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Farmacologia: Sulfas, Quinolonas, Antibióticos, Anti-helmínticos..., Notas de aula de Farmacologia

Anotações Farmacologia: SULFAS, QUINOLONAS E OUTROS QUIMIOTERÁPICOS ANTIINFECCIOSOS; TIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR: BETALACTÂMICOS; ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE PROTEICA

Tipologia: Notas de aula

2023

Compartilhado em 01/06/2025

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maria-julia-mendes-azevedo-1 🇧🇷

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Prova Oficial Farmacologia
Conceitos
Agonista: substâncias que se ligam a um receptor e produzem efeito terapêutico
Antagonista: substâncias que se ligam a um receptor e que não produz efeito terapêutico. Exemplo:
antídotos, que se ligam no mesmo receptor de outra molécula, sem produzir efeito. Nem todas as drogas
possuem antagonistas
Afinidade: é o quanto a molécula “gosta” de estar na presença de um receptor
Dose: A dose se refere à quantidade do medicamento necessária para promover a resposta terapêutica
Dosagem: A enquanto dosagem inclui, além da dose, a frequência de administração e a duração do
tratamento.
Meia vida: Tempo necessário para eliminação de 50% da concentração máxima de um fármaco
Dose Letal 50: é a dose necessária para produzir óbito de 50% da população pesquisada
Uso terapêutico: O tratamento terapêutico é um meio de descobrir a origem dos problemas do paciente e
ajudá-lo a enfrentar melhor o que lhe incomoda.
Uso profilático: A palavra profilático ou profilaxia refere-se a um conjunto de precauções que tem como
objetivo evitar uma doença. Um tratamento profilático é um tratamento preventivo
Uso metafilático: Metafilaxia nada mais é que a utilização de um antimicrobiano de longa ação, em doses
terapêuticas, injetável e destinado exclusivamente a um grupo de animais em situação de risco, para que
não se estimule a resistência antimicrobiana
Aditivo zootécnico: toda substância utilizada para influir positivamente na melhoria do desempenho dos
animais
Potência: Potência é a dose necessária para produzir 50% da eficiência máxima
Antibiótico tempodependende: a eficiência dele não depende da concentração e sim quanto tempo ele
passa acima da dose mínima
Antibiótico concentração-dependente: quanto maior a concentração acima da dose mínima, mais eficiente
ele se torna
Atividades bacteriostáticas e bactericida dos antimicrobianos
Quando o antimicrobiano inibe a multiplicação da bactéria, mas não a destrói, é chamado de
bacteriostático; com a suspensão da exposição ao antimicrobiano a bactéria volta a crescer. Já o
antimicrobiano bactericida exerce efeito letal sobre a bactéria, sendo esse efeito irreversível. Da mesma
forma são empregados os termos fungistático, fungicida, virustático e virucida
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Prova Oficial Farmacologia

Conceitos Agonista: substâncias que se ligam a um receptor e produzem efeito terapêutico Antagonista: substâncias que se ligam a um receptor e que não produz efeito terapêutico. Exemplo: antídotos, que se ligam no mesmo receptor de outra molécula, sem produzir efeito. Nem todas as drogas possuem antagonistas Afinidade: é o quanto a molécula “gosta” de estar na presença de um receptor Dose: A dose se refere à quantidade do medicamento necessária para promover a resposta terapêutica Dosagem: A enquanto dosagem inclui, além da dose, a frequência de administração e a duração do tratamento. Meia vida: Tempo necessário para eliminação de 50% da concentração máxima de um fármaco Dose Letal 50 : é a dose necessária para produzir óbito de 50% da população pesquisada Uso terapêutico: O tratamento terapêutico é um meio de descobrir a origem dos problemas do paciente e ajudá-lo a enfrentar melhor o que lhe incomoda. Uso profilático: A palavra profilático ou profilaxia refere-se a um conjunto de precauções que tem como objetivo evitar uma doença. Um tratamento profilático é um tratamento preventivo Uso metafilático : Metafilaxia nada mais é que a utilização de um antimicrobiano de longa ação, em doses terapêuticas, injetável e destinado exclusivamente a um grupo de animais em situação de risco, para que não se estimule a resistência antimicrobiana Aditivo zootécnico : toda substância utilizada para influir positivamente na melhoria do desempenho dos animais Potência: Potência é a dose necessária para produzir 50% da eficiência máxima Antibiótico tempodependende: a eficiência dele não depende da concentração e sim quanto tempo ele passa acima da dose mínima Antibiótico concentração-dependente: quanto maior a concentração acima da dose mínima, mais eficiente ele se torna → Atividades bacteriostáticas e bactericida dos antimicrobianos Quando o antimicrobiano inibe a multiplicação da bactéria, mas não a destrói, é chamado de bacteriostático; com a suspensão da exposição ao antimicrobiano a bactéria volta a crescer. Já o antimicrobiano bactericida exerce efeito letal sobre a bactéria, sendo esse efeito irreversível. Da mesma forma são empregados os termos fungistático, fungicida, virustático e virucida

