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EXERCÍICO DE FUNÇÕES MATÉRIA E EXERCÍCIOS
Tipologia: Exercícios
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Introdução
Cristiane da Silva
Introdução a funções
Para compreendermos o que é uma função, antes devemos entender o que é um conjunto, conceito relativamente simples que é fundamental na matemá- tica. Um conjunto, de acordo com Neri e Cabral (2011, p. 1) “[...] é constituído de objetos chamados elementos. Usamos a notação (lê-se x pertence a A ) para dizer que x é um elemento do conjunto A. Se x não é um elemento de A , então escrevemos (lê-se x não pertence a A )”. Em outras palavras, um conjunto é uma coleção qualquer de objetos, como, por exemplo:
conjunto dos números primos: A = {2, 3, 5, 7, 11, 13, …}; conjunto das instituições de ensino: B = {públicas, privadas, comunitárias,…}.
Os conjuntos são representados por letras maiúsculas, ao passo que seus elementos (itens dentro do conjunto) são dispostos entre chaves, separados por vírgula ou ponto e vírgula. Quanto aos subconjuntos, diz-se, por exem- plo, que o conjunto dos números naturais é subconjunto do conjunto dos números inteiros se e somente se todos os elementos do conjunto são também elementos do conjunto. Então, pode-se dizer que N está condido em ℤ (Figura 1). Para expressar simbolicamente essa relação, usam-se (está contido), (contém) ou (não está contido) (FRIEDRICH; MANℤINI, 2015).
Figura 1. Representação de
Os números são uma invenção humana. Na Antiguidade, o crescimento da população e o consequente aumento da complexidade das sociedades, cujo comércio foi se tornando cada vez mais intenso, motivaram a criação de formas para representar as quantidades. Foi então que surgiram os números naturais, que mais tarde seriam acompanhados pelos demais conjuntos numéricos: inteiros, racionais, irracionais, reais, complexos, etc. (FRIEDRICH; MANℤINI, 2015).
Figura 3. Representação gráfica dos pares ordenados ( x , y ).
12
10
8
6
4
2
0 0 100 200 300 Quantidade de gramas
Preço
400 500
Relações binárias como as que acabamos de mencionar foram descobertas na Antiguidade. Pitágoras, por exemplo, descobriu as relações aritméticas das notas musicais, e Galileu Galilei, a relação entre a distância percorrida por um objeto e o intervalo de tempo. Hoje, nas mais diversas áreas anali- samos fenômenos em que são estabelecidas relações que evidenciam como a variação de uma grandeza depende da variação de outra. Por exemplo, o número de leitos disponíveis em um hospital depende da demanda por leitos, o gasto de combustível depende da quantidade de quilômetros rodados, os níveis de poluição dependem da degradação da natureza, etc. (FRIEDRICH; MANℤINI, 2015). No exemplo do preço pago pelo presunto, deduzimos que existe uma relação entre o peso x do presunto que será comprado (em gramas) e o valor y a ser pago (expresso em reais). Mais especificamente, a relação é:
Isso significa que, se quisermos comprar 350 gramas de presunto, pagare- mos A equação dada descreve como o preço depende do peso do presunto. Nessa equação, a variável x é denominada “variável independente”, e y é chamada “variável dependente”, uma vez que seu valor é obtido a partir de x. A regra que permite obter o valor da variável
dependente a partir da variável independente é denominada função (GOMES, 2018). Gomes (2018, p. 256) define função da seguinte forma: “Uma função f é uma relação que associa a cada elemento x de um conjunto D , chamado domínio, um único elemento ou y de um conjunto C , denominado contradomínio”. Sabendo disso, vejamos algumas propriedades que caracterizam uma função, estudando os seus três tipos: sobrejetora, injetora e bijetora.
Função sobrejetora
Uma função será sobrejetora quando o conjunto imagem for igual ao con- tradomínio. Em outras palavras, ela será sobrejetora quando não sobrarem elementos no conjunto C sem receber flechas (Figura 4).
Figura 4. Diagrama de uma função sobrejetora.
Função injetora
Uma função será injetora quando elementos distintos do domínio ( D ) tiverem imagens ( C ) distintas, isto é, quando dois elementos não tiverem a mesma imagem. Sendo assim, não pode haver nenhum elemento do conjunto C que receba duas flechas (Figura 5).
próximo”, usada cotidianamente, é subjetiva, pois o que é longe para uns é perto para outros e vice-versa. No entanto, as ideias intuitivas e subjetivas nos ajudam a tornar mais palpáveis os conceitos abstratos. Na matemática, porém, as definições e demonstrações envolvem rigor. Então, para evitar subjetividade no conceito de proximidade, utiliza-se o verbo “tender”. Por exemplo, à medida que x se aproxima de 2, x + 4 se aproxima de 6, ou, se x tende a 2, então x + 4 tende a 6. Aqui, temos a ideia de limite. Os conceitos de proximidade e limite estão relacionados. Também é preciso lembrar o que significa uma função contínua: aquela em que, considerando um ponto x = p , com p fazendo parte do domínio da função, o seu gráfico não deverá apresentar um salto (na vertical) em x = p (GUIDORIℤℤI, 2010). Para ficar mais claro, observe a Figura 7.
