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Uma visão abrangente da regulação da glicose no sangue, com foco no diabetes. Aborda os principais hormônios envolvidos, como insulina e glucagon, e descreve os mecanismos de ação de diferentes classes de medicamentos antidiabéticos. O texto é claro e informativo, apresentando conceitos importantes sobre a fisiologia do diabetes e as estratégias de tratamento.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
O diabetes é uma condição caracterizada pela hiperglicemia (níveis elevados de glicose no sangue) resultante de uma secreção insuficiente de insulina, redução da responsividade à insulina endógena ou exógena e aumento na produção de glicose. Isso afeta o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. As principais complicações associadas ao diabetes incluem retinopatia, nefropatias, neuropatias, doenças coronarianas e doenças cerebrovasculares. A condição pode levar a complicações graves, como amputações não traumáticas e é uma das principais causas de mortalidade prematura global.
Diabetes Tipo 1 (DM1): Caracterizado pela deficiência completa de produção de insulina, necessitando de tratamento com insulinoterapia. Diabetes Tipo 2 (DM2): Associado à resistência à insulina, que pode ser tratado com fármacos hipoglicemiantes e, em alguns casos, insulina. Outros subtipos como LADA e MODY também são mencionados.
A síntese e o processamento da insulina ocorrem nas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas. A insulina passa por várias etapas desde a sua produção até a secreção, que envolvem a conversão de uma forma precursora até a forma biologicamente ativa.
Embora o peptídeo C seja clivado da pró-insulina e não tenha função hipoglicemiante, ele é liberado em proporções equimolares com a insulina e pode ser usado como um marcador clínico para avaliar a produção endógena de insulina, especialmente em pacientes diabéticos.
A regulação da homeostasia da glicose é um processo complexo que mantém os níveis de glicose no sangue dentro de uma faixa estreita, garantindo que as células recebam energia suficiente sem que ocorra hiperglicemia ou hipoglicemia. Esse processo envolve a ação coordenada de hormônios, principalmente insulina e glucagon , que atuam de maneira antagônica, além de outros mecanismos hormonais e fisiológicos. Aqui está um resumo da regulação da homeostase da glicose:
Pré-pró-insulina → pró-insulina (com remoção da sequência sinal) → insulina ativa (com clivagem do peptídeo C). A insulina ativa é composta por duas cadeias (A e B) ligadas por pontes de dissulfeto. A secreção de insulina é regulada principalmente pelos níveis de glicose no sangue.
Os efeitos das incretinas, especialmente do GLP-1, são aproveitados no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Os agonistas de GLP-1 (como exenatida e liraglutida) e os inibidores da DPP-4 (enzima que degrada o GLP-1 e GIP) são usados para prolongar os efeitos das incretinas, melhorando o controle glicêmico.
particularmente relevante em pacientes com diabetes tipo 2, em que a função e a massa das células beta são progressivamente reduzidas. GIP (Peptídeo insulinotrópico dependente da glicose) : É secretado principalmente pelas células K do intestino delgado proximal (duodeno e jejuno). Estimula a secreção de insulina, mas sua eficácia é reduzida em pacientes com diabetes tipo 2. Tem um papel limitado na inibição da secreção de glucagon. GLP-1 (Peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1) : É secretado pelas células L do intestino delgado distal (íleo) e do cólon. Estimula fortemente a secreção de insulina e inibe a secreção de glucagon. Retarda o esvaziamento gástrico e promove saciedade, além de ter efeitos benéficos na preservação das células beta. Os inibidores da enzima DPP-4 (dipeptidil peptidase-4) , como a sitagliptina e vildagliptina, previnem a degradação rápida das incretinas endógenas (GLP-1 e GIP), prolongando sua ação e, assim, melhorando a secreção de insulina e o controle glicêmico. O GLP-1 e o GIP são incretinas que estimulam a secreção de insulina em resposta à ingestão de alimentos. O GLP-1 tem um papel mais amplo, inibindo a secreção de glucagon, retardando o esvaziamento gástrico, promovendo a saciedade e protegendo as células beta pancreáticas. O GIP tem ação predominantemente sobre a secreção de insulina, com menor impacto em outras funções metabólicas. As incretinas são importantes no manejo do diabetes tipo 2, sendo a base para terapias que aumentam seus níveis ou prolongam sua ação
A ativação dos receptores de insulina é um processo essencial para a regulação do metabolismo da glicose, bem como para a sinalização de crescimento e diferenciação celular. O receptor de insulina é uma proteína transmembrana do tipo tirosina quinase presente na superfície de muitas células, como as musculares, adiposas e hepáticas.
As insulinas são classificadas de acordo com a duração de ação, que afeta a forma como são administradas para imitar a secreção natural de insulina pelo pâncreas. Manter a glicemia dentro de níveis adequados. Imitar o padrão fisiológico de secreção de insulina. Evitar complicações agudas (hipoglicemia e hiperglicemia severa) e crônicas (retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença cardiovascular).
Utilizada também em situações agudas, como em internações, onde o controle da glicose é necessário.
Combinação de insulinas de ação rápida e intermediária em uma mesma injeção, geralmente administrada duas vezes ao dia. Oferece controle mais simples, mas menos flexível.
A insulinoterapia é ajustada para atender às necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração seu estilo de vida, dieta, controle da glicemia e presença de complicações associadas ao diabetes. É fundamental que o paciente seja educado sobre a administração correta de insulina e o reconhecimento de sinais de hipoglicemia para garantir um tratamento seguro e eficaz.
A pramlintida é um análogo sintético da amiltina , um hormônio secretado pelas células beta do pâncreas junto com a insulina. Sua principal função é auxiliar no controle dos níveis de glicose no sangue, especialmente após as refeições.
A pramlintida atua de várias maneiras para melhorar o controle glicêmico, incluindo: Diabetes tipo 1: É essencial o uso de insulina desde o diagnóstico, uma vez que o pâncreas não produz insulina. Diabetes tipo 2: A insulinoterapia pode ser necessária em estágios avançados da doença, quando outros medicamentos orais ou injetáveis não conseguem mais controlar adequadamente a glicemia. As incretinas, como o GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon) e o GIP (polipeptídeo inibidor gástrico), aumentam a secreção de insulina em resposta a refeições. Em alguns casos de diabetes tipo 2, agonistas do receptor de GLP-1 podem ser usados em combinação com insulina para otimizar o controle glicêmico.
Controle glicêmico : A metformina reduz a glicemia tanto em jejum quanto pós-prandial, sem causar hipoglicemia quando usada isoladamente. Controle de peso : Diferente de outros antidiabéticos, a metformina geralmente promove perda de peso ou mantém o peso estável, o que é um benefício adicional em pacientes obesos. Efeitos cardiovasculares : A metformina tem mostrado benefícios em termos de redução de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos.
risco de hipoglicemia.
Glibenclamida (Glyburide) Glimepirida Gliclazida Glipizida Aumento da secreção de insulina : As sulfonilureias aumentam a liberação de insulina pelas células beta, o que ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue. Redução da glicemia em jejum e pós-prandial : O aumento da secreção de insulina leva à melhora no controle glicêmico, tanto em jejum quanto após as refeições.
As sulfonilureias são indicadas principalmente para pacientes com diabetes tipo 2 que não conseguem controlar a glicemia adequadamente com dieta e exercícios físicos.
Embora eficazes no controle glicêmico, o risco de hipoglicemia e ganho de peso associado ao uso de sulfonilureias muitas vezes limita seu uso em longo prazo, especialmente em comparação com outros antidiabéticos que têm perfil de segurança mais favorável, como metformina e inibidores de DPP-4.
As tiazolidinedionas (TZDs), também conhecidas como glitazonas , são uma classe de medicamentos antidiabéticos orais usados para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2. A pioglitazona é um exemplo dessa classe, e seu principal mecanismo de ação envolve a melhoria da sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos.