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O favismo é um distúrbio hereditário que causa a deficiência de uma enzima chamada glicose-6-fosfato desidrogenase, ou G6PD.
Tipologia: Resumos
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Favismo O favismo é um distúrbio hereditário que causa a deficiência de uma enzima chamada glicose- 6 - fosfato desidrogenase, ou G6PD, para abreviar. A deficiência dessa enzima causa anemia em seus pacientes. O gene para esta enzima está localizado no cromossomo X do par de cromossomos sexuais, o que significa que uma mutação no gene G6DP em uma combinação XY leva a uma deficiência da enzima. Mulheres com combinações XX exigiriam que ambas as cópias dos cromossomos X tivessem uma mutação no gene. O gene está localizado na posição 28 no braço longo do cromossomo X e é denotado como Xq28. Existem 2 versões normais do gene G6PD – GdA+ e GdB. Pode haver centenas de diferentes mutações causadoras de doenças que podem ser categorizadas aproximadamente dependendo da origem - GdA- de origem africana e GdMed de origem mediterrânea. Nem todos os indivíduos com mutações neste gene terão uma deficiência na mesma medida. Alguns indivíduos têm apenas anemia hemolítica leve, que pode ser gerenciada e tratada, enquanto em outros indivíduos a resposta a certos medicamentos e alimentos pode ser fatal! O que é o G6PD e o que ele faz no corpo? G6PD é uma enzima que catalisa a primeira reação na via da pentose fosfato. A via da pentose fosfato é uma série elaborada de reações destinadas a criar mais de uma molécula chamada NADPH. As células usam o NADPH quando estão construindo novas biomoléculas ou como medida protetora contra o estresse oxidativo. O estresse oxidativo ocorre quando uma célula tem um acúmulo de certos radicais livres. Esses radicais livres são moléculas ou íons altamente reativos produzidos como subprodutos durante as reações metabólicas. Radicais livres como peróxido, radical hidróxido (OH–), superóxidos, oxigênio singlete (oxigênio com um elétron desemparelhado) e alfa-oxigênio são chamados de espécies reativas de oxigênio ou ROS. Essas ROS podem reagir com biomoléculas como proteínas, lipídios e ácidos nucléicos (DNA e RNA), fazendo com que se tornem defeituosas. Isso pode eventualmente levar à mutação ou morte celular. Como uma deficiência de G6PD causa favismo? Na maioria das células, uma deficiência de G6PD é boa, pois elas têm outras maneiras de se proteger do estresse oxidativo. A maioria das células do corpo produz certas proteínas protetoras em momentos de estresse celular. No entanto, isso não é verdade para seus glóbulos vermelhos (hemácias). As hemácias não têm núcleo ou material genético, portanto, não podem produzir novas proteínas, protetoras ou não. Eles, portanto, dependem apenas
de certos mecanismos de proteção embutidos. O NADPH produzido pelo G6PD desempenha um papel central nessa proteção. Como a G6PD é a primeira enzima na via da pentose fosfato, sua deficiência é um gargalo para o resto da via. Se o resto das reações na via não puderem acontecer rápido o suficiente, não haverá NADPH suficiente nas células, o que causa problemas. Como o NADPH protege a célula do estresse oxidativo? O NADPH interage com outra proteína chamada glutationa para proteger a célula dos radicais livres. A glutationa existe em duas formas - uma forma reduzida (GSH) e uma forma oxidada (GSSG). O primeiro passo da defesa antioxidante é o NADPH reduzindo GSSG para GSH. Essas moléculas de glutationa reduzidas reduzem os radicais livres, especialmente os peróxidos, que são as maiores ameaças aos eritrócitos. A redução dos radicais livres evita que eles causem estragos na célula. A glutationa retorna mais uma vez ao seu estado oxidado como GSSG esperando para ser reduzida por outra molécula de NADPH. Uma molécula de NADP+ é gerada na primeira reação, que segue para G6PD para ser reduzida novamente, repetindo o ciclo indefinidamente. Sem G6PD suficiente, o RBC terá uma escassez de NADPH. Sem NADPH, a glutationa não será capaz de reduzir os radicais livres, e o resultado será o caos! Os radicais livres anarquistas oxidam os lipídios que compõem a membrana celular e as proteínas que mantêm a membrana unida. As paredes dos eritrócitos ficam cada vez mais fracas até que se rompem, uma condição chamada anemia hemolítica. As hemácias que se abrem derramam seus radicais livres tóxicos em seus arredores, onde podem causar ainda mais danos às células circundantes. Como as favas pioram o favismo? As moléculas culpadas nos grãos são vicina e convicina. Essas moléculas, de outra forma inertes, são convertidas em um radical livre tóxico, divicina, por bactérias intestinais. Os intestinos absorvem a divicina, por isso acaba no sangue, onde representa um risco em indivíduos com favismo. A divicina produz mais radicais livres nas hemácias, que se acumulam, causando hemólise. Se muitas hemácias forem perdidas, uma pessoa terá um caso de anemia hemolítica!