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Fisiopatologia dos Transtornos de Humor: Uma Abordagem Completa, Notas de estudo de Farmacologia

A fisiopatologia dos transtornos de humor, incluindo depressão e transtorno bipolar, explorando as causas, sintomas, impacto na vida do indivíduo e as abordagens terapêuticas. O documento destaca a importância da neurobiologia na regulação do humor, os mecanismos de ação dos medicamentos antidepressivos e estabilizadores de humor, e as considerações importantes para o tratamento eficaz desses transtornos.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 19/02/2025

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Beatriz Moreira
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Fisiopatologia dos
transtornos de humor
FISIOPATOLOGIA DOS
TRANSTORNOS DE HUMOR
Os transtornos de humor, como o
transtorno depressivo maior (TDM) e o
transtorno bipolar (TB), são condições
complexas que envolvem múltiplos
fatores biológicos, psicológicos e
sociais. A compreensão da
fisiopatologia desses transtornos é
fundamental para o desenvolvimento
de intervenções terapêuticas eficazes.
A seguir, são apresentados os principais
tópicos relacionados à fisiopatologia dos
transtornos de humor.
1. TE ORI AS NEU ROBIO LÓGICAS
As teorias neurobiológicas têm sido
centrais na compreensão dos
transtornos de humor. Inicialmente, a
teoria monoaminérgica sugeria que a
depressão e a mania resultavam de
desequilíbrios nos neurotransmissores,
como serotonina, norepinefrina e
dopamina. Estudos recentes, no
entanto, indicam que a regulação do
humor envolve interações complexas
entre múltiplos sistemas de
neurotransmissão e circuitos neurais,
especialmente nas regiões límbicas e
pré-frontais do cérebro.
2. HI PÓT ESE S I NFL AMA RIA S E NE UROTRÓFICAS
A integração das hipóteses inflamatória
e neurotrófica na fisiopatologia dos
transtornos de humor sugere que
processos inflamatórios e a
neuroplasticidade desempenham
papéis cruciais. A inflamação crônica foi
associada ao desenvolvimento de
sintomas depressivos, enquanto fatores
neurotróficos, como o fator neurotrófico
derivado do cérebro (BDNF), estão
implicados na neuroplasticidade e na
resposta ao estresse.
3. FA TOR ES GEN ÉTI COS E AM BIENT AIS
Os transtornos de humor têm uma forte
base genética, com múltiplos genes
interagindo com fatores ambientais,
como estressores psicológicos e
experiências adversas na infância. A
história familiar de transtornos de
humor e eventos de vida estressantes
são fatores de risco significativos para o
desenvolvimento desses transtornos.
4. AL TER AÇÕ ES EST RUTURAI S E FU NCION AIS NO
RE BR O
Estudos de neuroimagem e análises
pós-morte revelaram alterações
estruturais no cérebro de indivíduos
com transtornos de humor, incluindo a
redução de células gliais e neuronais
em áreas como o córtex pré-frontal e o
hipocampo. Essas alterações estão
associadas a déficits nas funções
cognitivas e emocionais.
5. EF EIT OS DO EST RESSE
O estresse crônico é um fator
desencadeante importante para os
transtornos de humor. A exposição a
estressores pode levar a alterações
Mecanismos do Lítio – Updates
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Fisiopatologia dos

transtornos de humor

FISIOPATOLOGIA DOS

TRANSTORNOS DE HUMOR

Os transtornos de humor, como o transtorno depressivo maior (TDM) e o transtorno bipolar (TB), são condições complexas que envolvem múltiplos fatores biológicos, psicológicos e sociais. A compreensão da fisiopatologia desses transtornos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas eficazes. A seguir, são apresentados os principais tópicos relacionados à fisiopatologia dos transtornos de humor.

