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O processo completo do exame proctológico, incluindo a posição adequada do paciente, a preparação e a técnica utilizada durante o exame. O texto aborda a importância de reduzir as preocupações do paciente e a limitação da insuflação de ar durante a retosigmoidoscopia. Além disso, detalha as fases do exame, como inspeção estática e dinâmica, palpação e uso de aparelhos específicos.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
REV. M E D. - VÒL. 67 - N? 1: 19 a 22 - 1987
0 exame proctológico deve ser realizado sempre que o paciente apresenta sintomas que possam estar relaciona- dos ao colon, ao reto e ao anús, c o m o sangramento, altera- ções do hábito intestinal, dor abdominal ou ano-reto-pe- rineal. Além destas indicações d o e x a m e proctológico, este exame deve ser realizado e m indivíduos assintomáticos que pertençam aos chamados grupos de risco para câncer colo-retal. 0 exame geral d o doente e, e m particular o exame do abdômen e das regiões inguinais deve preceder o exame proctológico propriamente dito.
0 posicionamento cuidadoso do paciente é essencial para a realização adequada d o e x a m e proctológico. A s po- sições mais utilizadas são:
Embora desconfortável para o doente esta posição (Fig. 1) oferece excelentes condições para a realização do exame procotolóqico completo, principalmente para a endoscopia, pois a passagem da junção retosigmoidiana é muito facilitada pela queda d o sigmoide para a parede anterior do abdômen, retificando sua angulação.
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Médico Auxiliar da Disciplina de Cirurgia Experimental (Prof. Silvano Raia ) Médico Colaborador do Serviço de Colo Proc- tologia Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo. Estagiária do Serviço de Colo-Proctolog.a de Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo (Prof. Henrique Walter Pi- Diretora do Serviço de Colo-Proctologia da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo.
É a mais utilizada pois é confortável ao doente, principalmente para os mais idosos, gestante ou artrití- cos. Além disso o paciente se sente muito menos cons- trangido, e a posição é t a m b é m confortável ao examina- dor, desde que o doente seja corretamente posicionado (Fig. 2). O paciente se deita e m decúbito lateral esquerdo, obliquamente, c o m a cabeça colocada junto ao bordo lateral oposto ao do examinador. A s nádegas devem pro- jetar-se para fora do bordo lateral do m e s m o lado que o examinador. As coxas fletem-se sobre o abdômen e as pernas fletem-se e m u m ângulo de 9 0 graus. O paciente deve rodar o tronco no sentido de colocar a face na direção da superfície do diva, ficando discretamente pronado. Adicionalmente o paciente deve ser instruído para não mudar de posição durante o exame, pois existe a tendência de girar para u m decúbito dorsal a medida que ele procura falar c o m o examinador e acompanhar o que está ocor- rendo. A fonte de iluminação coloca-se na direção dos pés do diva de forma a não interferir c o m o acesso do exami- nador ao instrumental colocado a sua direita.
Fig. 1 - Posição genu-peitoral.
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Fig. 2 — Posição de=Sims
0 examinador deve ter sempre em mente que o exame proctológico é uma experiência que causa grande apreensão em quase todos os pacientes e, em especial, aos acometidos de uma afecção que produza dor na região anal, pois o paciente teme que o exame em si possa des- pertar desconforto ainda maior. O paciente, já bastante tenso, se sentir dor, contrairá a musculatura das nádegas e dos esfíncteres, aumentando substancialmente a dificul- dade do exame. 0 objetivo inicial do examinador deve ser o de reduzir as preocupações do paciente e antecipar, durante todo o procedimento, as sensações associadas ao exame de tal forma que o paciente não se surpreenda com o que sente e adquira confiança na proficiente ação do exa- minador.
Outro aspecto para o qual o examinador deve estar atento e para a limitação da insulflação de ar ao mínimo necessário durante a retosigmoidoscopia, alertando o pa- ciente que a sensação de que vai evacuar corresponde a presença do aparelho e do ar e que ele deve ficar tranqüilo que nenhum acidente ocorrerá durante o exame.
Nas afecções agudas, em que o paciente apresenta grande desconforto, quer pela presença de trombose he- morroidária, fissura anal ou de abscesso anal, o exame proctológico deve restringir-se ao mínimo necessário para estabelecer o diagnóstico, sem impor sofrimento inútil ao paciente. U m a vez posicionado o paciente e orientado quanto a natureza do procedimento, seguem-se os estágios do exa- me propriamente dito:
1.A — Estática
Existem muitas condições que são óbvias a inspeção da região anal e vizinhanças e por esse motivo esta fase do exame não deve jamais ser descurada. Os hematomas anais, a trombose hemorroidaria, o abscesso anal, o condiloma peri anal, a presença do orifício externo de uma fístula ano-reto-perineal, hidroadenite supurativa, cisto pilonidal, são diagnosticados a simples inspeção da região anal sem qualquer dificuldade. O estado da pele peri anal, a presença de cicatrizes, de secreções devem ser anotados. Nos casos em que existe qualquer queixa relacionada a continência deve ser observada a presença de resíduos fecais bem como o estado de fechamento completo ou não do anús. E m seguida a pele peri anal é afastada com vigor com o objetivo de examinar melhor o ânus. propriamente dito. Nestas condições, uma fissura anal, se presente, poderá ser vista.
1.B — Dinâmica
Deve-se sempre solicitar que o paciente faça força para evacuar, para demonstrar a presença de hemorroidas prolapsadas, papilas hipertróficas, prolapso de reto, eli- minação de fezes ou descida do períneo. Muitas vezes a inspecção dinâmica é ainda mais eficiente com o paciente em posição sentada.
Usualmente é realizada antes de se lubrificar a luva e visa essencialmente estabelecer a presença de áreas endu- recidas ou amolecidas relacionadas a um eventual abcesso, áreas infiltradas, por tecido tumoral, bem como saber se a compressão de uma determinada região provoca dor. E m doentes com sintomas de incontinência fecal, a palpa- ção deve ser completada com a pesquisa dos reflexos ano- retais, através da picada de uma agulha para verificação de sensibilidade a dor e a resposta de contração esfinc- teriana.
Fig. 4 — Introdução d o Retosigmoidoscópio.
RET0SI0M0ID03C0PIA RÍGIDA e BIÓPSIA s/n Tipos de aparelhos 20mm x 20cm =*cC ")rnm x 13cm 15mmx25cm 33
=
Técnica
Fig. 5 — Técnica e aparelhos de retosigmoidoscopia.
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