Por que alguns antibióticos não são usados como bactericidas? Porque a dose bactericida é muito próxima da dose tóxica, a maior parte dos bacteriostáticos podem ser bactericidas em doses maiores → Causas de insucesso da terapia antimicrobiana

  • Tratamento de infecções não sensíveis, como a maioria das viroses;
  • Erro na escolha do antimicrobiano e/ou na sua posologia (dose, intervalo entre doses, duração do tratamento);
  • Resistência bacteriana, que pode ser natural ou adquirida;
  • A resistência bacteriana adquirida pode ser por mutação (ocorre por acaso) ou transferência de genes de resistência;
  • Quando ocorre a resistência bacteriana, o antimicrobiano atua como agente seletor, isto é, age sobre as bactérias sensíveis e observa-se, consequentemente, a proliferação das resistentes → Associação de Antimicrobianos “A associação de antimicrobianos deve refletir o conhecimento do médico-veterinário e não a prática condenável de se tentar atingir o agente etiológico ao acaso. Portanto, sempre que possível deve-se evitar a associação de antimicrobianos, porém em algumas situações se faz necessária”
  • Tratamento de infecções mistas, em que os microrganismos são sensíveis a diferentes antimicrobianos;
  • Para maior efeito terapêutico;
  • Tratamento de infecções graves de etiologia desconhecida;
  • Para obter-se sinergismo. Por exemplo, a combinação das sulfas com trimetoprima, em que ambos são agentes bacteriostáticos, porém associados têm efeito bactericida SULFAS, QUINOLONAS E OUTROS QUIMIOTERÁPICOS ANTIINFECCIOSOSSulfas As sulfas são um grupo de compostos químicos com amplo espectro de ação. Os termos sulfonamidas, sulfonamídicos ou simplesmente sulfas são comumente empregados como denominações genéricas dos derivados de para-aminobenzenossulfonamida (sulfonilamida). As sulfas foram os primeiros antimicrobianos eficazes utilizados por via sistêmica na prevenção e cura das infecções bacterianas, no homem e nos animais. → Mecanismo de Ação As sulfonamidas, quando administradas em concentrações terapêuticas, são bacteriostáticas e, em concentrações altas, são bactericidas, mas nessas concentrações podem causar graves reações adversas ao hospedeiro → Vias de Administração

Efeitos Tóxicos

  • danos na cartilagem articular de cães jovens e potros;
  • efeitos teratogênicos, portanto, contraindicada para animais em fase de crescimento, bem como em fêmeas prenhes.;
  • aparecimento de cristalúria em animais com urina alcalina;
  • em felinos, quadro caracterizado por degeneração da retina, levando normalmente à cegueira; Farmacocinética Após a administração por via oral (principal via de administração), as quinolonas são rapidamente absorvidas por animais monogástricos e pré-ruminantes. Por outro lado, o pico máximo de concentração sérica das quinolonas varia conforme a espécie animal Metronidazol
  • A administração do metronidazol se faz por via intravenosa (única parenteral) e, principalmente, por via oral.
  • Por possuir efeito mutagênico, não se indica seu uso em animais prenhes
  • O metronidazol é usado no tratamento de infecções causadas por bactérias anaeróbicas
  • O metronidazol também exerce ação em protozoários, como Giardia ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR: BETALACTÂMICOS Diferença entre Betalactâmicos e Aminoglicosídicos Os betalactâmicos interferem a síntese da parede celular das bactérias, enquanto os aminoglicosídicos agem na síntese do DNA e RNA, no núcleo da célula Ambos são bactericidas Betalactâmicos
  • Os antibióticos betalactâmicos são antimicrobianos tempo-dependente
  • Como a parede celular é uma estrutura fundamental para a manutenção da vida da bactéria, a supressão da sua síntese conduz à desintegração da célula. Portanto, os antimicrobianos que inibem a síntese da parede celular são bactericidas;
  • Algumas bactérias possuem a capacidade de produzir enzimas, como as betalactamases, que são capazes de degradar os betalactâmicos, tendo como consequência resistência bacteriana
  • Os genes que codificam as betalactamases podem ocorrer por meio de mutações ou transferência de carga genética Toxicidade e efeitos adversos

As penicilinas podem ser consideradas como antibióticos muito pouco tóxicos, mesmo em altas doses, uma vez que atuam em uma estrutura que não existe nas células dos animais: a parede celular. Entretanto, reações alérgicas podem ocorrer, embora sejam muito mais comuns em indivíduos da espécie humana Penicilinas Altas doses de penicilina G procaína podem causar excitação do sistema nervoso central (incoordenação motora, ataxia, excitação) e morte, particularmente em equinos. Ainda em equinos, não se deve administrar penicilina G procaína, pelo menos 2 semanas antes da competição, para evitar o resultado positivo no exame antidoping A administração oral de penicilinas pode romper o equilíbrio da flora intestinal e permitir a proliferação intestinal de Clostridium, particularmente em hamsters, gerbilos e coelhos Sempre quando for administrar penicilina oral, utilizar probióticos para evitar quadros de diarreia Cefalosporinas São divididas em 4 gerações, e à medida que avançam as gerações, mais eficientes se tornam ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE PROTEICAAminoglicosídeos A grande maioria dos antibióticos que interferem na síntese proteica dos microrganismos apresenta efeito bacteriostático; os aminoglicosídeos são a exceção; Os aminoglicosídeos são antibióticos bactericidas importantes para o tratamento de infecções causadas por bactérias gram-negativas. No entanto, a sua potencial toxicidade e seus resíduos em produtos de origem animal limitam sua utilização; Os aminoglicosídeos são antibióticos bactericidas que interferem na síntese proteica e para exercerem esse efeito há necessidade de penetrar na célula bacteriana; É por isso que antimicrobianos que interferem na síntese da parede celular, com os antibióticos beta lactâmicos, são associados aos aminoglicosídeos para obter efeito sinérgico, uma vez que facilitam a entrada desses últimos no interior da bactéria; Os aminoglicosídeos têm atividade bactericida concentração-dependente Resistência bacteriana

  • A resistência adquirida aos aminoglicosídios pode ser cromossômica ou carreada por plasmídios, sendo esta última mais frequente e conferindo resistência múltipla, envolvendo simultaneamente vários antimicrobianos.
  • Existem três mecanismos reconhecidos de resistência bacteriana aos aminoglicosídios: (1) alteração dos sítios de ligação no ribossomo; (2) redução da penetração do antibiótico no interior da bactéria;

Nematelmintos: corpo cilíndrico, alongado e não segmentado Platelmintos: corpo achatado e segmentado → Propriedades ideais dos anti-helmínticos Um medicamento anti-helmíntico ideal caracteriza-se por apresentar composição química estável; ação em estágios adultos e imaturos em desenvolvimento ou inibidos; ação em diversas espécies de helmintos; eficácia contra cepas resistentes a outros anti-helmínticos; não interferir no estabelecimento da imunidade; fácil administração; uso em dose única ou esquemas de curta duração; boa tolerabilidade pelo hospedeiro; alta margem de segurança (pelo menos seis vezes mais do que dose terapêutica); boa palatabilidade; compatibilidade com outros compostos; ausência de resíduos no leite e nos tecidos que possam requerer um longo período de carência e favorável relação custo/benefício → Via de Administração Os anti-helmínticos são administrados nos animais pelas vias oral, parenteral ou cutânea (pour-on e spot- on) → Biotransformação Muitos antiparasitários, após a primeira passagem hepática ou depois da primeira biotransformação, continuam farmacologicamente ativos, garantindo um tempo de performance maior e administração em dose única Quando o antiparasitário é biotransformado na primeira passagem hepática e depois eliminado, o tempo de meia vida é muito curto, perdendo a característica desejável de ser administrado em dose única, mantendo-se farmacologicamente ativos Quanto maior a associação com proteínas plasmáticas maior o tempo de circulação e, consequentemente, maior meia vida e maior tempo de ação Os antiparasitários são eliminados pela via biliar, pois são possuem tamanho suficiente para serem filtrados pelo rim → Fatores Relacionados com a eficácia de medicamentos anti-helmínticos

  1. Fatores relacionados com o medicamento Modo de ação As bases farmacológicas empregadas no tratamento dos helmintos interferem, principalmente, na produção de energia, na coordenação neuromuscular e na dinâmica microtubular, causando a destruição dos parasitos por inanição, quando são esgotadas suas reservas energéticas, ou a sua morte e expulsão decorrente de paralisia. AGENTES ANTICESTÓDIOS E ANTITREMATÓDEOS

Os anticestódios e antitrematódeos são medicamentos usados no controle de várias espécies de platelmintos em animais domésticos Modo de Ação Os substitutos fenólicos interferem no metabolismo respiratório dos helmintos, bloqueando a produção de energia por inibição da fosforilação oxidativa mitocondrial. Estes compostos impedem o aproveitamento das reações de oxirredução para produção de adenosina trifosfato (ATP), e a energia é perdida sob a forma de calor. Após o esgotamento de suas reservas energéticas, os parasitos morrem por inanição. São desacopladores da fosforilação oxidativa mitocondrial, interferindo na biotransformação energética do parasito. Farmacocinética Os fenólicos associam-se fortemente às proteínas plasmáticas, favorecendo a sua distribuição para os tecidos e a eliminação lenta no organismo. A biotransformação ocorre no trato gastrintestinal e no fígado. O medicamento e seus metabólitos são eliminados, principalmente, pelas fezes, através da via biliar. Meia vida e tempo de eliminação longos Efeitos Tóxicos A dose terapêutica é próxima a dose tóxica A margem de segurança destes fenólicos não é tão alta como a de outros compostos anti-helmínticos. Os animais apresentam boa tolerabilidade ao medicamento; entretanto, mesmo quando usado na dose recomendada, pode causar perda do apetite e diarreia. Em doses tóxicas, observam-se cegueira e sinais característicos de intoxicação por compostos desacopladores da fosforilação oxidativa, como: hiperventilação, hipertermia, convulsões e taquicardia Via de administração Oral e parenteral Associações de medicamentos anti-helmínticos São feitas para aumentar o espectro de ação ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS Cascata do ácido araquidônico O ácido araquidônico é um componente normal das nossas membranas celulares. Quando ocorre alguma lesão ou estímulo celular, nossa membrana celular também é lesada, e, então, há ativação da fosfolipase A2, que fosforila e libera o ácido araquidônico, iniciando o processo de inflamação O ácido araquidônico liberado servirá como substrato para duas vias enzimáticas distintas: a via das ciclooxigenases 1 (COX- 1 ) e via da COX- 2 Na década de 1990, verificou-se existirem pelo menos dois tipos de COX, que determinam no organismo diferentes funções fisiológicas: a ciclo-oxigenase 1 (COX-1) e a ciclo-oxigenase 2 (COX-2). Os produtos da

Circulação entero-hepática A circulação entero-hepática pode causar lesão da mucosa intestinal → Ácido Acetilsalicílico Promove inibição da agregação plaquetária, portanto não devem ser administrados em animais com trombocitopenia (deficiência de plaquetas) → Diclofenaco seu uso em cães tem sido restrito, devido ao desenvolvimento de sérios efeitos colaterais, principalmente os relacionados com sangramentos gástricos. → Carprofeno

  • Faz parte dos ácidos propiônicos
  • É utilizado principalmente em cães e equinos para obtenção de efeitos analgésicos (inclusive pré- cirurgicamente), e em cães é também indicado para o tratamento de osteoartrites
  • Ainda em cães, estudos mostram que esse anti-inflamatório é o mais seguro no que se refere aos efeitos indesejáveis sobre o trato gastrintestinal, sendo esta segurança relacionada nesta espécie a maior seletividade (afinidade) do caprofeno à COX-2 do que sobre a COX- → Cetoprofeno Também pode ser utilizado cães, porém é menos seletivo, ou seja, não é indicado mais de 5 dias de uso. Se passar disso o animal vai vomitar → Meloxicam
  • Bastante seletivo para COX-2, mais que o carprofeno
  • É considerado inibidor preferencial da COX- 2
  • Muito utilizado pelo seu poder anti-inflamatório e pós-operatório em cirurgia ortopédica
  • Muito utilizado em traumas agudos
  • Pode ser utilizado em felinos, entretanto seu uso não pode ser prolongado → Dipirona (metamizol)
  • Os mecanismos de ação anti-inflamatórios da dipirona não são completamente elucinados, já que age na COX-3, que é pouco conhecida
  • Ela é muito bem tolerada pelos animais
  • Meia vida de 5 a 6h
  • Usada para alívio de dores (analgésico leve) e controle de temperatura (antitérmico)
  • Como a aplicação intramuscular do medicamento aumenta o risco de reações locais e de formação de abscessos, esta via deve ser evitada