  1. TEORIAS NEUROBIOLÓGICAS As teorias neurobiológicas têm sido centrais na compreensão dos transtornos de humor. Inicialmente, a teoria monoaminérgica sugeria que a depressão e a mania resultavam de desequilíbrios nos neurotransmissores, como serotonina, norepinefrina e dopamina. Estudos recentes, no entanto, indicam que a regulação do humor envolve interações complexas entre múltiplos sistemas de neurotransmissão e circuitos neurais, especialmente nas regiões límbicas e pré-frontais do cérebro.
  2. HIPÓTESES INFLAMATÓRIAS E NEUROTRÓFICAS A integração das hipóteses inflamatória e neurotrófica na fisiopatologia dos transtornos de humor sugere que processos inflamatórios e a neuroplasticidade desempenham papéis cruciais. A inflamação crônica foi associada ao desenvolvimento de sintomas depressivos, enquanto fatores neurotróficos, como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), estão implicados na neuroplasticidade e na resposta ao estresse.
    1. FATORES GENÉTICOS E AMBIENTAIS Os transtornos de humor têm uma forte base genética, com múltiplos genes interagindo com fatores ambientais, como estressores psicológicos e experiências adversas na infância. A história familiar de transtornos de humor e eventos de vida estressantes são fatores de risco significativos para o desenvolvimento desses transtornos.
    2. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS NO CÉREBRO Estudos de neuroimagem e análises pós-morte revelaram alterações estruturais no cérebro de indivíduos com transtornos de humor, incluindo a redução de células gliais e neuronais em áreas como o córtex pré-frontal e o hipocampo. Essas alterações estão associadas a déficits nas funções cognitivas e emocionais.
    3. EFEITOS DO ESTRESSE O estresse crônico é um fator desencadeante importante para os transtornos de humor. A exposição a estressores pode levar a alterações Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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neurobiológicas que afetam a regulação do humor, incluindo a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) e a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol. Esses processos podem, por sua vez, influenciar a neuroplasticidade e a função dos neurotransmissores. HUMOR O humor é um conceito multifacetado que se refere à disposição emocional de uma pessoa em relação a si mesma e ao mundo ao seu redor. Abaixo, exploramos suas definições e implicações.

  1. DEFINIÇÃO DE HUMOR O humor pode ser entendido de duas maneiras principais: Disposição e Ânimo: Refere-se ao estado emocional de uma pessoa em relação a uma situação específica ou em um determinado momento. Essa definição enfatiza como o humor pode ser influenciado por eventos externos e circunstâncias imediatas. Estado de Disposição Básica: Trata- se de uma condição emocional mais difusa e prolongada, que reflete a afetividade de um indivíduo de forma mais estável. Essa perspectiva sugere que o humor é uma característica duradoura que molda a forma como uma pessoa percebe e reage às experiências cotidianas.
    1. A INFLUÊNCIA DO HUMOR NAS EXPERIÊNCIAS O humor desempenha um papel crucial na maneira como encaramos as situações da vida. Em vez de sermos meramente reativos às circunstâncias externas, nosso estado de humor pode moldar a nossa interpretação e resposta a essas situações. Por exemplo: Humor Positivo: Quando estamos de bom humor, tendemos a ver as situações de forma mais otimista, o que pode levar a uma maior resiliência diante de desafios. Humor Negativo: Por outro lado, um estado de humor negativo pode distorcer nossa percepção, fazendo com que problemas pareçam maiores do que realmente são.
    2. HUMOR E SAÚDE MENTAL O humor não apenas afeta nossa percepção, mas também está intimamente ligado à nossa saúde mental. Transtornos de humor, como a depressão e o transtorno bipolar, demonstram como variações no humor podem impactar significativamente a qualidade de vida. A compreensão do humor como um estado emocional pode ajudar na identificação de padrões que indicam a necessidade de intervenção. TRANSTORNOS DE HUMOR Os transtornos de humor são condições psiquiátricas que envolvem alterações Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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As condições de depressão e mania/bipolaridade são fundamentais para a compreensão dos transtornos de humor. Abaixo, exploramos suas definições, características e impactos no funcionamento diário.

