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Neste livro, eugênio bucci aborda a importância da ética na imprensa contemporânea brasileira, onde a liberdade de imprensa já foi conquistada. Ele discute a ética jornalística como um contrato com os leitores e a necessidade de aplicá-la diariamente por jornalistas e empresários. Bucci critica a história da imprensa brasileira e os motivos pelos quais os jornalistas e empresários se recusam a debater sobre ética. Além disso, ele discute o risco de comprometer a autonomia crítica dos veículos de comunicação com o crescente avanço de fusões no setor de mídia.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
BUCCI, Eugênio. Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
Na história contemporânea brasileira, a imprensa venceu gran- des percalços, como a censura, que mascarava a realidade. E agora, nesses dezesseis anos em que se vê de novo livre, ela se defronta com outro problema: o da ética nos meios de comunicação. Para elucidar essa questão e ajudar a refletir sobre ela, o jornalista e crí- tico de mídia Eugênio Bucci escreveu Sobre ética e imprensa, uma obra que merece ser adotada por escolas de comunicação e veículos de imprensa, não apenas para ser lida, mas, sobretudo, para ser aplicada cotidianamente pelos atuais e futuros profissionais, pois a ética esta na práxis. No decorrer dela, a ética jornalística é tratada como pedra de toque do contrato com os leitores e a liberdade de imprensa é um quesito inegociável. O autor não endossa o princípio de que os fins justificam os meios. Para Bucci, o jor nalismo é lugar de conf lito. E é por ele ter essa característica que a ética existe, embora, muitas vezes, a arrogância dos jornalistas e dos empresários se sobrepo- nham ao debate sobre a questão ética. A ética não é uma norma a ser seguida apenas por repórteres e editores, devendo envolver tanto os empregados quanto os empregadores. Faz sentido falar de ética na imprensa? Para Bucci, trata-se de uma questão fundamental e urgente (p. 29). Ele retoma a história para exemplificar: “No dia 25 de janeiro de 1984, o Jor nal Nacional tapeou o telespectador. Mostrou cenas de uma manifestação pública
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na praça da Sé, em São Paulo, e disse que aquilo acontecia em vir- tude da comemoração do aniversário da cidade. A manifestação era real: a multidão estava lá para exigir eleições diretas para a Presidên- cia da República. O Jor nal Nacional enganou o cidadão naquela noite