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Gêneros supremos que constituem as categorias apresentadas por Aristóteles
Tipologia: Trabalhos
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DIR_2SBM José Maurício de Oliveira Santos Neto Sociologia Jurídica Tipo: Livro Referência bibliográfica: ARISTÓTELES. Categorias. Tradução: Silvestre Pinheiro Ferreira. Imprenta: Rio de Janeiro, Régia, 1814. 65p. Resumo | objeto de interesse: Na obra Categorias de Aristóteles, o autor analisa os gêneros supremos, que são os predicamentos, em que suas coordenações são superiores ou inferiores seja qualquer gênero e classe. Com essa premissa, Aristóteles divide o livro em quinze capítulos, sendo do 1° ao 9° manifestando a ideia das dez categorias e do 10° ao 15° desenvolve-se os pós-predicamentos. Em seu primeiro capítulo, Aristóteles apresenta três definições: a primeira é a dos equívocos, a segunda, a dos unívocos e a terceira, a dos denominativos. Denominam-se equívocas os que tem somente o nome comum, por ora a noção caracterizada por esse nome é diversa. Já unívoco diz-se do que tem ao mesmo tempo comunidade de nome e identidade de noção. Por fim, intitulam-se os que tendo as terminações diferentes, recebem seu nome de algum outro nome. Diante do segundo capítulo, nos é apresentado duas partes, tendo a primeira parte apontando duas divisões e a segunda, uma definição. Entre as expressões, umas são ligadas e outras desligadas, como exemplo de expressão ligada, temos: “o boi corre”, “o homem vence”. Como exemplo de expressão desligada: homem, boi, corre, vence.
Entre os seres, uns são afirmados de um sujeito, não estando nunca presentes no sujeito. Outros estão num sujeito, contudo não são afirmados de nenhum sujeito e, contudo, não é ela afirmada de nenhum sujeito. Outros seres são ao mesmo tempo afirmados de um sujeito e estão num sujeito: como por exemplo, a ciência está num sujeito, ou seja, na alma, e ela é também afirmada de um sujeito, a gramática. Outros seres, afinal, não estão num sujeito, nem são afirmados de um sujeito, por exemplo este homem, este cavalo, pois nenhum ser dessa natureza está num sujeito, nem é afirmado de um sujeito. O terceiro capítulo oferece dois preceitos que servem para conhecer sob vários aspectos os predicamentos – gêneros e espécies. Quando uma coisa é atribuída a uma outra como a seu sujeito , tudo o que é afirmado do predicado deverá ser também afirmado do sujeito: por exemplo, “homem” é atribuído ao homem e, por outro lado, “animal” é atribuído ao homem; portanto, ao “homem” se deverá atribuir também “animal”, pois o homem é ao mesmo tempo “homem” e “animal”. Se os gêneros são diferentes, e não subordinados uns aos outros, suas diferenças serão especificamente outras. Portamos o gênero animal e ciência, “réptil” e “bípede”, “volátil” e “aquático” são diferenças de animal. Mas nenhuma dessas diferenças é uma diferença para a ciência, pois uma ciência não se diferencia de outra. Já no quarto capítulo, ocorre a divisão dos predicamentos em dez gêneros supremos. As expressões sem nenhuma ligação significam a substância, a quantidade, a qualidade, a relação, o lugar, o tempo, a posição, a posse, a ação, a paixão. É substância para dizê-lo numa palavra, por exemplo, homem, cavalo; quantidade, por exemplo, de dois côvados, de três côvados; qualidade, branco,
A quantidade pode ser definida como discreta ou contínua. Além disso, a quantidade é constituída de partes, tendo entre elas uma posição, uma em relação à outra, de partes, que não têm posição, uma em relação à outra. No que concerne às partes do número, não há nenhum limite comum em que as partes estejam em contato. É assim que cinco, sendo uma parte de dez, cinco e cinco em nenhum limite comum se tocam; ao contrário, estes dois cinco estão separados. Da mesma forma, três e sete não se encontram em nenhum limite comum. E, de uma maneira geral, não se poderia, num número, conceber um limite comum entre as suas partes, as quais estão na realidade sempre separadas. O número é, pois, uma quantidade discreta. Do mesmo modo, também, o discurso é uma quantidade discreta. Que o discurso seja, com efeito, uma quantidade, é evidente, pois é medido por sílabas breves e longas. O discurso é emitido pela voz (ele é, ademais, uma quantidade discreta), pois não há nenhum limite em que as suas partes estejam em contato. Quanto à linha, é uma quantidade contínua, pois é possível conceber um limite comum em que as suas partes se tocam: é o ponto; e, para a superfície, é a linha, pois as partes da superfície se tocam também num limite comum. O tempo e o lugar exibem também essa espécie de quantidade. O tempo presente, com efeito, atém-se, ao mesmo tempo, ao passado e ao futuro. Por sua vez, o lugar é uma quantidade contínua, pois as partes de um corpo ocupam um certo lugar, e essas partes, estando em contato num limite comum, segue-se daí que as partes do lugar, que estão ocupadas por cada parte do corpo, estão elas em contato no mesmo limite comum que as partes do corpo. O carácter próprio da quantidade, é que se lhe pode atribuir o igual e o desigual. De cada uma das quantidades que falamos, com efeito, diz-se que é ela igual ou desigual; diz-se de um sólido, por exemplo, que é igual ou desigual a um outro; do número, que é igual e desigual; do tempo, que é igual e desigual. O mesmo se dá de todas as outras quantidades que mencionamos, às quais podemos atribuir o igual e
o desigual. Em compensação, todas as outras determinações, que não são quantidades, não podem de nenhuma maneira, assim parece, ser afirmadas iguais e desiguais: a disposição , por exemplo, não pode absolutamente ser qualificada de igual ou desigual, mas, sim, de semelhante e de dissemelhante; do branco não se pode, de nenhuma maneira, dizer igual e desigual, mas semelhante e dissemelhante. O capítulo sete possui três partes, a primeira descreve a definição dos relativos; a segunda recolhe quatro propriedades dos relativos e a terceira retoma a definição dos antigos. Denominam-se relativas as coisas, cujo ser consiste totalmente em ser dependentes de outras coisas, ou em se referirem de alguma maneira a outra coisa: por exemplo, o maior é o em que todo o ser consiste em dizer-se de outra coisa, pois é de alguma coisa que se diz maior; e o duplo é o que cujo ser consiste em ser dito de uma coisa, pois é de alguma coisa da qual se diz que é o duplo; e o mesmo se dá em todas as outras relações desse gênero. São também relativos os termos tais como estado, disposição, sensação, ciência, posição. O ser de todos estes termos consiste no afirmar serem dependentes de outra coisa e nada mais: assim, o estado diz ser estado de alguma coisa, a ciência, ciência de alguma coisa, a posição, posição de alguma coisa. Os relativos podem ter contrários; por exemplo, a virtude é contrária do vício, sendo todos dois relativos, e a ciência é contrária à ignorância. Contudo, nem todos os relativos têm contrários: ao duplo não se opõe nenhum contrário, nem ao triplo, nem a nenhum termo deste gênero. Parece que ainda os relativos admitem o mais e o menos. Com efeito, o semelhante e o dissemelhante se dizem segundo o mais e o menos, o igual e o desigual, se dizem, também, segundo o mais e o menos e esses são relativos, pois o semelhante se diz semelhante de alguma coisa, e o dissemelhante, dissemelhante de alguma coisa.
Um outro gênero de qualidade é o daquele de que falamos dos bons lutadores e dos bons corredores, dos saudáveis ou dos doentes, numa palavra, de tudo o que se diz segundo uma aptidão ou uma inaptidão natural; pois não é em virtude de uma certa disposição do indivíduo que cada uma dessas determinações é afirmada, mas pelo fato de se possuir uma aptidão ou uma inaptidão natural para realizar alguma coisa facilmente, ou para não sofrer nenhuma. Por exemplo, os bons lutadores ou os bons corredores são assim chamados, não porque se encontram numa certa disposição, mas porque possuem uma aptidão natural a realizar facilmente certos exercícios: assim são chamados os sãos, porque possuem uma aptidão natural para suportar com facilidade tudo o que lhes pode acontecer, e os doentes, ao contrário, porque possuem uma inaptidão natural para suportar facilmente tudo o que lhes pode acontecer. O mesmo se dá quanto ao duro e o mole: o duro é assim chamado porque possui uma aptidão natural para não ser facilmente dividido, e o mole porque possui a inaptidão correlativa. Um terceiro gênero de qualidade é formado pelas qualidades afetivas e pelas afecções. Tais são, por exemplo, a doçura, o amargo, o travo, com todas as determinações da mesma ordem, acrescentando, aí, o calor, o frio, a brancura e a negridão. O raciocínio é o mesmo para as qualidades afetivas que se referem à alma. Todas as determinações que, no próprio instante do nascimento, têm por origem certas afecções estáveis, são chamadas de qualidades: tal é o caso da alienação mental, da cólera e outros estados desse gênero, pois somos qualificados por elas de homens coléricos e de maníacos. Assim, a ciência como gênero, é, em sua própria essência, o que é relativo a uma outra coisa (pois diz que há ciência de alguma coisa). Ao contrário, nenhuma das ciências particulares é, em sua essência, relativa a uma outra coisa: por exemplo, não se diz que a gramática é gramática de alguma coisa, nem a música, a música de alguma coisa. Mas se elas são relativas é somente por seu gênero que elas são:
a gramática se diz ciência de alguma coisa, não gramática de alguma coisa, a música se diz ciência de alguma coisa e não música de alguma coisa. No nono capítulo, Aristóteles apura os últimos seis predicamentos, especificando suas propriedades. A ação e a afecção admitem também a contrariedade e são susceptíveis de mais e de menos. Porque aquecer é o contrário de resfriar; ter calor é contrário de ter frio; estar satisfeito é contrário de estar triste, o que respalda admitir a contrariedade. O mesmo quanto ao mais e ao menos: pode-se esquentar mais ou menos, e ser esquentado mais ou menos. A ação e a afecção são também suscetíveis de mais e de menos. Quanto às outras categorias, o tempo, o lugar e a posse, em razão de sua natureza, não se diz nada mais, salvo o que foi exposto no início, a saber, que a posse significa hábitos, tais como “estar calçado”, “estar armado”; o lugar é, por exemplo, no Lyceo, na Praça.