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Estudo da expressão de moléculas de adesão celular durante ..., Manuais, Projetos, Pesquisas de Literatura

que E-selectina, integrina-β1 e VCAM-1 são encontradas apenas diante de um ... das famílias das selectinas e integrinas que participam da migração ...

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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CAROLINE RODRIGUES ALVES VALOIS
Estudo da expressão de moléculas de adesão celular durante a
migração transendotelial dos leucócitos no pulmão de camundongos
tratados com nanopartículas magnéticas recobertas com DMSA.
Brasília
2006
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Baixe Estudo da expressão de moléculas de adesão celular durante ... e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Literatura, somente na Docsity!

CAROLINE RODRIGUES ALVES VALOIS

Estudo da expressão de moléculas de adesão celular durante a

migração transendotelial dos leucócitos no pulmão de camundongos

tratados com nanopartículas magnéticas recobertas com DMSA.

Brasília 2006

CAROLINE RODRIGUES ALVES VALOIS

Estudo da expressão de moléculas de adesão celular durante a

migração transendotelial dos leucócitos no pulmão de camundongos

tratados com nanopartículas magnéticas recobertas com DMSA.

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, como parte integrante dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Ricardo Bentes de Azevedo

Brasília 2006

i DEDICATÓRIA

Dedico esta dissertação...

Aos meus queridos pais, Celso e Marília, meus maiores exemplos de vida, que sempre me

amaram, incentivaram e proporcionaram tranqüilidade para que eu pudesse lutar por meus

ideais com dignidade. A eles o meu eterno amor e gratidão.

Aos meus queridos irmãos, Igor e Leonardo, meus maiores amigos, pelo apoio e carinho

sempre demonstrados ao longo de nossas vidas.

A todos aqueles que têm um sonho e ainda não conseguiram realizá-lo. Que esta dissertação

lhes sirva de incentivo para continuar persistindo na busca de novos caminhos e

possibilidades.

ii AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao Prof. Dr. Ricardo Bentes de Azevedo

Meu querido orientador, que na grandeza de sua generosidade concede oportunidade a todos

aqueles que o procuram, sonhando em um dia se tornarem cientistas. Exemplo de Professor.

A ele o meu mais sincero agradecimento e a certeza de que todas as oportunidades a mim

concedidas jamais serão esquecidas.

iv

Aos Professores Dr. Albino de Magalhães, Dr. Janildo Reis Jr. e Dra. Sônia Báo, pela

confiança ao disponibilizar o uso do criostato e dos equipamentos de microscopia.

Aos técnicos Antônio Djalma Santos e José Felipe da Silva e a todos os demais funcionários

da Universidade de Brasília, que sempre me compreenderam e nunca negaram esforços para

auxiliar no meu desenvolvimento científico e profissional.

A Universidade de Brasília, que me acolheu como aluna e proporcionou a oportunidade de

continuar os meus estudos.

A Capes, CNPq e Finatec, pelo apóio financeiro.

Agradeço também a todos que de forma silenciosa contribuíram para a realização desta

dissertação.

v RESUMO

O presente estudo avaliou a expressão das moléculas de adesão celular (CAMs): L- selectina, P-selectina, E-selectina, integrina-β2, Mac-1, LFA-1, integrina-β1, VLA-4 e VCAM-1 durante a migração transendotelial dos leucócitos no pulmão. Para isto, utilizou-se um modelo animal de inflamação pulmonar induzida por fluido magnético contendo nanopartículas magnéticas recobertas com ácido meso-2,3- dimercaptosuccínico (FM-DMSA). As análises foram realizadas em camundongos nos períodos de 4 e 12 horas após a administração do FM-DMSA e em animais controles. A atividade migratória induzida experimentalmente foi investigada por meio de lavagem bronco-alveolar. Microscopia de luz foi utilizada para verificar a distribuição de agregados de nanopartículas magnéticas e análise da morfologia do órgão. A expressão das CAMs foi investigada por meio de imunofluorescência indireta em cortes por congelação. De acordo com os resultados obtidos, o FM- DMSA estimula a migração transendotelial dos leucócitos nos períodos de 4 e 12 horas, com o mínimo de dano a esse órgão. L-selectina, P-selectina, integrina-β2, Mac-1, LFA-1 e VLA-4 participam da migração transendotelial dos leucócitos tanto na presença de um estímulo inflamatório como em condições fisiológicas, enquanto que E-selectina, integrina-β1 e VCAM-1 são encontradas apenas diante de um estímulo inflamatório. L-selectina, P-selectina, integrina-β2, Mac-1, LFA-1, integrina- β1 e VCAM-1 participam da migração transendotelial dos leucócitos em sítios pós- capilares e na microvascularização, enquanto que E-selectina e VLA-4 são encontradas apenas em sítios pós-capilares. E-selectina e LFA-1 têm seus níveis de expressão alterados em função do tempo. As vias de migração transendotelial CD18-dependente (integrina-β2, Mac-1 e LFA-1) e CD18-independente (integrina-β 1 e VLA-4) podem contribuir mutuamente para a migração dos leucócitos no pulmão.

vii LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Representação das etapas da migração transendotelial. Figura 2. Principais CAMs envolvidas na migração transendotelial. Figura 3. Aspecto do FM-DMSA e comportamento magnético do fluido. Figura 4. Camundongo da raça Swiss. Figura 5. Veia do animal e administração endovenosa do FM-DMSA. Figura 6. Escalpe posicionado e incisão no átrio direito do coração. Figura 7. Sistema utilizado para a perfusão cardíaca. Figura 8. Traqueotomia e cateter introduzido na traquéia. Figura 9. Dispositivo de três vias utilizado na lavagem bronco-alveolar. Figura 10. Representação dos procedimentos para a obtenção do número de leucócitos totais. Figura 11. Representação do preparo das amostras para a criomicrotomia. Figura 12. Representação da técnica de imunofluorescência indireta. Figura 13. Jogos de filtros utilizados para cada fluoróforo e cor resultante. Figura 14. Número de leucócitos totais no lavado bronco-alveolar. Figura 15. Fotomicrografias de pulmões de camundongos. Figura 16. Fotomicrografias de imunofluorescência para L-selectina. Figura 17. Fotomicrografias de imunofluorescência para P-selectina. Figura 18. Fotomicrografias de imunofluorescência para integrina-β2. Figura 19. Fotomicrografias de imunofluorescência para Mac-1. Figura 20. Fotomicrografias de imunofluorescência para LFA-1. Figura 21. Fotomicrografias de imunofluorescência para integrina-β1. Figura 22. Fotomicrografias de imunofluorescência para VLA-4. Figura 23. Fotomicrografias de imunofluorescência para VCAM-1. Figura 24. Sumário dos principais resultados da imunofluorescência.

viii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BSA

CAMs DMSA

DPOC ELAM-

ESL- FM-DMSA

GLyCAM-

GMP-

gp 150, H&E Hs IAP

ICAM

IL- LAD-

LAM-

lbf/pol^2 LECAM ou LEC.CAM

Bovine serum albumin / Albumina sérica bovina C ell adhesion molecules / Moléculas de adesão celular Meso-2,3-dimercaptosuccinic acid / Ácido meso-2,3- dimercaptosuccínico Doença pulmonar obstrutiva crônica Endothelial-leukocyte adhesion-1 / Molécula de adesão leucócito-endotélio- E-selectin ligand-1 / E-selectina ligante– Fluido magnético contendo nanopartículas magnéticas recobertas com DMSA Glycosylation-dependent cell adhesion- 1 / Molécula de adesão celular dependente da glucosilação- Granule membrane protein-140 / Proteína de membrana granular- Glycoprotein 150,95 / Glicoproteína 150, Hematoxilina e eosina Horas Integrin-associated protein / Proteína associada a integrina Intercellular adhesion molecule / Molécula de adesão intercelular Interleucina- Leukocyte adhesion deficiency-1 / Deficiência de adesão leucocitária- L eukocyte adhesion molecule-1 / Molécula de adesão leucocitária- Libra força por polegada quadrada Leukocyte-endothelial cell adhesion molecule / Molécula de adesão célula endotelial-leucócito

x SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Migração transendotelial 2.2 Mecanismo geral da migração transendotelial 2.3 CAMs envolvidas na migração transendotelial 2.3.1 Família das selectinas 2.3.2 Família das integrinas 2.3.3 Superfamília das imunoglobulinas 2.4 CAMs e a migração transendotelial no pulmão 2.5 Fluidos magnéticos e o FM-DMSA 3 OBJETIVO 3.1 Objetivo geral 3.2 Objetivos específicos 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Parte I 4.1.1 Reagentes, utensílios e equipamentos 4.1.2 Fluido magnético 4.1.3 Procedência, seleção e manutenção dos animais 4.1.4 Grupos experimentais 4.1.5 Obtenção das amostras 4.1.6 Perfusão cardíaca 4.1.7 Lavagem bronco-alveolar 4.1.8 Número de leucócitos totais 4.1.9 Análise estatística dos resultados 4.2 Parte II 4.2.1 Reagentes, utensílios e equipamentos 4.2.2 Anticorpos e corante de ácido nucléico 4.2.3 Soluções 4.2.4 Fluido magnético e procedência, seleção e manutenção dos animais

xi 4.2.5 Grupos experimentais 4.2.6 Obtenção das amostras 4.2.7 Preparo das amostras por congelação 4.2.8 Criomicrotomia 4.2.9 Imunofluorescência indireta 4.2.10 Análise histológica 4.2.10.1 Coloração com H&E 4.2.10.2 Coloração pelo método de Perls 5 RESULTADOS 5.1 Lavagem bronco-alveolar 5.2 Microscopia de luz 5.3 Imunofluorescência 5.3.1 Família das selectinas 5.3.2 Integrinas da subfamília β 2 5.3.3 Integrinas da subfamília β 1 5.3.4 Imunoglobulina VCAM- 6 DISCUSSÃO 6.1 Da atividade migratória induzida pelo FM-DMSA 6.2 Da expressão das CAMs 7 CONCLUSÃO 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Introdução - 2

1 INTRODUÇÃO

A migração transendotelial, ou seja, o egresso dos leucócitos circulantes dos

vasos sangüíneos para o parênquima tissular, constitui um evento de fundamental

importância para os mecanismos de imunidade natural e adaptativa do organismo

(LIU et al., 2004; MARTIN; FREVERT, 2005; NOURSHARGH; MARELLI-BERG,

2005). Por outro lado, o acúmulo de leucócitos nos compartimentos extravasculares

também pode ocasionar lesão tecidual em decorrência da liberação demasiada de

substâncias tóxicas, incluindo proteases e espécies reativas de oxigênio, resultando

no desenvolvimento de quadros patológicos ou ainda contribuindo para o

agravamento de doenças já estabelecidas (GUO; WARD, 2002).

No pulmão, a migração transendotelial está relacionada com a patogenia de

doenças inflamatórias, como, por exemplo, a asma, a bronquite aguda e a doença

pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (BLOEMEN et al., 1997; DOERSCHUK, 2000;

HAMID et al., 2003). Outras condições, ainda menos favoráveis, apresentam um alto

índice de mortalidade, não tendo sido desenvolvido, até o momento, um tratamento

específico para as mesmas. Dentre estas últimas pode-se citar a lesão pulmonar

aguda (LPA) e a síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) (ABRAHAM, 2003;

GUO et al., 2002; O'BYRNE; POSTMA, 1999; SETHI; WAXMAN, 2001).

Diante desse quadro, a busca pelas bases moleculares que coordenam a

migração transendotelial dos leucócitos no pulmão intensificou-se nas últimas

décadas. Na diversidade de fatores endógenos avaliados para tanto, as moléculas

de adesão celular (CAMs) ganharam destaque devido a sua possibilidade de

aplicação clínica, seja funcionando como marcadores biológicos para as doenças

Introdução - 3

inflamatórias pulmonares, seja como alvos para fármacos ou agentes terapêuticos

imunodirecionados (DEDRICK et al., 2003; KUENZ et al., 2005; LUSTER et al.,

2005; ULBRICH et al., 2003).

As CAMs são moléculas expressas na superfície celular que, conforme a

similaridade estrutural e funcional, apresentam-se divididas em cinco grupos:

caderinas, mucinas, família das selectinas, família das integrinas e a superfamília

das imunoglobulinas (ALBERTS et al., 2002; SIMON; GREEN, 2005). A participação

de tais moléculas no processo de migração transendotelial dos leucócitos no pulmão

tem sido amplamente investigada por meio de modelos animais de inflamação, onde

o recrutamento dos leucócitos é induzido pela administração de ácidos, bactérias,

citocinas, endotoxinas, proteínas do complemento e complexo imune (BURNS et al.,

2003; WAGNER; ROTH, 2000). A despeito disto, os resultados obtidos até o

momento ainda não são conclusivos, principalmente no que se refere as CAMs que

constituem as famílias das selectinas e integrinas; o que suscita a necessidade da

realização de novos estudos utilizando modelos experimentais in vivo que possam

melhor representar as condições encontradas nas doenças inflamatórias

pulmonares.

Para essa finalidade, a utilização dos fluidos magnéticos tem sido

recentemente proposta na literatura (AZEVEDO et al., 2004; CHAVES, 2002;

CHAVES et al., 2005; GARCIA, 2005). Os fluidos magnéticos são dispersões

constituídas de nanopartículas magnéticas recobertas por uma camada molecular

estabilizante, como, por exemplo, o ácido meso-2,3-dimercaptosuccínico (DMSA),

num solvente carreador (HALBREICH et al., 1998; MASSART, 1982). As

nanopartículas magnéticas podem ser sintetizadas a partir de várias ferritas cúbicas,

incluindo a magnetita (MASSART, 1982; SUN et al., 2004). Estudos demonstraram

2 REVISÃO DA LITERATURA

Revisão da Literatura - 6

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Migração transendotelial

Migração transendotelial é o termo utilizado para se referir ao conjunto de

etapas que resultam no egresso dos leucócitos circulantes dos vasos sangüíneos

para o parênquima tissular (LIU et al., 2004; MARTIN; FREVERT, 2005;

NOURSHARGH; MARELLI-BERG, 2005). A migração transendotelial dos leucócitos

pode ocorrer tanto em condições fisiológicas normais quanto na presença de um

estímulo inflamatório (BURNS et al., 2003); e embora existam diferentes tipos de

células leucocitárias, as quais, por sua vez, são classificadas em dois grupos:

mononucleares (linfócitos e monócitos) e polimorfonucleares (neutrófilos, eosinófilos

e basófilos), todos os leucócitos migram dos vasos sangüíneos para o parênquima

tissular por meio de um mecanismo semelhante (WAGNER; ROTH, 2000).

2.2 Mecanismo geral da migração transendotelial

O comportamento das células leucocitárias durante a migração transendotelial

foi amplamente avaliado in vivo , em vênulas pós-capilares localizadas na circulação

sistêmica, e em modelos experimentais in vitro , utilizando células endoteliais

derivadas das grandes veias (LIU et al., 2004; MARTIN; FREVERT, 2005;