Baixe Estradas Na Cidade De Pemba - Cabo Delgado e outras Notas de estudo em PDF para Gestão de Recursos Humanos, somente na Docsity!
ÍNDICE
- INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................
- 1.Objectivos ................................................................................................................................
- 1.1.Objectivo geral ..................................................................................................................
- 1.2.Objectivos específicos .......................................................................................................
- 2.Justificativa ..............................................................................................................................
- 3.Problematização .......................................................................................................................
- 4.Hipóteses .................................................................................................................................
- 5.Metodologia .............................................................................................................................
- 6.REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................
- 7.Introdução a Estradas ...............................................................................................................
- 7.1.Estradas – Conceitos básicos ..............................................................................................
- 7.1.1.Importância das estradas ..............................................................................................
- 7.1.2.Influências sociais, políticas, económicas e ecológicas ................................................
- 7.2.Caso do município da cidade de Pemba .............................................................................
- 7.3.Cidade de Pemba restaurada
- Conclusão
- Bibliografia
INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa tem como o tema: As Estradas da Cidade de Pemba, Província de Cabo Delgado. Dai que, em termos metodológicos, a estrada é definida como via de comunicação terrestre especialmente destinada ao trânsito de veículos. Dai que, para iniciar o projecto de uma estrada, devem ser levados em consideração alguns elementos como, a terraplanagem, o pavimento, drenagem, sinalização de segurança, o desenho e os equipamentos complementares.
Visto que, os principais condicionantes na definição do traçado das estradas são os aspectos económicos, sociais e políticos; as características da região (geologia, paisagem, topografia etc); e a segurança e comodidade. Nesses aspectos tem-se como grande importância o estudo de natureza geológica e geotécnica da região onde será construída a estrada.
Contudo, alguns factores geológicos e geotécnicos podem inviabilizar a construção das estradas, fazendo com que os custos da obra fiquem muito caros. Estes factores são: cortes em rocha, aterros sobre solos moles, transporte em solos moles, cortes que atingem lençóis freáticos gerando assim problemas com a drenagem, e a dureza do material a ser cortado.
importância de um estudo aprofundado sobre as maneiras de mitigar os impactos ambientais em obras de construção de estradas adequadas com grandes impactos significativos e na manutenção de vias de acesso condignas em prol da cidadania e prosperidade local em particular a cidade de Pemba, província de Cabo Delgado.
3.Problematização
De acordo LAKATOS e MARCONI (2002:28), “problema é uma dificuldade teórica e pratica no conhecimento de algumas coisas de real importância pelo qual se deve encontrar uma solução”.
Devido à importância do modal rodoviário para a cidade de Pemba no que diz respeito à sua participação na matriz de vias de acesso, à elevada participação no consumo de combustíveis (óleo diesel) e nas emissões de CO 2 , este trabalho avalia se rodovias em melhores estados de conservação implicam benefícios económicos e ambientais. Os benefícios económicos disseram respeito à avaliação dos seguintes parâmetros: consumo de combustível, tempo de viagem e gasto com manutenção do veículo, uma vez que as vias de acesso no município da cidade de Pemba não são adequadas e são precárias.
Dai que, os resultados obtidos confirmam a hipótese de que rotas com diferentes condições de infra-estrutura resultam em custos de viagem distintos, relacionados ao consumo de combustível, ao tempo de viagem e ao gasto com manutenção do combustível. Portanto, rotas em melhores condições de conservação resultam em maiores benefícios tanto económicos quanto ambientais.
Diante do exposto acima apresentado, a pergunta chave para esta pesquisa, resulta da seguinte questão:
Quais são os impactos negativos e positivos causados no meio ambiente por construção de estrada usando cimento, em particular o município da Cidade de Pemba?
4.Hipóteses
Na ideia de GIL (1991:57), “é uma suposta resposta ao problema a ser investigado, é uma proposição que se forma e que será aceite ou rejeitada somente depois de devidamente testada”.
Hipótese 1: Impacto Negativo - O tapamento de estradas usando cimento ou simples área, condiciona as relações ecológicas existentes entre algumas espécies e também a destruição de um ecossistema.
Hipótese 2: Impacto Positivo - A construção de rodovias é de extrema importância para melhoria da qualidade de vida da população, além de subsidiar o desenvolvimento dos aspectos sócio - económicos.
5.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.
De acordo com Branco (2003: p45), Estradas são construídas de modo a respeitar:
a) Factores políticos: ligações de interesse militar (fronteira, litoral), ou quando se necessita expansão geográfica; b) Factores económicos: quando ligam centros de comércio e de produção industrial; c) Factores sociais: permitem o acesso a recursos básicos de sobrevivência.
Para Lima (2006:p122), O transporte provoca, ainda, influências negativas (por exemplo, impactos ambientais, aumento da criminalidade) e positivas (maior conforto e sociabilidade). Antes de se construir estradas, deve-se levar em conta as vantagens e desvantagens dos demais sistemas de transporte, bem como o custo-benefício de cada obra realizada:
Aeroviário: transporte de mercadorias de elevado valor e baixa densidade. Apresenta tarifas elevadas; Hidroviário: transporte de mercadorias de valor baixo e com alta densidade. Em Mocambique, este sistema não é tão aproveitado como deveria. Ferroviário: transporte de mercadorias de valor médio em média densidade. Este sistema, em declínio em Moçambique, está tomando força novamente com o aumento da produção de grãos e de minérios. Rodoviário: transporte de mercadorias de valor médio em baixa densidade, é de longe o tipo de transporte mais utilizado em Moçambique, o que vem tornando o mercado cada vez mais saturado.
7.1.1.Importância das estradas
Muller (2005:p9), Uma estrada é uma rota, uma via ou um caminho que permite dirigir-se a bordo de um veículo de um ponto para outro. Nacional, por sua vez, é aquilo que está relacionado com uma nação (o território e/ou os habitantes de um país). A ideia de estrada é usada para designar as estradas cuja manutenção compete ao governo (isto é, não às autoridades provinciais ou municipais). O organismo a cargo desta tarefa se denomina-se Instituto Nacional de Viação.
As estradas nacionais podem ser geridas de diversas maneiras. Em alguns casos, a manutenção é desenvolvida directamente por pessoal da Direcção-Geral de Viação; noutros, transfere-se a responsabilidade a entidades provinciais ou, no caso das estradas de fronteira, ao instituto nacional de estradas.
7.1.2.Influências sociais, políticas, económicas e ecológicas
Inicialmente, antes de entrarmos directamente no estudo de uma estrada devemos ressaltar a sua influência económica, política, social e ecológica sobre a região a ser por ela atravessada.
Assim é que, economicamente abrem-se novos horizontes para o desenvolvimento, pela circulação rápida de produtos, possibilitando a exploração de regiões até então abandonadas. A ligação de pólos potencialmente ricos através de estradas permite a consolidação da economia regional. O turismo actualmente exige rodovias bem estruturadas, que façam fluir o tráfego, evitando acidentes e perda de tempo em filas e/ou trânsito lento. Reis (2006:35)
Social e politicamente, podemos dizer que a abertura de novas estradas possibilita o alargamento das fronteiras internas formando novos aglomerados humanos que, futuramente, transformar-se- ão em cidades que constituirão as células do desenvolvimento nacional.
Ecologicamente, a construção de uma estrada provoca um acidente ambiental irreparável. Não é possível construir uma estrada sem causar danos à natureza. Portanto este é um factor muito crítico que deve ser muito bem analisado, pois tem que se buscar um equilíbrio ecológico, para que a estrada não atrapalhe a natureza e nem a natureza atrapalhe o desenvolvimento social. Logicamente, possuem dispositivos no projecto de uma estrada que ajudam a preservar a natureza, como os túneis, pontes e elevados. Senna (1998:p188)
7.2.Caso do município da cidade de Pemba
As estradas actuais não são construídas somente para oferecer conforto e segurança aos seus usuários, mas também de modo à minimizar os impactos ao meio ambiente. A indústria da construção é um dos sectores que está mais adiantado na inclusão dos conceitos da sustentabilidade e responsabilidade social e a cidade de Pemba possui mais de mil de quilómetros de estradas, dos quais uma gigantesca percentagem não possui pavimentação.Na
dados históricos, não há registo de ocupação permanente daquela área no período pré-colonial, se não as visitas regulares de pescadores suaílis e malgaxes.
A primeira tentativa de ocupação portuguesa apenas ocorreu em meados do século XIX, com a construção de um fortim que foi abandonado poucos anos depois. A ocupação definitiva apenas viria a ter lugar, em 1898, quando a recém-formada Companhia do Niassa, que detinha poderes de administração do território, elevou um pequeno posto comercial à categoria de povoação. Pouco tempo depois Pemba tornar-se-ia em Porto Amélia em homenagem à última rainha portuguesa.
Com o fim da concessão da Companhia do Niassa, em 1929, Pemba tornou-se capital do recém- criado distrito de Cabo Delgado, decisão que levaria à transferência da administração portuguesa da vila do Ibo para Pemba.
Esta transferência correspondeu a mudanças no transporte marítimo (navios maiores que beneficiavam das excelentes características do porto natural de Pemba) e à ocupação e exploração do interior do território, para a qual Pemba estava melhor localizada. Porto Amélia foi elevado à categoria de vila em 19 de Dezembro de 1934 e de cidade em 18 de Outubro de 1958, regressando à designação Pemba depois da independência nacional, em Março de 1976.
Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, estima-se em cerca de 10 mil o número de automóveis actualmente em circulação na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, unidade territorial onde segundo dados em nosso poder apenas existem 32 quilómetros de estradas.
De um total de 100 quilómetros que constituem a rede viária da área sob jurisdição municipal, em estado razoável de transitabilidade. Este cenário faz com que os munícipes desafiem as autoridades locais para um maior cometimento na solução do “velho” problema da falta de reabilitação das estradas urbanas e de criação de alguns espaços públicos para estacionamento.
Feitas as contas, que consistem em dividir o número das viaturas pelo de estradas em condições aceitáveis de transitabilidade, podemos chegar à triste conclusão de que cada quilómetro é “disputado” diariamente por perto de 313 viaturas.
Alguns munícipes da cidade de Pemba, tal é o caso de Carlos Ismael, são de opinião que a “disputa” dos automobilistas pelos únicos pedaços de estradas disponíveis para transitarem com as suas viaturas durante as suas lides diárias (casa/serviço/casa/etc.) pode estar na origem da ocorrência dos sistemáticos casos de engarrafamentos, cortes de prioridade, circulação em contramão (sentido proibido, principalmente na Rua 1.º de Maio, vulgo Rua 12, que passa em frente às instalações do Instituto Nacional de Viação), entre outras graves violações do Código de Estrada.
A “pressão” dos automóveis sobre os 32 quilómetros de estradas urbanas tidas como razoavelmente transitáveis pode ser facilmente observada em avenidas e ruas como “25 de Setembro”,“1.º de Maio” (vulgo Rua 12), “Eduardo Mondlane”, Rua do Comércio, que estabelecem ligação com as zonas comercial e de serviços, para além da Marginal e a rua mais conhecida por “portão” “Wimbe”, através dos quais se pode chegar aos principais centros turísticos localizados ao longo da Praia de Wimbe.
O coordenador da Vereação dos Transportes, Equipamentos e Logística no Conselho Municipal da Cidade Pemba, Zaide Seguro Aboobacar, reconhece que o aumento exponencial do parque automóvel ao nível daquela autarquia apanhou de surpresa as autoridades municipais.
Bibliografia
BRANCO, G.M.; BRANCO, F.C.; MURGEL, E. Modelagem da qualidade do ar em rodovias para a intervenção e gerenciamento da operação. AEA, 2003.
LIMA, M.P. Custos logísticos na economia brasileira. Revista Tecnologística. São Paulo, v. 9, n. 122, jan. 2006. Disponível em: http://www.coppe.ufrj.br. Acesso em: 13 de Maio. 2017.
MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologias Cientificas, Atlas, 7ª Edição, São Paulo, 2010
MÜLLER, F.B. Bolsa de Chicago/EUA realiza primeiro negócio de CO2com a Europa. Carbono Brasil. 9 maio 2005.
REIS, N.G. Impacto do estado das rodovias sobre o custo operacional dos caminhões. Jan. 2006. Disponível em: http://www.ntcelogistica.org.br/tecnico/impactorod.asp. Acesso em: 12 Maio.
ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. Trad. Antonio Agenor Briquet de Lemos. Brasilia: Briquet de Lemos/Livros, 2002.
Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore Nickname: Helldriver Rapper Licenciatura: Gestão de Empresas / Gestão Financeira E-mail: Sergio.macore@gmail.com Contactos: +258846458829 ou + Cidade: Pemba – Cabo Delgado NOTA: Estou disposto para qualquer esclarecimento. Caso tenha duvida, contacte a mim!
