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O tratamento médico foi de manutenção para recuperação do estado clínico geral, e manter o estado nutricional da paciente. A paciente foi internada no dia. 05/ ...
Tipologia: Notas de aula
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Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Nutrição
São Paulo-SP Junho de 2006
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de nutrição
Aluna: Gíldisse de Oliveira Corrêa RA: 200211173 – 4º ANTM Nutricionista Orientadora: Daniela Thiele de Almeida Profª Orientadora: Margareth Lage L. de Fornasari
São Paulo-SP Junho de 2006
O presente estudo de caso foi realizado no Hospital Pérola Byington durante o estágio em nutrição clínica transcorrido no período de 24 de Abril à 30 de Junho de
O presente trabalho foi realizado no Pérola Byington Centro de Referência da Saúde da Mulher. Durante o período de estágio de 24 de Abril á 30 de Junho de
A paciente em questão foi acompanhada primeiramente no Pronto atendimento PA no dia 05 de junho de 2006, sendo transferida para internação na clínica OCR (oncocirurgica) do 8º Andar, Leito-818-A com a seguinte patologia: câncer do Endométrio + HAS + DM + Obesidade a qual foi submetida a intervenção para cirurgica do CA no dia 05 de Junho de 2006. O motivo da escolha da paciente para o estudo foi, que sua patologia exige um acompanhamento em nível terciário, principalmente após á cirurgia a qual fora submetida requerendo cuidado dietoterápico específico. Foi acompanhada no período de 05 de junho a 10 de junho de 2006. com a supervisão de nutricionista Daniela Thiele de Almeida.
Anamnese ou Histórico da doença atual: A paciente relata que sempre foi obesa, ja tinha sido internada anteriormente no período pré menopausa com hemorragia, e não soube relatar com exatidão há quanto tempo é diabética e hipertensa.
Antecedentes familiares Mãe com histórico de Patologia: Diabetes, Hipertensão e Obesidade, não recebia tratamentos médicos.
Exame físico na internação A paciente apresentou os seguintes dados: eupnéica, hidratada, hipocorada, afebril (36º), ritmo cardíaco regular, abdômen flácido, dolorido, ruídos hidroárecos, membros sem edema e P/A: 140x100 mmH g.
Diagnóstico definitivo Câncer de Endométrio
A paciente mora sozinha em casa de alvenaria própia, pequena e simples com luz, água , esgoto encanado, coleta e destino de lixo adequado. Sua filha reside na casa vizinha com marido e neta e, lhe presta toda assistência, não deixando faltar nada na medida do possível. Na internação a paciente tinha como acompanhante sua filha que fazia revesamento com a nora, nunca ficava sozinha. A paciente declara não trabalhar, recebe uma pequena aposentadoria deixada pelo mariado e tem ajuda dos filhos. A renda familiar não foi declarada.
Câncer
Nos últimos cem anos, o ser humano tem sido exposto a uma quantidade cada vez maior de inúmeros compostos químicos novos (resultantes da atividade industrial), amplamente distribuídos no ambiente e capazes de induzir danos ou lesões no material genético. O corpo humano contém trilhões de células agrupadas para formar tecidos, como os músculos, ossos e pele. A maioria das células normais cresce, se reproduz e morre em resposta aos sinais internos e externos ao corpo. Se esses processos ocorrerem de modo equilibrado e de forma ordenada, o corpo permanece saudável executando suas funções normais. No entanto, uma célula normal pode tornar-se uma célula alterada e isso ocorre quando o material genético é danificado. Material genético é toda a informação contida nos genes, formados pelo ácido desoxirribonucléico ou DNA e localizados no núcleo celular. Os genes são responsáveis pela produção de todas as nossas proteínas, que determinam tudo, isto é, desde a estrutura à função do nosso corpo, bem como o comportamento e aparência normal das células, além de conferir todas as características físicas únicas que formam o conjunto de cada indivíduo. A partir do momento em que uma célula carrega uma lesão em seu material genético (DNA), ela passa a ser uma célula alterada, sendo denominada mutada. Uma vez lesado o DNA, o corpo consegue, quase sempre, promover o reparo desses danos através de eficientes mecanismos que recompõem as atividades celulares. Com o passar dos anos as alterações que não foram reparadas vão se acumulando e, eventualmente, podem levar à perda de controle dos processos vitais da célula, uma vez que a célula mutada não mais obedece aos sinais internos. Deste modo, a célula mutada passa a agir independentemente em vez de cooperativamente, dividindo-se de modo descontrolado, até formar uma massa celular denominada tumor.
Um tumor é denominado benigno quando ele não invade os tecidos vizinhos ou se transloca, via sangüínea, para outros locais. Esses tumores são quase sempre facilmente removidos cirurgicamente. Por outro lado, se as células tumorais crescem e se dividem, invadindo outros locais, são denominadas malignas ou cancerosas. Essas células podem ter a habilidade de se espalhar pelos tecidos sadios do corpo, por um processo conhecido como metástase , invadindo outros órgãos e formando novos tumores. Existem aproximadamente 200 tipos diferentes de câncer, muitos deles curáveis, se detectados precocemente. São as principais categorias dos cânceres conhecidos: carcinomas, sarcomas, leucemias e linfomas. Os carcinomas incluem os cânceres que se originam de células que formam a epiderme - tal como o câncer de pele - ou tecidos que revestem os órgãos internos, por exemplo o carcinoma de pulmão ou, ainda, formam as glândulas, como no caso do câncer de mama. Os sarcomas, por sua vez, representam os cânceres que se originam dos tecidos conectivos como os ossos e cartilagens (osteossarcoma ou câncer do osso) ou tecidos musculares (rabdomiossarcoma ou tumor maligno do músculo esquelético). Portanto, o câncer pode ser definido como uma doença degenerativa resultante do acúmulo de lesões no material genético das células, que induz o processo de crescimento, reprodução e dispersão anormal das células (metástase). As leucemias e os linfomas estão relacionados, respectivamente, aos cânceres originados das células formadoras do sangue e das células do sistema imunológico ou de defesa. Como exemplo de leucemia, temos a leucemia granulocítica que é o câncer das células brancas do sangue; e de linfoma, o câncer que acomete os linfonodos, denominado linfoma de Hodgkins. O câncer constitui importante causa de mortalidade em todo o planeta, sendo a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Sabe- se hoje que cerca de 1% de todos os cânceres são de origem hereditária e 16% são atribuídos a agentes infecciosos. Contudo, existem evidências substanciais de que na origem de 80 a 90% de todos os tipos de cânceres haja o envolvimento dos agentes ambientais representados por compostos químicos oriundos do tabagismo, alcoolismo e infecções parasitárias e, principalmente da dieta alimentar, bem como
caseiro quanto por contaminação de cereais, frutas e legumes nas lavouras – ao longo dos anos.
Hoje a Medicina já trata com sucesso um número cada vez maior de tipos de neoplasias (câncer). O diagnóstico de um tumor em suas fases iniciais de desenvolvimento, aumenta a chance de cura total da doença. Porém, novos tratamentos para alguns cânceres em seu estágio avançado, encontram-se hoje em desenvolvimento, com resultados animadores. Entre esses novos recursos de tratamento, encontram-se as terapias rediferenciadoras (com formas ácidas da vitamina A e D para alguns tumores e o trióxido de arsênico, para alguns tipos de leucemia), a hormonioterapia, como tratamento adjuvante para tumores de próstata e endométrio uterino e mama, bem como algumas vacinas, como a Theratope®, que se encontra em fase final de testes na Grã Bretanha, com mais de 900 pacientes com câncer de mama avançado. Novos medicamentos imunomoduladores que ajudam a aumentar as defesas naturais do corpo (sistema imunológico) a combaterem tumores já estão sendo utilizados no Brasil. Além disso, alguns tratamentos tradicionais continuam progredindo, como as diversas novas técnicas de diagnóstico precoce, de cirurgia, novos tratamentos com medicamentos quimioterápicos e novos avanços em radioterapia Uma crescente compreensão da importância de uma alimentação equilibrada e apropriada para o paciente com câncer é outro fator fundamental para melhorar a resposta aos tratamentos, promover sua qualidade de vida e diminuir ou evitar certos efeitos colaterais dos tratamentos.
Hoje a Medicina já trata com sucesso um número cada vez maior de tipos de neoplasias (câncer). O diagnóstico de um tumor em suas fases iniciais de desenvolvimento, aumenta a chance de cura total da doença. Porém, novos tratamentos para alguns cânceres em seu estágio avançado, encontram-se hoje em desenvolvimento, com resultados animadores. Entre esses novos recursos de tratamento, encontram-se as terapias rediferenciadoras (com formas ácidas da vitamina A e D para alguns tumores e o trióxido de arsênico, para alguns tipos de leucemia), a hormonioterapia, como tratamento adjuvante para tumores de próstata e endométrio uterino e mama, bem como algumas vacinas, como a Theratope®, que se encontra em fase final de testes na Grã Bretanha, com mais de 900 pacientes com
ambulatorial – a menos que seu médico decida que é importante mantê-lo internado por mais alguns dias.
Sistema de Tratamento Ambulatorial É realizado quando o médico responsável e o paciente decidem que o tratamento pode ser feito sem a necessidade de internação. Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia podem ser feitas em ambulatório.
Quimioterapia É um tratamento que utiliza medicamentos (remédios) que eliminam as células de câncer que formam os tumores e metástases. Quando o tumor é muito grande e se encontra em uma região do corpo que não permite sua extração por cirurgia ou permite apenas a retirada de parte do tumor, a radioterapia pode ser utilizada em combinação com a quimioterapia ou uma e depois a outra – dependendo do que seu médico decidir ser mais recomendável. A quimioterapia pode inclusive servir para diminuir o tumor e permitir que ele seja, então, extraído através de cirurgia.
Tratamento Adjuvante Uma situação em que a quimioterapia e/ou a radioterapia podem ser utilizadas como tratamento preventivo (adjuvante), é quando o tumor foi retirado na cirurgia, mas os estudos indicam que se o paciente fizer quimioterapia e/ou radioterapia, isso diminuirá a probabilidade de células tumorais que possam ter emigrado para outras regiões desenvolvam novos tumores. Existem muitos tipos de medicamentos quimioterápicos e aqueles que cada paciente irá receber, bem como a duração do tratamento, serão estabelecidos pelo médico responsável. A quimioterapia consiste na utilização de agentes químicos (remédios), isolados ou em combinação com outros tratamentos, com o objetivo de tratar uma doença. Os aspectos particulares sobre seu quadro clínico (doença) deverão ser esclarecidos com o médico responsável.
Aplicação dos medicamentos quimioterápicos
Os medicamentos são preparados e aplicados por uma equipe de enfermagem treinada e podem ser administrados por várias vias de acesso (locais ou regiões do corpo), tais como: a) Via Endovenosa (na veia) : poderá ser realizado através de uma veia periférica (mãos ou braços), ou por um catéter (vide explicação posterior). b) Via Intramuscular (dentro do músculo): nos braços, pernas ou nádegas. c) Via Subcutânea (na região acima do músculo): nádegas, barriga, braços ou pernas (coxas). d) Via oral (tomando comprimidos, cápsulas ou líqüidos pela boca): o médico informará sobre os medicamentos que irá receber, os possíveis efeitos colaterais que podem acompanhar o tratamento e como agir caso estes ocorram. A medicação é tomada em horários definidos pelo médico, para facilitar a sua absorção. Por exemplo, 1 hora antes ou 1 hora e 30 minutos após a refeição. É importante observar a orientação do médico e não interromper a medicação sem informá-lo. Muitos desses medicamentos precisam ser administrados (tomados), a intervalos específicos (1 vez por semana ou a cada 21, 28 dias, etc.) para que o objetivo do tratamento seja alcançado.
Efeitos Colaterais A ocorrência de efeitos colaterais depende fundamentalmente dos tipos de medicamentos (remédios) prescritos e do próprio organismo de cada paciente. Isso significa que alguns efeitos colaterais desagradáveis podem ocorrer com uma pessoa enquanto uma outra nada sente ou os têm de forma mais branda. Alguns efeitos de medicamentos quimioterápicos são a diminuição de glóbulos brancos e/ou de glóbulos vermelhos e plaquetas. Quando o potencial deste efeito é muito grande, o médico poderá indicar uma medicação subcutânea ou endovenosa (na veia) que ajude a restaurar esses componentes do sangue. Certos medicamentos quimioterápicos afetam o crescimento de cabelos e pelos do corpo. Durante este tempo, corpo e unhas, causando a queda de cabelos e enfraquecimento de unhas. Porém, na maioria das vezes, esses sintomas são temporários e, uma vez encerrado o tratamento, eles voltam a crescer.
Hormonioterapia Alguns tumores (de próstata no homem e de mama ou do endométrio uterino na mulher) podem depender de hormônios para crescerem. Assim, pode fazer parte do tratamento oncológico o bloqueio da produção de certos hormônios pelo corpo ou o uso de hormônios que antagonizem aquele hormônio que estimula o crescimento do tumor. Esse bloqueio hormonal pode ser realizado com medicações orais e, quando esta é a via de administração. Outros hormonioterápicos são injetáveis por via intramuscular ou subcutânea e sua aplicação obedece uma estratégia definida pelo médico que deve ser seguida à risca.
Efeitos colaterais: Podem surgir sinais de menopausa ou andropausa precoces, disfunções sexuais, ressecamento vaginal, ondas de calor. Apesar desses inconvenientes, a hormonioterapia pode ser um tratamento muito eficaz, valendo a pena suportar seus efeitos colaterais, frente a seus benefícios potenciais, quando bem indicada. Uma nutrição (alimentação) adequada e apropriada para cada fase da vida é indispensável a todos os seres vivos, para a manutenção da saúde, diminuição de riscos de doenças e também para a restauração da saúde, através da recuperação, reconstrução, desintoxicação e reparo de células, órgãos e tecidos ao longo de nossas vidas. Nosso reparo de células, órgãos e tecidos ao longo de nossas vidas. Nosso sistema imunológico (que nos defende de infecções) e demais funções vitais dependem dos micro-nutrientes extraídos dos ingerimos alimentos. (Sociedade Brasileira de Cancerologia)
Não existe dúvida de que em qualquer mulher com sangramento após menopausa, o diagnóstico de câncer de endométrio ou de lesões precursoras deve ser afastado; por outro lado, naquelas na menacme com sangramento uterino disfuncional (SUD) o endométrio deve ser obrigatoriamente estudado, antes de se iniciar qualquer terapêutica, pois não raramente pode-se tratar de um carcinoma endometrial ou de uma lesão precursora. Nessas mulheres a anamnese, o exame clínico e a determinação sérica da glicose são imprescindíveis, pois é comum a associação entre câncer de endométrio, diabetes, hipertensão arterial e obesidade. Cuidadosa investigação do peso também deve ser incluída, destacando o sobrepeso e a obesidade mórbida, pois é cada vez mais freqüente o número de casos de câncer de endométrio nessas mulheres. Em relação às mulheres após a menopausa há um consenso quanto ao primeiro exame que deve ser solicitado: a ultra-sonografia, de preferência a transvaginal para mensurar a espessura endometrial (dupla camada); se esta for menor de 5 mm, afasta-se praticamente o câncer endometrial. O outro exame, também ambulatorial é a aspiração do endométrio com cânula tipo Pipelle, que de acordo com a Associação Norte-americana de Câncer é capaz de diagnosticar 99% das lesões. Este exame é o mais indicado para as mulheres com SUD em idade reprodutiva. Não há duvida de que a histerectomia total é a terapêutica de eleição e a extensão da cirurgia dependerá do estadiamento da doença. Entretanto, é crescente o número de casos de mulheres com câncer de endométrio em idade reprodutiva que desejam conservar seu potencial reprodutivo ou de mulheres com contra-indicações para a cirurgia. Nestas situações duas opções emergem como importantes alternativas: a inserção de um sistema intra-uterino liberador de levonorgestrel (Mirena) ou a utilização do acetato de medroxiprogesterona em altas doses. (Luis Bahamondes - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.50 no.1 São Paulo 2004)