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Farmacogenética e o uso de novas tecnologias na medicina personalizada, Notas de estudo de Farmacologia

Os princípios da farmacogenética e como diferentes fatores genéticos influenciam a variação da resposta ao uso de fármacos. Além disso, são discutidas novas tecnologias utilizadas na medicina personalizada, como CRISPR/Cas9, células adultas regredidas e Human on a CHIP. O texto também aborda o impacto dos fenótipos da CYP2D6 no metabolismo e como a enzima butirilcolinesterase metaboliza a succinilcolina.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 16/01/2024

thaiszanco
thaiszanco 🇧🇷

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OBJETIVO: “prescrever a dose certa, do medicamento certo, para o paciente certo, no tempo certo” (a
depender de cada organismo).
USO DE NOVAS TECNOLOGIAS RUMO À MEDICINA PERSONALIZADA
CRISPR/Cas9;
Células adultas que são regredidas para que seja possível transformá-las em qualquer outra célula
do organismo;
Human on a CHIP
GENOMA HUMANO
Só foi sequenciado o que vai gerar proteínas.
Variação em qualquer nucleotídeo, em qualquer RNA mensageiro:
PRINCÍPIOS DA FARMACOGENÉTICA
Farmacogenética é a ciência que estuda como diferentes fatores genéticos influenciam a variação da
resposta ao uso de fármacos.
Farmacogenômica é um termo mais amplo e implica o reconhecimento de que mais de uma variante genética
pode contribuir para a variação da resposta a fármacos.
A farmacogenética consiste no fato de que os SNPs possibilitam a alteração do organismo. Dessa forma, há
alteração na maneira com que o paciente reagirá ao fármaco.
POLIMORFISMOS DE NUCLEOTÍDEO ÚNICO OU SNP
SNP: mudança em um único nucleotídeo.
Pode ocorrer em qualquer parte do genoma, tanto nas regiões codificadoras como nas regiões não
codificadoras.
SNP SILENCIOSO: não ocorre a troca do aminoácido. Depende do códon.
Essa mudança pode ser do tipo:
DELEÇÃO
ADIÇÃO
SUBSTITUIÇÃO
TRANSIÇÃO
TRANSVERSÃO
IMPACTO DOS FENÓTIPOS DA CYP2D6
NO METABOLISMO
Metabolizador rápido: menor efeito do
fármaco e maior efeito do pro-fármaco.
ENZIMA BUTIRILCOLINESTERASE
Metaboliza a succinilcolina (relaxante
muscular de ação curta).
| pág. 1
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OBJETIVO: “prescrever a dose certa, do medicamento certo, para o paciente certo, no tempo certo” (a depender de cada organismo). USO DE NOVAS TECNOLOGIAS RUMO À MEDICINA PERSONALIZADA ● CRISPR/Cas9; ● Células adultas que são regredidas para que seja possível transformá-las em qualquer outra célula do organismo; ● Human on a CHIP GENOMA HUMANO Só foi sequenciado o que vai gerar proteínas. Variação em qualquer nucleotídeo, em qualquer RNA mensageiro: PRINCÍPIOS DA FARMACOGENÉTICA Farmacogenética é a ciência que estuda como diferentes fatores genéticos influenciam a variação da resposta ao uso de fármacos. Farmacogenômica é um termo mais amplo e implica o reconhecimento de que mais de uma variante genética pode contribuir para a variação da resposta a fármacos. A farmacogenética consiste no fato de que os SNPs possibilitam a alteração do organismo. Dessa forma, há alteração na maneira com que o paciente reagirá ao fármaco. POLIMORFISMOS DE NUCLEOTÍDEO ÚNICO OU SNP SNP: mudança em um único nucleotídeo. Pode ocorrer em qualquer parte do genoma, tanto nas regiões codificadoras como nas regiões não codificadoras. SNP SILENCIOSO: não ocorre a troca do aminoácido. Depende do códon. Essa mudança pode ser do tipo: ● DELEÇÃO ● ADIÇÃO ● SUBSTITUIÇÃO ○ TRANSIÇÃO ○ TRANSVERSÃO IMPACTO DOS FENÓTIPOS DA CYP2D NO METABOLISMO Metabolizador rápido: menor efeito do fármaco e maior efeito do pro-fármaco. ENZIMA BUTIRILCOLINESTERASE Metaboliza a succinilcolina (relaxante muscular de ação curta). | pág. 1

O que irá acontecer com pacientes que apresentam metabolizadores rápidos? diminuição do efeito. O que irá acontecer com pacientes que apresentam metabolizadores lentos? paralisia prolongada após exposição ao fármaco. N-ACETILTRANSFERASE Fase II. Metaboliza a isoniazida para tratar tuberculose, metaboliza a hidralazina anti-hipertensivo – atualmente vem associada para tratar insuficiência cardíaca, metaboliza a procainamida. O que irá acontecer com pacientes que são acetiladores rápidos? diminuição do efeito. O que irá acontecer com pacientes que são acetiladores lentos? lúpus induzido por hidralazina e procainamida, Neurotoxicidade induzida por isoniazida. Em um caso trágico, um lactente cuja mãe era metabolizadora rápida de CYP2D6 morreu quando esta foi medicada com uma dose usual de codeína. O que aconteceu? Codeína foi transformada em morfina, em altas doses, causando parada cardiorrespiratória. CASO O clopidogrel (pró fármaco) que inibe a ADP induzida e, por conseguinte, apresenta a ação de antiagregante plaquetário (deixar o sangue fino, não deixar o sangue grosso e formar trombo), prescrito para pacientes com síndromes coronarianas agudas. Este fármaco é metabolizado pela CYP2C19. Situação 1: os pacientes que apresentam a variante alélica CYP2C192 (G681A), mesmo com o uso do medicamento possuem uma agregação plaquetária. Metabolização lenta, o pró-fármaco não vai ser transformado. Situação 2 - os pacientes que apresentam a variante alélica CYP2C1917 (C806T), tem alto risco de apresentar hemorragia. É um metabolizador rápido, transformando o clopidogrel mais rapidamente em fármaco. VARFARINA CYP2C92 (Arg144Cis) (Arginina144Cisteina) - 12% de atividade do alelo selvagem: metabolizador lento, pode causar toxicidade, visto que estará aumentada na corrente sanguínea. Haverá hemorragia. CYP2C93 (Ile358Leu) (Isoleucina358Leucina) - 5% de atividade do alelo selvagem: TAMOXIFENO É um pró-fármaco. Prescrito para câncer de mama bloqueia o receptor de estrogênio (ER) em aproximadamente 60% das pacientes com câncer de mama ER-positivo. O que irá acontecer com pacientes que são metabolizadores rápidos da CYP2D6? aumento na transformação de tamoxifeno em 4-hidroxiTAM. Haverá risco de toxicidade. PROTEÍNA G Polimorfismo (C825T) no exon 10 do gene que codifica a subunidade β da proteína G. Estudos in vitro demonstram que a presença do alelo 825T provoca um rearranjo gênico alternativo que origina um variante menor da subunidade β. Portanto, a subunidade β contendo o variante T possui um número menor de aminoácidos em comparação com a proteína portando o variante C. Apesar dessa redução, estudos clínicos e in vitro demonstram uma atividade biológica deste variante, caracterizada pelo aumento na transdução de sinal mediado pela proteína G. A subunidade fica mais ativa, gerando muita vasoconstrição e colaborando para a hipertensão. | pág. 2