




































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Os trocadores de calor do tipo casco e tubo são muito utilizados nas plantas industriais devido ao seu grande desempenho térmico principalmente nos equipamentos de fluxo contracorrente definido neste projeto, pois, tem baixo custo com manutenção e operação, sendo de fundamental importância seu monitoramento através de melhorias implantadas no processo industrial.
Tipologia: Teses (TCC)
1 / 44
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Mecânica do Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM- ULBRA, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Mecânica.
Orientador: Prof°. MSc. João D’Anuzio Lima de Azevedo
Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Mecânica do Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM-ULBRA, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Mecânica.
Aprovado em _______ de _____________ de 2018.
Banca examinadora
Profª. Orientador MSc. João D’Anuzio Lima de Azevedo. Centro Universitário Luterano de Manaus
Prof. MSc. João de Deus Moraes Segundo Centro Universitário Luterano de Manaus
Prof. MSc. Fátima Geisa Mendes Teixeira Centro Universitário Luterano de Manaus
Dedico este trabalho a minha esposa Gláucia e aos meus filhos Maria e João, que sempre me deram apoio incondicional e a minha sogra Ilza que sempre me incetivava a ir a aula mesmo estando muito cansado, estando presente em todos os momentos de dificuldade, dando o suporte necessário para o fim desta caminhada que também será o início de outra. Ao meu Pai, Mãe e Irmão, que embora longe sempre deram o suporte necessário em minha vida.
“Um vencedor é aquele sujeito que se levanta e vai atrás das oportunidades que tanto deseja, se não as encontra, ele as cria.”
(George Bernard Shaw).
O desenvolvimento deste projeto propõe a criação de uma ferramenta computacional para o monitoramento de incrustação em trocadores de calor casco e tubo, pois, afeta diretamente os equipamentos de transferência de calor em industrias de processos. Onde foi elaborado através de cálculos uma metodologia que permite monitorar a performance desses equipamentos, através da comparação da efetividade medida e calculada, ou seja, com os cvalores do trocador de calor limpo e do trocador de calor sujo nas condições de operação do equipamento. Obedecendo normas e padrões pré-estabelecidos, onde ométodo de medição da incrustação foi baseado na medição de variações térmicas, não diferenciando o tipo ou a causa da incrustação. Deste modo foi possível verificar os pontos instáveis dos trocadores de calor e determinar a sua resistência ao escoamento dos fluidos com o aumento da incrustação. As conclusões deste monitoramento nos trocadores de calor casco e tubo levou em consideração as informações operacionais informadas pelo “PI PROCESS BOOK”, como: temperatura de entrada, temperatura de saida e vazões diárias. Assim como informações coletadas em folhas de dados dos equipamentos. E com isso foi possível desenvolver a ferramenta e verificar a sua eficácia nas estimativas de intensidade e magnitude dos defeitos esperados para este sistema, sendo definido através do cálculo do coeficiente global o estado em que se encontra o equipamento e o problema que ocasionou a incrustação. Desta forma foi possível saber que tipo de incrustação ocorreu através de análises em laboratórios e inspeções visuais periódicas no equipamento conforme perde sua eficiência.
Palavras chave: Trocadores Casco e Tubo, Incrustação, Monitoramento, Análise.
Quadro 1 - Dados de Entrada fluido quente (C5+) ........................................................................ Quadro 2 - Dados de Entrada fluido frio (C3+) ............................................................................. Quadro 3 - Características do feixe tubular ...................................................................................
