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Os Olhos Essenciais na Terapia de Neuralgias: Um Resumo Sistemático, Exercícios de Ciências da Saúde

Um artigo publicado por klaysa moreira ramos et al. Que discute a importância dos óleos essenciais na terapia de neuralgias. O artigo revisa estudos anteriores que utilizaram esses produtos naturais para tratamento desta doença em modelos animais. Os autores destacaos as limitações dos estudos e os efeitos analgésicos e anti-inflamatórios de vários óleos essenciais, como o (-)-linalol, citral, (+)-borneol, catalpol, amirina e eufol. Além disso, são discutidos os mecanismos de ação desses compostos químicos.

Tipologia: Exercícios

2020

Compartilhado em 14/11/2022

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jessica-almeida-jorge 🇧🇷

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ÓLEOS ESSENCIAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE NEURALGIAS:
UMA REVISÃO SISTÉMICA
Isaías Vicente Santos, Matheus Soares da Silva Cavalcanti, Adriane Borges Cabral,
Klaysa Moreira Ramos, Raimundo Gonçalves de Oliveira Júnior, Sarah Raquel Gomes
de Lima Saraiva, Rodrigo José Nunes Calumby, Paula dos Passos Menezes, Lucindo
José Quintans Júnior, Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida, Juliane Cabral Silva.
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas,
Brasil, Universidade Federal de Alagoas, Brasil
E-mail: isaiasvicentesantos1@gmail.com
Independentemente da idade, gênero e de onde se encontra, a pessoa ao sentir dor como
primeira reação é buscar assistência à saúde, por se tratar de um fenômeno complexo que
pode apresentar características físicas, psíquicas, sociais e comportamentais, sendo
definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável que ocorre devido as
ativações de receptores e/ou via dolorosa, podendo ser decorrente de lesões teciduais
reais ou potenciais, variando de um indivíduo para o outro o grau em que se sente dor. A
neuralgia é conhecida como uma dor latejante parestesia ou choque elétrico, de curta
duração e paroxística, podendo levar desde alguns segundos até minutos, com potencial
de severidade e frequência bastante mutáveis, ocorre devido a mudanças estruturais ou
funcionais em um ou mais nervos, o seu tratamento é um grande desafio, os fármacos
mais utilizados são das classes dos opioides, anticonvulsivantes, antidepressivos e anti-
inflamatórios, porém devido aos seus efeitos colaterais limitam a terapêutica e fazem
como que tenha menor adesão pelos pacientes. Atualmente a busca por alternativas ao
tratamento tem se expandido para a busca por agentes naturais, plantas medicinais e/ou
seus metabólitos secundários ativos, além de serem altamente eficaz, possuem um custo
inferior e tem menor ocorrência de reações adversas. Os óleos essenciais, são compostos
por metabólitos secundários o extraídos de diversas partes das plantas, normalmente
medicinais, seus compostos são constituídos, principalmente, por derivados terpênicos
como os monoterpenos, diterpenos e sesquiterpenos. O artigo busca falar da importância
dos óleos essenciais para o tratamento de neuralgias, falando de suas limitações, através
de uma revisão sistêmica de outros estudos já publicados, que utilizam esses produtos
naturais para o tratamento desta doença em modelos animais. Ao final da seleção dos
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ÓLEOS ESSENCIAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE NEURALGIAS:

UMA REVISÃO SISTÉMICA

Isaías Vicente Santos, Matheus Soares da Silva Cavalcanti, Adriane Borges Cabral, Klaysa Moreira Ramos, Raimundo Gonçalves de Oliveira Júnior, Sarah Raquel Gomes de Lima Saraiva, Rodrigo José Nunes Calumby, Paula dos Passos Menezes, Lucindo José Quintans Júnior, Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida, Juliane Cabral Silva. Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Brasil, Universidade Federal de Alagoas, Brasil E-mail: isaiasvicentesantos1@gmail.com Independentemente da idade, gênero e de onde se encontra, a pessoa ao sentir dor como primeira reação é buscar assistência à saúde, por se tratar de um fenômeno complexo que pode apresentar características físicas, psíquicas, sociais e comportamentais, sendo definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável que ocorre devido as ativações de receptores e/ou via dolorosa, podendo ser decorrente de lesões teciduais reais ou potenciais, variando de um indivíduo para o outro o grau em que se sente dor. A neuralgia é conhecida como uma dor latejante parestesia ou choque elétrico, de curta duração e paroxística, podendo levar desde alguns segundos até minutos, com potencial de severidade e frequência bastante mutáveis, ocorre devido a mudanças estruturais ou funcionais em um ou mais nervos, o seu tratamento é um grande desafio, os fármacos mais utilizados são das classes dos opioides, anticonvulsivantes, antidepressivos e anti- inflamatórios, porém devido aos seus efeitos colaterais limitam a terapêutica e fazem como que tenha menor adesão pelos pacientes. Atualmente a busca por alternativas ao tratamento tem se expandido para a busca por agentes naturais, plantas medicinais e/ou seus metabólitos secundários ativos, além de serem altamente eficaz, possuem um custo inferior e tem menor ocorrência de reações adversas. Os óleos essenciais, são compostos por metabólitos secundários são extraídos de diversas partes das plantas, normalmente medicinais, seus compostos são constituídos, principalmente, por derivados terpênicos como os monoterpenos, diterpenos e sesquiterpenos. O artigo busca falar da importância dos óleos essenciais para o tratamento de neuralgias, falando de suas limitações, através de uma revisão sistêmica de outros estudos já publicados, que utilizam esses produtos naturais para o tratamento desta doença em modelos animais. Ao final da seleção dos

estudos selecionados para elaboração do artigo, restaram 14, onde a maior parte foi realizada no Brasil, seguido da China e Irã, sendo o Brasil um país que possui 20% da biodiversidade mundial não é uma surpresa que se tem explorado, principalmente pelas grandes empresas multinacionais dos setores farmacêuticos e de biotecnologia para o desenvolvimento de novos fármacos. No levantamento das informações, notou-se que o Teste de von Frey foi o mais utilizado para avaliação da doença nos modelos animais, analisando a hipersensibilidade mecânica através do parâmetro de retirada da pata do animal, “flich”, entre outros comportamentos. O uso de produtos naturais já tem sido muito utilizado como alternativa de tratamento, até mesmo incorporado as políticas públicas de saúde, sendo os extratos de plantas uma mistura de diversos componentes químicos que são inativos ou parcialmente ativos e agem em diferentes receptores farmacológicos e os óleos essenciais, por sua vez, concentram especialmente terpenos. Para análise dos resultados, os produtos naturais utilizados nos estudos foram resumidos em substâncias isoladas, espécies de plantas, óleos essenciais e extratos de plantas medicinais contendo metabólitos secundários, sendo as substâncias isoladas são derivadas da classe dos terpenóides, também conhecidos como isoprenóides, as moléculas pertencentes à essa classe de produtos naturais, destacam-se pela presença de unidades de repetição ramificadas de cinco carbonos, semelhantes às unidades de isopreno (C 5 H 8 ), deste modo, a nomenclatura dos terpenóides depende do número de estruturas de isopreno. Os monoterpenos são dímeros de isopreno, seus derivados, como é o caso dos iridóides (monoterpeno + glicose), são utilizados nas indústrias farmacêutica e cosmética, bem como na produção de aditivos e pesticidas aromatizantes, sua estrutura única é frequentemente associada com alta volatilidade, em função disso, estudos recentes têm destacado o uso de carreadores como ciclodextrinas, micropartículas e nanopartículas, como estratégias farmacotécnicas de carrear o fármaco até o local de ação, melhorando a sua biodisponibilidade. O (-)-linalol é um monoterpeno, composto predominante em OEs de espécies de plantas aromáticas, conhecidas como manjericão e o alfavacão, o seu uso isolado apresentou efeitos antinociceptivos significativos em camundongos, bem como reduziu a hipersensibilidade mecânica e a inflamação causada por injeção intraplantar de adjuvante completo de Freund, o (-)-linalol e o OE de Ocimum gratissimum apresentaram efeitos anti-hiperalgésico em modelos experimentais de fibromialgia por modular área centrais relacionadas com as vias de transmissão da dor, com possível envolvimento dos sistemas opioides e serotoninérgico, os seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios estão relacionados quanto a sua capacidade de reduzir

inflamatórios responsáveis pelo progresso da inflamação induzida por citocinas e é uma potente substância de interesse para alívio de neuralgias, tabém é evidenciado que agi atenuando a dor orofacial através do envolvimento do sistema opioide periférico e dos receptores TRP. O eufol inibiu significativamente a hiperalgesia mecânica causada por mediadores inflamatório, é comprovado também que este triterpeno tetracíclico atua através da ativação de receptores canabinóides, produzindo analgesia bem como inibindo citocinas inflamatórias importantes na indução das neuralgias. O celastrol é muito utilizado na medicina chinesa. Relatos apontam que esta molécula exerce grande efeito anti-inflamatório sobre a doença de Alzheimer, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, asma e aterosclerose, através do teste de von Frey em resposta à administração intraperitoneal do triterpeno, o celastrol demonstrou além da ação anti- inflamatória, efeito antinociceptivo sobre a neuralgia induzida e reduziu o comportamento doloroso em roedores no modelo animal de osteoartrite através da supressão da via da quimiocina de açãopleiotrópica, com expressão alterada em tecidos inflamados e lesionados. Algumas espécies de plantas, óleos essenciais e extratos de plantas medicinais contêm metabólitos secundários, como o Ugni myricoides, que demonstra efeitos anti-inflamatórios em modelo de edema de pata induzido por carragenina em ratos, sendo capaz de retardar o aparecimento de resposta hipernociceptiva mecânica e redução significativa da sensibilidade mecânica até 48 horas após administração oral do extrato em camundongos. O açafrão é um extrato da Crocus sativus L., estudos demonstraram que o açafrão tem ação antioxidante, anticonvulsivante e antidepressiva, outros estudos reportaram efeitos antinociceptivos e anti-inflamatórios de extrato aquoso de açafrão em edema induzido por xilol, em um estudo onde foi administrado por 7 dias consecutivos, por via intraperitoneal, observou-se que os princípios ativos atenuaram a alodinia mecânica e a hiperalgesia térmica, sendo demonstrado que o extrato aquoso de açafrão e os seus constituintes são úteis no tratamento de neuralgia. Usado na medicina popular, as cascas, folhas e frutos do Schinus terebinthifolius possuem uma alta concentração de monoterpenos, principalmente limoneno e α-felandreno, ele vem sendo utilizado como agente anti-inflamatório, cicatrizante e analgésico, estudos demonstram que ele tem papel imunossupressor, sendo capaz de inibir efeitos de citocinas inflamatórias em linfócitos T, os estudos mostraram tanto efeitos anti-hiperalgésicos como anti-inflamatórios do α-felandreno em roedores, por um mecanismo relacionado com opioides, evidenciando em seus resultados, que o óleo essencial ou os compostos administrados via oral, durante 15 dias, não diminuíram

a atividade locomotora comparada com o grupo controle, e demonstraram também a atividade anti-hiperalgésica dos dois monoterpenos encontrados na planta. O Pterodon pubescens popularmente conhecida como "sucupira-branca", é utilizada na medicina popular pela sua ação anti-inflamatória e analgésica e já foi demonstrado que, após a administração oral, o seu extrato provoca inibição significativa nas fases do teste de formalina, hiperalgesia mecânica e térmica na dor pós-operatória em roedores, o tratamento oral com esse extrato proporciona a inibição da hiperalgesia mecânica e térmica induzida no nervo ciático em ratos, a administração oral prolongada desse extrato durante 10 dias, não apresentou efeito de toxicidade. O Vitex agnus-castus (VAC) é uma pequena planta originária do Oriente Médio e Mediterrâneo e é empregada, tradicionalmente, para tratamento de problemas menstruais, inflamação, disfunção sexual, ansiedade, já na medicina popular iraniana, a VAC é utilizada para tratamento de epilepsia, constipação, edema e sedação e os óleos essenciais extraídos dessa planta possuem propriedades anti-inflamatórias e efeitos antinociceptivos em neuralgia, além disso apresenta atividades antimicrobianas e antifúngicas. O Ocimum gratissimum é uma planta encontrada no Brasil, utilizada na cozinha como o condimento conhecido como "manjericão", sendo utilizado o seu extrato para cicatrização de feridas na região do Amazonas, o seu óleo essencial de possui constituintes químicos, que são monoterpenos com atividade antinociceptiva, em testes de lesão induzida no nervo ciático em ratos, apresentou uma acentuada hipernocicepção térmica e mecânica, contribuindo para ampliar as atividades biológicas desta planta e assim justificar o seu uso popular. O artigo demonstra através da pesquisa realizada e conclui que esses compostos naturais abordados possuem efeitos antinociceptivos nos modelos de neuralgias, contudo, os estudos revisados para a pesquisa ainda encontram-se nas fases iniciais, não sendo ainda possível a aplicabilidade clínica desses compostos, sendo assim ainda se faz necessário estudos farmacocinéticos, farmacodinâmicos e de toxicidade destes fármacos, para que assim possa dispor desses fármacos com alternativa para o tratamento, já que atualmente os farmacológicos comercialmente disponíveis, apresentam diversos efeitos colaterais. Palavras chaves: neuralgias, tratamento, dor, estudos. Trabalho apresentado para a disciplina de Farmacognosia, solicitado pelo docente Fábio Lemos, pelos alunos do 6º período: Aleuda Rodrigues Santos, Ana Carolina Ramos de Matos, Carina Roberta Silva Oliveira, Samara Pires Silva e Treicy Stefannie Oliveira.