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Estruturas de Concreto III, Notas de aula de Análise Estrutural

O texto apresenta o dimensionamento das sapatas de fundação, conforme os procedimentos contidos na NBR 6118/2003 - “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

Tipologia: Notas de aula

2012

Compartilhado em 25/05/2025

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
UNESP - Campus de Bauru/SP
FACULDADE DE ENGENHARIA
Departamento de Engenharia Civil
Disciplina: 2133 - ESTRUTURAS DE CONCRETO III
NOTAS DE AULA
SAPATAS DE FUNDAÇÃO
Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS
(wwwp.feb.unesp.br/pbastos)
Bauru/SP
Agosto/2012
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNESP - Campus de Bauru/SP

FACULDADE DE ENGENHARIA

Departamento de Engenharia Civil

Disciplina: 2133 - ESTRUTURAS DE CONCRETO III

NOTAS DE AULA

SAPATAS DE FUNDAÇÃO

Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS

(wwwp.feb.unesp.br/pbastos)

Bauru/SP Agosto/

APRESENTAÇÃO

Esta apostila tem o objetivo de servir como notas de aula na disciplina

2133 – Estruturas de Concreto III, do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia, da

Universidade Estadual Paulista - UNESP – Campus de Bauru.

O texto apresenta o dimensionamento das sapatas de fundação, conforme os

procedimentos contidos na NBR 6118/2003 - “ Projeto de estruturas de concreto –

Procedimento ”.

Agradecimentos ao técnico Tiago Duarte de Mattos, pela confecção dos desenhos, e ao

aluno Lucas F. Sciacca, pelo auxílio na digitação do texto.

Esta é a primeira versão da apostila, e críticas e sugestões serão muito bem-vindas.

    1. DEFINIÇÕES...........................................................................................................................
    • 1.1 FUNDAÇÃO SUPERFICIAL............................................................................................
    • 1.2 SAPATA DE FUNDAÇÃO ...............................................................................................
    • 1.3 TIPOS DE SAPATAS ........................................................................................................
    • 1.4 DETALHES CONSTRUTIVOS ........................................................................................
    1. SAPATAS ISOLADAS............................................................................................................
    • 2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ ......................................................................
    • 2.2 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL.............................................................................
      • 2.2.1 Sapatas Rígidas ...........................................................................................................
      • 2.2.2 Sapatas Flexíveis .........................................................................................................
    • 2.3 DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES NO SOLO.....................................................................
    • CENTRADA ................................................................................................................................. 2.4 ESTIMATIVA DAS DIMENSÕES DE SAPATAS ISOLADAS COM CARGA
      • 2.4.1 Sapata com Balanços (abas) Iguais nas Duas Direções ..............................................
      • 2.4.2 Balanços não Iguais nas Duas Direções (cA ≠ cB).......................................................
    • 2.5 PROJETO CONFORME O CEB-70..................................................................................
      • 2.5.1 Dimensionamento da Armadura Inferior ....................................................................
      • 2.5.2 Momentos Fletores em Sapatas Isoladas com Carga Centrada.................................
      • 2.5.3 Ancoragem da Armadura de Flexão..........................................................................
      • 2.5.4 Força Cortante de Referência em Sapatas Isoladas com Carga Centrada.................
      • 2.5.5 Força Cortante Limite ...............................................................................................
    • 2.6 VERIFICAÇÃO À PUNÇÃO ..........................................................................................
      • 2.6.1 Tensão de Cisalhamento Solicitante .........................................................................
      • Superfície Crítica C.................................................................................................................. 2.6.2 Verificação de Tensão Resistente de Compressão Diagonal do Concreto na
      • sem Armadura de Punção ........................................................................................................ 2.6.3 Tensão Resistente na Superfície Crítica C’ em Elementos Estruturais ou Trechos
    • 2.7 EXEMPLO 1 – SAPATA ISOLADA RÍGIDA ...............................................................
    • 2.8 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...........................................................................................
    • 2.9 MÉTODO DAS BIELAS .................................................................................................
      • 2.9.1 Exemplo 2 - Sapata Isolada Rígida ...........................................................................
    • 2.10 SAPATAS ISOLADAS SOB AÇÕES EXCÊNTRICAS.............................................
      • 2.10.1 Excentricidade em Uma Direção...............................................................................
      • 2.10.2 Excentricidade nas Duas Direções ............................................................................
    • 2.11 EXEMPLO 3 – Sapata Isolada sob Força Normal e um Momento Fletor....................
    • 2.12 EXEMPLO 4 – SAPATA ISOLADA SOB FLEXÃO OBLÍQUA ..............................
    • 2.13 SAPATA ISOLADA FLEXÍVEL SOB CARGA CENTRADA..................................
    • 5d 2.14 VERIFICAÇÃO DE SAPATA FLEXÍVEL À FORÇA CORTANTE QUANDO bW ≥
    • 2.15 EXEMPLO 5 – Sapata Flexível....................................................................................
    1. SAPATA CORRIDA .............................................................................................................
    • 3.1 SAPATA CORRIDA RÍGIDA SOB CARGA UNIFORME ...........................................
    • 3.2 SAPATA CORRIDA FLEXÍVEL SOB CARGA LINEAR UNIFORME ......................
    • 3.3 EXEMPLO 6 – SAPATA CORRIDA RÍGIDA...............................................................
    • 3.4 EXERCÍCIO PROPOSTO ...............................................................................................
    • 3.5 EXEMPLO 7 – SAPATA CORRIDA FLEXÍVEL..........................................................
    • 3.6 EXERCÍCIO PROPOSTO ...............................................................................................
    1. VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE DAS SAPATAS...................................................
  • SAPATAS....................................................................................................................................... 5. VERIFICAÇÃO DO ESCORREGAMENTO DA ARMADURA DE FLEXÃO EM
    1. SAPATA NA DIVISA COM VIGA DE EQUILÍBRIO .....................................................
    • 6.1 ROTEIRO DE CÁLCULO...............................................................................................
    • 6.2 ESFORÇOS SOLICITANTES NA VIGA DE EQUILÍBRIO.........................................
    • 6.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA VIGA DE EQUILÍBRIO ..........................................
    • 6.4 DIMENSIONAMENTO DA SAPATA DA DIVISA ......................................................
    • 6.5 EXEMPLO 8 ....................................................................................................................
    • 6.6 TAREFA...........................................................................................................................
    • 6.7 VIGA ALAVANCA NÃO NORMAL À DIVISA ..........................................................
    • 6.8 EXERCÍCIO PROPOSTO ...............................................................................................
    1. SAPATA EXCÊNTRICA DE DIVISA ................................................................................
    1. SAPATA ASSOCIADA (CONJUNTA, CONJUGADA)....................................................
    • 8.1 SAPATA RETANGULAR...............................................................................................
    • 8.2 VERIFICAÇÕES E DIMENSIONAMENTO..................................................................
    • 8.3 SAPATA DE FORMA TRAPEZOIDAL.......................................................................
    • 8.4 SAPATA ASSOCIADA COM VIGA DE RIGIDEZ ....................................................
    • 8.5 EXEMPLO 9 ..................................................................................................................
    1. QUESTIONÁRIO ................................................................................................................
    1. RERERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................

1. DEFINIÇÕES

As definições apresentadas a seguir tomam como base a norma NBR 6122/2010.

1.1 FUNDAÇÃO SUPERFICIAL

A fundação superficial é também chamada fundação rasa ou direta. É definida como: “ elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. ” Quanto ao dimensionamento, as fundações superficiais devem ser definidas por meio de dimensionamento geométrico e de calculo estrutural.

1.2 SAPATA DE FUNDAÇÃO

Sapata de fundação é um “ elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.

1.3 TIPOS DE SAPATAS

Sapata Isolada: transmite ações de um único pilar, que pode estar centrado ou excêntrico; pode ser retangular, quadrada, circular, etc., (Figura 1).

h=cte h = var

Figura 1 – Sapata isolada.

Sapata corrida : “ Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento .”, (Figura 2).

parede

sapata (^) OU

Figura 2 – Sapata corrida para apoio de parede.

A configuração das vigas baldrames (VB) em relação à sapata pode variar, conforme alguns casos indicados na Figura 5.

VB

VB

Viga baldrame (VB)

Figura 5 – Posicionamento da viga baldrame em relação à sapata.

1.4 DETALHES CONSTRUTIVOS

A base de uma fundação deve ser assente a uma profundidade tal que garanta que o solo de apoio não seja influenciado pelos agentes atmosféricos e fluxos d’água. Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal profundidade não deve ser inferior a 1,5 m ” (NBR 6122/96, item 6.4.2). A Figura 6 mostra alguns detalhes construtivos sugeridos para as sapatas.

20 cm

h/ 3

h 0

3 1

Lastro de concreto simples ( ≥ 5cm, fck ≥ σsolo, rocha)

h

h^0

3 a 10 cm

α

Figura 6 – Sugestão para alguns detalhes construtivos da sapata.

α ≤ 30 ° (ângulo do talude natural do concreto fresco – não é obrigatório).

2. SAPATAS ISOLADAS

Nas sapatas isoladas, o centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro de aplicação da ação do pilar; a menor dimensão deve ser ≥ 60 cm (NBR 6122/96, 6.4.1); a relação

entre os lados deve ser A/B ≤ 2,5. Regularmente, os lados A e B devem ser escolhidos de modo que cA ≈ cB , mostrados na Figura 7.

Se cA = cB :

A – ap = B – bp

A – B = ap – bp ⇒ Asx ≈ Asy (ou AsA ≈ AsB)

B

A

bp

ap

C

B

CA CA

C B

Figura 7 – Notação para a sapata isolada.

2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

Conforme a NBR 6118/03 (item 22.4.1), a classificação das sapatas quanto à rigidez é:

Sapata rígida: 3

(A-a ) h ≥ p

Sapata flexível: 3

(A-a ) h < p

h

A

ap Pilar

Figura 8 – Altura h da sapata.

com: h = altura da sapata (Figura 8); A = dimensão (lado) da sapata numa determinada direção; ap = dimensão do pilar na direção do lado A.

Nota: a classificação acima deve ser verificada segundo as duas direções da sapata, ou seja, segundo as direções dos lados A e B de sapatas retangulares.

Seção a ter compressão verificada (item 19.5.3. da NBR6118) σI

σII

Figura 11 – Tensões principais na sapata isolada.

2.2.2 Sapatas Flexíveis

São aquelas com alturas “pequenas”. “ Embora de uso mais raro, as sapatas flexíveis são utilizadas para fundação de cargas pequenas e solos relativamente fracos .” (NBR 6118/03).

a) há flexão nas duas direções, mas a tração na flexão não é uniforme na largura (Figura 12); b) há a necessidade da verificação à punção.

N

p

M (variável)

Figura 12 – Momento fletor na sapata flexível.

2.3 DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES NO SOLO

As principais variáveis que afetam a distribuição de tensões são: características das cargas aplicadas, rigidez relativa fundação-solo, propriedades do solo e intensidade das cargas. (ver Velloso e Lopes – Fundações, v.1, ed. Oficina de Textos). A distribuição real não é uniforme, mas por simplicidade, na maioria dos casos, admite-se a distribuição uniforme, o que geralmente resulta esforços solicitantes maiores (Figura 13). A NBR 6122 (6.3.2) admite a distribuição uniforme, exceto no caso de fundações apoiadas sobre rocha.

Rígida

distribuiçao admitida

distribuição real

Areia

Flexível

Areia

Figura 13 – Distribuição de tensões no solo.

A NBR 6118/03 (item 22.4.1) declara: “ Para sapata rígida pode-se admitir plana a distribuição de tensões normais no contato sapata-terreno, caso não se disponha de informações mais detalhadas a respeito .”

2.4 ESTIMATIVA DAS DIMENSÕES DE SAPATAS ISOLADAS COM CARGA CENTRADA

A area de apoio da sapata pode ser estimada como:

solo

sap

1 , 05 N

S

σ

= ou solo

sap

1 , 1 N

S

σ

onde os fatores 1,05 e 1,1 estimam o peso próprio da sapata e do solo sobre a sapata. 2.4.1 Sapata com Balanços (abas) Iguais nas Duas Direções

Conforme as dimensões mostradas na Figura 14, tem-se:

A = 2cA + ap

B = 2cB + bp

Com cA = cB , fica:

A – B = ap – bp

B

S

S (^) sap =A⋅B → A= sap

p p

sap B a b B

S

Multiplicando por B:

S (^) sap −B^2 = (a (^) p−bp) B

( (^) p p) (b (^) p ap)^2 Ssap 4

b a 2

B = − + − +

2.5 PROJETO CONFORME O CEB-

O método proposto pelo CEB-70 pode ser aplicado a sapatas com:

c ≤ 2h e 2

h c ≥

ou seja: c 2 h 2

h ≤ ≤

Se 2

h c < → bloco de fundação.

h

C C

Figura 16 – Balanço c na sapata isolada.

Admite-se que o solo tem comportamento elástico, e daí que as reações do solo sobre a superfície de apoio da sapata seguem uma linha plana (Figura 17).

N

M("pequeno")

(LN fora da seção)

Superfície plana

N

M("grande")

x

Distribuição admitida para quando existirem tensões de tração na base da sapata

Figura 17 – Reação do solo na base da sapata.

2.5.1 Dimensionamento da Armadura Inferior

Os momentos fletores são calculados, para cada direção, em relação a uma seção de referência (S1A e S1B), que dista 0,15 vezes a dimensão do pilar normal à seção de referência, e se encontra internamente ao pilar ( Figura 18 ).

d 1 = d ≤ 1,5cA (^) ap 0,15ap

CA

d 1

S1A

A

Figura 18 – Seção de referência S 1.

O momento fletor é calculado levando-se em conta o diagrama de tensões no solo, entre a seção S 1 e a extremidade da sapata, como indicado na Figura 19.

S 1

σ 1 σ 2

Figura 19 – Diagrama para cálculo do momento fletor na seção de referência S 1.

No cálculo da armadura de flexão que atravessa a seção S 1 consideram-se as características geométricas da seção de referência S 1. O menor momento fletor deve ser pelo menos 1/5 do maior momento fletor, isto é, a relação entre as armaduras de flexão ortogonais deve ser ≥ 1/5.

2.5.2 Momentos Fletores em Sapatas Isoladas com Carga Centrada

Os momentos fletores são calculados nas seções de referência S 1 , conforme indicados na Figura 20. Supondo balanços iguais, cA = cb :

A a c (^) A p

B b c (^) B p

p

0,

ap

0,15ap

bp

S1A

S1B

C B^

xB

B

CA xA A

bp

N

S1A

Figura 20 – Notações e seção de referência S 1.

x M (^1) A = R 1 A A ⇒ 2

x M p.B

2 A 1 A =

x M (^1) B = R 1 B B ⇒ 2

x M p.A

2 B 1 B =

No cálculo da armadura de flexão, embora a seção comprimida A’c seja um trapézio, o cálculo pode ser feito simplificadamente considerando-se a seção retangular (Figura 23). Se considerar-se o trapézio deve-se fazer σcd = 0,8 fcd.

As

A'c

LN

Figura 23 – Área de concreto comprimida pela flexão (A’c).

Como na flexão simples, com auxílio dos coeficientes K tabelados:

d

2 w 1 c (^) M

b d K = ⇒ na tabela de valores de Kc e Ks encontra-se βx , o domínio e Ks

com bw = A ou B.

1

d s s d

M

A = K ≥ As,mín

Simplificadamente também pode-se fazer:

1 yd

d s 0 , 85 d .f

M

A = ≥ As,mín

Nas sapatas de base quadrada, a armadura de flexão pode ser uniformemente distribuída na largura da sapata. A armadura deve se estender de face à face e terminar com gancho nas duas extremidades.

Nas sapatas de base retangular, a armadura paralela ao lado menor (B) deve-se obedecer:

a) quando B ≥ ap + 2h (Figura 24):

A armadura é calculada como sendo: A B

2 B

As

B (^) Armadura

B

A

ap bp

Figura 24 – Distribuição de As quando B ≥ ap + 2h.

b) no caso de B < ap + 2h (Figura 25):

A armadura é calculada como sendo:

( ) A a 2 h

2 a 2 h A p

p s (^) + +

Armadura B

A

ap bp

ap + 2h

Figura 25 – Distribuição de As quando B < ap + 2h.

2.5.3 Ancoragem da Armadura de Flexão

1ºcaso: se a aba de comprimento c superar a altura h , a armadura deve ser ancorada a partir da

seção distante h da face do pilar, e deve se estender até as bordas da sapata (Figura 26). lb é o comprimento de ancoragem básico, considerado sem gancho.

C > h

h

h lb

Figura 26 – Ancoragem da armadura quando c > h.

com:

2 A p

0 2 A 1 ,^5 c A a

h h d d 1 < 

2 B p

0 2 B 1 ,^5 c B b

h h d d 1 < 

No caso de sapata alongada (c > 1,5B) a seção S 2 é considerada na face do pilar (Figura 29).

C

B

S (^) 2Ana face do pilar

Figura 29 – Seção de referência S 2 em sapata alongada (c > 1,5B).

A largura b2A da seção de referência S2A é tomada conforme indicado na Figura 30.

ap

S2A

C2A

N

d 2

d

A

d2A

1,5 C

2A

bp

45°

b2A + d bp

B

Figura 30 – Dimensão b2A da seção de referência S2A.

Com relação às dimensões A e B da sapata:

b2A = bp + d

b2B = ap + d

2.5.5 Força Cortante Limite

Na seção de referência S 2 , a força cortante de cálculo não deve ultrapassar os valores seguintes:

2 2 ck C

d, lim b d f

V ⋅ ρ⋅ γ

= , para fck em kN/cm^2 ;

2 2 ck C

d ,lim b d f

V ⋅ ρ⋅ γ

= , para fck em MPa.

com: Vd,lim em kN; γc = coeficiente de segurança do concreto; b 2 e d 2 em cm; ρ = taxa de armadura longitudinal da seção de referência S 2 :

b d

A

2 2

S ≤

ρ = (não se dispõe de resultados de ensaios com ρ > 1 %);

As = área da armadura longitudinal disposta na largura b 2 da seção S 2.

Vd,lim pode ser aumentada com o acréscimo de armadura transversal.

Se Vd ≤ Vd,lim não é necessário colocar armadura transversal. Se essa condição não ocorrer, deve-se aumentar a altura da sapata, de modo a evitar a armadura transversal.

NOTA: se a força cortante atuante for maior que a força cortante limite, uma possibilidade para resolver o problema é adotar uma nova altura útil para a sapata, tal que:

d, lim

d novo (^) V

V

d =d

2.6 VERIFICAÇÃO À PUNÇÃO

A verificação das sapatas à punção se faz conforme o item 19.5 da NBR 6118/03 - “ Dimensionamento de lajes à punção ”. A superfície de ruptura por punção está indicada na Figura 31.

x

d tg α = , fazendo α = 27°

2 d 0 , 51

d x x

d tg 27 º= → = ≅