𝑈𝑐𝑙 Coeficiente limpo de transferência de calor.^ W/(m²∙°C) 𝑈𝑓 Coeficiente sujo de transferência de calor. W/(m²∙°C)
𝑚̇ (^) 𝑐 Fluxo de massa do fluido frio. kg/h 𝑚̇ (^) ℎ Fluxo de massa do fluido frio. kg/h 𝐶𝑝,𝑐 Calor específico do fluido frio. Kcal/(kg∙°C) 𝐶𝑝,ℎ Calor específico do fluido quente. Kcal/(kg∙°C)
𝐶𝑐 Capacidade térmica do fluido frio.^ Kcal/(h∙°C) 𝐶ℎ Capacidade térmica do fluido quente.^ Kcal/(h∙°C) 𝑡𝑐 1 Temperatura entrada do fluido frio.^ ºC 𝑡𝑐 2 Temperatura de saída do fluido frio. ºC 𝑇ℎ 1 Temperatura entrada do fluido quente. ºC 𝑇ℎ 2 Temperatura de saída do fluido quente. ºC 𝑚𝑙𝑑𝑡 Diferença de temperatura média logarítmica. ºC 𝑚𝑙𝑑𝑡𝑐𝑜𝑟𝑟 Diferença de temperatura média logarítmica corrigida. ºC 𝐹𝑡 Fator de correção. Adimensional 𝐴 Área de transferência de calor.^ m² 𝑄̇𝑟𝑒𝑎𝑙 Taxa real de calor transferido pelo trocador.^ W 𝑄̇𝑚á𝑥 Taxa máxima de calor transferido pelo trocador W 𝑅𝑓 Fator de Incrustação. (m²∙°C)/W
𝜀𝑐𝑙 Efetividade do trocador de calor. Adimensional 𝜀𝑚 Efetividade média do trocador de calor. Adimensional 𝜀𝑓 Efetividade suja do trocador de calor. Adimensional
𝑅 Razão entre as capacidades mínima e máxima dos fluidos.^ Adimensional 𝑒 Espessura de parede do tubo. m 𝑘 Condutividade térmica. m 𝐷𝑖 Diâmetro interno do tubo. m 𝐷𝑜 Diâmetro externo do tubo. W/(m∙K) ℎ𝑖 Coeficiente de convecção interno. W/(m²∙K) ℎ𝑜 Coeficiente de convecção externo. W/(m²∙K) 𝑅𝑖 Fator de deposição interno.^ W/(m²∙K)
𝑅𝑜 Fator de deposição externo. W/(m²∙K) 𝑁𝑇𝑈 Número de unidades de transferência de calor. Adimensional 𝐼𝐹 Índice de incrustação.^ Adimensional 𝑁𝑢 Número de Nusselt.^ Adimensional 𝑃𝑟 Número de Prandtl. Adimensional 𝑅𝑒 Número de Reynolds. Adimensional 𝑣 Viscosidade cinemática. m²/s 𝛼 Difusividade térmica. m²/s ρ Massa específica Kg/m³ μ Viscosidade dinâmica. Pa.s 𝑉 Velocidade média dos fluidos. m/s
Os trocadores de calor do tipo casco e tubo são muito utilizados nas plantas industriais devido ao seu grande desempenho térmico principalmente nos equipamentos de fluxo contracorrente definido neste projeto, pois, tem baixo custo com manutenção e operação, sendo de fundamental importância seu monitoramento através de melhorias implantadas no processo industrial.
Devido ao surgimento de resistência (sujeiras) nestas instalações relacionadas diretamente com a troca térmica entre os fluidos, é evidenciado que a perda de eficiência nos trocadores de calor é causado pelos variados tipos de incrustações, gerando problemas operacionais que elevam significativamente os custos com manutenção e operação desses equipamentos, causando perda de eficiência térmica e ocasionando perda de produtividade.
Este projeto visa desenvolver uma ferramenta computacional para detalhar o comportamento de um trocador de calor com baixa eficiência, analisando o fator de incrustação através de métodos analíticos e experimentais através dos dados de entrada e saída do fluido quente e do fluido frio tais como: Temperaturas e Vazão operação obtidos pelo “PI Process Book” em um período de 365 dias. Onde visa avaliar as taxas de incrustação através do cálculo de coeficiente global de transferência de calor.
O desenvolvimento desta ferramenta terá um valor baixo em relação a outras ferramentas desenvolvidas nas industrias de processo, pois, por exemplo, se esta análise fosse feita através de um trocador de teste, o custo seria bastante oneroso, devido a aquisição de um trocador padrão, válvulas, instrumentos de medição e mão-de-obra especializada para a execução do serviço. Como demonstrado no fluxograma do ANEXO B.
Este estudo tem a finalidade comparar os resultados experimentais da instalação de um trocador do tipo casco e tubo, com os resultados analíticos da ferramenta desenvolvida. No intuito de examinar o comportamento da incrustação ao longo do tempo através do controle da qualidade de seus fluidos, com a finalidade de reduzir as paradas constantes para manutenção dos trocadores, permitindo estabelecer o tipo de aplicação para melhorias na eficiência das trocas térmicas dos equipamentos.
Portanto, determinar as taxas de incrustação dos trocadores de calor justifica o estabelecimento de parâmetros para o experimento, visando aumentar o número de ferramentas que facilitem a comparação entre dados com outros sistemas, com o intuito de eliminar erros que muitas vezes levam a suspender o funcionamento desses equipamentos
para manutenção. Nos dias atuais, há necessidade de otimizar e promover a interação de ferramentas aos processos industrias baseando-se na diminuição de gastos excedentes com o desempenho nos trocadores de calor, pois, os mesmos devem atender aos requisitos mínimos de confiabilidade de produção e de segurança.
Figura 3 - Trocador de calor casco e tubo 1-n
Para esta análise foi considerado um trocador do tipo casco e tubo em fluxo contracorrente, devido a maior quantidade de troca térmica entre os fluidos, pois, podem assumir formas específicas conforme o número de passes no casco e nos tubos. Onde a sua forma mais simples é de um único passe no casco e nos tubos. Geralmente são colocados chicanas para aumentar o coeficiente convectivo no fluido do lado casco, conforme Figura 2. (Incropera, et al. 2008).
A escolha da configuração do trocador a ser analisada, foi determinada a partir da necessidade do desenvolvimento do estudo, onde às formulações para a ferramenta computacional, levou em consideração um modelo que se encaixasse nos requisitos determinados para os cálculos, conforme Madi (2005; Apud Tonin 2003), neste caso um trocador de casco e tubo com um passe no casco e n passes no tubo. Onde à análise foi contextuada para o trocador P-001, com configuração 1-4, conforme Figura 3.
FONTE: Incropera, et al. (2008).
FONTE: Kakaç; Liu, (2012).
Figura 2 - Trocador de calor casco e tubo 1- 1
2.3. Fator de incrustação
Para Araújo (2014, p.48) a incrustação “fouling” é qualquer depósito indesejável em superfícies de transmissão de calor que aumente as resistências à transferência de calor e ao escoamento, pois, tende a prejudicar o desempenho térmico do equipamento. E conforme Cençel, et al. (2012, p.635) esse desempenho se deteriora com o passar do tempo como resultado do acúmulo de depósitos nas superfícies de transferência de calor. A camada de depósitos representa a resistência adicional à transferência de calor e provoca uma diminuição na taxa de transferência de calor no trocador de calor. O efeito líquido dessas acumulações na transferência de calor é representado pelo fator de incrustação Rf , que é a medida da resistência térmica introduzida pelas incrustações. E segundo Bott, (1995, p.1) o caráter do depósito depende do fluido (líquido ou gás) que passa pelo trocador de calor, causando efeitos indesejados com a variação de temperatura, aumentando assim resistência ao fluxo de calor. Na análise do método comparativo o fator de incrustação depende da temperatura de funcionamento e da velocidade dos fluidos, bem como o tempo de serviço. A incrustação aumenta com o aumento da temperatura e com a diminuição da velocidade (CENÇEL, et al. 2012, p.636).
2.3.1. Categorias das Incrustações
As incrustações podem ser classificadas dependo do tipo de serviço de transferência de calor, do fluxo de fluido e do tipo de aplicação. Devido a vários fatores que causam diversificações nas condições do processo, a maioria das situações de incrustação é praticamente única. Conforme a lista abaixo sugerida por Kakaç; Liu. (2012, p.244).
a) Incrustação particulada: Resultado do acúmulo de partículas sólidas suspensas nas correntes do processo sobre a superfície de troca térmica, exemplo: transporte de cinzas pelos gases de combustão caldeira; Contaminação de condensadores devido a deposição de poeira. b) Incrustação por cristalização: Resultado da cristalização de sais inorgânicos dissolvidos nas correntes de processo, que exibe supersaturação durante o aquecimento ou arrefecimento, exemplo: Sistemas de água de resfriamento que são propensos à deposição de cristais devido à presença de sais como carbonatos, silicatos, cálcio e magnésio.