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Curso de Farmacologia Geral
Tipologia: Notas de estudo
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Curso de
Farmacologia Geral
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibligrafia Consultada.
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A falta de conhecimentos à cerca do funcionamento do organismo e o sentimento de que doença e morte eram assuntos semi-sagrados dificultavam o atendimento dos efeitos das drogas e facilitava o emprego de doutrinas autoritárias e nada científicas. Com o passar do tempo, as formas empíricas de tratar as doenças forma dando lugar aos sistemas terapêuticos mais definidos. A alopatia proposta por James Gregory no século XVIII dispunha como recursos terapêuticos somente a sangria, agentes eméticos e purgativos, cujos efeitos indesejáveis costumavam levar à morte muitos pacientes. Logo depois, no início do século XIX, Hahnemann introduziu os princípios da homeopatia. Muitos sistemas terapêuticos surgem e desaparecem ao longo do tempo, muitos deles baseados em princípios dogmáticos. Rang et al. (1997) comentam este fato de forma bastante contundente, conforme o fragmento de texto abaixo, transcrito destes autores: “Os sistemas terapêuticos cujas bases se assentam fora dos domínios da ciência estão, é claro, muito em prática hoje em dia, e vem até ganhando espaço sob o título de medicina ‘alternativa’ ou ‘holística’. Em sua maioria, rejeitam o ‘modelo médico’ que atribui a doença a um desarranjo subjacente da função normal que pode ser definido em termos bioquímicos e estruturais, detectado por meios objetivos e influenciado beneficamente por intervenções físicas ou químicas apropriadas. Dá maior importância, sobretudo ao mal- estar subjetivo, que pode estar associado ou não a doença. O abandono da objetividade na definição e na medida da doença segue junto com um afastamento similar dos princípios científicos em fixar a eficácia terapêutica. Disto resulta que princípios e práticas podem ganhar aceitação sem satisfazer a qualquer critério de validade para convencer os cientistas, validade exigida por lei antes que uma nova droga possa ser introduzida numa terapia. Como acontece com os” secadores de mãos elétricos”, a aceitação pública tem pouco a ver com a eficácia demonstrável; isso talvez seja esperado numa economia de mercado.” A indústria farmacêutica tem evoluído e se modernizado muito ao longo do século XX e graças aos avanços da química e dos métodos biotecnológicos, uma infinidade de produtos se encontram disponíveis para o uso na prática clínica. Os produtos químicos sintéticos começaram a serem introduzidos na década de 20. Os primeiros fármacos efetivamente desenvolvidos em laboratório foram às sulfas, descobertas por Domagk a
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partir do corante prontosil. Depois vieram os antibióticos, que tornaram possível a cura de uma série de enfermidades infecciosas antes tidas como verdadeiros flagelos da humanidade. O desenvolvimento dos fármacos anti-hipertensivos representou uma vitória na luta pela longevidade, o que reduziu significativamente a mortalidade pelas doenças vasculares. Dentre uma série de outras descobertas, podemos citar a dos neurolépticos, aos quais proporcionam melhoras significativas na qualidade de vida dos pacientes psiquiátricos e destaque deve ser dado aos agentes imunossupressores que participaram e participam do grande êxito no transplante de órgãos. Os produtos naturais ainda são importantes, sobretudo na quimioterapia visando o tratamento das doenças infecciosas, mas os produtos sintéticos estão se tornando cada vez mais numerosos. Com o avanço da biotecnologia, principalmente através do domínio da técnica do DNA recombinante, hoje existe uma gama de novos agentes terapêuticos na forma de anticorpos, enzimas, hormônios, fatores de crescimento e citosinas. Mais recentemente tem se realizados ensaios visando à terapia gênica, onde se introduz novo segmento de DNA no genoma do indivíduo para adicionar, restaurar ou substituir genes ausentes ou anormais no sentido de reparar defeitos inatos do metabolismo. Diante do exposto acima, deve-se dizer que a compreensão de como as drogas ou outros compostos agem nos componentes do corpo em nível molecular deve aprimorar-se acentuadamente nos anos vindouros. Este conhecimento vai oferecer boa base para o uso racional de drogas na terapia medicamentosa, assim como fornecer uma base para o desenvolvimento de novas drogas com um mínimo de efeitos colaterais indesejáveis. Assim, podemos concluir que o estado da farmacologia reveste-se de grande importância para os profissionais que militam no campo das ciências biomédicas, onde as drogas se constituem em ferramentas importantes, seja na prática clínica, ou seja, na experimentação biológica ou biotecnológica. Em termos gerais, de uma forma mais didática, a farmacologia, bem como as drogas, podem ser caracterizadas e a farmacologia correlacionada com as demais áreas do conhecimento conforme o fluxograma e a figura abaixo:
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A Farmacologia pode ser vista como uma vasta área do conhecimento científico e nas suas diferentes abordagens pode se subdividir em cerca de seis áreas principais. Optamos pela divisão proposta abaixo, apesar de que, consultando os diferentes autores podemos observar algumas diferentes quanto à inclusão ou não de determinadas subdivisões. As diferentes áreas da farmacologia são as seguintes: a) Farmacodinâmica (do grego dýnamis = força): Estuda o mecanismo de ação dos fármacos, as teorias e conceitos relativos ao receptor farmacológico, a interação droga-receptor, bem como os mecanismos moleculares relativos ao acoplamento entre a interação da droga com o tecido alvo e o efeito farmacológico; b) Farmacocinética (do grego knetós = móvel): Estuda o caminho percorrido pelo medicamento no organismo. A farmacocinética corresponde às fases de absorção, distribuição e eliminação (biotransformação e excreção) das drogas. Através da farmacocinética se consegue estabelecer relações entre a dose e as mudanças de concentração das drogas nos diversos tecidos em função do tempo; c) Farmacotécnica: Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos medicamentos, visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos benéficos no organismo; d) Farmacognosia (do grego gnósis = conhecimento): Cuida da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos a partir de produtos naturais de origem animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso terapêutico; e) Farmacoterapêutica: Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades, enquanto o termo terapêutico é mais abrangente, envolvendo não só o uso de medicamentos, como também outros meios para a prevenção, diagnóstico e tratamento das enfermidades. Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros; f) Imunofarmacologia: Área relativamente nova que tem se desenvolvido muito nos anos graças à possibilidade de se interferir, através do uso de drogas, na realização dos transplantes e de se utilizar com fins terapêuticos substâncias normalmente participantes da resposta imunológica. Além disso, se verifica
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uma grande inter-relação entre farmacologia e imunologia quando se considera o desenvolvimento cada vez maior de drogas capazes de interferir com as diversas fases do processo inflamatório.
A Toxicologia é uma ciência muito próxima da farmacologia e alguns autores a considerarem como parte desta última pelo fato de haver sobreposição de interesses e técnicas entre elas. A Toxicologia estuda os agentes tóxicos, sendo que estes podem ser quaisquer substâncias químicas ou agentes físicos capazes de produzir efeitos nocivos a organismo vivo. Vale ressaltar que o interesse da toxicologia esta voltada para os efeitos nocivos dos diversos agentes.
Conceitos e Termos Mais Usados em Farmacologia
Ao se iniciar no estudo da farmacologia é necessário que se observe alguns conceitos que são bastante usados e que se faça à devida distinção entre eles para a melhor compreensão dos demais aspectos relativos ao conteúdo a ser abordado mais à frente. Abaixo listamos alguns dos conceitos mais importantes.
Droga: Qualquer substância química, exceto aquelas que servem como alimento, capaz de produzir efeito farmacológico em um organismo ou tecido vivo. Vale ressaltar que as drogas não criam funções no organismo, mas simplesmente as alteram. Os efeitos provocados pelas drogas podem ser tanto benéficos quanto maléficos. Remédio: Do Latim remedium (re = inteiramente mais mederi = curar). Remédio é uma palavra normalmente usada pelo leigo como sinônimo de medicamento ou especialidade farmacêutica. Portanto, remédio pode ser tudo aquilo que cura ou evita as enfermidades. Não só as substâncias químicas podem ser consideradas como remédios, mas também alguns agentes físicos como massagens, duchas e etc. Tóxico ou veneno: Por tóxico ou veneno compreende-se uma droga ou uma preparação com drogas que produz efeito farmacológico maléfico. Iatrogenia ou Iatrogênese: Quando um medicamento é administrado a um indivíduo provoca uma lesão ou uma doença de forma não intencional, dizemos que houve uma
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Preparações líquidas
Soluções – Misturas homogêneas do soluto que é base farmacológica com o solvente que é o veículo. Pode se destinar ao uso sob a forma de gotas. Suspensões – Misturas heterogêneas, sendo que o soluto se deposita no fundo do recipiente necessitando de homogeneização no momento do uso. Emulsões-Substâncias oleosas dispersas em meio aquoso, apresentando separação de fases. Xaropes – Soluções aquosas onde o açúcar em altas concentrações é utilizado como corretivo. Pode conter cerca de dois terços do seu peso em sacarose. Elixires – Soluções hidroalcoólicas para uso oral, açucaradas ou glicerinadas contendo substâncias aromáticas e as bases medicamentosas. Loções – Soluções alcoólicas ou aquosas para uso tópico. Linimentos - Similares aos anteriores, mas com veículo oleoso.
