1. Os sintomas deste transtorno podem ser divididos em duas categorias: Positivos e Negativos. Descreva o que caracteriza esses sintomas: Positivos: consistem em delírios ( convicções não condizentes com a realidade, usualmente de cunho paranoide, místico e fantástico. Alucinações, especialmente auditivas. Desagregação do pensamento, falta de lógica, comportamento bizarro e agitação psicomotora. Negativos: pobreza do conteúdo de pensamento e de linguagem, afeto embotado ou hipomodulado, isolamento social, diminuição da iniciativa e apatia. 2. Quais são as causas biológicas mais frequentes para o desenvolvimento deste transtorno? Com base nos diferentes quadros clínicos e na variação do curso da doença e da resposta terapêutica, esta pode ser entendida como um transtorno heterogêneo, com variações em sua fisiopatologia, de etiologia multifatorial. Apresenta-se com um traço complexo, com forma de herança não mendeliana (a combinação de diversos fatores cria uma gama de fenótipos que se distribui de forma contínua em uma população) e com significativas interações com fatores ambientais, sendo esses : nutrição materna pobre ( vitamina A), infecções virais na infância, ou na gestação, complicações obstétricas e perinatais. 3. Descreva as alterações estruturais encontradas no cérebro de pacientes esquizofrênicos: Após o 1º episódio de psicose, faz com que pesquisadores considerem que o episódio psicótico tem um efeito neurotóxico. Essas alterações envolvem: redução de substância cinzenta,( hipocampo, amígdala, córtex frontal e temporal, tálamo) e alargamento dos ventrículos laterais e do 3º ventrículo, do espaço subaracnóideo e dos giros corticais. O encéfalo do paciente esquizofrênico mostra ventrículos laterais aumentados,

provavelmente devido à atrofiado tecido neural ao seu redor. Alterações em sinapses e em sistemas de neurotransmissores são observadas, alterações na transmissão sináptica química mediada pela dopamina e pelo glutamato. Esquizofrênicos frequentemente apresentam defeitos nas bainhas de mielina que envolve maxônios no córtex cerebral; Outro achado comum é a reduzida espessura cortical e a laminação neuronal anormal.

4. Explique as hipóteses neuroquímicas: dopaminérgica e glutamatérgica: Hipótese Dopaminérgica: Uma segunda razão para associar a dopamina à esquizofrenia relaciona-se aos efeitos de fármacos que atuam no Sistema Nervoso Central, reduzindo os sintomas positivos. Hipótese Glutamatérgica: Postula que uma disfunção da neurotransmissão mediada pelos receptores glutamatérgicos NMDA pode representar um déficit primário nesse transtorno; Glutamato é o principal NT excitatório do SNC; Está implicado em funções cognitivas como memória e aprendizado; Parece haver redução dos receptores tipo NDMA(N-metil-D-aspartato) /hipofunção glutamatérgica, resultando em sintomas negativos; É provável que esquizofrenia envolva uma alteração complexa dos receptores glutamatérgicos em diferentes redes neurais, de forma que existam áreas cerebrais em estado hipoglutamatérgico e outras em estado hiperglutamatérgico.