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Os anti-hipertensivos, fármacos que atuam no sistema cardiovascular, com foco na regulação da pressão arterial. Apresenta informações sobre a classificação da pressão arterial, mecanismos de ação dos barorreceptores e do sistema renina-angiotensina-aldosterona (sraa), e a importância da homeostase. Além disso, descreve as principais classes de anti-hipertensivos, incluindo diuréticos, antagonistas adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina (iecas) e antagonistas do receptor da angiotensina ii (ara ii), com seus mecanismos de ação, efeitos adversos e indicações.
Tipologia: Notas de estudo
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12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular PRESSÃO ARTERIAL (PA) A pressão arterial (PA) é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias, sendo um dos principais sinais vitais usados para avaliar a saúde cardiovascular. A PA é expressa em dois valores: a pressão sistólica (o pico durante a contração do coração) e a pressão diastólica (a pressão quando o coração está em repouso entre as batidas), como em "120/80 mmHg". CÁLCULO DA PRESSÃO ARTERIAL VALORES DE REFERÊNCIA Para adultos, a pressão arterial normal é considerada abaixo de 120 mmHg para a sistólica e 80 mmHg para a diastólica. Valores superiores a 140/ mmHg indicam hipertensão. A classificação da pressão arterial é a seguinte: Normal: <120/80 mmHg Elevada: 120-129/<80 mmHg Hipertensão Estágio 1: 130-139/80- 89 mmHg Hipertensão Estágio 2: ≥140/≥ mmHg. IMPORTÂNCIA DA PRESSÃO ARTERIAL A monitorização da pressão arterial é crucial, pois níveis elevados podem levar a complicações graves, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e insuficiência renal. A hipertensão é uma condição comum e muitas vezes assintomática, mas pode causar danos significativos ao longo do tempo. IMPORTÂNCIA DA REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL A regulação da pressão arterial (PA) é crucial para garantir uma perfusão tecidual adequada, que é essencial para o funcionamento adequado dos órgãos e sistemas do corpo. A desregulação, seja por hipotensão (pressão baixa) ou hipertensão (pressão alta), pode resultar em sérios problemas de saúde, incluindo danos aos órgãos e risco aumentado de eventos cardiovasculares. HOMEOSTASIA A homeostasia refere-se à capacidade do corpo de manter um ambiente interno estável. A regulação da PA é uma parte fundamental desse processo, pois a pressão arterial deve ser mantida dentro de uma faixa ideal para
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular assegurar que todos os tecidos recebam oxigênio e nutrientes adequados. MECANISMOS DE REGULAÇÃO REGULAÇÃO IMEDIATA: BARORRECEPTORES Os barorreceptores são sensores localizados nas paredes das artérias, especialmente no seio carotídeo e no arco aórtico. Eles detectam alterações na pressão arterial e enviam sinais ao sistema nervoso central para ajustar rapidamente a pressão arterial. Este mecanismo é responsável por respostas rápidas, como a alteração da frequência cardíaca e do tônus vascular, para restaurar a pressão arterial a níveis normais em questão de segundos. REGULAÇÃO TARDIA: SISTEMA RENINA- ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA (SRAA) O SRAA é um sistema hormonal que atua de forma mais lenta, regulando a pressão arterial através do controle do volume sanguíneo. Quando a pressão arterial cai, o rim libera renina, que inicia uma cascata que resulta na produção de angiotensina II, um potente vasoconstritor, e na liberação de aldosterona, que promove a retenção de sódio e água, aumentando assim o volume sanguíneo e a pressão arterial. HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH) O ADH, também conhecido como vasopressina, é liberado pela glândula pituitária em resposta a níveis elevados de osmolaridade ou baixa pressão arterial. Ele atua nos rins para aumentar a retenção de água, contribuindo para o aumento do volume sanguíneo e, consequentemente, da pressão arterial. HORMÔNIO ATRIAL NATRIURÉTICO (ANP) O ANP é liberado pelos átrios do coração em resposta ao aumento da pressão arterial. Ele promove a excreção de sódio e água pelos rins, ajudando a reduzir o volume sanguíneo e a pressão arterial. Este mecanismo é uma forma de contrabalançar o efeito dos sistemas que aumentam a pressão arterial. DICAS PARA MEMORIZAR BARORRECEPTORES: LEMBRE-SE DE QUE SÃO "SENSORES DE PRESSÃO" QUE RESPONDEM RAPIDAMENTE A MUDANÇAS. SRAA: PENSE NO SRAA COMO UM "SISTEMA DE EMERGÊNCIA" QUE ENTRA EM AÇÃO QUANDO A PRESSÃO CAI, AUMENTANDO O VOLUME SANGUÍNEO. ADH: ASSOCIE O ADH À "RETENÇÃO DE ÁGUA" PARA LEMBRAR QUE AJUDA A AUMENTAR A PRESSÃO ARTERIAL. ANP: LEMBRE-SE QUE O ANP É COMO UM "FREIO" QUE REDUZ A PRESSÃO ARTERIAL QUANDO ELA ESTÁ ALTA. MECANISMOS DE AÇÃO NA REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL A regulação da pressão arterial (PA) é um processo complexo que envolve
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular BARORRECEPTORES: MECANISMOS DE AÇÃO E REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Os barorreceptores são mecanorreceptores localizados principalmente nas paredes do seio carotídeo e do arco aórtico. Eles desempenham um papel crucial na regulação da pressão arterial (PA) ao detectar variações na pressão sanguínea e enviar informações ao sistema nervoso central, que então ajusta a resposta cardiovascular de acordo. LOCALIZAÇÃO E ESTRUTURA Seio Carotídeo: Sensores localizados na bifurcação da artéria carótida comum, sensíveis a alterações na pressão arterial. Arco Aórtico: Barorreceptores localizados na parte superior da aorta, também responsivos a mudanças na pressão arterial, mas mais focados em detectar aumentos. Esses receptores são terminações nervosas livres que se ativam pela deformação mecânica das paredes arteriais, causada pela pressão do sangue. Eles estão envolvidos em uma rede de neurônios que transmitem informações ao tronco encefálico, onde são integradas e processadas. MECANISMO DE AÇÃO Detecção de Pressão: Quando a pressão arterial aumenta, os barorreceptores se esticam, resultando em um aumento da frequência de disparo dos nervos aferentes. O contrário ocorre quando a pressão arterial diminui. Resposta do Sistema Nervoso Central: As informações dos barorreceptores são enviadas ao núcleo do trato solitário no tronco encefálico, que coordena a resposta autonômica. Isso envolve: Aumento do Tônus Simpático: Em resposta a uma queda na pressão arterial, o sistema simpático é ativado, levando a um aumento da frequência cardíaca e da contratilidade do coração, além de vasoconstrição, o que eleva a pressão arterial. Aumento do Tônus Parassimpático: Quando a pressão arterial está elevada, o tônus parassimpático aumenta, resultando em bradicardia (diminuição da frequência cardíaca) e vasodilatação, que ajudam a reduzir a pressão arterial. IMPORTÂNCIA NA REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Os barorreceptores são fundamentais para a manutenção da pressão arterial dentro de uma faixa estreita, permitindo ajustes rápidos em resposta a mudanças na atividade física ou em situações
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular de estresse. Eles ajudam a prevenir flutuações extremas na pressão arterial, que podem ser prejudiciais ao organismo. A disfunção dos barorreceptores, como ocorre em hipertensão crônica, pode levar a uma resposta inadequada às alterações da pressão arterial, aumentando o risco de complicações cardiovasculares. SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA (SRAA) O Sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona (SRAA) é um importante mecanismo hormonal envolvido na regulação da pressão arterial (PA). Ele atua de forma mais lenta que o reflexo barorreceptor, mas desempenha um papel crucial no controle do volume sanguíneo