  1. DEPRESSÃO A depressão é um transtorno que se manifesta por uma tristeza intensa e persistente, que pode interferir significativamente na vida cotidiana. Características da Depressão: Tristeza Persistente: A pessoa experimenta um estado de tristeza que é suficientemente grave e duradouro, afetando sua capacidade de realizar atividades diárias. Perda de Interesse: Há uma diminuição notável no interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas, como hobbies, trabalho ou interações sociais. Variedade de Experiências: O termo "depressão" abrange uma gama de experiências emocionais, desde a infelicidade transitória, que pode ser uma reação a perdas normais da vida, até estados de desesperança patológica, que podem incluir características psicóticas. IMPACTO DA DEPRESSÃO: A depressão pode levar a dificuldades em diversas áreas da vida, incluindo relacionamentos, desempenho profissional e saúde física. É essencial que indivíduos que experimentam sintomas de depressão busquem ajuda profissional para avaliação e tratamento. DEPRESSÃO: IMPACTOS E CARACTERÍSTICAS A depressão é uma condição de saúde mental que não apenas afeta o bem- estar individual, mas também tem consequências significativas para a sociedade e a economia. A seguir, são destacados os principais aspectos relacionados à depressão, incluindo sua prevalência, impacto econômico e características clínicas.
  2. PREVALÊNCIA E INCAPACIDADE Causa de Incapacidade: A depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, sendo a segunda patologia que mais incapacita para o trabalho. Estima-se que 17% da população brasileira apresentará o transtorno ao longo da vida, refletindo sua alta prevalência. Subdiagnóstico: Apesar de ser o transtorno psiquiátrico mais comum, cerca de 30% a 60% dos casos não são identificados na atenção primária, o que impede o acesso ao tratamento adequado.
  3. IMPACTO ECONÔMICO Alto Custo: O tratamento incorreto da depressão, especialmente na primeira Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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manifestação da doença, pode aumentar as chances de novos episódios depressivos e diminuir a probabilidade de cura, resultando em custos econômicos elevados. A depressão contribui para a perda de produtividade e absenteísmo no trabalho, impactando negativamente a economia. Estimativas de Perdas: A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os transtornos mentais, incluindo a depressão, podem custar até 16 trilhões de dólares globalmente entre 2010 e 2030, devido à perda de produtividade e ao aumento dos custos de saúde.

  1. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA DEPRESSÃO MAIOR A depressão maior é caracterizada por sintomas que persistem por pelo menos duas semanas e incluem: Humor Deprimido: Sentimentos de tristeza profunda e desesperança. Perda de Interesse: Diminuição significativa do interesse ou prazer em quase todas as atividades. Alterações de Sono: Insônia ou hipersonia (sono excessivo). Sentimentos de Culpa: Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa. Fadiga: Fadiga ou falta de energia, mesmo após descanso. Dificuldades Cognitivas: Redução da capacidade de concentração e raciocínio. Alterações no Apetite: Mudanças significativas no apetite e/ou no peso. Agitação ou Retardo Psicmotor: Agitação ou retardo nas atividades motoras. Pensamentos Suicidas: Pensamentos recorrentes sobre morte ou suicídio. 2. MANIA/BIPOLARIDADE A mania é um estado emocional caracterizado por uma elevação extrema do humor, que pode incluir euforia, impaciência e irritabilidade. Muitas vezes, a mania é um componente do transtorno bipolar. CARACTERÍSTICAS DA MANIA: Euforia e Irritabilidade: Durante episódios maníacos, a pessoa pode se sentir extremamente feliz e cheia de energia, mas também pode apresentar irritabilidade e, em alguns casos, comportamentos agressivos. Transtornos Bipolares: A maioria das pessoas que experimentam episódios de mania é diagnosticada com transtornos bipolares, que envolvem ciclos de humor que alternam entre Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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noradrenalina e dopamina, inibindo a metabolização de monoaminas (IMAOs) e atuando sobre receptores monoaminérgicos PRINCIPAIS MONOAMINAS ENVOLVIDAS NA DEPRESSÃO As monoaminas são neurotransmissores fundamentais que desempenham um papel crucial na regulação do humor e estão intimamente relacionadas à fisiopatologia da depressão. As principais monoaminas envolvidas na depressão incluem a serotonina, a noradrenalina e a dopamina.

  1. SEROTONINA Funções: A serotonina é conhecida por regular o humor, a vigília, a resposta ao estresse, a função neuroendócrina, o controle da dor e a atividade no sistema nervoso simpático. Ela também influencia a atenção, os processos sensoriais, a pressão arterial e a função sexual. Impacto na Depressão: Níveis baixos de serotonina estão associados a sintomas depressivos. A deficiência desse neurotransmissor pode levar a alterações no apetite, sono e humor, contribuindo para a sensação de tristeza e desesperança. Tratamento: Muitos antidepressivos visam aumentar a disponibilidade de serotonina no cérebro, facilitando sua neurotransmissão e inibindo sua recaptação.
    1. NORADRENALINA Funções: A noradrenalina está envolvida na regulação do estado de alerta, humor e ansiedade. Ela é fundamental para a resposta "lutar ou fugir", aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial em situações de estresse. Impacto na Depressão : A disfunção do sistema noradrenérgico é frequentemente observada em estados depressivos, onde há uma redução na liberação de noradrenalina e uma diminuição da sensibilidade dos receptores adrenérgicos. Isso pode resultar em sintomas como fadiga, falta de motivação e diminuição do estado de alerta. Tratamento: Antidepressivos que aumentam a noradrenalina também são utilizados, especialmente aqueles que inibem a recaptação desse neurotransmissor.
    2. DOPAMINA Funções: A dopamina é crucial para a regulação do comportamento, motivação, recompensa, e também influencia o controle motor e a função cognitiva. Impacto na Depressão: A deficiência de dopamina pode estar associada a sintomas depressivos, como anedonia Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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(falta de prazer em atividades antes prazerosas) e dificuldades de concentração. Em contrapartida, um aumento na atividade dopaminérgica pode estar relacionado a episódios maníacos em transtornos bipolares. Tratamento: Medicamentos que aumentam os níveis de dopamina podem ser utilizados em casos de depressão, especialmente quando há sintomas de anedonia ou falta de motivação. HIPÓTESE MONOAMINÉRGICA CLÁSSICA DA DEPRESSÃO A hipótese monoaminérgica clássica da depressão propõe que a deficiência de neurotransmissores monoaminérgicos, especialmente a serotonina e a noradrenalina, está envolvida na fisiopatologia da depressão. Essa teoria surgiu na década de 1960 e continua sendo um dos modelos mais influentes para explicar a etiologia da doença. PRINCIPAIS PONTOS DA HIPÓTESE MONOAMINÉRGICA: Serotonina e Noradrenalina: A hipótese sugere que a diminuição dos níveis sinápticos desses neurotransmissores no cérebro contribui para o desenvolvimento de sintomas depressivos. Ação dos Antidepressivos: Observou-se que drogas que aumentam os níveis de serotonina e noradrenalina, como os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) e os antidepressivos tricíclicos, podem melhorar ou reverter a depressão. Estudos Básicos e Clínicos: Pesquisas em animais e em humanos buscaram confirmar a hipótese monoaminérgica, detectando alterações nos níveis desses neurotransmissores no sangue, urina e líquido cefalorraquidiano de pacientes deprimidos. No entanto, apesar de sua influência, a hipótese monoaminérgica clássica apresenta algumas limitações: Nem todos os pacientes respondem aos antidepressivos que aumentam os níveis de monoaminas. Algumas evidências sugerem que as alterações monoaminérgicas podem ser consequência, e não causa, da depressão. ****A HIPÓTESE NÃO EXPLICA COMPLETAMENTE A FISIOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO, QUE PROVAVELMENTE ENVOLVE MÚLTIPLOS SISTEMAS DE NEUROTRANSMISSÃO E ADAPTAÇÕES CELULARES E MOLECULARES COMPLEXAS**

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

DA

DEPRESSÃO

O tratamento farmacológico da depressão envolve o uso de Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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Duração do Tratamento: Recomenda-se que o tratamento com antidepressivos continue por pelo menos 6 meses após a remissão dos sintomas, podendo ser estendido até 1 ano ou mais, especialmente em casos de depressão crônica ou recorrente. Ajuste de Dosagem: É comum que os médicos ajustem a dosagem ou mudem de classe de antidepressivo se o paciente não responder adequadamente ao tratamento inicial. Efeitos Colaterais: Todos os antidepressivos têm potencial para causar efeitos colaterais, e a escolha do medicamento deve considerar a tolerabilidade e o perfil de efeitos adversos. Importância do Acompanhamento: É crucial que o tratamento seja supervisionado por um psiquiatra, que pode monitorar os efeitos do medicamento e ajustar o tratamento conforme necessário.

  1. ABORDAGENS COMPLEMENTARES Além do tratamento farmacológico, a terapia psicossocial, como a psicoterapia, e intervenções de estilo de vida, como exercícios físicos e mudanças na dieta, também são recomendadas como parte de um plano de tratamento abrangente para a depressão.

RECEPTORES DE SEROTONINA E

NORADRENALINA

Os receptores de serotonina e noradrenalina desempenham papéis cruciais na regulação do humor e na fisiopatologia da depressão. Abaixo estão os principais tipos de receptores, suas localizações e efeitos. RECEPTORES DE SEROTONINA

  1. 5HT1A Localização: Principalmente no núcleo da rafe. Efeito: Associado a efeitos antidepressivos. A ativação deste receptor pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o humor.
  2. 5HT Localização: Encontrado no núcleo da rafe, medula espinhal, área límbica e núcleo da base. Efeito: Envolvido na regulação do sono, função sexual, ansiedade e irritação. A ativação excessiva deste receptor pode contribuir para sintomas de ansiedade e irritabilidade.
  3. 5HT Localização: Presente no centro do vômito. Efeito: Associado ao controle do vômito e pode desempenhar um papel Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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na resposta ao tratamento farmacológico da depressão. RECEPTORES DE NORADRENALINA Os receptores de noradrenalina também são fundamentais no tratamento da depressão, embora não tenham sido detalhados na consulta. Eles são geralmente classificados em alfa e beta, com efeitos variados sobre a regulação do humor, estado de alerta e resposta ao estresse. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DEPRESSÃO O tratamento farmacológico da depressão envolve o uso de várias classes de antidepressivos, que atuam principalmente através da modulação da neurotransmissão de serotonina e noradrenalina. CLASSES DE ANTIDEPRESSIVOS Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Dopamina (NA/DO): Aumentam os níveis de noradrenalina e dopamina, melhorando o humor e a motivação. Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN): Aumentam a disponibilidade de serotonina e noradrenalina, sendo eficazes em diversos subtipos de depressão. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS): Focam na serotonina, frequentemente utilizados como primeira linha de tratamento devido à sua eficácia e perfil de efeitos colaterais relativamente favorável. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ATC): Aumentam os níveis de serotonina e noradrenalina, mas com mais efeitos colaterais, sendo menos utilizados atualmente. INIBIDORES DA MONOAMINAOXIDASE (IMAO): Inibem a enzima que degrada neurotransmissores, aumentando sua disponibilidade, mas com restrições alimentares significativas devido a interações. CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO Acompanhamento Rigoroso: Devido à latência dos sintomas (4-6 semanas), é crucial realizar um acompanhamento rigoroso nas primeiras semanas de tratamento para monitorar a eficácia e ajustar a medicação conforme necessário. Importância da Psicoterapia: Um tratamento farmacológico adequado não substitui a necessidade de acompanhamento psicológico. A combinação de terapia farmacológica e psicoterapia é frequentemente mais eficaz. Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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Tonturas, vertigens, cefaleia e hipotensão ortostática (observada em até 50% dos pacientes). Boca seca, inibição da ejaculação, constipação, retenção urinária, aumento do apetite e ganho de peso. TRATAMENTO PROLONGADO Ganho de peso, dores musculares, mioclonia, parestesia e disfunção sexual. EFEITOS ADVERSOS GRAVES Crises hipertensivas ou resposta pressora (elevação persistente da pressão arterial). Hipotensão persistente. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Os IMAOs podem interagir com vários medicamentos e alimentos, levando a efeitos adversos significativos: Reação do Queijo: A ingestão de alimentos ricos em tiramina (como queijos envelhecidos e certos vinhos) pode causar uma elevação súbita da pressão arterial, resultando em crises hipertensivas. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Potencialização dos Efeitos: Antidepressivos tricíclicos, precursoras de aminas biogênicas (como levodopa), anticolinérgicos, e aminas simpatomiméticas (efedrina, anfetaminas). Diminuição dos Efeitos: Depressores do SNC, como anestésicos, sedativos, anti-histamínicos e álcool. MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ATCS) Os antidepressivos tricíclicos (ATCs) exercem seu efeito terapêutico principalmente através da inibição da recaptação de serotonina (5-HT) e noradrenalina (NE) no terminal nervoso. Isso resulta em um aumento da disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica, potencializando sua ação. MECANISMO DETALHADO O ATC se liga aos transportadores de recaptação de 5-HT e NE no terminal nervoso, impedindo a recaptação desses neurotransmissores para dentro da célula. Com a recaptação bloqueada, a 5-HT e a NE ficam mais tempo disponíveis na fenda sináptica para se ligarem a seus receptores pós-sinápticos, aumentando a neurotransmissão. Além disso, os ATCs também bloqueiam outros receptores, como os muscarínicos, histamínicos e alfa- Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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adrenérgicos, contribuindo para seus efeitos adversos. Apesar do aumento imediato de neurotransmissores, a resposta terapêutica completa só é observada após 2-4 semanas de tratamento. Isso se deve a adaptações neurobiológicas, como a dessensibilização de autorreceptores inibitórios. SELETIVIDADE Existem ATCs mais seletivos para a inibição da recaptação de NE, como a desipramina e a nortriptilina, enquanto outros são menos seletivos, como a imipramina e a amitriptilina, que inibem tanto a recaptação de 5-HT quanto de NE. EFEITOS ADVERSOS Os ATCs têm uma baixa janela terapêutica e estão associados a diversos efeitos adversos, especialmente em idosos, devido ao bloqueio de receptores muscarínicos, histamínicos e alfa-adrenérgicos. Esses efeitos incluem: Anticolinérgicos: boca seca, constipação, visão turva, retenção urinária. Anti-histamínicos: sedação, ganho de peso. Alfa-bloqueadores: hipotensão postural. Além disso, os ATCs bloqueiam canais de sódio, aumentando o risco de arritmias cardíacas em superdosagem. EFEITOS ADVERSOS DOS ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ATCS) Os antidepressivos tricíclicos (ATCs) são conhecidos por causar uma variedade de efeitos adversos, especialmente quando não são seletivos. Esses efeitos são decorrentes do bloqueio de diversos receptores, incluindo os muscarínicos, histamínicos e alfa-adrenérgicos. BLOQUEIO DE RECEPTORES Receptores Muscarínicos: Boca seca, visão turva, constipação, retenção urinária, taquicardia. Receptores Histamínicos: Sedação, sonolência, ganho de peso. Receptores Alfa-Adrenérgicos: Hipotensão postural, tontura. Além disso, os ATCs também bloqueiam os canais de sódio, aumentando o risco de arritmias cardíacas em caso de superdosagem. EFEITOS ADVERSOS COMUNS Sedação e Sonolência: Devido ao bloqueio de receptores histamínicos e alfa-adrenérgicos. Boca Seca: Causada pelo bloqueio de receptores muscarínicos. Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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Inibição da Recaptação de Neurotransmissores: Os ATCs inibem a recaptação de serotonina (5-HT) e noradrenalina (NE) nos neurônios adrenérgicos e serotoninérgicos. Essa inibição é realizada por meio do bloqueio dos transportadores de recaptação, resultando em um aumento da concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica. EFEITOS SOBRE RECEPTORES: Além de inibir a recaptação, os ATCs também podem interagir com outros receptores, como os muscarínicos, histamínicos e alfa-adrenérgicos, o que contribui para seus efeitos terapêuticos e efeitos colaterais. AUMENTO DA NEUROTRANSMISSÃO: O aumento da serotonina e da noradrenalina na fenda sináptica é considerado a base da atividade antidepressiva dos ATCs, ajudando a melhorar o humor e a aliviar os sintomas depressivos. EXEMPLOS DE ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Nortriptilina (Pamelor®): Inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina, sendo menos sedativa que outros ATCs. Amitriptilina: Um dos ATCs mais utilizados, com forte ação sobre a recaptação de 5-HT e NE, além de propriedades sedativas. Protriptilina: Seletiva para noradrenalina, com menos efeitos sedativos. Imipramina: Um dos primeiros ATCs desenvolvidos, eficaz na depressão e enurese noturna. Desipramina: Um metabólito da imipramina, mais seletivo para noradrenalina. Clomipramina: Eficaz em transtornos obsessivo-compulsivos, com forte ação sobre a serotonina. Doxepina: Tem propriedades sedativas significativas, além de inibir a recaptação de 5-HT e NE. Amoxapina: Combina propriedades de ATC com atividade antipsicótica leve. Maprotilina: Seletiva para noradrenalina, com menos efeitos colaterais anticolinérgicos. Reboxetina: Um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina, com um perfil de efeitos colaterais diferente dos ATCs tradicionais. SUFIXOS COMUNS -triptilina: Utilizado em medicamentos como nortriptilina, protriptilina e amoxapina. Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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-ipramina: Utilizado em medicamentos como imipramina, desipramina e clomipramina. MECANISMO DE AÇÃO Os ATCs atuam inibindo a recaptação de 5-HT e NE, resultando em um aumento da concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica. Essa ação é benéfica para restaurar o equilíbrio neuroquímico em pacientes com depressão. USOS CLÍNICOS Os ATCs são utilizados para tratar: Depressão Maior: Eficazes em casos de depressão profunda ou crônica. Transtornos de Ansiedade: Como transtorno de pânico e fobias. Bulimia: A amitriptilina e a clomipramina são frequentemente prescritas. Enurese Noturna: Especialmente em crianças. Enxaqueca: A amitriptilina é usada na profilaxia. Dor Neuropática: Eficazes em condições de dor crônica. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DOS ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ATCS) Os antidepressivos tricíclicos (ATCs) podem interagir com diversos medicamentos, potencializando ou diminuindo seus efeitos. Algumas das principais interações incluem: Competição por Proteínas Plasmáticas Aspirina e/ou fenilbutazona: Competem com os ATCs por proteínas plasmáticas, potencializando o efeito farmacológico dos ATCs. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA HEPÁTICA Neurolépticos (como o haloperidol), esteroides e cimetidina: Inibem a metabolização hepática dos ATCs, levando a um aumento dos níveis plasmáticos e potencializando seus efeitos. INDUÇÃO ENZIMÁTICA HEPÁTICA Barbitúricos e outros sedativos: São indutores enzimáticos que aumentam o metabolismo hepático dos ATCs, diminuindo seus efeitos. Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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Início Precoce: Náuseas, cefaleias, ansiedade, agitação e distúrbios do sono. Início Tardio: Ganho de peso (particularmente com paroxetina), astenia, disfunção sexual e síndrome de abstinência. Síndrome Serotoninérgica: Uma condição potencialmente grave que pode ocorrer com a combinação de ISRS e outros medicamentos que aumentam a serotonina. REAÇÕES ADVERSAS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DOS ISRS Os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) são geralmente bem tolerados, mas podem causar alguns efeitos colaterais, especialmente no início do tratamento. Além disso, eles podem interagir com outros medicamentos metabolizados pelas mesmas enzimas hepáticas. REAÇÕES ADVERSAS Início Precoce: Náuseas, cefaleias, ansiedade, agitação e distúrbios do sono/insônia. Início Tardio: Ganho de peso (particularmente com paroxetina), astenia, disfunção sexual e síndrome de abstinência. Síndrome Serotoninérgica: Uma condição potencialmente grave que pode ocorrer com a combinação de ISRS e outros medicamentos que aumentam a serotonina. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Os ISRS podem potencializar a ação de outros fármacos metabolizados pelas mesmas isoenzimas do citocromo P450, incluindo: CYP1A2: CAFEÍNA, ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS, Β-BLOQUEADORES. CYP2C19: BARBITÚRICOS, FENITOÍNA E IMIPRAMINA. CYP3A3/4: BENZODIAZEPÍNICOS, CARBAMAZEPINA E MUITOS OUTROS ANTIDEPRESSIVOS. Portanto, deve-se evitar o uso concomitante de ISRS com medicamentos como clorpromazina, propranolol, propafenona e paracetamol. Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-

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Fisiopatologia dos

transtornos de humor

INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO

DE NOREPINEFRINA (IRN) -

REBOXETINA

A reboxetina é um exemplo de inibidor da recaptação de norepinefrina (IRN) que é utilizado no tratamento da depressão. Abaixo estão os principais aspectos relacionados ao seu mecanismo de ação, indicações, efeitos colaterais e interações medicamentosas. REBOXETINA: MECANISMO DE AÇÃO E USOS A reboxetina é um antidepressivo que atua como um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina (IRN). Abaixo estão os principais aspectos relacionados ao seu mecanismo de ação, indicações e considerações clínicas. MECANISMO DE AÇÃO Inibição da Recaptação de Noradrenalina: A reboxetina aumenta a disponibilidade de noradrenalina na fenda sináptica, inibindo sua recaptação nos neurônios. Isso resulta em uma maior transmissão noradrenérgica, o que pode melhorar o humor e a disposição do paciente. Seletividade: A reboxetina é considerada altamente seletiva para a noradrenalina, com pouca ou nenhuma atividade sobre a serotonina, o que a diferencia de muitos antidepressivos que atuam em ambos os neurotransmissores. INDICAÇÕES A reboxetina é indicada para: Tratamento Agudo da Depressão: Utilizada em episódios depressivos graves ou moderados. Manutenção da Melhora Clínica: Ajuda a manter a estabilidade em pacientes que responderam ao tratamento inicial. Possíveis Usos Off-Label: Há evidências de que a reboxetina pode ser eficaz em condições como bulimia nervosa, embora essa aplicação não seja tão comum na prática clínica. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS Dosagem: A reboxetina é frequentemente administrada em doses de 4 mg, podendo ser ajustada conforme a resposta do paciente. Efeitos Colaterais: Os efeitos adversos mais comuns incluem: Taquicardia Impotência Hesitação ou retenção urinária Insônia Sudorese excessiva Constipação intestinal Mecanismos do Lítio – Updates https://psychscenehub.com/psychinsights/lithium-mechanism-action-synopsis- visual-guide/ https://psychopharmacologyinstitute.com/publication/lithiums-mechanism-of-