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Farmacologia Colinérgica: Sistema Nervoso Periférico, Notas de aula de Farmacologia

Uma análise abrangente da farmacologia da neurotransmissão colinérgica, focando no sistema nervoso periférico. explora os sistemas simpático e parassimpático, detalhando os receptores colinérgicos (nicotínicos e muscarínicos), a formação da acetilcolina, e a ação de fármacos agonistas e antagonistas. inclui exemplos práticos e discussão sobre doenças como miastenia gravis.

Tipologia: Notas de aula

2025

À venda por 01/05/2025

larissa-de-aguiar-1
larissa-de-aguiar-1 🇧🇷

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FARMACOLOGIA DA NEUROTRANSMISSÃO COLINÉRGICA
Sistema nervoso periférico:
neurônios sensoriais;
neurônios motores;
neurônios autônomos:
- simpático;
- parassimpático;
SIMPÁTICO
cadeia paraventricular;
sinapse pré ganglionar com pós-ganglionar próximo a medula;
Pré: colinérgico;
Pós: noradrenérgico;
PARASSIMPÁTICO
neurônios que partem do tronco encefálico e da região sacral;
pré-ganglionar possui maior extensão em comparação com o observado no
simpático, e o pós-ganglionar é menor;
a sinapse é realizada próximo ao órgão alvo;
Pré e pós: colinérgicos;
estímulo de, aproximadamente, 2-5 Hz;
- bradicardia;
- aumenta atividade do músculo liso;
- diminui pressão arterial (como consequência da diminuição da FC)
PA = DC x RP
DC → débito cardíaco;
RP → resistência periférica;
com a diminuição da FC há diminuição da DC;
Nos vasos sanguíneos periféricos há receptores colinérgicos → Esses receptores não
sofrem ação das terminações parassimpáticas (pois estão no endotélio) mas, são
alvos de fármacos. Quando estimulados, pelos fármacos, liberam NO gerando
relaxamento.
O parassimpático causa vasodilatação principalmente nos vasos presentes na
genitália, glândulas salivares ou gastrointestinais. NÃO PROMOVE VASODILATAÇÃO
NOS VASOS PERIFÉRICOS.
GLÂNDULAS a ativação da via parassimpática aumenta a estimulação de
glândulas;
MÚSCULO LISO A ativação da via colinérgica leva à contração do músculo liso;
efeito que ocorre também quando há administração de acetilcolina.
EXEMPLO:
1) Indivíduo se alimentando:
Miose (contrai a pupila) observar alimento;
Salivação (estímulo das glândulas salivares);
Diminuição da FC;
Contração dos brônquios;
Peristaltismos;
Vasodilatação de vasos gastrointestinais, de glândulas e gânglios;
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FARMACOLOGIA DA NEUROTRANSMISSÃO COLINÉRGICA

Sistema nervoso periférico: ↪ neurônios sensoriais; ↪ neurônios motores; ↪ neurônios autônomos:

  • simpático;
  • parassimpático;

SIMPÁTICO ● cadeia paraventricular; ● sinapse pré ganglionar com pós-ganglionar próximo a medula; Pré: colinérgico; Pós: noradrenérgico;

PARASSIMPÁTICO ● neurônios que partem do tronco encefálico e da região sacral; ● pré-ganglionar possui maior extensão em comparação com o observado no simpático, e o pós-ganglionar é menor; ● a sinapse é realizada próximo ao órgão alvo; Pré e pós: colinérgicos; ● estímulo de, aproximadamente, 2-5 Hz;

  • bradicardia;
  • aumenta atividade do músculo liso;
  • diminui pressão arterial (como consequência da diminuição da FC) PA = DC x RP DC → débito cardíaco; RP → resistência periférica; ➔ com a diminuição da FC há diminuição da DC; Nos vasos sanguíneos periféricos há receptores colinérgicos → Esses receptores não sofrem ação das terminações parassimpáticas (pois estão no endotélio) mas, são alvos de fármacos. Quando estimulados, pelos fármacos, liberam NO gerando relaxamento. O parassimpático causa vasodilatação principalmente nos vasos presentes na genitália, glândulas salivares ou gastrointestinais. NÃO PROMOVE VASODILATAÇÃO NOS VASOS PERIFÉRICOS.

GLÂNDULAS → a ativação da via parassimpática aumenta a estimulação de glândulas;

MÚSCULO LISO → A ativação da via colinérgica leva à contração do músculo liso; efeito que ocorre também quando há administração de acetilcolina.

EXEMPLO:

  1. Indivíduo se alimentando: Miose (contrai a pupila) ⇒ observar alimento; Salivação (estímulo das glândulas salivares); Diminuição da FC; Contração dos brônquios; Peristaltismos; Vasodilatação de vasos gastrointestinais, de glândulas e gânglios;

Relaxamento do tônus do esfíncter;

  1. Indivíduo durante processo de micção: Relaxamento do tônus do esfíncter; Contrai a musculatura lisa da bexiga;

RECEPTORES COLINÉRGICOS

● Nicotínico:

  • Nm (músculo esquelético);
  • Nn1 (neuronal → gânglios autonômicos {ativam os neurônios pós-ganglionares});

● Muscarínicos:

  • M1 (células parietais, glândulas exócrinas e gânglios);
  • M2 (miocárdio);
  • M3 e M4 (músculo liso, glândulas e endotélio vascular {ativados farmacologicamente});
  • M5 (gânglios);