Figura 7. Compreendendo continuidade. Fonte: Adaptada de Guidorizzi (2010).
Guidorizzi (2010) destaca que g ( x ) é descontínua somente no ponto x = 1, quando ela apresenta um salto (na vertical); nos demais pontos, ela é contí- nua. Dito isso, em uma função contínua, quando x se aproxima de p , ou tende a p , o valor da função se aproxima cada vez mais da função naquele ponto. Simbolicamente, isso pode ser expresso por:
Em palavras, isso pode ser enunciado como “o limite de f ( x ), quando x tende a p , é f ( p )”. A representação gráfica de limite pode ser observada na Figura 8.
Figura 8. Representação gráfica de limite. Fonte: Adaptada de Guidorizzi (2010).
Vejamos um exemplo, agora por meio da análise de uma tabela.
Considere a função f ( x ) = x + 4. Qual será o limite no ponto x = 2? Pensando no gráfico dessa função, constatamos que se trata de uma reta. Logo, ele não apresentará salto em nenhum ponto, e, sendo assim, f ( x ) será contínua. Observe a Figura 9.
Figura 9. Gráfico de f ( x ) = x + 4.
Dado qualquer número positivo , podemos encontrar um número positivo tal que:
Primeiramente, vamos descobrir um valor de que sustente a afirmação e, depois, provar que ela é válida para aquele. Vamos iniciar simplificando a equação apresentada:
Perceba que essa afirmação está assegurada quando Agora, vamos provar que se é válida para qualquer escolha de. Essa afirmativa é equivalente a se que, por sua vez, se verifica com Portanto, se também se verifica com Isso prova que
Nesta seção, apresentamos a definição informal de limite, iniciando pelo estudo de função contínua e descontínua. Em seguida, conhecemos repre- sentações de funções por meio de gráficos e tabelas, de modo a visualizar a noção de limite e, por fim, compreender sua definição formal. Na próxima seção, aprofundaremos esse estudo apresentando as propriedades de limites.
Propriedades e tipos de limite
As propriedades dos limites são muito úteis, pois nos permitem resolver problemas mais facilmente, sem precisar fazer uso da definição de limite, que pode ser uma tarefa um tanto complicada. Por isso, a seguir vamos apresentar caminhos e métodos mais fáceis para encontrar os limites das funções. Supondo que c seja uma constante e os limites e existam, então as propriedades são (STEWART, 2016):
Vejamos alguns exemplos aplicados a cada uma dessas propriedades.
Propriedade da soma:
Propriedade da diferença:
Além dessas propriedades, é importante conhecermos os tipos de limite com os quais podemos nos deparar. Os 15 tipos de limite são apresentados no Quadro 2.
Quadro 2. Os 15 tipos de limite
Fonte: Adaptado de Neri e Cabral (2011).
O Quadro 3 apresenta o significado dos limites iguais a (que correspondem, cada um deles, a uma coluna do Quadro 2), bem como o que representam os símbolos que correspondem às linhas do Quadro 2.
Quadro 3. Significado de alguns limites e símbolos
Significa que, por menor que seja podemos concluir que desde que x verifique certa condição. Significa que, por maior que seja podemos concluir que desde que x verifique certa condição. Significa que, por maior que seja podemos concluir que desde que x verifique certa condição. Significa que a condição sobre x é para suficientemente pequeno. Lê-se x tende a x 0 pela direita. Significa que a condição sobre x é para suficientemente pequeno. Lê-se x tende a x 0 pela esquerda. Significa que a condição sobre x é para suficientemente pequeno. (Continua)
Lê-se x tende a mais infinito. Significa que a condição sobre x é para N suficientemente grande. Lê-se x tende a menos infinito. Significa que a condição sobre x é para N suficientemente grande.
Fonte: Adaptado de Neri e Cabral (2011).
Você pode saber mais sobre as propriedades dos limites consultando o capítulo 7 da obra Curso de Análise Real , de Neri e Cabral (2011).
Nesta seção, você pôde conhecer as propriedades de limites e os 15 tipos de limite com os quais podemos trabalhar, bem como exemplos envolvendo tais propriedades. Ademais, neste capítulo, você pôde compreender o conceito formal de função e a sua representação, assim como a definição formal de limite.
Referências
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. v. 1.
FRIEDRICH, M. A.; MANℤINI, N. Matemática aplicada : administração e ciências contábeis. 2 ed. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2015.
GOMES, F. M. Pré-cálculo : operações, equações, funções e sequências. São Paulo: Cengage Learning, 2018. GUIDORIℤℤI, H. L. Matemática para administração. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
NERI, C.; CABRAL, M. Curso de análise real. 2. ed. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: https://www.labma.ufrj.br/~mcabral/livros/ livro-analise/curso-analise-real-a4.pdf. Acesso em: 11 abr. 2021.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2016. v. 1.
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(Continuação)