e, consequentemente, da PA. ATIVAÇÃO DO SRAA O SRAA é ativado em resposta a uma diminuição da pressão arterial ou da perfusão renal. Isso leva a uma cascata de eventos: Diminuição da PA causa diminuição da perfusão renal, detectada pelos mecanorreceptores nas arteríolas aferentes do rim. Pró-renina é convertida em renina pelas células justaglomerulares do rim. Renina catalisa a conversão de angiotensinogênio em angiotensina I. Angiotensina I é convertida em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA). AÇÕES DA ANGIOTENSINA II A angiotensina II é o principal efetor do SRAA e exerce múltiplas ações: Vasoconstrição: Aumenta a resistência vascular periférica, elevando a pressão arterial. **Estimulação da secreção de aldosterona pelas glândulas adrenais. Aumento da sede e da ingestão de sal. Estimulação da liberação de vasopressina (ADH) pela hipófise posterior. PAPEL DA ALDOSTERONA A aldosterona é um hormônio mineralocorticoide secretado pelas glândulas adrenais em resposta à angiotensina II. Suas principais ações são: Aumento da reabsorção de sódio e água nos túbulos renais, elevando o volume sanguíneo. Excreção de potássio pelos rins. REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL O SRAA regula a pressão arterial média por meio da regulação do volume
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular O ADH é vital para a manutenção do equilíbrio hídrico e da pressão arterial no corpo. Sem a ação adequada do ADH, o organismo não conseguiria regular eficientemente a quantidade de água, levando a desequilíbrios que podem afetar a saúde geral. A regulação do ADH é, portanto, essencial para prevenir distúrbios relacionados ao equilíbrio de fluidos e à pressão arterial. HORMÔNIO ATRIAL NATRIURÉTICO (FATOR NATRIURÉTICO ATRIAL) O hormônio atrial natriurético (FNA), também conhecido como peptídeo natriurético atrial (PNA), é um hormônio produzido pelas células musculares do átrio direito do coração. Ele desempenha um papel fundamental na regulação do volume sanguíneo e da pressão arterial, atuando como um agente diurético e natriurético. FUNÇÕES DO FATOR NATRIURÉTICO ATRIAL Diurese e Natriurese: O FNA promove a excreção de sódio (natriurese) e água (diurese) pelos rins. Isso ocorre ao inibir a reabsorção de sódio nos túbulos renais, resultando em um aumento da produção de urina e na diminuição do volume do fluido extracelular. Vasodilatação: O FNA tem um efeito vasodilatador, que ajuda a reduzir a resistência vascular periférica. Isso contribui para a diminuição da pressão arterial. Inibição do SRAA: O FNA inibe a secreção de renina e aldosterona, hormônios que normalmente promovem a retenção de sódio e água, ajudando assim a regular a pressão arterial e o volume sanguíneo. Regulação do Volume Sanguíneo: O FNA é liberado em resposta ao aumento da pressão atrial, que ocorre quando há sobrecarga de volume. Ele atua para normalizar a volemia e a pressão arterial, equilibrando os efeitos de outros hormônios como a angiotensina II. MECANISMO DE AÇÃO Receptores: O FNA atua principalmente nos rins e vasos sanguíneos, onde se liga a receptores específicos que desencadeiam a produção de guanosina monofosfato cíclico (cGMP). Este segundo mensageiro é responsável por mediar os efeitos diuréticos e vasodilatadores do hormônio. Efeitos no Sistema Nervoso Central: Embora o FNA não cruze a barreira hematoencefálica, ele pode influenciar áreas do sistema nervoso central que regulam a pressão arterial e o balanço hídrico, inibindo a secreção de vasopressina e corticotrofina. IMPORTÂNCIA CLÍNICA O FNA tem potencial terapêutico em várias condições, como insuficiência
