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O documento te por conteúdo discutir e apresentar o surgimento da Psicologia perpassando pelos principais conceitos e teorias que influenciaram para esta disciplina nos dia de hoje.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
FERREIRA, Arthur Arruda Leal. O múltiplo surgimento da Psicologia. In: JACÓ- VILELA, Ana Maria et al (orgs.). História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau, 2013.
1. Objetivos da obra
Discutir e apresentar o surgimento da Psicologia perpassando pelos principais conceitos e teorias que influenciaram para esta disciplina nos dia de hoje. A exposição de quais experiências, práticas e saberes envolvidos nesse surgimento, assim como os principais pensadores e suas contribuições são abordados ao longo da texto.
2. Comentários e análise geral da obra
Antes de abordar o histórico da psicologia, observa-se a configuração das práticas sociais modernas, pautada na subjetividade e individualidade, sendo a primeira um domínio do interior e a segunda referente ao âmbito coletivo. Atualmente, tudo o que envolve a psicologia está relacionado com a subjetividade de cada um – seja pelo autoconhecimento ou mesmo em um âmbito comportamental – , sem falar que o indivíduo é por natureza um ser social com sua individualidade, sendo moldado ao longo de sua existência.
Tendo como ponto de partida a Antiguidade clássica, os gregos não possuíam uma experiência de interioridade individualizada como conhecemos hoje, segundo Jean- Pierre Vernant (1990). Era mais uma questão de alma em um corpo, do que pertencente ao corpo propriamente dito. Tal interioridade individual só será introduzida a partir de uma ética cristã, que ainda é possível observar na contemporaneidade da vida religiosa, uma vez que o homem busca a figura de Deus no interior de seu eu, lutando contra as armadilhas do mal (figura do demônio).
Na modernidade, como exemplo de um Estado laico, segundo o autor: “não se busca mais uma purificação da alma para atingir Deus, mas uma pura afirmação de si.” (pág. 16). Essa afirmação do eu se dá por meio do autoconhecimento, soluções de
conflitos internos, comportamentos, ou seja, estudos da psicologia atual. Além disso, a busca pela afirmação de si na modernidade é resultado também da questão do ser social e as experiências cotidianas, já que as separações das representações públicas e privadas foram de grande fomento para a afirmação da individualidade.
No século XVIII começaram a surgir literaturas psicológicas pioneiras que influenciariam posteriormente a disciplina em questão. Diferente do que acontecia com a ética cristã, passou-se a estudar a interioridade no acesso à verdade e a fuga das ilusões. Por volta do século XVII entram em cena os filósofos defensores da razão (racionalistas) e os do sentido (empiristas).
René Descartes foi considerado um racionalista e contribui para uma nova abordagem da interioridade, defendendo o uso da razão para com a fonte do saber, o que proporcionou um novo pensamento quanto ao eu: o Espírito e o Sujeito como verdades, levando a uma cisão entre a alma e o corpo. Descartes acreditava que no espírito estabelece a razão e a consciência e, outra região fora desse espírito representa as paixões, sendo esse último o responsável pelos equívocos e ilusões produzidos pelos sentidos.
Em oposição ao pensamento de Descartes, os empiristas como John Locke, acreditavam que o saber era fruto das paixões, ou seja, dos sentidos e nada seria do espírito sem esses. Durante anos o embate entre a razão e a sensibilidade foram postos em voga, porém ambos influenciaram as áreas da epistemologia e da psicologia moderna. Tanto empiristas como racionalistas concordavam que a subjetividade estava ligada ao conhecimento no espírito, do que ao corpo – sendo este, opaco.
Uma nova formulação de tais ideias é realizada por Immanuel Kant, que acreditava na razão (sujeito transcendental) e na experiência (diverso sensível) em conjunto, já que sem a sem a razão, a experiência não produziria nenhum conhecimento, assim como sem a experiência, a razão produziria apenas conclusões sem uma comprovação. Desse modo, o espírito passa a ser composto por tais divisões: um sujeito transcendental e o sujeito empírico.
Mesmo com o pensamento de Kant, a fundação da psicologia só ocorreu no século XIX, na Alemanha, sendo uma ciência da experiência e utilizando-se da sensação como elemento de objetivo. Logo, o pensamento kantiano contribuiu para o surgimento
importância. Cabe notar que a loucura, como era chamada, era vista como um desvio da natureza humana e devido a tal fator, a necessidade de separação.
Na Europa Central o foco dos estudos era em torno da psique, ou seja, o estudo do funcionamento interno da mente, utilizando-se da psiquiatria e neurologia por meio de testes psicológicos. Já em países de língua inglesa, a psicologia de início é calcada nas teorias de Darwin com o enfoque na consciência e no desenvolvimento da infância à fase adulta. Já no Brasil, a psicologia ganha um maior reconhecimento apenas com o “boom da psicanálise” por volta de 1970, considerado um reconhecimento tardio.