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Anatomia e Fisiologia do Coração: Uma Abordagem Detalhada, Notas de estudo de Fisiologia Humana

Uma análise aprofundada da anatomia e fisiologia do coração humano, explorando desde a estrutura das suas câmaras e valvas até o funcionamento do sistema de condução elétrica e os mecanismos de controle da frequência cardíaca. Aborda também conceitos importantes como a pressão arterial, o retorno venoso e a influência do sistema nervoso na atividade cardíaca.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 26/02/2025

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ANATOMIA E FISIOLOGIA
O coração é um órgão oco e muscular
localizado atrás do esterno, acima do
diafragma e entre os pulmões
mediastino;
do coração localiza-se à esquerda
do esterno;
O sistema cardiovascular transporta e
distribui substâncias essenciais aos
tecidos e remove subprodutos
metabólicos.
Também participa do:
- mecanismo homeostático (ex:
regula temperatura);
- manutenção do equilíbrio de
fluídos;
- ajuste de O2;
- suprimento de nutrientes;
CAMADAS DO CORAÇÃO:
Endocárdio:
- camada interior;
- camada fina e lisa de
epitélio e tecido
conjuntivo (reveste as
câmaras cardíacas, as
válvulas, cordões
tendinosos e os músculos
papilares);
- camada que compõe o
interior de artérias, veias
e capilares cria um
sistema circulatório
fechado;
Miocárdio:
- camada medial;
- grossa é composta por
tecido muscular
(estriado cardíaco)
responsável pelo
batimento cardíaco;
Epicárdio:
- camada superficial;
- formada por capilares
sanguíneos, vasos
capilares linfáticos,
fibras nervosas e
gordura;
- onde encontra-se as
mais importantes
artérias coronárias;
CÂMARAS CARDÍACAS:
Formado por 4 câmaras cardíacas;
Átrios: tem como função receber
sangue;
ÁTRIO DIREITO: recebe o sangue
pobre em oxigênio (venoso) pela veia
cava inferior (transporta o sangue da
parte inferior do corpo para o
coração), veia cava superior
(transporta o sangue da cabeça e dos
membros superiores para o coração) e
seio coronário (maior veia que drena o
sangue venoso do coração);
ÁTRIO ESQUERDO: recebe o sangue
arterial (rico em oxigênio) por meio
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ANATOMIA E FISIOLOGIA

O coração é um órgão oco e muscular localizado atrás do esterno, acima do diafragma e entre os pulmões → mediastino;

⅔ do coração localiza-se à esquerda do esterno;

O sistema cardiovascular transporta e distribui substâncias essenciais aos tecidos e remove subprodutos metabólicos. Também participa do:

  • mecanismo homeostático (ex: regula temperatura);
  • manutenção do equilíbrio de fluídos;
  • ajuste de O2;
  • suprimento de nutrientes;

CAMADAS DO CORAÇÃO:

● Endocárdio:

  • camada interior;
  • camada fina e lisa de epitélio e tecido conjuntivo (reveste as câmaras cardíacas, as

válvulas, cordões tendinosos e os músculos papilares);

  • camada que compõe o interior de artérias, veias e capilares → cria um sistema circulatório fechado; ● Miocárdio:
  • camada medial;
  • grossa é composta por tecido muscular (estriado cardíaco) → responsável pelo batimento cardíaco;

● Epicárdio:

  • camada superficial;
  • formada por capilares sanguíneos, vasos capilares linfáticos, fibras nervosas e gordura;
  • onde encontra-se as mais importantes artérias coronárias ;

CÂMARAS CARDÍACAS: Formado por 4 câmaras cardíacas;

Átrios : tem como função receber sangue; → ÁTRIO DIREITO: recebe o sangue pobre em oxigênio (venoso) pela veia cava inferior (transporta o sangue da parte inferior do corpo para o coração), veia cava superior (transporta o sangue da cabeça e dos membros superiores para o coração) e seio coronário (maior veia que drena o sangue venoso do coração);

→ ÁTRIO ESQUERDO: recebe o sangue arterial (rico em oxigênio) por meio

das veias pulmonares direita e esquerda;

Ventrículos : tem como função de bombear o sangue; → VENTRÍCULO DIREITO: bombeia sangue para os pulmões, local onde ocorrerá a troca gasosa - circulação pulmonar;

→ VENTRÍCULO ESQUERDO: bombeia o sangue para o resto do corpo - circulação sistêmica; ⇨ No coração também há os septos interatrial e interventricular;

Circulação pulmonar: Ventrículo Direito → pulmões (trocas gasosas) → Artérias pulmonares → Átrio esquerdo

Circulação sistêmica: Ventrículo esquerdo → o resto do corpo → veias cavas (inferior e superior) → Átrio direito

VALVAS DO CORAÇÃO: Possui 4 valvas de sentido único; ● 2 valvas atrioventriculares (AV): separa os átrios dos ventrículos; ↪ Tricúspide: entre átrio e ventrículo direito - 3 cúspides - maior em diâmetro e mais fina;

↪ Mitral (bicúspide): entre átrio e ventrículo esquerdo - duas cúspides;

● 2 valvas semilunares (SL): evitam o refluxo de sangue das artérias de volta aos ventrículos

  • 3 cúspides em formato de meia-lua - menor abertura e abas menores, porém, mais espessas que AV; ↪ Artéria aórtica; ↪ Artéria pulmonar;

Valvas corresponde ao conjunto e válvulas são as unidades.

As valvas AV estão ligadas a cordas tendíneas que, por sua vez, se ligam a músculos papilares → para evitar eversão;

A abertura e o fechamento das valvas são processos passivos, ocorrem dependendo da diferença de pressão. DIÁSTOLE

Ventrículos relaxados e átrios cheios de sangue;

P atrial > P ventricular

↪ O sangue empurra as cúspides;

SÍSTOLE

P ventricular > P atrial

↪ tendência de sair o sangue, abrindo válvulas semilunares; ↪ válvulas AV se fecham;

FORNECIMENTO DE SANGUE AO

CORAÇÃO:

  • circulação coronária;
  • as principais veias e artérias encontram-se na superfície externa do coração (epicárdio);

Artéria coronária direita (CD) Irriga as regiões correspondentes ao:

  • átrio direito;
  • ventrículo direito;
  • superfície inferior do ventrículo esquerdo (85%);
  • superfície posterior do ventrículo esquerdo (85%);

Artéria descendente anterior esquerda (DA) Irriga as regiões correspondentes ao:

  • superfície anterior do VE;
  • parte da superfície lateral VE;
  • ⅔ anteriores do septo interventricular;

Artéria circunflexa (Cx) Irriga as regiões correspondentes ao:

  • átrio esquerdo;
  • parte da superfície lateral do VE;
  • superfície inferior do ventrículo esquerdo (15%);
  • superfície posterior do ventrículo esquerdo (15%);

Veias coronárias Percorrem o epicárdico juntamente com as artérias. O seio coronário é a maior veia que drena o sangue venoso do coração → encontra-se no sulco que separa os átrios dos ventrículos; O seio coronário se forma a partir da união de veias.

O sangue dos capilares do miocárdio passa para as veias cardíacas que aderem ao seio coronário;

PERICÁRDIO

Protege o coração e o mantém no lugar; composto por duas camadas.

Ademais, o pericárdio limita (o pericárdio fibroso) a expansão do coração.

RITMO CARDÍACO:

  • sucessão contínua de contrações;
  • transmite potenciais de ação por todo tecido cardíaco para

que haja a produção do batimento rítmico do coração;

1ª fase: enchimento diastólico dos ventrículos (processo passivo regido pela diferença de pressão); Há contração do átrio antes que as valvas se fechem (formação da onda P). → a ativação dos átrios inicia-se com a geração de impulso elétrico no nodo sinusal (ou sinoatrial).

OBS : como o nodo sinusal está no átrio direito, a primeira parte da onda registrada é referente ao impulso de ativação do átrio direito.

ECG: onda P

A diástole ventricular acaba quando inicia-se a sístole ventricular.

2ª fase: ventrículo despolariza.

ECG: complexo QRS O impulso é conduzido do nó sinoatrial para o nó AV → feixe de His → Fibras de Purkinje.

Contração isovolumétrica (válvulas fechadas e ventrículo se contrai); com isso, aumenta a pressão no interior dos ventrículos que, quando maior que a pressão das artérias pulmonar e aórtica, desencadeia a abertura das valvas SL.

3ª fase: ejeção (sangue sai dos ventrículos para as artérias); o volume cai imediatamente (ejeção rápida) e ocorre a repolarização.

ECG: onda T

Após a ejeção rápida, o ventrículo começa a relaxar causando uma ejeção lenta. Ocorre o fechamento das valvas semilunares seguido pelo relaxamento isovolumétrico dos ventrículos.

➔ o relaxamento do ventrículo e a diminuição, faz com que a fase 1 inicie novamente.

Pressão sistólica: 120 x 80 mmHg Pressão diastólica: 25 x 8 mmHg

A-B: enchimento ventricular B-C: contração isovolumétrica C-D: ejeção D-A: relaxamento isovolumétrico

● Quando realizado o diagrama da pressão diastólica ele é mais

● SE HÁ UMA ONDA POSITIVA

APÓS A ONDA S ELA É

DENOMINADA R.

● AS ONDAS ALTAS SÃO

REPRESENTADAS POR LETRAS

MAIUSCULAS (QRS) E AS

MENORES POR MINÚSCULAS

(qrs).

Ponto J:

Corresponde ao final do complexo QRS e início do segmento ST. Fase 1 do potencial de ação, em que ocorre saída rápida do potássio da célula. O segmento ST é a fase 2 (fase plateau) - células musculares em completa contração e em período refratário absoluto.

Onda T:

Representa a repolarização rápida dos ventrículos.

Intervalo QT:

Do início do complexo QRS até a onda T. Medida aproximada da duração do potencial de ação “ventricular” global. NA PRESENÇA DA ONDA U A MESMA NÃO DEVE SER MEDIDA.

O intervalo QT é afetado pela frequência cardíaca. Longo → frequência baixa; Curto → frequência alta;

Logo, o intervalo QT deve ser corrigido pela frequência cardíaca.

Correção do intervalo QT:

R-R: deve ser medido em segundos;

Normalmente o intervalo QT é de 0, 44 segundos em homens e 0,46 segundo em mulheres.

O intervalo QT é importante, pois seu encurtamento ou prolongamento estão associados a arritmias cardíacas potencialmente fatais e morte súbita. Fármacos e condições clínicas têm potencial de alterar o intervalo QT. Por isso, é necessário a monitorização.

Onda U:

Aparece quando a frequência cardíaca é baixa (< 65 bpm). Melhor visível nas derivações V2 e V3 devido a proximidade com o miocárdio dos ventrículos.

ELETROCARDIOGRAMA

O ECG é um registro extracelular da atividade elétrica;

Os átrios e os ventrículos são separados fisicamente e eletricamente pelo esqueleto fibroso, tendo como única comunicação o feixe de His.

ATRIAL:

Despolarização do endocárdio para o epicárdio (quando metade das fibras estiverem despolarizadas atinge o pico). A despolarização também irá ocorrer do endocárdio para o epicárdio (onda negativa).

VENTRICULAR: A despolarização é do endocárdio para o epicárdio. Já a repolarização é do epicárdio para o endocárdio (logo, a onda é positiva pois os potenciais de ação são menores).

A despolarização ventricular coincide com a repolarização atrial.

Os dois gráficos são somados a fim de formar um gráfico resultante da atividade elétrica extracelular do coração (ECG).

IMPORTANTE: O eletrocardiograma não registra a atividade elétrica do:

  • nó SA;
  • nó AV;
  • feixes de His;
  • fibras de Purkinje;

Teoria do Dipolo Elétrico: ➔ dipolo elétrico é representado por um vetor que aponta para o lado positivo (grandeza vetorial); os elétrons se movimentam formando uma corrente elétrica.

DERIVAÇÃO: eixo formado por dois eletrodos (um + e o outro -) capaz de

medir a diferença de potencial entre eles. Será registrado resultado positivo quando o vetor se aproximar do eletrodo positivo. Braço esquerdo - amarelo; Braço direito - vermelho; Perna esquerda - verde; Perna direita - preta;

Terminal Central de Wilson : ponto próximo ao zero - centro elétrico do coração;

Sistema de amplificação do sinal elétrico:

➔ aVR, aVL e aVF;

Derivações precordiais:

➔ Para análise tridimensional da atividade elétrica cardíaca; ➔ V1, V2, V3, V4, V5 e V6;

Depois, observar se há algum isoelétrico ou isodifásico.

É possível observar o DIII como isoelétrico. Logo, o vetor estará perpendicular à derivação DIII.

O vetor está exatamente no + 30°.

O QUE PODE ALTERAR O ECG:

FISIOLOGIA DOS MÚSCULOS

3 tipos de músculos; ● músculo atrial; ● músculo ventricular; ● fibras musculares excitatórias e condutoras especializadas;

O músculo estriado cardíaco se comporta semelhante ao estriado esquelético, porém, há diferença na duração da contração (no cardíaco é de longa duração).

As fibras musculares apresentam fracas contrações (poucas fibras

contráteis), em vez disso, geram descargas elétricas rítmicas automáticas gerando potenciais de ação e conduzem o potencial de ação pelo coração gerando um sistema excito-condutor. Logo, gera e conduz potenciais de ação responsáveis pelos batimentos cardíacos.

As fibras estão dispostas em treliças (dividindo-se e recombinando-se).

O ventrículo esquerdo possui fibras cardíacas em direções diferentes para que seja favorecido a contração em movimento de torção durante a sístole. Subepicárdica - desloca para esquerda; Subendocárdica - desloca para direita;

No ápice a rotação é no sentido horário e, na base, no sentido anti-horário.

Após a contração, o ventrículo assemelha-se a uma mola comprimida (aproximação da base com o ápice). Na diástole ocorre a distorção. O coração é aeróbico, entretanto, pode até utilizar fermentação lática em momentos de anaerobiose mas, a eficiência energética é bem menor.

Os primeiros ramos da aorta torácica descendente são as coronárias (irrigam o coração). São alvos de arteriosclerose, isso é, o enrijecimento das paredes arteriais devido a pressão do sangue contra as paredes dos vasos (provoca fissuras) o que impulsiona o colesterol, células e outras substâncias para a camada subendotelial dos vasos → pode ser intensificada por sífilis e colesterol alto.

Quando intensificada pelo acúmulo de colesterol nos vasos é denominada ATEROSCLEROSE. Acúmulo de macrófagos na região geram maior deposição de colágeno na sub endotelial dos vasos fazendo com que haja uma proliferação em direção à luz do vaso → pode ocasionar estenose e infarto.

Nos infartos há formação de um trombo que se solta e obstrui a circulação sanguínea em alguma região do corpo, no caso das coronárias o infarto agudo do miocárdio (IAM).

Fatores de risco:

  • tabagismo;
  • dieta rica em gorduras;
  • ingestão de álcool;
  • diabetes;
  • sedentarismo;
  • estresse crônico;
  • HAS;
  • outros;

● A mais obstruída é a esquerda - o ramo interventricular anterior.

MIOCÁRDIO

↬ Cardiomiócitos (células que formam o miocárdio); O miocárdio é um tecido que apresenta cardiomiócitos compactados, muito próximos entre si. Apresenta miofibrilas (citosol em estrias transversais).

↬ Os cardiomiócitos são unidos por discos intercalares compostos de colágeno (os discos são inclinados e possuem aspecto semelhante a escadaria - com partes verticais e horizontais).

● Depósito de proteínas (12 ao total) do tipo conexina -43 que formam conjuntamente um poro chamadoconexon. ↪ mutações nesse gene são incompatíveis à vida. ↪ também pode haver destruição devido doenças imunes (doença de Chagas - semelhança das conexinas com o trypanosoma fazendo com que o sistema imune “ataque” células próprias”.

A destruição dessas proteínas causa impacto na propagação de potenciais elétricos.

que os atriais, grossos e mais abundantes.

No final dos ramos se arborizam no plexo de Purkinje e passam por dentro da musculatura cardíaca. Dão a volta nos ventrículos e sobem em direção à base do coração.

Fibras de Purkinje - estão localizadas no endocárdio; são as maiores células do coração e com o potencial de ação mais rápido. O plexo de Punkinje apresenta condução mais rápida.

O epicárdio recebe o impulso por último.

As coronárias ficam localizadas no epicárdio cardíaco, logo, até o sangue alcançar o endocárdio há grande perda do O2. Logo, o endocárdio possui hipóxia fisiológica, metabolismo mais anaeróbico, com menor quantidade de mitocôndrias em seu interior.

Os cardiomiócitos são estriados pois, possuem actina e miosina associadas no citosol (miofibrilas), possibilitando a contração das fibras. Cada cardiomiócito, geralmente, possuem 2 núcleos e aumentam conforme envelhecemos (principalmente os ventriculares). ↪ mais núcleos fazem com que haja o aumento da expressão genética para a síntese de actina e miosina.

Os cardiomiócitos são células ultra especializadas. Quando nascemos, após a 1ª semana, os cardiomiócitos param de se dividir.

Apresentam pouca citocinese e pouca divisão celular → baixíssimas taxas de câncer no coração.

No interior dos cardiomiócitos: ➔ Sarcolema: invagina-se formando os túbulos T; o sarcolema “aperta” as miofibrilas e dá maior sustentação. ➔ Retículos sarcoplasmático: produz uma cisterna que gera um conjunto com os túbulos T - Díade. ➔ Túbulo T: onde entra os íons de Ca²+ do líquido extracelular , fonte para a contração muscular. ➔ Sarcoplasma: envolve as miofibrilas; permite acúmulo de glicogênio; contribui para a transmissão do potencial elétrico - alto número de junções gap.

As fibras dos cardiomiócitos são como sacos de espaguetes e cada miofibrila corresponde a um espaguete.

As miofibrilas apresentam unidades menores, contráteis, chamadas de sarcômeros - delimitados por duas linhas Z.

Banda A:

  • interna;
  • anisotrópica (escura);
  • Banda H - mais clara - composta por miosina (há uma linha M que divide);
  • nas laterais da Banda H há actina e miosina sobrepostas;

Banda I:

  • isotrópicas (claras);
  • formados de filamentos finos (actina);
  • há a linha Z (que delimita o sarcômero);

Linha Z:

  • ancora os filamentos finos;
  • filamentos finos = actina + troponina + tropomiosina;

A miosina tem uma morfologia que lembra dois tacos de golfe entrelaçados.

Os filamentos finos e grossos se associam por interdigitações, cada filamento grosso é circundado por 6 filamentos finos e, cada filamento fino é circundado por 3 filamentos grossos.

Na actina há um sítio de ligação com a miosina, porém, o mesmo fica obstruído pelo complexo troponina e tropomiosina.

Troponina: subunidades I, T e C I: se liga a actina; T: liga à tropomiosina - forma o complexo; C: liga ao cálcio;

60% do volume das células cardíacas é de mitocôndria - grande demanda de energia. ● Apresenta alta concentração de mioglobina (proteína com função de reserva do oxigênio).

O líquido extracelular é fonte de Ca²+; quando em repouso os cardiomiócitos armazenam cálcio no retículo sarcoplasmático ou fora das células.

Contração:

  1. Na+ entra → despolariza a membrana (começa potencial de ação);

O feto depende da placenta para realizar as trocas gasosas (os pulmões estão funcionalmente inativos.

Placenta → veia umbilical → ½ fígado ↓ ½ contorna o fígado e vai para a veia cava inferior ( por meio do ducto venoso)

↳ o sangue, ao chegar na veia cava inferior, se mistura com o sangue que retorna dos membros inferiores, pelve, abdome e da veia porta.

↳ chega ao átrio direito;

No átrio direito há mistura de sangue rico em oxigênio vindo da VCI com o sangue venoso da VCS e do seio coronário. ↳ Ventrículo direito → Aa. pulmonar

Na Aa. pulmonar há um shunt (ducto arterioso) que desvia o sangue para a artéria aorta.

  • Chega ao pulmão apenas o necessário para nutrir o parênquima. Os pulmões e a maior parte dos vasos pulmonares estão colabados, a resistência é muito grande, difícil para o sangue chegar aos pulmões.

O pouco sangue que chega ao pulmão retorna ao coração pelas veias pulmonares.


Há uma conexão entre os átrios (forame oval). Parte do sangue que chega no átrio direito vai para o átrio

esquerdo onde mistura-se com o sangue advindo das veias pulmonares. ↳ Ventrículo esquerdo → Artéria aorta

Importante: antes do shunt (ducto arterioso), conecta a Aa. pulmonar e a Aa. aorta, saem da aorta as artérias coronarianas e os troncos cerebrais.

O CORAÇÃO E O CÉREBRO RECEBEM SANGUE COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO.

Após o shunt, quando há a mistura de sangue mais oxigenado com sangue menos oxigenado, o mesmo é distribuído aos membros e aos demais órgãos do corpo. As artérias umbilicais partem das artérias ilíacas.

PÓS - NASCIMENTO As veias e as artérias umbilicais não têm mais função, por isso atrofiam e formam ligamentos redondo e umbilical, respectivamente.

Com isso, o sangue chega ao átrio direito com menor pressão. ↪ a resistência periférica sistêmica aumenta. Resistência Hidráulica: o feto engole o líquido amniótico, que preenche toda a via respiratória fetal. Ao nascer e passar pelo canal vaginal ocorre a compressão do tórax fazendo com que o líquido seja expelido das vias respiratórias. Ademais, devido ao estresse, o recém-nascido chora (expiração) mas, antes realiza movimento de inspirar e expande a caixa torácica fazendo as estruturas dilatarem devido o ar que adentra.

Forame Oval: o forame oval começa a se fechar formando a fossa oval, isso ocorre pois a pressão do A.D. e do A.E. se igualam e o fluxo entre eles para.

Ducto arterioso: fechamento gerando o ligamento venoso, ocorre pois os vasos pulmonares abrem-se fazendo com que o sangue da artéria pulmonar flua livremente. Aumenta a pressão da artéria aorta fazendo com que inverta-se o sentido do fluxo e comece a passar sangue oxigenado da aorta para a pulmonar. A passagem de sangue arterial contribui para o fechamento do ducto venoso (a baixa de oxigênio favorece que o ducto continue aberto). ● Tendão do cone ⟶ resquício do ducto arterioso; A expansão pulmonar é favorecida pelas substâncias que favorecem o fechamento do tubo:

  • aumento da bradicinina;
  • diminui prostaglandina E2 e I2; Logo, as estruturas se tornam vestigiais.

MEMBRANA PLASMÁTICA DOS CARDIOMIÓCITOS:

Funciona como uma barreira, permite que o líquido extracelular seja diferente do líquido intracelular;

I. Moléculas apolares e lipossolúveis:

  • Vitaminas
  • Hormônios esteroidais
  • O
  • CO Podem atravessar livremente pela membrana;

II. Moléculas polares e hidrossolúveis: É necessário transportadores ou canais iônicos (aquaporinas e canais iônicos) para que passem pela membrana;

III. Moléculas com cargas neutras: Difusão de moléculas ocorre por meio da força química;

  • A difusão de moléculas com cargas cria uma corrente elétrica, ou seja, uma força elétrica;

O DNA e o RNA possuem carga negativa.

Para que haja equilíbrio das cargas no interior das células há mais K+ dentro das células → K+ liga-se ao RNA e ao DNA formando uma ligação estável.

EK+ = -95 mV

Com base no gradiente de concentração, o K+ tende a sair da célula fazendo com que internamente fique negativo e externamente positivo;

OBS: como a membrana é impermeável ao ânion de proteína intracelular grande (A-). O K+ sai e o A- fica no interior.

O movimento de cargas gera uma força elétrica - formação de um gradiente elétrico - essa força elétrica aumenta até se igualar à força do gradiente de concentração.

Nas fibras atriais é mais descendentes por possuir menos canais de cálcio, já nas fibras de Purkinje há até uma ascendência (mais canais de cálcio).

3 → Repolarização fina l ⇨ fechamento dos canais de Ca²+ e a permeabilidade ao K+ aumenta mais uma vez - o K+ sai rapidamente e a célula retoma para seu potencial de repouso.

4 → Repouso ⇨ volta ao potencial de repouso.

A fase 2 é importante para que haja aumento do período refratário absoluto (repolarização inicial - repolarização final). O período refratário ocorreapós um potencial de ação para que um estímulo não desencadeia outro potencial de ação. Quando um segundo potencial de ação ocorre, a célula miocárdica está quase completamente relaxada - NÃO OCORRE SOMAÇÃO.

A somação levaria a uma contração sustentada (tétano) o que impediria que as câmaras cardíacas (principalmente os ventrículos) se enchem durante as diástoles.

No período refratário, quando um impulso chega ao ventrículo o mesmo “morre” por não ter para onde ir.

Em algumas circunstâncias o período refratário pode não ocorrer de forma eficaz fazendo com que inicie-se a reentrada, resultando em movimentos circulares (Fibrilação ventricular).

Condições que podem ocasionar reentrada: ● Corações dilatados: via mais alongada; ● Idosos: diminui a velocidade de condução; ● Período refratário encurtado;

QUAL A IMPORTÂNCIA DO PLATÔ:

  • limitar frequências cardíacas muito altas;
  • evitar contrações tetania;
  • evitar a formação de circuito de reentrada;
  • iniciar o processo contrátil;

IMPORTANTE: bomba de Ca²+ de reabsorção do retículo sarcoplasmático é modulada pela fosfolambam (PLN).

FÁRMACO DIGITÁLICOS:

  • Maior concentração de cálcio;
  • Aumenta a contratilidade ventricular;
  • Atua na bomba Na+/K+ ATPase → aumenta o Na+ intracelular;

SÍNDROME DE TAKOTSUBO: (Síndrome do coração partido)

É uma miocardiopatia por estresse;

É gerado uma descarga simpática devido a uma situação de estresse; gera um alto influxo de Ca²+. Maior concentração de Ca²+ pode ser contida pela mitocôndria, porém em níveis muito altos há ativação da caspase diminuindo ATP e promovendo apoptose celular.

● Apresenta sintomas iguais ao infarto;

As células nodais (SA e AV) possuem potencial lento, consequentemente terão uma despolarização lenta;

Resposta lenta: ● potencial de repouso menos negativo (-60 mV); ● despolarização (fase 0) é mais lenta; ● não há repolarização inicial; ● platô menos prolongado ou inexistente; ● a transição do platô para a repolarização final não é nítida;

Há uma despolarização lenta causada pelo influxo de cálcio.

  • bloqueio de canais de Na+ tornam fibras rápidas em lentas; Possíveis causas para uma fibra de condução rápida se tornar lenta: ➔ envenenamento por tetrodo (bloqueia canais de Na+); ➔ hiperpotassemia (menor efluxo de K+ deixando a membrana despolarizada); ➔ hipernatremia; ➔ hipercalcemia; ➔ isquemia: menor suprimento de oxigênio faz com que a

mitocôndria pare de formar ATP → bomba Na+/K+ para de funcionar → membrana permanece despolarizada;

Consequências: ● diminui período refratário → reentrada → fibrilação ventricular;

Após um período refratário, quanto mais rápido o próximo estímulo menor a velocidade de repolarização e menor a amplitude. O CONTRÁRIO TAMBÉM É VERDADE.

SE OCORRER HIPOPOTASSEMIA: ocorre hiperpolarização (fibras lentas se tornam rápidas) → sem consequências negativas.

AUTOMATISMO

Habilidade de iniciar seu próprio batimento; Há instabilidade do potencial do repouso, o que contribui para a despolarização.

POTENCIAS MARCA-PASSO OU DESPOLARIZAÇÃO DIASTÓLICA LENTA:

  • despolarização lenta e gradual;
  • a membrana alcança o limiar;
  • devido as gap junctions, quando uma despolariza as outras também despolarizam;

Nó Sinoatrial:

  • mediadas por 3 correntes iônicas: ● corrente de efluxo de K+;