M1, M3 e M5 → proteína G ativa fosfolipase C permitindo entrada de Ca²+; M2 e M4 → proteína G inativa adenilciclase permitindo saída de K+ (despolarização);

A M3 do endotélio vascular será estimulada quando houver administração de acetilcolina. Quando a ACh é administrada juntamente com antagonista não ocorre a estimulação. Ademais, a administração de altas dose de acetilcolina (100 x a dose efetiva) pode acarretar efeito contrário pois, haverá uma saturação dos receptores muscarínicos fazendo com que a ACh aja em outros receptores como nos nicotínicos, esse pode estar presente na via parassimpática e na simpática. Nas fibras simpáticas ativam o pós-ganglionar gerando vasoconstrição;

FORMAÇÃO DA ACETILCOLINA

Colina + Acetil Coenzima A (Acetil CoA) → Acetilcolina ↪ ação da enzima colina - O - acetiltransferase; Acetilcolina é reservada em vesículas; O tempo de ação da acetilcolina liberada na fenda sináptica depende da ação da colinesterase. A colinesterase transforma acetilcolina em acetato + colina (reabsorvida);

Alguns fármacos que agem PRÉ-SINÁPTICO:

  • Hemicholinium: impede captação de colina;
  • Vesamicol: impede que a ACh seja internalizada nas vesículas;
  • Toxina botulínica: impede a ligação das vesículas à membrana, com isso, impede a liberação de acetilcolina na fenda sináptica;

A via parassimpática será estimulada quando houver administração de acetilcolina e colina; Quando os efeitos são PÓS-SINÁPTICOS isso não ocorre.

DROGAS QUE INTERFEREM NOS RECEPTORES MUSCARÍNICOS: Agonistas:

● constipação; ● aumento da pressão intraocular - principalmente pacientes com glaucoma; ● retenção urinária em pacientes com hiperplasia prostática;

ANTICOLINESTERÁSICOS:

➔ A colinesterase metaboliza a acetilcolina em acetato + colina; ➔ Mantém os níveis de ACh constantes, limitando a ação nos receptores; ➔ 2 isoformas;

  • AChE (colinesterase);
  • Pseudocolinesterase (fígado e plasma);

Observa-se que a administração de ACh + anticolinesterásico altera 1, porém, não haverá alteração no

  1. Isso ocorre porque o inibidor é a butirilcolinesterase (pseudocolinesterase), logo, nas sinapses não haverá alteração e sim no fígado e plasma.

Os efeitos observados são os mesmos observados com os agonistas.

Empregos terapêuticos: ➔ tratamento do íleo no pós-operatório; ➔ tratamento de retenção urinária; ➔ tratamento de intoxicação por atropina;

● Também utilizados como inseticidas e armas químicas; ● No SNC:

  • baixas doses ➥causa estado de alerta;
  • altas doses ➥ convulsões, coma e parada respiratória;

Quando há intoxicação por colinesterase pode ser administrado Pralidoxima que irá reativar a AChE por remover o grupo fosforil ligado ao grupo éster da proteína. Porém, em doses altas acaba por se tornar um inibidor da colinesterase.

MIASTENIA GRAVIS: ● doença autoimune que atinge os receptores muscarínicos gerando fraqueza muscular e, é letal quando atinge a musculatura respiratória; Tratamento:

  • utiliza-se anticolinesterásicos;

BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES

Na musculatura estriada esquelética há os receptores nicotínicos - será necessário que duas moléculas de ACh se ligue ao receptor (na subunidade alfa) para que haja a ativação e abertura dos canais de Na+ → gera potencial de ação → influxo de Ca²+ → CONTRAÇÃO.

BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES

Despolarizante → agonistas do receptor nicotínico que permanecem por mais tempo ligados. ↪ O agonista se liga fazendo com que haja a despolarização → contração; porém, como permanece maior tempo ligado acaba gerando uma despolarização persistente e, com sua permanência no sítio impede que haja uma nova ligação.

NÃO DESPOLARIZANTE → antagonistas competitivos dos receptores nicotínicos. ↪ O antagonista só necessita que apenas uma molécula esteja ligada para que seja impedido a abertura dos canais iônicos e a formação do potencial de placa terminal → RELAXAMENTO MUSCULAR.

Inicia-se em músculos menores e a recuperação é pela via contrária:

músculos menores ⇄ músculos maiores ⇄ intercostais ⇄ diafragma

EXEMPLO:

1- Tubocurarina: antagonista competitivo; 2- Deca: agonista despolarizante;

Se administra neostigmina (anticolinesterásico) → reverte o efeito do 1, porém, não reverte o efeito do 2;

  • São drogas administradas como adjuvantes de anestésicos na intubação traqueal e no relaxamento muscular intra-operatório;
  • Pode ser utilizado em procedimentos ortopédicos como correção de luxações e alinhamentos de fraturas;

MIASTENIA GRAVIS

Doença autoimune que tem como alvo os receptores muscarínico;

TOXINA BOTULÍNICA ➔ Paralisia muscular flácida aguda; ➔ Letal quando atinge os músculos respiratórios; ➔ Impede que ocorra a ligação das proteínas SNARE, a vesícula não se funde à membrana das terminações nervosas e, com isso, não há liberação na fenda sináptica.

Uso terapêutico:

  • anti-toxina;
  • antiespasmódico;
  • estética;