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular cardíaca congestiva, hipertensão essencial e cirrose hepática. Sua capacidade de promover diurese e vasodilatação sem os efeitos colaterais dos medicamentos tradicionais o torna um candidato promissor para o tratamento de doenças cardiovasculares. DICAS PARA MEMORIZAR FUNÇÃO PRINCIPAL: LEMBRE-SE DE QUE O FNA É UM "HORMÔNIO DA DIURESE" QUE AJUDA A ELIMINAR SÓDIO E ÁGUA DO CORPO. EFEITO VASODILATADOR: PENSE NO FNA COMO UM "RELAXANTE" DOS VASOS SANGUÍNEOS, AJUDANDO A REDUZIR A PRESSÃO ARTERIAL. INIBIÇÃO DO SRAA: ASSOCIE O FNA À "OPOSIÇÃO" AO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA, JÁ QUE ELE REDUZ A RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA. HIPERTENSÃO – DEFINIÇÃO A hipertensão arterial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é definida como uma condição caracterizada por uma elevação crônica da pressão arterial sistólica e/ou diastólica. Essa condição é reconhecida como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e pode resultar em complicações graves, como infartos e derrames. CARACTERÍSTICAS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL Esforço Cardíaco Aumentado: O coração precisa trabalhar mais para bombear o sangue contra uma pressão arterial elevada, o que pode levar a um aumento do tamanho do coração e a alterações estruturais, como a hipertrofia ventricular esquerda. Alterações Metabólicas e Hormonais: A hipertensão está frequentemente associada a alterações no metabolismo e na regulação hormonal, afetando a homeostase do corpo. Isso inclui desregulações no sistema renina-angiotensina- aldosterona e na liberação de hormônios como o hormônio antidiurético (ADH) e o fator natriurético atrial. CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO A hipertensão é diagnosticada quando os níveis pressóricos estão consistentemente acima de 140 mmHg para a pressão sistólica e/ou 90 mmHg para a diastólica. A condição é muitas vezes assintomática, levando a um diagnóstico tardio em muitos casos. Estima-se que cerca de 32% da população adulta brasileira tenha hipertensão, com uma alta taxa de não diagnóstico e tratamento inadequado. IMPORTÂNCIA DA DETECÇÃO E TRATAMENTO A hipertensão é uma "doença silenciosa", pois frequentemente não apresenta sintomas visíveis até que complicações sérias ocorram. O tratamento eficaz é crucial para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida. A OMS ressalta a importância do controle da hipertensão para reduzir a mortalidade e a
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM ADULTOS NORMAL: Pressão Sistólica (PAS): < 130 mmHg Pressão Diastólica (PAD): < 85 mmHg NORMAL LIMÍTROFE: Pressão Sistólica (PAS): 130- mmHg Pressão Diastólica (PAD): 85- mmHg HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 (LEVE): Pressão Sistólica (PAS): 140- mmHg Pressão Diastólica (PAD): 90- mmHg HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 (MODERADA): Pressão Sistólica (PAS): 160- mmHg Pressão Diastólica (PAD): 100- mmHg HIPERTENSÃO ESTÁGIO 3 (GRAVE): Pressão Sistólica (PAS): ≥ 180 mmHg Pressão Diastólica (PAD): ≥ 110 mmHg HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA: Pressão Diastólica (PAD): < 90 mmHg Pressão Sistólica (PAS): ≥ 140 mmHg EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA Emergência Hipertensiva: Pressão arterial sistólica maior que 180 mmHg e/ou diastólica maior que 120 mmHg, com evidências de lesão em órgãos vitais. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES A hipertensão arterial é uma condição de saúde comum que pode levar a complicações sérias, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e insuficiência renal. A classificação da pressão arterial é essencial para determinar o tratamento e as intervenções necessárias para controlar a hipertensão e prevenir complicações a longo prazo. FLUXOGRAMA DE CONDUTA TERAPÊUTICA PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular PRESSÃO ARTERIAL NORMAL: Classificação: < 130/85 mmHg Conduta: Reavaliar em 1 ano. PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA (LIMÍTROFE): Classificação: 130-139/85-89 mmHg Conduta: Tratamento não farmacológico (mudanças no estilo de vida). Reavaliar em 3-6 meses. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1: Classificação: 140-159/90-99 mmHg Conduta: Escore de Risco: Avaliar se o escore de risco cardiovascular é > 10% e/ou se há doença aterosclerótica. Se Não: Tratamento não farmacológico. Rever em 3-6 meses. Se Sim: Iniciar medicação. Rever em 1 mês. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2: Classificação: ≥ 160/100 mmHg Conduta: Iniciar medicação. Rever em 1 mês. CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS Tratamento Não Farmacológico : Inclui mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, redução do consumo de sódio, aumento da atividade física, controle do peso, cessação do tabagismo e redução do consumo de álcool. Essas intervenções são recomendadas em todos os estágios da hipertensão. Medicação: Quando necessário, a escolha do medicamento deve ser individualizada, considerando as características do paciente e possíveis comorbidades. Reavaliação: É fundamental monitorar a pressão arterial e ajustar o tratamento conforme necessário, visando sempre a manutenção da pressão arterial em níveis adequados e a prevenção de complicações. INDICAÇÕES DOS ANTI- HIPERTENSIVOS Os anti-hipertensivos são medicamentos utilizados para tratar a hipertensão arterial, uma condição que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e insuficiência renal. A escolha do tipo de anti- hipertensivo a ser utilizado depende de várias características do paciente e da gravidade da hipertensão. Abaixo estão as principais classes de anti- hipertensivos e suas indicações:
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular principalmente a reabsorção de sódio (Na+). Isso resulta em um aumento da excreção de sódio e água, mantendo o equilíbrio osmótico. MECANISMO DE AÇÃO Os diuréticos exercem seus efeitos em diferentes segmentos do néfron: Diuréticos de alça: Inibem a reabsorção de Na+, K+ e Cl- no ramo ascendente espesso da alça de Henle. Diuréticos tiazídicos: Atuam no túbulo contorcido distal, inibindo o cotransportador Na+/Cl-. Diuréticos poupadores de potássio: Bloqueiam os canais de sódio no túbulo coletor, reduzindo a reabsorção de sódio. EFEITOS FISIOLÓGICOS Diurese: Os diuréticos aumentam o volume urinário, promovendo a eliminação de excesso de líquidos. Volemia: A redução do volume sanguíneo circulante leva a uma diminuição da pré-carga cardíaca. Natremia: A excreção aumentada de sódio reduz os níveis séricos de sódio (hiponatremia). Pressão Arterial: A diminuição da volemia e do débito cardíaco resultam em uma redução da pressão arterial. Edema: A eliminação do excesso de líquidos reduz o extravasamento capilar e o edema. EFEITOS ADVERSOS Hipopotassemia: Perda excessiva de potássio, podendo levar a arritmias cardíacas. Hipomagnesemia: Perda de magnésio, associada a hipopotassemia. Hiperuricemia: Aumento dos níveis séricos de ácido úrico, elevando o risco de gota. Intolerância à glicose: Piora do controle glicêmico, especialmente com diuréticos tiazídicos. Dislipidemia: Aumento dos triglicerídeos e redução do HDL- colesterol. USO CLÍNICO Os diuréticos são eficazes no tratamento da hipertensão arterial, tanto como monoterapia quanto em combinação com outros anti- hipertensivos. Eles são particularmente úteis em situações de hipervolemia, como insuficiência cardíaca e cirrose hepática. No entanto, seu uso requer monitoramento dos eletrólitos séricos e ajuste da dose para minimizar os efeitos adversos. DIURÉTICOS: PRINCIPAIS DIFERENÇAS
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular Os diuréticos são uma classe de medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão arterial e outras condições que envolvem a retenção de líquidos. Eles podem ser classificados em diferentes categorias, cada uma com seu próprio mecanismo de ação, padrão de perda eletrolítica, intensidade de diurese e efeitos adversos. Abaixo estão as principais diferenças entre as classes de diuréticos.
