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Avaliação de Desempenho em Análises Químicas: Pré e Pós Analíticos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Gestão da Qualidade

A importância dos pré e pós analíticos na avaliação de desempenho de laboratórios de análises químicas. Discussão sobre a necessidade de considerar estas etapas na avaliação de qualidade, exemplos de programas de avaliação e sua importância na harmonização de normas e diretrizes.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 22/04/2020

uriel-dornelas-machado
uriel-dornelas-machado 🇧🇷

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Avaliação do Desempenho
Pré e Pós Analítico
Introdução
Geralmente, as análises químicas de rotina envolvem várias etapas como, por exemplo, a escolha do
procedimento de análise, a amostragem, a preparação da amostra, a medição, o cálculo do resultado,
a avaliação da incerteza e a apresentação do resultado ao cliente. São tomadas decisões e ações
importantes com base nestes resultados. As etapas que ocorrem antes e depois das medições são
regularmente designadas como “pré e pós analíticas”. Existem muitas fontes de incerteza associadas
a este trabalho, algumas das quais podem mesmo afetar a qualidade dos mesmos.
Os testes de aptidão (PT) e os
programas de avaliação externa
da qualidade (EQA) são meios
eficazes de avaliar a qualidade das
análises de rotina. No entanto,
se existirem procedimentos
específicos, aplicáveis antes ou
depois das medições, que são
usados na análise das amostras de
rotina, mas não nas amostras teste
do PT, os resultados do PT apenas
refletirão parte da qualidade do
processo de medição.
Os laboratórios de análise
clínica participam regularmente
em programas de avaliação do
desempenho pré e pós analíticos
(PT/EQA). A norma ISO 15189,
que sustenta a acreditação
dos ensaios clínicos, destaca o
facto dos esquemas de EQA “…
terem a capacidade de verificar
todo o processo, incluindo
os procedimentos pré e pós
examinação…
Os exemplos desta brochura ilustram o potencial e a importância dos programas de avaliação do
desempenho pré e pós analítico (PT/EQA). Estes exemplos têm o intuito de incentivar os promotores deste
programas a desenvolver as suas actividades de controlo externo de qualidade.
PT/EQA pré e pós analítico – Uma forma de harmonização
A título de exemplo, os programas PT/EQA de avaliação do desempenho pré e
pós analítico, permitem identificar a não adesão a diretrizes, ou a variabilidade da
preparação da amostra, ou a inconsistências na interpretação, que são dificilmente
detetados noutros programas. Estes programas podem assim contribuir para melhorias
ao nível da harmonização, normas e diretrizes sectoriais.
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Avaliação do Desempenho

Pré e Pós Analítico

Introdução

Geralmente, as análises químicas de rotina envolvem várias etapas como, por exemplo, a escolha do procedimento de análise, a amostragem, a preparação da amostra, a medição, o cálculo do resultado, a avaliação da incerteza e a apresentação do resultado ao cliente. São tomadas decisões e ações importantes com base nestes resultados. As etapas que ocorrem antes e depois das medições são regularmente designadas como “pré e pós analíticas”. Existem muitas fontes de incerteza associadas a este trabalho, algumas das quais podem mesmo afetar a qualidade dos mesmos. Os testes de aptidão (PT) e os programas de avaliação externa da qualidade (EQA) são meios eficazes de avaliar a qualidade das análises de rotina. No entanto, se existirem procedimentos específicos, aplicáveis antes ou depois das medições, que são usados na análise das amostras de rotina, mas não nas amostras teste do PT, os resultados do PT apenas refletirão parte da qualidade do processo de medição. Os laboratórios de análise clínica participam regularmente em programas de avaliação do desempenho pré e pós analíticos (PT/EQA). A norma ISO 15189, que sustenta a acreditação dos ensaios clínicos, destaca o facto dos esquemas de EQA “… terem a capacidade de verificar todo o processo, incluindo os procedimentos pré e pós examinação…” Os exemplos desta brochura ilustram o potencial e a importância dos programas de avaliação do desempenho pré e pós analítico (PT/EQA). Estes exemplos têm o intuito de incentivar os promotores deste programas a desenvolver as suas actividades de controlo externo de qualidade.

PT/EQA pré e pós analítico – Uma forma de harmonização

A título de exemplo, os programas PT/EQA de avaliação do desempenho pré e pós analítico, permitem identificar a não adesão a diretrizes, ou a variabilidade da preparação da amostra, ou a inconsistências na interpretação, que são dificilmente detetados noutros programas. Estes programas podem assim contribuir para melhorias ao nível da harmonização, normas e diretrizes sectoriais.

Exemplo 1: Interpretação da informação química clínica

O passado clínico de um paciente combinado com resultados de análises, poderão ser usados para verificar a concordância de diagnósticos de médicos. Este tipo de programas pode assim incluir tanto os aspetos pré como os pós analíticos. O promotor do programa, por exemplo recorrendo a um grupo de peritos, classifica a qualidade das respostas e sugestões dos participantes, e apresenta as mesmas num relatório detalhado.

Exemplo 2:Pedidos de amostragem em microbiologia

Um programa de microbiologia clinica pode simular um cenário de intoxicação alimentar para avaliar aspetos pré e pós analíticos da requisição de amostragens. O promotor do programa fornece informação sobre o tipo de alimento, sintomas e o período de incubação, com uma amostra simulada. Os participantes selecionam o(s) tipo(s) de organismo(s) a pesquisar. O trabalho laboratorial associado envolve o exame das amostras, a seleção do método usado e a obtenção dos resultados. Os participantes poderão, por exemplo, ser questionados sobre quais as toxinas ou agentes patogénicos mais provavelmente responsáveis pela intoxicação alimentar e indicar se vão ou não divulgar informação, por exemplo, junto dos hospitais ou fornecedores de alimentos. O relatório disponibiliza os resultados de cada participante bem como os comentários do promotor.

Exemplo 3: Ensaios em brinquedos

As falhas de conceção, o uso e o acaso são determinantes nos acidentes e mortes relacionadas com brinquedos de crianças. A avaliação da segurança dos brinquedos permite determinar se os brinquedos são seguros e, habitualmente, envolve a aplicação de conjuntos de normas de segurança. O promotor do PT fornece um brinquedo, procede a uma inspeção visual da sua homogeneidade, e distribui as amostras. Os participantes são convidados a avaliar o brinquedo recorrendo à norma Europeia EN 71, decidindo quais dos requisitos da norma são aplicáveis. Os requisitos seleccionados definem o(s) ensaio(s) a realizar. O relatório do PT ira conter a “resposta modelo” incluindo os requisitos, ensaios e regras de rotulagem (quando aplicável).

Exemplo 4: Monitorização da qualidade da agua

O trabalho pós-analítico pode ser regulado pela legislação e regulamentação nacional (Diretiva 98/83/EC). Os participantes recebem uma amostra de água sintética com valores de propriedades próximos ou acima dos valores limite. Estes são convidados a apresentar os resultados, as incertezas e a avaliar a conformidade da água a disponibilizar ao cliente. As recomendações do promotor são listadas no relatório do PT com um objetivo formativo. Esta informação pode também ser disponibilizada aos reguladores sectoriais para servir de base ao seu posterior acompanhamento.

Mais informações

Podem ser obtidas informações sobre promotores de PT e seus programas, nos organismos de acreditação nacionais, na página da EPTIS (www.eptis.bam.de) e em organizações internacionais como a Eurachem, Eurolab e EQALM. Produced by Eurachem’s Proficiency Testing Working Group - www.eurachem.org First Portuguese edition, May 2012 Translation and adaptation into Portuguese by EURACHEM-PT