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Fisiopatologia da ansiedade e farmacologia dos ansoliticos, Resumos de Farmacologia

Um resumo completo da fisiopatologia da ansiedade assim como da farmacologia dos ansiolíticos frisando os barbitúricos e os benzodiazepínicos.

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 11/08/2023

beatriz-oliveira-twi
beatriz-oliveira-twi 🇧🇷

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A
definição
fisiológica da
ansiedade
caracteriza-a
como um estágio
de
funcionamento
cerebral na qual
ocorre a
hiperatividade
do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, causando efeitos
indesejáveis como taquicardia, palidez, insônia, tremor,
aumento da frequência respiratória, tensão muscular,
tontura entre outros.
É uma elação de impotência, de conflito,
caracterizada por processos neurofisiológicos entre a
pessoa e o ambiente ameaçador, pode ser subdividida
em diferentes subtipos de transtornos como:
Transtorno de ansiedade social
Transtorno do pânico
Transtorno de ansiedade induzida por
substância
Agorafobia
Transtorno de ansiedade Generalizada (TAG)
A ansiedade apresenta etiologia mullifatorial
(genético, neurobiológico e ambientais). Os fatores
genéticos não há evidências de nenhum gene especifico
associado ao desenvolvimento da ansiedade, cujos
produtos regulam o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal
e a sinalização monoaminérgica.
nos fatores neurobiológicos, pode ser
caracterizado por três aspectos:
1. As alterações neuroanatomicas funcionais
nas regiões cerebrais conhecidas por
modularem emoções e medo,
Amígdala (condicionamento de resposta
ao medo);
Hipocampo (processamento de contexto);
Córtex pré frontal (modulação do medo e
suas respostas de extinção).
2. Neurotransmissores através do sistema
límbico
GABA (indução do relaxamento, sono e na
prevenção de hiper excitação);
Noroadrenalina (resposta de luta ou fulga,
sono e pressão arterial);
Serotonina (regula o humor,
impulsividade, sono, apetite e dor.
3. Eixo HPA, importante na resposta
neuroendócrina ao estresse.
O sistema límbico são um grupo de estruturas
envolvidas no processamento e na regulação das
emoções, na memória e no interesse sexual, essas
estruturas são: hipocampo (memória recente),
amígdala, giro de cíngulo (processamento da dor.
Emoções e autorregulação) e hipotálamo
(comportamento e atividades autonômicas).
Em última instância a ansiedade é causada pela
atividade alterada de neurotransmissores no sistema
nervoso central diminuindo a atividade da serotonina e
do GABA, com consequente diminuição da ligação do
mesmo ao sitio receptor, aumentando a atividade de
noroepinefrina, que modula mecanismos de ativação
autonômica como o aumento da frequência cardíaca e
respiratória. Levando a uma cascata fisiológica
resultando em sintomas de pânico (parestesia,
dormência e aperto no peito).
São os fármacos ansiolíticos mais usados, são
mais seguros e eficazes, substituindo assim os
barbitúricos e o meprobamato.
MECANISMO DE AÇÃO.
Os alvos farmacológicos destes medicamentos são
os receptores do GABAA, resultando em diferentes
efeitos farmacológicos a depender do tipo e do número
das subunidades e localização destes. Os benzos
modulam a atividade do GABA ligando a um local
especifico de alta afinidade, potencializando o mesmo
na abertura de canais de Cl- causando uma leve
hiperpolarização inibindo os potenciais de ação.
AÇÕES E USOS TERAPEUTICOS.
Não possuem atividade antipsicótica nem ação
analgésica e não afetam o sistema nervoso autônomo.
Fisiopatologia da ansiedade
Benzodiazepínicos
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A

definição fisiológica da ansiedade caracteriza-a como um estágio de funcionamento cerebral na qual ocorre a hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, causando efeitos indesejáveis como taquicardia, palidez, insônia, tremor, aumento da frequência respiratória, tensão muscular, tontura entre outros.

É uma elação de impotência, de conflito, caracterizada por processos neurofisiológicos entre a pessoa e o ambiente ameaçador, pode ser subdividida em diferentes subtipos de transtornos como:

 Transtorno de ansiedade social  Transtorno do pânico  Transtorno de ansiedade induzida por substância  Agorafobia  Transtorno de ansiedade Generalizada (TAG)

A ansiedade apresenta etiologia mullifatorial (genético, neurobiológico e ambientais). Os fatores genéticos não há evidências de nenhum gene especifico associado ao desenvolvimento da ansiedade, cujos produtos regulam o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal e a sinalização monoaminérgica.

Já nos fatores neurobiológicos, pode ser caracterizado por três aspectos:

  1. As alterações neuroanatomicas funcionais nas regiões cerebrais conhecidas por modularem emoções e medo, Amígdala (condicionamento de resposta ao medo); Hipocampo (processamento de contexto); Córtex pré frontal (modulação do medo e suas respostas de extinção).
  2. Neurotransmissores através do sistema límbico GABA (indução do relaxamento, sono e na prevenção de hiper excitação); Noroadrenalina (resposta de luta ou fulga, sono e pressão arterial);

Serotonina (regula o humor, impulsividade, sono, apetite e dor.

  1. Eixo HPA, importante na resposta neuroendócrina ao estresse.

 O sistema límbico são um grupo de estruturas envolvidas no processamento e na regulação das emoções, na memória e no interesse sexual, essas estruturas são: hipocampo (memória recente), amígdala, giro de cíngulo (processamento da dor. Emoções e autorregulação) e hipotálamo (comportamento e atividades autonômicas).

Em última instância a ansiedade é causada pela atividade alterada de neurotransmissores no sistema nervoso central diminuindo a atividade da serotonina e do GABA, com consequente diminuição da ligação do mesmo ao sitio receptor, aumentando a atividade de noroepinefrina, que modula mecanismos de ativação autonômica como o aumento da frequência cardíaca e respiratória. Levando a uma cascata fisiológica resultando em sintomas de pânico (parestesia, dormência e aperto no peito).

São os fármacos ansiolíticos mais usados, são mais seguros e eficazes, substituindo assim os barbitúricos e o meprobamato.

MECANISMO DE AÇÃO.

Os alvos farmacológicos destes medicamentos são os receptores do GABAA, resultando em diferentes efeitos farmacológicos a depender do tipo e do número das subunidades e localização destes. Os benzos modulam a atividade do GABA ligando a um local especifico de alta afinidade, potencializando o mesmo na abertura de canais de Cl-^ causando uma leve hiperpolarização inibindo os potenciais de ação.

 AÇÕES E USOS TERAPEUTICOS.

Não possuem atividade antipsicótica nem ação analgésica e não afetam o sistema nervoso autônomo.

Fisiopatologia da ansiedade

Benzodiazepínicos

1. Redução da ansiedade: em doses baixas, devido a potenciação seletiva da transmissão GABAérgica em neurônios que possuem a subunidade α 2 no receptor GABAA = inibição dos circuitos neuronais no sistema límbico cerebral. Sendo reservados para a ansiedade grave e contínua e utilizados em períodos curtos devido ao potencial de vicio, menos sujeito a toletrância, sendo reservados para casos resistentes a tratamentos de primeira linha. 2. Ações hipnóticas e sedativas: todos possuem uma atividade sedativa e alguns podem produzir hipnose em doses elevadas através do α 1 GABAA. Para ser utilizado em tratamentos de insônia, é importante prezar pelo equilíbrio entre o efeito sedativo e a sedação residual, devendo de uma maneira geral somente ser utilizados por tempo limitado 2 a 4 semanas. 3. Anticonvulsionantes: vários possuem esta atividade e alguns são usados para tratar epilepsia e outros distúrbios convulsivos que são mediados parcialmente por α 1 GABAA. Também sendo útil no tratamento agudo de abstinência do álcool reduzindo os riscos de convulsão associadas a abstinência. 4. Amnésia anterógrada: através do bloqueio temporário da memória, através α 1 GABAA diminui a capacidade do paciente aprender e de formar novas memórias. Utilizados em ação curta como pré medicação para procedimentos desconfortáveis, provocando uma sedação consciente. 5. Relaxamento muscular: em doses elevadas podem diminuir a espasticidade do músculo esquelético através do aumento da inibição pré sináptica na medula espinal através do α 2 GABAA.

FARMACOCINÉTCA.

A absorção é de forma rápida e total após sua administração devido a sua natureza lipofílica onde sua distribuição se dá através de todo o organismo, pois possuem alta ligação as proteínas plasmáticas.

A maioria dos benzo é biotransformado pelo sistema microssomal hepáticos em metabólitos ativos, que possuem em média uma meia vida longa, os efeitos

são somente encerrados com a sua excreção (urinária) como glicoronídeos e redistribuição.

Todos os benzos atravessam a barreira placentária e podem deprimir o SNC do neonato se administrados antes do nascimento como também podem ser expostos aos lactantes através do leite materno.

EVENTOS ADVERSOS.

Os eventos adversos mais comuns são sonolência e confusão, podendo também ocorrer ataxia em doses elevadas além, do comprometimento cognitivo.

o SONOLÊNCIA; o FADIGA; o AMNÉSIA E PREJUÍZO À MEMÓRIA; o SINSTOMAS DE ABSTINÊNCIA; o DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA; o COMPROMETIMENTO PSCICOMOTOR. Os benzos devem ser utilizados com cautela em pacientes com doença hepáticas, evitados em pacientes com glaucoma, usuários de álcool e outros depressores do SNC pois potencializam os efeitos hipnóticos e sedativos, doses excessivas raramente são letais a menos que ser utilizado juntamente cm outros depressores de forma simultânea.

ANTAGONISTA DO RECEPTOR.

O seu antídoto ou seu antagonista é o flumazenil , que age revertendo rapidamente os efeitos dos benzodiazepínicos, estando disponível apenas na administração IV, possui o início de ação rápido com duração curta, fazendo com que s vezes seja necessárias administrações frequentes para a reversão total do efeito. Ele também pode ocasionar convulsões quando o tratamento com o benzodiazepínico está sendo utilizado para controlar a atividade convulsiva.

 NOVOS AGONISTAS.

Os novos agonistas destes receptores possuem um efeito rápido com menos efeitos amnésicos ou

 EVENTOS ADVERSOS.

o TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA; o SONOLÊNCIA; o PREGUIÇA EMNTAL E FISICA; o COMPROMETIMENTO DO DESEMPENHO COGNITIVO; o SENSAÇÃO DE CANSAÇO PROLONGADO; o TREMORES; o INTRAQUILIDADE; o CONVULSÕES.

CLASSIFICAÇÃO E TIPOS.

Assim como os benzodiazepínicos, eles são classificados quanto ao seu tempo de ação, sendo a maioria com o tempo de ação curta.

  1. Ação ultra-curta: cujo tempo de ação é entre 10 a 20 minutos.
  2. Ação curta: tempo de meia vida entre 3 a 8 horas.
  3. Ação longa: tempo de meia vida entre 1 a 2 dias.

FARMACO DE AÇÃOTEMPO APLICAÇÃO

TIOPENTAL CURTA

Indução de anestesia geral e auxiliar em anestesia regional. FENOBARBITAL LONGA

Prevenção de crises convulsivas em epilépticos PENTOBARBITAL CURTA Sedativo Hipnótico.