Preparações sólidas
Comprimidos – Forma farmacêutica de formato variável, em geral discóide, obtida por compressão. Na maioria dos casos contém uma ou mais drogas, aglutinante e excipiente adequados, prensados mecanicamente. Drágeas – Similares aos anteriores, mas com revestimento gelatinoso que impede a desintegração nas porções superiores do trato digestivo. O revestimento protetor apresenta várias camadas contendo substâncias ativas ou inertes. Costumam ser coloridas e polidas utilizando-se cera carnaúba no polimento. Cápsulas – Uma ou mais drogas mais excipientes não prensados e colocados em um invólucro gelatinoso ou amiláceo. Pílulas – Associação do princípio ativo com um aglutinante viscoso. Supositórios - Apresentações semi-sólidas para uso retal, que se fundem à temperatura corporal pela presença de manteiga de cacau, glicerina ou polietilenoglicol. Óvulos e Velas - Apresentações semi-sólidas para uso ginecológico, cuja diferença entre si é a forma.
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Preparações Pastosas
São preparações semi-sólidas normalmente destinadas ao uso tópico. Como exemplos temos as seguintes: geléias, cremes, pomadas, ungüentos e pastas, em ordem crescente de viscosidades. Diferem também pelos veículos que são gelatinosos nas geléias, oleosos nas pomadas e aquosos nos demais.
Dose Efetiva Mediana (DE 50 ) é a Dose Letal (DL 50 ) e Índice Terapêutico
Dose efetiva mediana (DE 50 ) é a base para produzir determinada intensidade de um efeito em 50% dos indivíduos. Doses outras que produzem a mesma intensidade do efeito em outras proporções percentuais são designadas DE 20 , DE 80 e etc. Quando o efeito observado é a morte dos animais de experimentação, registra-se a dose letal. DL 50 significa que morreram 50% dos animais com a dose empregada, DL 20 , que morreram 20% dos animais e assim por diante. Acredita-se hoje, que o teste de determinação da DL 50 , anteriormente considerado como parâmetro fundamental para a definição da toxicidade química, tenha perdido grande parte de sua credibilidade, especialmente em relação a fármacos destinados ao uso terapêuticos. Devido aos problemas relacionados abaixo, ele mede apenas a mortalidade e não a toxicidade subletal.
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racionalidade no mercado e garanta o uso correto de medicamento. Esta tarefa é sem dúvida para o farmacêutico. Em 1960 surgiu o primeiro conceito de Farmácia Clínica, definido como a parte da farmácia que trata do cuidado do enfermo com particular ênfase na terapia farmacológica, seus efeitos adversos e interações indesejáveis. Em 1990 foi descrito o conceito de Atenção Farmacêutica, como a prestação responsável de cuidados integrais relacionados com a medicação tendo como objetivo a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Ambos os conceitos estabelecem novos papéis e responsabilidades para o farmacêutico, orientado ao cuidado e assessoramento do paciente em todos os aspectos relacionados com o uso dos medicamentos, ou seja, o papel do farmacêutico que no passado se orientava ao produto, na atualidade se orienta ao paciente. A farmácia Clínica supôs a introdução da prestação de serviços farmacêuticos orientados ao paciente. Houve uma evolução e os serviços não somente se orientaram ao paciente, como também os farmacêuticos passam a se conscientizar de que sua intervenção melhoraria a qualidade de vida dos pacientes. Em 1995, em uma conferência sobre “As direções para prática clínica em farmácia”, patrocinada pela ASPH (American Society of Hospital Pharmacisitis, hoje denominada American Society of Health-System Pharmacist), na qual Hepler apontava que deveria ser estabelecido um compromisso para desenvolver a Farmácia como uma verdadeira profissão clínica. Indicava que “deveria existir um convênio ou pacto entre os farmacêuticos e seus pacientes e, por extensão, entre a profissão de Farmácia e a Sociedade”. Sem saber que Brodie havia usado o termo sete anos antes Hepler descreveu na sua idéia como atenção farmacêutica em outra reunião na Carolina do Sul, em 1987: “Proponho que os farmacêuticos clínicos mudem sua ênfase de realizar somente funções isoladas aos pacientes e aceitam uma parcela de responsabilidade na atenção ao paciente”. Em 1988, Hepler descreveu a atenção farmacêutica como “uma relação pactuada entre um farmacêutico e um paciente, na qual o farmacêutico leva a cabo as funções de controle do uso dos medicamentos, governado pela consciência e o compromisso de interesse pelo paciente”.Strand define como, “o componente da prática da farmácia que
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supõe a interação direta do farmacêutico com o paciente, com a finalidade de atender às necessidades do mesmo relacionadas com medicamentos”. Em qualquer âmbito da prática profissional, os farmacêuticos têm diante de si um grande desafio. Ou se integram profissionalmente ao sistema, assumindo novos e protagônicos papéis na informação sobre medicamentos, o tratamento de patologias menores e racionalização dos custos sanitários, ou continuam com a deteriorização profissional onde as técnicas de comercialização cedo ou tarde, os deixarão de lado. Esta crise de identidade atravessa o farmacêutico á que justifica uma mudança rápida, enérgica e penetrante. A farmacologia clínica evoluiu com a necessidade de se comprovar a eficácia e segurança dos fármacos em seres humanos, em função das leis que regulamentam o desenvolvimento, produção e comercialização dos medicamentos. Atualmente, a Farmacologia Clínica é a expressão contemporânea do emprego do método científico para a racionalização da terapêutica medicamentosa. Os ensaios clínicos, os quais seguem princípios éticos e científicos de experimentação, são os responsáveis pelas bases da avaliação de eficácia e segurança dos fármacos. O ensino da farmacologia clínica e a pesquisa com medicamentos é uma realidade recente no país. Portanto, os profissionais da área de saúde, médicos, biomédicos, farmacêuticos e enfermeiros, que trabalham ou pretendem trabalhar nas indústrias farmacêuticas, nas empresas privadas que pesquisam e monitorizam medicamentos (contract research organizations) ou nas instituições públicas de vigilância sanitária, não recebem a devida qualificação durante a sua formação acadêmica.
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oral em indivíduos apresentando distúrbios digestivos, tais como vômito ou diarréia.
Na utilização por via oral, para que o medicamento atinja os locais onde possa haver absorção, é necessário que haja deglutição, o que por si, limita o emprego da via em pacientes impossibilitados de realizar tal função. No estômago ocorre à absorção de uma pequena parcela do total que é absorvido, o que seria de se esperar, pelas características estruturais da mucosa gástrica o que não lhe confere grande capacidade absortiva. Alguns medicamentos, sobretudo aqueles de características básicas, podem permanecer por algum motivo no estômago sem ser absorvido, sendo este segmento do trato digestivo responsável por modificar o tempo de latência desses fármacos. No terço inicial do intestino delgado se faz grande parte da absorção, sendo este segmento de grande relevância no processo. Como vantagem da utilização da via oral poderíamos citar a facilidade ou praticidade na administração do medicamento, o que acarreta em uma série de outras vantagens. Como desvantagens podemos incluir o fato do medicamento ser irritante para a mucosa do trato gastrointestinal ou ainda ser instável nas condições físico-químicas proporcionadas pelas secreções digestivas. Na maioria das vezes, após a absorção, a passagem do fármaco dos vasos mesentéricos ao sistema porta e a posterior passagem pelo fígado resulta em remoção e metabolização de parte do mesmo pelo fígado no chamado metabolismo de primeira passagem. Deve-se relatar também a incompatibilidade da utilização da via
Absorção por via oral e o conceito de biodisponibilidade A absorção através do trato digestivo depende de uma série de fatores, tais como: mobilidade do trato gastrointestinal, valores de pH no local de absorção, tamanho das
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corre entre os antibióticos do grupo das tetraciclinas e íons metálicos como
preparações e que elas são comparáveis quanto a biodisponibilidade.
IA MUCOSA ORAL (SUBLINGUAL OU ENTERAL TRANSMUCOSA)
da preparação, que não pode ser desagradável, para ser administrada por esta via.
IA RETAL
o da via endovenosa. A via retal exige preparações ou formas farmacêuticas adequadas.
partículas de preparação e interação físico-química com o conteúdo (por exemplo a interação que o o cálcio) O termo biodisponibilidade se refere à quantidade de uma preparação terapêutica que é absorvida e torna-se efetivamente disponível no local de ação da droga ou, ainda, pode ser considerada como a fração da dose ingerida de um fármaco que tem acesso à circulação sistêmica, a qual é afetada diretamente pelos fatores que interferem na absorção ou pela metabolização na parede intestinal ou no fígado antes de atingir a circulação sistêmica. Quando as duas preparações de um mesmo fármaco se equivalem do ponto de vista de eficácia clínica, dizemos que há bioequivalência entre as
A absorção de alguns fármacos por esta via é relativamente rápida com a vantagem de atingir a circulação sistêmica sem sofrer o metabolismo de primeira passagem no fígado ou nos enterócitos. Por essa via são administradas drogas com ação vasodilatadora como o trinitrato de gliceril objetivando uma resposta rápida. Tem que se levar em conta o sabor
O uso desta via é relativamente esporádico visando o tratamento de afecções locais, bem como visando uma ação sistêmica. A absorção de drogas por via retal muitas vezes não é confiável, mas pode se constituir em uma opção para pacientes incapacitados de receber medicamentos por outras vias, como por exemplo, naqueles apresentando vômitos, crises convulsivas e pós-operatório que empeça a utilização da via oral ou desidratação grave que dificulte a utilizaçã
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tramuscular se caracteriza de uma man
administração. As soluções anisotônicas e irritantes para os tecidos devem ser evitadas.
IA INTRAVENENOSA OU ENDOVENOSA (I.V.)
cessiva. O veículo utilizado na preparação deve ser aquoso ou aquamiscível.
prática veterinária, a via subcutânea pode apresentar vantagens do ponto de vista prático.
Quando a droga é administrada por via intramuscular ela entra em contato com uma grande superfície absortiva, que é particularmente proporcionada pela irrigação exuberante que o tecido muscular apresenta. A via in eira geral por proporcionar uma absorção rápida. É uma via que exige cuidados na sua utilização, assim como todas as parenterais devido à possibilidade de lesar nervos ou atingir vasos durante a
A aplicação endovenosa consiste em administrar o medicamento diretamente no leito vascular, portanto nesta via considera-se que não há absorção. Utiliza-se essa via para se obter um efeito imediato, reduzindo-se o tempo de latência. A via intravenosa ou endovenosa permite a administração de grandes volumes, desde que observada a velocidade de aplicação, e permite o uso de soluções anisotônicas com o líquido extracelular. A superdosagem na via endovenosa é de fácil controle e deve se observar o risco de provocar embolias quando são utilizadas substâncias gasosas ou soluções oleosas e o risco de uma sobrecarga de volume ou hipervolemia na administração de quantidade ex
A aplicação por via subcutânea nas regiões onde a pele é mais distensível permite a administração de volumes maiores de uma preparação. A aplicação em massa seja nas campanhas de vacinação em humanos ou no tratamento feito em grandes rebanhos na
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Formas de aumentar ou reduzir a absorção nas diversas vias de administração
AU MENTAR A ABSORÇÃO REDUZIR A ABSORÇÃO Compressas Quentes Associação com Vasoconstritores
Massagem no local de Injeção Com^ enta
Formas Farmacêuticas Especiais primidos de Liberação L Uso de Veículo oleoso Uso de sais pouco solúvel do fármaco Associação com Hialuronidase Implante subcutâneo de preparações sólidas
o por exemplo, o salbutamol ou outras drog
em certas situações de emergência como é o caso da atropina ou da adrenalina.
Algumas drogas são utilizadas por inalação como os anestésicos inalatórios na forma de gases ou líquidos voláteis, onde o pulmão funciona tanto como uma via de administração como de eliminação. As trocas do sangue com o ar alveolar são rápidas em decorrência da grande superfície absortiva e a grande vascularização, o que permite ajustes rápidos na concentração plasmática. Fármacos que agem diretamente sobre os pulmões também podem ser administrados por inalação na forma de aerossóis visando uma ação mucolítica ou broncodilatadora, com as utilizadas nas crises de asma brônquica. O cromoglicato pode ser utilizado no tratamento da asma inalado na forma de pó e ainda, algumas drogas podem ser administradas por via endotraqueal com o auxílio de uma sonda