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular Diuréticos de Alça: Inibem a reabsorção de sódio, potássio e cloreto no ramo ascendente da alça de Henle, promovendo uma diurese intensa. Diuréticos Tiazídicos: Atuam no túbulo contorcido distal, inibindo a reabsorção de sódio e cloreto. Diuréticos Poupadores de Potássio: Bloqueiam os canais de sódio no túbulo coletor, reduzindo a reabsorção de sódio e promovendo a excreção de potássio. EFEITOS ADVERSOS E MONITORAMENTO O uso de diuréticos pode levar a desequilíbrios eletrolíticos, como hipopotassemia, hipomagnesemia e hiponatremia. É essencial monitorar os níveis séricos de eletrólitos e ajustar a dose conforme necessário para minimizar esses efeitos adversos. Em casos de desidratação grave ou distúrbios eletrolíticos significativos, a reposição de fluidos e eletrólitos deve ser feita de forma rápida e adequada, com o uso de soluções eletrolíticas apropriadas. Em resumo, os diuréticos regulam a diurese por meio da inibição da reabsorção de sódio e água em diferentes segmentos do néfron. Essa ação é modulada por mecanismos intrínsecos e extrínsecos aos rins, que trabalham em conjunto para manter a homeostase hídrica e eletrolítica do organismo.
Os diuréticos osmóticos são uma classe de fármacos que atuam nos rins, aumentando a pressão osmótica no líquido tubular, o que leva à redução da reabsorção de água. Essa ação resulta em um aumento do volume urinário e é utilizada em diversas condições clínicas. MECANISMO DE AÇÃO Aumento da Pressão Osmótica: Os diuréticos osmóticos, como o manitol, são substâncias que não são reabsorvidas pelos túbulos renais. Ao serem filtrados no glomérulo, eles
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular permanecem no líquido tubular, aumentando a pressão osmótica. Isso impede a reabsorção de água, resultando em maior excreção de urina. Local de Ação: Eles atuam principalmente nos segmentos do néfron que são altamente permeáveis à água, como o túbulo proximal e a parte descendente da alça de Henle. USOS TERAPÊUTICOS Os diuréticos osmóticos são utilizados em várias situações clínicas, incluindo: Aumento do Volume Urinário: Para promover a diurese em casos de retenção de líquidos. Hipertensão Intracraniana: O manitol é frequentemente utilizado para reduzir a pressão intracraniana em situações de edema cerebral, como após traumas ou cirurgias neurológicas. Glaucoma: Podem ser usados para reduzir a pressão intraocular em casos de glaucoma agudo. Insuficiência Renal Aguda: Para promover a diurese em pacientes com risco de oligúria. EFEITOS ADVERSOS Os diuréticos osmóticos podem apresentar alguns efeitos adversos, incluindo: Desidratação: Devido ao aumento da excreção de água. Hiponatremia: Diminuição dos níveis de sódio no sangue, que pode ocorrer com a perda excessiva de água. Dor de Cabeça e Náuseas: Efeitos comuns associados ao uso de manitol. Expansão do Volume Extracelular: O uso inadequado pode levar a um aumento excessivo do volume de líquido extracelular. INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA Os inibidores da anidrase carbônica são uma classe de diuréticos que atuam principalmente no túbulo contorcido proximal dos rins. Eles inibem a enzima anidrase carbônica, resultando em alterações na reabsorção de bicarbonato, sódio e água, o que leva a um aumento da diurese. MECANISMO DE AÇÃO Inibição da Anidrase Carbônica: Essa enzima catalisa a reação reversível entre dióxido de carbono (CO₂) e água (H₂O) para formar ácido carbônico (H₂CO₃). A inibição dessa enzima reduz a formação de H₂CO₃, diminuindo a reabsorção de bicarbonato (HCO₃⁻) e, consequentemente, a reabsorção de sódio (Na⁺) e água. Aumento da Excreção de Bicarbonato: Com a inibição da anidrase carbônica, há uma eliminação
