – PROTETIZAÇÃO, Teses (TCC) de Medicina Física e Reabilitação

A fisioterapia é muito utilizada no tratamento de paciente amputado, pois conta com recursos os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas mais indesejáveis e na evolução do paciente. O objetivo deste estudo foi tornar o paciente com amputação unilateral de membro inferior a nível transtibial, apto à deambulação e independência funcional com a utilização de prótese.

Tipologia: Teses (TCC)

2019

Compartilhado em 11/09/2019

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FISIOTERAPIA EM PACIENTE AMPUTADO DE MEMBRO
INFERIOR PRÉ E PÓS – PROTETIZAÇÃO
LARISSA BARRETO
1
,
NATÁLIA DOS ANJOS MENEZES
1
,
Profa. Dra. DEISE ELISABETE DE SOUZA
2
.
1- Acadêmica do Curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de
Três Lagoas – AEMS;
2- Fisioterapeuta graduada pela UNIOESTE, Mestre pela UERJ,
Doutora pela UERJ e Docente do Curso de Fisioterapia das
Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS.
RESUMO
A fisioterapia é muito utilizada no tratamento de paciente amputado, pois
conta com recursos os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas
mais indesejáveis e na evolução do paciente. O objetivo deste estudo foi
tornar o paciente com amputação unilateral de membro inferior a nível
transtibial, apto à deambulação e independência funcional com a utilização
de prótese. Este trabalho foi realizado através de um estudo de caso com
paciente do sexo masculino, vitima de acidente motociclístico, através da
aplicação de recursos da eletro e cinesioterapia, dividido em duas fases:
pré e pós-protetização. Os resultados revelaram a abolição da sensação e
dor fantasma e aumento da amplitude de movimento (ADM) de joelho do
membro amputado, e aumento da ADM do membro remanescente.
Sugere-se através dos resultados obtidos neste trabalho que a reabilitação
fisioterapêutica, seja de suma importância para que o paciente amputado
tenha a possibilidade de retornar às suas atividades de vida diária com o
uso da prótese e com maior independência funcional.
Palavras-chaves: Amputação; Fisioterapia; Prótese.
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FISIOTERAPIA EM PACIENTE AMPUTADO DE MEMBRO

INFERIOR PRÉ E PÓS – PROTETIZAÇÃO

LARISSA BARRETO^1 ,

NATÁLIA DOS ANJOS MENEZES^1 ,

Profa. Dra. DEISE ELISABETE DE SOUZA^2.

1- Acadêmica do Curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS; 2- Fisioterapeuta graduada pela UNIOESTE, Mestre pela UERJ, Doutora pela UERJ e Docente do Curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS.

RESUMO

A fisioterapia é muito utilizada no tratamento de paciente amputado, pois conta com recursos os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas mais indesejáveis e na evolução do paciente. O objetivo deste estudo foi tornar o paciente com amputação unilateral de membro inferior a nível transtibial, apto à deambulação e independência funcional com a utilização de prótese. Este trabalho foi realizado através de um estudo de caso com paciente do sexo masculino, vitima de acidente motociclístico, através da aplicação de recursos da eletro e cinesioterapia, dividido em duas fases: pré e pós-protetização. Os resultados revelaram a abolição da sensação e dor fantasma e aumento da amplitude de movimento (ADM) de joelho do membro amputado, e aumento da ADM do membro remanescente. Sugere-se através dos resultados obtidos neste trabalho que a reabilitação fisioterapêutica, seja de suma importância para que o paciente amputado tenha a possibilidade de retornar às suas atividades de vida diária com o uso da prótese e com maior independência funcional.

Palavras-chaves: Amputação; Fisioterapia; Prótese.

INTRODUÇÃO

Amputação é a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro, sendo considerada um processo reconstrutivo de uma extremidade sem função ou com função limitada e sua incidência geral se eleva devido principalmente ao aumento da média de vida e aos acidentes de trânsito e de trabalho (CARVALHO, 2003; GABRIEL, 2001). A fisioterapia é muito importante para o paciente amputado, pois conta com recursos da eletroterapia e cinesioterapia os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas mais indesejáveis e na evolução do paciente amputado, lhe garantindo independência funcional e sua reinserção à sociedade (CARVALHO, 2003). O fisioterapeuta possui a função de acompanhar o paciente em todas as fases deste procedimento, tanto na pré e pós-cirurgia quanto nas fases pré e pós protetização (MAY, 2004; PASTRE et al. , 2005). May (2004) ainda afirma que o fisioterapeuta pode ser o único profissional da área que possui os conhecimentos necessários para a reabilitação protética. Os membros inferiores, frequentemente, possuem maiores chances de serem submetidos a tal procedimento em comparação aos membros superiores (MAY, 2004; CARNESALE, 2006). As causas estão entre as mais variadas, pode-se destacar as infecções, tumores ou traumas. As amputações de membros inferiores foram realizadas em maior proporção no decorrer dos últimos anos devido ao aumento dos acidentes de trânsito em todo o mundo (PINTO, 2001; CARVALHO, 2003; CACHOEIRA; FERÃO, s.d.). As fraturas expostas, mais frequentemente ocasionadas após um acidente de trânsito envolvendo motocicletas, estão entre as principais causas de infecções como a osteomielite, levando à limitação funcional de

DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO

METODOLOGIA

O presente trabalho foi realizado através de um estudo de caso em paciente do sexo masculino, 49 anos, solteiro, com amputação unilateral de membro inferior a nível transtibial decorrente de um acidente de trânsito motociclístico que lhe causou uma fratura exposta do osso medial da perna (tíbia), do membro inferior direito o que resultou em uma osteomielite. Devido às recorrentes infecções e dores na perna foi realizada a cirurgia de amputação. O paciente foi avaliado e submetido ao protocolo de tratamento fisioterapêutico na Clínica Escola de Atendimento em Fisioterapia das Faculdades Integradas de Três Lagoas - CEAF, e o paciente foi informado a respeito do estudo onde o mesmo assinou um termo de consentimento livre e esclarecido em que constavam informações referentes ao trabalho do qual faria parte. Como procedimento inicial, foi aplicada uma ficha de avaliação baseada na autora May (2004), porém com modificações próprias, a fim de conter todos os dados necessários para a realização do protocolo de tratamento fisioterapêutico. As sessões de fisioterapia em que o paciente deste trabalho foi submetido foram realizadas três vezes por semana, de março a julho de

  1. E as avaliações foram realizadas no primeiro dia do paciente na clínica, após dez sessões de fisioterapia e após 40 sessões de fisioterapia. O tratamento fisioterapêutico foi dividido em duas fases: Pré e pós protetização. A fase pré-protetização foi iniciada após a primeira avaliação e a fase pós-protetização, deu-se início após a terceira avaliação, devido à espera da chegada da prótese.

O protocolo de tratamento, baseado em artigos, monografias e livros, o qual foi submetido ao paciente em questão, constou na primeira fase:

FASE PRÉ-PROTETIZAÇÃO

  • Enfaixamento em “8” do coto
  • Eletroterapia através de TENS no joelho do membro contralateral à amputação.
  • Dessensibilização do coto de amputação
  • Descarga de peso sobre o coto
  • Mobilização passiva e ativa de tornozelo, do membro contralateral à amputação;
  • Alongamento dos membros inferiores
  • Fortalecimento muscular
  • Exercícios de equilíbrio de tronco.

FASE PÓS-PROTETIZAÇÃO

  • Alongamento de membros inferiores
  • Fortalecimento de membros inferiores com caneleira e Theraband
  • Descarga de peso e treino de coordenação
  • Treino de propriocepção
  • Treino de resistência cardiorrespiratória
  • Treino de marcha - com flexão de quadril e joelho, três voltas nas barras paralelas, tomando o devido cuidado com a base muito alargada e pés virados para fora.

Gráfico 1: Graus de amplitude de movimento de inversão e eversão do tornozelo esquerdo (contralateral à amputação) na primeira, segunda e terceira avaliação. Fonte: Dados das autoras, 2012.

Gráfico 2: Graus de amplitude de movimento de flexão e extensão do joelho do membro inferior direito (amputado) na primeira e na terceira avaliação. Fonte: Dados das autoras, 2012.

DISCUSSÃO

Durante o tratamento fisioterapêutico, pode-se observar notável normalização da sensação fantasma referida pelo paciente na região distal do membro amputado em razão do procedimento utilizado de dessensibilização do coto com o uso de materiais de diversas texturas, tais como: algodão, esponja, escova de dente e escovinha de cerdas mais espessas; e a realização de descargas de peso sobre o membro residual no tablado, no decorrer do tratamento. Brito et al. apud Araujo; Andrade e Torres (s.d.) acreditam que com tais procedimentos a dessensibilização ocorrerá na região do membro amputado de maneira satisfatória, principalmente com o uso de movimentos circulares e lentos com texturas finas inicialmente até as mais grossas. Friedmann apud Junior; Mello e Monnerat (2009) apóiam o procedimento escolhido quando afirmam que a técnica de descarga de peso sobre o membro residual, se enquadra na dessensibilização de coto. Quanto às dores fantasmas relatadas pelo paciente, foi observada uma diminuição gradativa desses fenômenos pela utilização do enfaixamento elástico no membro residual. Fato confirmado por Carvalho (2003), quando diz que o enfaixamento é um dos recursos utilizados para redução da dor fantasma, por estabelecer sustentação e firmeza exercidas ao coto. De acordo com Boccolini apud Junior; Mello e Monnerat (2009), as técnicas terapêuticas de dessensibilização de coto obtém a diminuição da hipersensibilidade local, aumentando a probabilidade de protetização do paciente. Fato este evidenciado neste estudo de caso. Em relação à amplitude de movimento (ADM), ocorreu um aumento de 5° graus em flexão e extensão na articulação de joelho direito após alongamentos diários da musculatura anterior e posterior. Segundo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APLEY, A. G. Ortopedia e Fraturas em Medicina e Reabilitação. 6. ed. São Paulo: Atheneu, 2002.

ARAÚJO, R. A.; ANDRADE, P. K. F. L.; TÔRRES, B. R.. Principais Recursos Fisioterapêuticos Utilizados em Amputados Transfemorais durante a Fase de Pré Protetização. Ano (s.d.). (Monografia). Disponível em:http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/ANAIS /Area6/6CCSDFTMT05.pdf - acessado em 02 de Julho de 2012.

CACHOEIRA, C. M.; FERÃO, M. I. B. Análise dos Recursos Fisioterapêuticos Utilizados nos Pacientes Amputados de Membros Inferiores na Clínica Escola de Fisioterapia da UNISUL. s. d. Disponível em:http://www.fisiotb.unisul.br/Tccs/02b/charles/artigocharlesmarconcacho eira.pdf - acessado em 10 de fevereiro de 2012.

CARNESALE, P. G. Amputações da Extremidade Inferior. In: CANALE, S. T. Cirurgia Ortopédica de Campbell. 10. ed. Vol. 1. São Paulo: Manole, 2006, pp. 575-586.

CARVALHO, J. A. Amputações de membros inferiores: Em busca da plena reabilitação. São Paulo: Manole, 2003.

EDELSTIN, J. E. Avaliação e Controle de Próteses. In: O’SULIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 5. ed. São Paulo: Manole, 2004, pp. 645-672.

GABRIEL, M. R. S., et al. Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.

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KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009.

MAY, B. J. Avaliação e Tratamento após amputação de membro inferior. In: O’SULIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J_. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento_. 5. ed. São Paulo: Manole, 2004, pp. 619-640.

PINTO, M. A. G. de, S. A Reabilitação do Paciente Amputado. In: LIANZA, S. Medicina de Reabilitação. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001, pp. 170-187.

PORTER, S. B. Fisioterapia em amputados. In: ______. Fisioterapia de Tidy. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, pp. 508-513.

PASTRE, C. M.; SALIONI, J. F.; OLIVEIRA, B. A. F. MICHELETTO, M.;

JUNIOR, J. N. Fisioterapia e Amputação Transtibial. Arq. Ciênc. Saúde 2005 abr./jun. 12(2): pp. 120-24. Disponível em: