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que E-selectina, integrina-β1 e VCAM-1 são encontradas apenas diante de um ... das famílias das selectinas e integrinas que participam da migração ...
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
Compartilhado em 07/11/2022
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Brasília 2006
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, como parte integrante dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Bentes de Azevedo
Brasília 2006
i DEDICATÓRIA
ii AGRADECIMENTO ESPECIAL
iv
v RESUMO
O presente estudo avaliou a expressão das moléculas de adesão celular (CAMs): L- selectina, P-selectina, E-selectina, integrina-β2, Mac-1, LFA-1, integrina-β1, VLA-4 e VCAM-1 durante a migração transendotelial dos leucócitos no pulmão. Para isto, utilizou-se um modelo animal de inflamação pulmonar induzida por fluido magnético contendo nanopartículas magnéticas recobertas com ácido meso-2,3- dimercaptosuccínico (FM-DMSA). As análises foram realizadas em camundongos nos períodos de 4 e 12 horas após a administração do FM-DMSA e em animais controles. A atividade migratória induzida experimentalmente foi investigada por meio de lavagem bronco-alveolar. Microscopia de luz foi utilizada para verificar a distribuição de agregados de nanopartículas magnéticas e análise da morfologia do órgão. A expressão das CAMs foi investigada por meio de imunofluorescência indireta em cortes por congelação. De acordo com os resultados obtidos, o FM- DMSA estimula a migração transendotelial dos leucócitos nos períodos de 4 e 12 horas, com o mínimo de dano a esse órgão. L-selectina, P-selectina, integrina-β2, Mac-1, LFA-1 e VLA-4 participam da migração transendotelial dos leucócitos tanto na presença de um estímulo inflamatório como em condições fisiológicas, enquanto que E-selectina, integrina-β1 e VCAM-1 são encontradas apenas diante de um estímulo inflamatório. L-selectina, P-selectina, integrina-β2, Mac-1, LFA-1, integrina- β1 e VCAM-1 participam da migração transendotelial dos leucócitos em sítios pós- capilares e na microvascularização, enquanto que E-selectina e VLA-4 são encontradas apenas em sítios pós-capilares. E-selectina e LFA-1 têm seus níveis de expressão alterados em função do tempo. As vias de migração transendotelial CD18-dependente (integrina-β2, Mac-1 e LFA-1) e CD18-independente (integrina-β 1 e VLA-4) podem contribuir mutuamente para a migração dos leucócitos no pulmão.
vii LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Representação das etapas da migração transendotelial. Figura 2. Principais CAMs envolvidas na migração transendotelial. Figura 3. Aspecto do FM-DMSA e comportamento magnético do fluido. Figura 4. Camundongo da raça Swiss. Figura 5. Veia do animal e administração endovenosa do FM-DMSA. Figura 6. Escalpe posicionado e incisão no átrio direito do coração. Figura 7. Sistema utilizado para a perfusão cardíaca. Figura 8. Traqueotomia e cateter introduzido na traquéia. Figura 9. Dispositivo de três vias utilizado na lavagem bronco-alveolar. Figura 10. Representação dos procedimentos para a obtenção do número de leucócitos totais. Figura 11. Representação do preparo das amostras para a criomicrotomia. Figura 12. Representação da técnica de imunofluorescência indireta. Figura 13. Jogos de filtros utilizados para cada fluoróforo e cor resultante. Figura 14. Número de leucócitos totais no lavado bronco-alveolar. Figura 15. Fotomicrografias de pulmões de camundongos. Figura 16. Fotomicrografias de imunofluorescência para L-selectina. Figura 17. Fotomicrografias de imunofluorescência para P-selectina. Figura 18. Fotomicrografias de imunofluorescência para integrina-β2. Figura 19. Fotomicrografias de imunofluorescência para Mac-1. Figura 20. Fotomicrografias de imunofluorescência para LFA-1. Figura 21. Fotomicrografias de imunofluorescência para integrina-β1. Figura 22. Fotomicrografias de imunofluorescência para VLA-4. Figura 23. Fotomicrografias de imunofluorescência para VCAM-1. Figura 24. Sumário dos principais resultados da imunofluorescência.
viii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CAMs DMSA
DPOC ELAM-
ESL- FM-DMSA
GLyCAM-
GMP-
gp 150, H&E Hs IAP
ICAM
IL- LAD-
LAM-
lbf/pol^2 LECAM ou LEC.CAM
Bovine serum albumin / Albumina sérica bovina C ell adhesion molecules / Moléculas de adesão celular Meso-2,3-dimercaptosuccinic acid / Ácido meso-2,3- dimercaptosuccínico Doença pulmonar obstrutiva crônica Endothelial-leukocyte adhesion-1 / Molécula de adesão leucócito-endotélio- E-selectin ligand-1 / E-selectina ligante– Fluido magnético contendo nanopartículas magnéticas recobertas com DMSA Glycosylation-dependent cell adhesion- 1 / Molécula de adesão celular dependente da glucosilação- Granule membrane protein-140 / Proteína de membrana granular- Glycoprotein 150,95 / Glicoproteína 150, Hematoxilina e eosina Horas Integrin-associated protein / Proteína associada a integrina Intercellular adhesion molecule / Molécula de adesão intercelular Interleucina- Leukocyte adhesion deficiency-1 / Deficiência de adesão leucocitária- L eukocyte adhesion molecule-1 / Molécula de adesão leucocitária- Libra força por polegada quadrada Leukocyte-endothelial cell adhesion molecule / Molécula de adesão célula endotelial-leucócito
x SUMÁRIO
2.1 Migração transendotelial 2.2 Mecanismo geral da migração transendotelial 2.3 CAMs envolvidas na migração transendotelial 2.3.1 Família das selectinas 2.3.2 Família das integrinas 2.3.3 Superfamília das imunoglobulinas 2.4 CAMs e a migração transendotelial no pulmão 2.5 Fluidos magnéticos e o FM-DMSA 3 OBJETIVO 3.1 Objetivo geral 3.2 Objetivos específicos 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Parte I 4.1.1 Reagentes, utensílios e equipamentos 4.1.2 Fluido magnético 4.1.3 Procedência, seleção e manutenção dos animais 4.1.4 Grupos experimentais 4.1.5 Obtenção das amostras 4.1.6 Perfusão cardíaca 4.1.7 Lavagem bronco-alveolar 4.1.8 Número de leucócitos totais 4.1.9 Análise estatística dos resultados 4.2 Parte II 4.2.1 Reagentes, utensílios e equipamentos 4.2.2 Anticorpos e corante de ácido nucléico 4.2.3 Soluções 4.2.4 Fluido magnético e procedência, seleção e manutenção dos animais
xi 4.2.5 Grupos experimentais 4.2.6 Obtenção das amostras 4.2.7 Preparo das amostras por congelação 4.2.8 Criomicrotomia 4.2.9 Imunofluorescência indireta 4.2.10 Análise histológica 4.2.10.1 Coloração com H&E 4.2.10.2 Coloração pelo método de Perls 5 RESULTADOS 5.1 Lavagem bronco-alveolar 5.2 Microscopia de luz 5.3 Imunofluorescência 5.3.1 Família das selectinas 5.3.2 Integrinas da subfamília β 2 5.3.3 Integrinas da subfamília β 1 5.3.4 Imunoglobulina VCAM- 6 DISCUSSÃO 6.1 Da atividade migratória induzida pelo FM-DMSA 6.2 Da expressão das CAMs 7 CONCLUSÃO 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Introdução - 2
1 INTRODUÇÃO
A migração transendotelial, ou seja, o egresso dos leucócitos circulantes dos
vasos sangüíneos para o parênquima tissular, constitui um evento de fundamental
importância para os mecanismos de imunidade natural e adaptativa do organismo
(LIU et al., 2004; MARTIN; FREVERT, 2005; NOURSHARGH; MARELLI-BERG,
2005). Por outro lado, o acúmulo de leucócitos nos compartimentos extravasculares
também pode ocasionar lesão tecidual em decorrência da liberação demasiada de
substâncias tóxicas, incluindo proteases e espécies reativas de oxigênio, resultando
no desenvolvimento de quadros patológicos ou ainda contribuindo para o
agravamento de doenças já estabelecidas (GUO; WARD, 2002).
No pulmão, a migração transendotelial está relacionada com a patogenia de
doenças inflamatórias, como, por exemplo, a asma, a bronquite aguda e a doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (BLOEMEN et al., 1997; DOERSCHUK, 2000;
HAMID et al., 2003). Outras condições, ainda menos favoráveis, apresentam um alto
índice de mortalidade, não tendo sido desenvolvido, até o momento, um tratamento
específico para as mesmas. Dentre estas últimas pode-se citar a lesão pulmonar
aguda (LPA) e a síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) (ABRAHAM, 2003;
GUO et al., 2002; O'BYRNE; POSTMA, 1999; SETHI; WAXMAN, 2001).
Diante desse quadro, a busca pelas bases moleculares que coordenam a
migração transendotelial dos leucócitos no pulmão intensificou-se nas últimas
décadas. Na diversidade de fatores endógenos avaliados para tanto, as moléculas
de adesão celular (CAMs) ganharam destaque devido a sua possibilidade de
aplicação clínica, seja funcionando como marcadores biológicos para as doenças
Introdução - 3
inflamatórias pulmonares, seja como alvos para fármacos ou agentes terapêuticos
imunodirecionados (DEDRICK et al., 2003; KUENZ et al., 2005; LUSTER et al.,
2005; ULBRICH et al., 2003).
As CAMs são moléculas expressas na superfície celular que, conforme a
similaridade estrutural e funcional, apresentam-se divididas em cinco grupos:
caderinas, mucinas, família das selectinas, família das integrinas e a superfamília
das imunoglobulinas (ALBERTS et al., 2002; SIMON; GREEN, 2005). A participação
de tais moléculas no processo de migração transendotelial dos leucócitos no pulmão
tem sido amplamente investigada por meio de modelos animais de inflamação, onde
o recrutamento dos leucócitos é induzido pela administração de ácidos, bactérias,
citocinas, endotoxinas, proteínas do complemento e complexo imune (BURNS et al.,
2003; WAGNER; ROTH, 2000). A despeito disto, os resultados obtidos até o
momento ainda não são conclusivos, principalmente no que se refere as CAMs que
constituem as famílias das selectinas e integrinas; o que suscita a necessidade da
realização de novos estudos utilizando modelos experimentais in vivo que possam
melhor representar as condições encontradas nas doenças inflamatórias
pulmonares.
Para essa finalidade, a utilização dos fluidos magnéticos tem sido
recentemente proposta na literatura (AZEVEDO et al., 2004; CHAVES, 2002;
CHAVES et al., 2005; GARCIA, 2005). Os fluidos magnéticos são dispersões
constituídas de nanopartículas magnéticas recobertas por uma camada molecular
estabilizante, como, por exemplo, o ácido meso-2,3-dimercaptosuccínico (DMSA),
num solvente carreador (HALBREICH et al., 1998; MASSART, 1982). As
nanopartículas magnéticas podem ser sintetizadas a partir de várias ferritas cúbicas,
incluindo a magnetita (MASSART, 1982; SUN et al., 2004). Estudos demonstraram
Revisão da Literatura - 6
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Migração transendotelial
Migração transendotelial é o termo utilizado para se referir ao conjunto de
etapas que resultam no egresso dos leucócitos circulantes dos vasos sangüíneos
para o parênquima tissular (LIU et al., 2004; MARTIN; FREVERT, 2005;
NOURSHARGH; MARELLI-BERG, 2005). A migração transendotelial dos leucócitos
pode ocorrer tanto em condições fisiológicas normais quanto na presença de um
estímulo inflamatório (BURNS et al., 2003); e embora existam diferentes tipos de
células leucocitárias, as quais, por sua vez, são classificadas em dois grupos:
mononucleares (linfócitos e monócitos) e polimorfonucleares (neutrófilos, eosinófilos
e basófilos), todos os leucócitos migram dos vasos sangüíneos para o parênquima
tissular por meio de um mecanismo semelhante (WAGNER; ROTH, 2000).
2.2 Mecanismo geral da migração transendotelial
O comportamento das células leucocitárias durante a migração transendotelial
foi amplamente avaliado in vivo , em vênulas pós-capilares localizadas na circulação
sistêmica, e em modelos experimentais in vitro , utilizando células endoteliais
derivadas das grandes veias (LIU et al., 2004; MARTIN; FREVERT, 2005;