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular sódio e cloreto, levando a um aumento na excreção de água e eletrólitos. Efeito Diurético Potente: Como aproximadamente 25-30% do sódio filtrado é reabsorvido nesta porção do néfron, a inibição desse transporte resulta em uma diurese intensa, frequentemente descrita como "torrencial". Essa ação é particularmente útil em situações de edema agudo e insuficiência cardíaca. FÁRMACOS EXEMPLARES Furosemida: Um dos diuréticos de alça mais utilizados, eficaz no tratamento de hipertensão e edema associado a insuficiência cardíaca congestiva e outras condições. Bumetanida: Potente e com uma eficácia 40 vezes maior que a furosemida, é utilizado para o controle da hipertensão e manejo de edema. Ácido Etacrínico: Menos utilizado devido a um perfil de efeitos colaterais mais significativo, mas ainda é uma opção em certos casos. USOS TERAPÊUTICOS Hipertensão Arterial: Utilizados como parte do tratamento da hipertensão, especialmente em pacientes com sobrecarga de volume. Edema: Eficazes no tratamento de edema associado a insuficiência cardíaca, cirrose hepática e síndrome nefrótica. Emergências: Usados em situações de emergência, como edema agudo de pulmão. EFEITOS ADVERSOS Os diuréticos de alça podem causar diversos efeitos adversos, incluindo: Hipopotassemia: A perda de potássio pode levar a arritmias cardíacas e fraqueza muscular. Desidratação: O uso excessivo pode resultar em desidratação e desequilíbrios eletrolíticos. Acidose Metabólica: Devido à perda de bicarbonato e outros eletrólitos. Ototoxicidade: O uso de diuréticos de alça, especialmente em doses elevadas ou em combinação com outros medicamentos ototóxicos, pode levar a danos auditivos. USOS TERAPÊUTICOS Os diuréticos de alça são indicados para o tratamento das seguintes condições: Edema Agudo do Pulmão: Utilizados em emergências para reduzir rapidamente o volume de líquido nos pulmões. Insuficiência Cardíaca Congestiva Crônica (ICC): Ajudam a controlar a
12/9/ Anti- Hipertensivos- Fármacos que atuam no sistema cardiovascular sobrecarga de fluidos, aliviando os sintomas de congestão. Síndrome Nefrótica : Promovem a excreção de excesso de fluidos e proteínas na urina. Insuficiência Renal: Usados para aumentar a diurese em casos de insuficiência renal aguda ou crônica. Hipertensão Arterial: Embora não sejam os diuréticos de primeira linha, são utilizados em situações especiais, como hipertensão resistente ou em pacientes com sobrecarga de volume. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS Os diuréticos tiazídicos são uma classe de fármacos anti-hipertensivos que atuam principalmente no túbulo contorcido distal dos rins. Eles são amplamente utilizados no tratamento da hipertensão e em outras condições que envolvem retenção de líquidos. MECANISMO DE AÇÃO Inibição do Co-transportador Na⁺/Cl⁻: Os diuréticos tiazídicos se ligam aos sítios de cloreto no cotransportador de sódio e cloreto (Na⁺/Cl⁻) na membrana luminal do túbulo contorcido distal. Essa inibição reduz a reabsorção de sódio e cloreto, resultando em natriurese (excreção de sódio) e, consequentemente, em diurese (excreção de água). FÁRMACOS EXEMPLARES Hidroclorotiazida: Um dos diuréticos tiazídicos mais comuns, frequentemente utilizado no tratamento da hipertensão. Clortalidona: Tem uma ação prolongada e é considerada mais potente que a hidroclorotiazida. Indapamida: Também é utilizada no tratamento da hipertensão, com efeitos adicionais vasodilatadores. USOS TERAPÊUTICOS Os diuréticos tiazídicos são indicados para: Hipertensão Arterial: São frequentemente a primeira escolha no tratamento da hipertensão não complicada devido à sua eficácia e perfil de segurança. Edemas : Utilizados em casos de edema leve a moderado, como na insuficiência cardíaca congestiva. Hipercalciúria: Podem ser usados para reduzir a excreção de cálcio na urina, ajudando na prevenção de cálculos renais. Diabetes Insípido: Em alguns casos, podem ser utilizados para tratar a diabetes insípida nefrogênica. EFEITOS ADVERSOS Os diuréticos tiazídicos podem causar uma série de efeitos adversos, incluindo: